sábado, 30 de julho de 2011

Ipupiara

Ipupiara - Ilustração de Gândavo (1576)

O Ipupiara, Igpupiara ou Hypupiara (do tupi ïpupi'ara, "monstro marinho"), segundo os tupis do atual litoral brasileiro no século XVI, era um monstro marinho e antropófago.

Uma crônica de Pero de Magalhães Gândavo, publicada em 1575, conta que um ipupiara aparecera em 1564 na praia de São Vicente, São Paulo, a primeira vila brasileira, e aterrorizou a escrava índia Irecê, que ia encontrar o amante na praia e viu a aparição do monstro como um castigo.

O ipupiara, aparentemente, já matara seu amante, Andirá. Fugiu apavorada, mas no caminho encontrou o capitão Baltasar Ferreira que enfrentou o monstro e o abateu a golpes de espada (era o representante em São Vicente do capitão-mor Pedro Ferras Barreto, que residia em Santos). Segundo o cronista, o monstro tinha “quinze palmos de comprido” (3,30 metros) e era “semeado de cabelos pelo corpo e no focinho tinha umas sedas mui grandes como bigodes”.

Outro cronista colonial, o jesuíta Fernão Cardim, dizia que tais criaturas tinham boa estatura, mas eram muito repulsivas. Matavam as pessoas abraçando-as, beijando-as e apertando-as até as sufocar. Esses monstros, também devoravam os olhos humanos, narizes, ponta dos dedos dos pés e das mãos e as genitálias. Existiam também na forma feminina, possuindo cabelos longos e eram muito formosas. O Ipupiara era, segundo estes cronistas, um ser "bestial, faminto, repugnante, de ferocidade primitiva e brutal".

Jean de Léry, em sua obra Viagem À Terra do Brasil, conta algo semelhante, que ele ouviu diretamente dos índios tupinambás da Guanabara no século 16:

(...) Não quero omitir a narração que ouvi de um deles de um episódio de pesca. Disse-me ele que, estando certa vez com outros em uma de suas canoas de pau, por tempo calmo em alto mar, surgiu um grande peixe que segurou a embarcação com as garras procurando virá-la ou meter-se dentro dela. Vendo isso, continuou o selvagem, decepei-lhe a mão com uma foice e a mão caiu dentro do barco e vimos que tinha cinco dedos como a de um homem. E o monstro, excitado pela dor pôs a cabeça fora d'água e a cabeça que era de forma humana, soltou um pequeno gemido (...).

É provável que o ipupiara de Baltasar Ferreira fosse um leão-marinho, animal pouco conhecido e assustador para os índios do litoral paulista, pois raramente aparece em tais latitudes.

Mais tarde, esse ser se confundiu com a boiúna ou cobra-grande das lendas amazônicas, uma sucuri negra, gigantesca e voraz que também podia tomar forma de embarcação. Também conhecida, a partir do século XVIII, como mãe-d'água, passou a ser também imaginada como mulher.

É só no século XIX que aparece o nome enganosamente indígena de uiara ou iara, romanticamente imaginada como uma versão tropical e indígena das janas, nixes e loreleis do folclore europeu, a arrastar os incautos para a morte nos igarapés com sua beleza ou seu canto.

Fonte: Fantastipédia.

Os faquires

Um faquir em Benares - Foto de Herbert Ponting (1907)

O primeiro relato sobre uma prática - que mais tarde viria a ser chamado de faquirismo - chegou ao Ocidente em 1691, pelo médico holandês Dopper, depois de retornar de sua viagem à Índia. Como era de se esperar, foi ridicularizado. Meio século depois, um missionário francês chamado Calmette voltou com uma história parecida com a do médico, despertando então a curiosidade dos europeus por esta prática oriental.

Quase todas as seitas religiosas indianas possuem seu “faquir”, ou gaswami, bawa, sadhu etc. Essas pessoas possuem a capacidade de andar sobre brasas, deitar em camas de prego, atravessar o corpo com longas agulhas, reduzir o batimento cardíaco e interromper (pelo menos aparentemente) o batimento cardíaco.

Segundo os iogues (praticantes de ioga), essas pessoas são capazes de controlar a respiração, os músculos e a vontade. Dominando o corpo, chega-se então à contemplação. Tudo isso seguindo o caminho da meditação. Segundo estas pessoas, a superação da dor física é o caminho para algo muito maior, a libertação espiritual.

Através da prática da meditação, essas pessoas conseguem também realizar o que é chamado de levitação. Utilizando-se desta prática, eles conseguem aumentar seu nível vibratório e por conseguinte “diminuir sua massa”, tornando-se mais “leves”, possibilitando a levitação.

Se tudo é energia, e massa é energia mais densa, condensada, então é muito provável que realmente exista um meio de reduzir nossa massa corpórea ou “vibrar nossas moléculas” de tal forma que nos torne mais leves.

É interessante notar que a maioria das religiões orientais conhecem e se utilizam da pratica da meditação.

Uma coisa é certa: há muito que não entendemos – o que não significa que o que não compreendemos não seja possível.

Fonte: http://www.acasicos.com.br

A Ilha de Páscoa


"Terra à vista!" – Em um grito súbito, o vigia da gávea da galeota holandesa De Afrikaanske Galei chamava a atenção do comandante comodoro Jacob Roggeveen. Aproximavam-se de uma ilha que não constava no mapa. Eram seis horas da tarde, num domingo de páscoa de 1722.

Com o Sol já se pondo, o comodoro chega em tempo de avistar ao longe, no litoral, enormes gigantes, os quais, sobre longas muralhas de pedra, pareciam dispostos a evitar o desembarque. Resolveu então ancorar ali mesmo e esperar a claridade da manhã seguinte para tomar uma decisão.

Ao amanhecer, com seus "óculos de alcance" avistaram gente normal se movimentando entre os gigantes. Tinham se assustado com estátuas. Decidiram então desembarcar, após batizarem a ilha em homenagem à data de sua descoberta.

Ao desembarcar, o movimento dos nativos, que curiosos correram em massa para saudar os desconhecidos, assustou os europeus, que de imediato, abriram fogo contra eles, matando doze e ferindo muitos outros.

Ao chegar no interior da ilha, Roggeveen descobriu que o que pareciam ser muralhas, eram na verdade longas e maciças plataformas de pedras onde se enfileiravam centenas de figuras feitas em pedra (monolíticas) esculpidas apenas da cintura para cima, todas adornadas com um capacete cônico vermelho. Roggeveen foi o primeiro e o útimo europeu a admirar as estátuas em seu perfeito estado.

As Minas do Rei Salomão

Quando Salomão ascendeu ao trono, Israel tinha tudo para se tornar a mais poderosa nação do Oriente Próximo. O Egito e a Babilônia, as maiores potências da época, se encontravam debilitadas devido a problemas internos e a discensões políticas. As pequenas nações vizinhas não mais apresentavam grandes problemas devido às ações de Saul e Davi. Toda esta situação era muito favorável aos judeus e Salomão não deixaria escapar esta oportunidade, e assim o fez.

Dividiu seu império em províncias administrativas, fez construir estradas e entrepostos comerciais nos lugares mais distantes.

Salomão foi hábil o bastante para manter a paz em seu país por quarenta anos, formar o que talvez tenha sido o exército mais poderoso da história judia, e firmar acordos que muito lhe valeram como o firmado com Hirã, rei de Tiro. Apesar de todo o poder de seu exército, Salomão preferia "comerciar a guerrear".

Com o acordo firmado com Hirã, cujo reino ficava na Fenícia, se fez possível construir um templo, que era um de seus sonhos, e uma numerosa esquadra comercial que, segundo hoje se sabe, navegava por todo o Mediterrâneo, visitando também a Cornualha, no sul da Inglaterra, a Índia e o litoral atlântico da África.

A Bíblia nos dá uma idéia da plenitude deste comércio marítimo:

"Então foi Salomão a Asiongaber, e a Ailat, à praia do mar Vermelho, que é a terra de Edom. E o rei Hirã lhe mandou por seus vassalos naus, e marinheiros práticos do mar, e foram com a gente de Salomão a Ofir e de lá trouxeram ao rei Salomão quatrocentos e cinqüenta talentos de ouro… E os servos de Hirã, com os de Salomão trouxeram também ouro de Ofir, e madeiras de tino, e pedras de sumo preço: das quais madeiras fez o rei os degraus da casa do Senhor, e no palácio real, e as cítaras, e os saltérios dos músicos. Nunca se viram na terra de Judá madeiras semelhantes. … E o peso do ouro, que todos os anos se trazia a Salomão, era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro" (2 Par. VIII, 17; IX, 10-13).

A exploração destas minas distantes fornecia ao rei os metais de que precisava, principalmente largas quantidades de cobre e ouro. Após a morte de Salomão, porém, Israel e Tiro entraram em rápida decadência, esmagados por inimigos externos e disputas internas. O tráfico naval foi interrompido e os entrepostos coloniais entregues à própia sorte.

Poucas colônias, como Cartago, prosperaram e sobreviveram. As outras foram abandonadas, e entre elas, estava Ofir, a misteriosa cidade africana onde operários vindos de Tiro extraíam ouro para o rei Salomão.

Salomão sendo visitado pela rainha de Sabá (Sir Edward John Poynter, ca. 1900).

Vestígios de uma imponente cidade-fortaleza foram encontrados por exploradores modernos em plena selva africana, a apenas 300 quilômetros de Sofala. Suas construções nos lembram o estilo fenício. Hoje, após diversas escavações e exaustivas pesquisas, acredita-se ter sido ali a fabulosa Ofir.

Suas ruas, muralhas e depósitos apresentam uma técnica de construção típica dos fenícios, ou seja, sem ligadura de cimento. Outro fator interessante e que parece corroborar com a crença de ter sido esta a cidade perdida de Ofir, é que o desenho do pássaro com asas abertas, idêntico ao que faziam os fenícios em outras cidades por eles construídas, foi encontrado nessas ruínas. Também foram encontradas nas proximidades, ruínas análogas menores, que os naturais chamam pelo nome de Zimbabye ou Zimbabwe, que significa "casa real" ou "casa de pedra".

O que mais surpreendeu os descobridores foram as minas de ouro abandonadas encontradas nas imediações. Minas estas com galerias e ferramentas com o puro estilo fenício e fornos onde o metal extraído era fundido em barras. Suas galerias conduzem a um rico veio aurífero o qual apesar de ter bastante explorado, ainda conserva praticamente intacta sua fabulosa reserva. Alguns estudos realizados por estatísticos, baseados em dados e documentos históricos bastante sérios, calculam que o valor do ouro que dali saiu para os cofres de Salomão chegou a dois milhões de libras esterlinas.

Esta foi, provavelmente, uma das minas de Salomão, mas existem muitas outras esperando para serem descobertas.

Bibliografia:

- Grandes enigmas da humanidade, Editora Vozes – Luiz C. Lisboa & Roberto P. de Andrade;
- The land of Hotu Matu'a - pe. Sebastian Englert

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Anthony Perkins

Anthony Perkins, ator, nasceu em Nova Iorque, EUA, em 4/4/1932, e faleceu em Los Angeles, EUA, em 12/9/1992. Era filho de um famoso ator da Broadway Osgood Perkins, que atuou em Scarface, clássico de 1932 - ano em que Anthony nasceu - e que morreu quando ele tinha apenas cinco anos. Foi criado pela mãe, que ele mesmo definiu uma vez como "muito possessiva e bastante problemática".

Subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos e estreou no cinema em 1953 no filme Papai Não Quer, dirigido por George Cukor. Em 1956 foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante pelo papel em Sublime Tentação de William Wyler.

Entrou para a galeria dos grandes nomes de Hollywood ao interpretar Norman Bates  - um assassino em série da obra Psycho (Psicose), de Alfred Hitchcock -, em 1960. Muitos críticos acharam na época que ele merecia ter ganho o Oscar por sua magnífica interpretação, mas não chegou nem a ser indicado ao famoso prêmio. O filme teve duas continuações, uma em 1983 e outra em 1986.

Entre 1962 e 1971, Perkins desenvolveu uma bela carreira na Europa, tendo oportunidade de atuar sob a direção de cineastas do porte de Claude Chabrol, André Cayate, René Clement, Anatole Litvak, Jules Dassin, Orson Welles, Edouard Molinaro, entre outros.


De volta aos Estados Unidos, continuou sua brilhante carreira. Dando continuidade ao famoso Psicose, de Hitchcock, Perkins estrelou em 1983, Psicose II, de Richard Franklin; em 1986, Psicose III, por ele próprio dirigido, e em 1990, para a televisão, Psicose IV - O Começo, de Mick Garris.

Em 1973, co-escreveu o roteiro de O Fim de Sheila, juntamente com Stephen Sondheim, tendo sido agraciado com o Prêmio Edgar Allan Poe. Em 1974, apareceu na Broadway ao lado de Mia Farrow, na peça Romantic Comedy, de Bernard Slade.

Perkins era bissexual, tendo tido casos com o ator Tab Hunter, com o bailarino Rudolf Nureyev e com o dançarino-coreógrafo Grover Dale, com quem teve um relacionamento de seis anos, antes de se casar com Berry Berenson. De sua união com Berry, teve dois filhos: Osgood, que seguiu a carreira de ator, e Elvis Perkins, que se tornou músico. Ele afirmou, certa vez, ter sido exclusivamente homossexual até próximo de seus 40 anos, quando conheceu a atriz Victoria Principal.

Diagnosticado com AIDS em 1989, manteve sua doença em segredo e continuou a trabalhar até o fim. No ano de sua morte, inclusive, participou de dois filmes, sendo um para a TV.

Fontes: 70 Anos de Cinema; Wikipedia.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Tobe Hooper

Ele nunca foi cultuado por nenhuma legião de fãs ou adorado pela crítica especializada. Sua filmografia oscila entre filmes medíocres e filmes quase medíocres. Entretanto, o cineasta texano Tobe Hooper merece alguns créditos por duas grandes façanhas: iniciar a carreira comercial dirigindo um dos filmes mais importantes da história do cinema de horror e manter-se fiel ao gênero durante mais de 25 anos.

Tobe Hooper (William Tobe Hooper), diretor de cinema e TV, nasceu em Austin, Texas, em 25 de janeiro de 1943. Aos 9 anos já demonstrava interesse por filmes e foi professor universitário e cameraman de documentários durante os anos 1960. 

Seu primeiro filme chamou-se "Eggshells" e fez parte do circuito universitário durante o ano de 1969, rendendo vários prêmios, mas sem nunca receber um lançamento no cinema.

Em 1974, Hooper juntou amigos, professores e alunos para filmar "O Massacre da Serra Elétrica" a partir de um orçamento de US$60 mil que passou para US$ 70 mil e especula-se que possa ter chegado a US$120 mil, embora Hooper não confirme esta possibilidade. Com o bom sucesso do filme, Tobe logo foi chamado para roteirizar grandes produções como "Eaten Alive" (1977), "Salem's Lot" (1979), de Stephen King.

Oliver Reed

Oliver Reed (Robert Oliver Reed), ator, nasceu em Londres, Inglaterra, em 13/02/1938, e faleceu em Valetta, Malta, em 02/05/1999. Participou de 53 filmes, entre os quais o musical "Oliver", de Carol Reed, Tommy, de Ken Russell e "As Aventuras do Barão de Munchausen", de Terry Gilliam.

Sobrinho do diretor de cinema Sir Carol Reed, e neto do ator Sir Herbert Beerbohm Tree. Era supostamente descendente (ilegítimo) do czar Pedro, o Grande, da Rússia. Após um período servindo no Exército Britânico, Reed iniciou sua carreira de ator dramático como extra em filmes da década de 1950. Ele não tinha nenhuma formação ou experiência teatral.

Oliver Reed apareceu num clássico de Norman Wisdom "The Square Peg", em 1958, e novamente em "The Bulldog Breed" também de Norman Wisdom em 1960, onde desempenhou o líder de uma gangue. Reed conseguiu seu primeiro papel importante num filme da Hammer Films, "Sword of Sherwood Forest" (1960). Tornou-se famoso com seu desempenho no filme "Mulheres Apaixonadas" (1969), onde há uma cena em que ele luta com Alan Bates frente de uma lareira e ambos estão nus.

Anthony Hopkins


Anthony Hopkins (Philip Anthony Hopkins), ator, nasceu em Port Talbot, País de Gales, em 31/12/1937. Seus pais, Arthur Richard Hopkins e Muriel Annee, não eram pessoas muito instruídas, mas conseguiram construir e manter um negócio rentável que dava para sustentar a família, uma pequena padaria.

Anthony nunca foi brilhante na escola e lhe foi diagnosticado dislexia, um problema que lhe fez desistir praticamente dos estudos, tendo conduzido a uma adolescência frustrante solitária e rebelde.

Passou a dedicar parte do seu tempo às artes, principalmente à música, foi por esta altura que começou a ter aulas de piano de modo a aperfeiçoar as suas capacidades, contudo devido à sua constante indisciplina, os seus pais enviaram-no para um colégio interno masculino onde permaneceu durante dois anos.

Influenciado pelo ator Richard Burton, Hopkins decidiu tentar a sua sorte na representação, os seus pais ao princípio não concordaram com a sua opção mas eventualmente acabaram por apoiá-lo. Foi então aceito na Welsh College of Music and Drama em Cardiff onde se formou em 1957 com 20 anos. Após a formatura, teve que cumprir dois anos de serviço militar obrigatório.

Aos 22 anos mudou-se para Londres onde ingressou num curso da prestigiada RADA (Royal Academy of Dramatic Art) que concluiu com distinção em 1963. Em 1965 teve a sua primeira grande proposta de trabalho, quando foi convidado para se juntar ao Laurence Oliver´s National Theatre. Em 1966 fez a sua estréia nos palcos com a peça “The White Bus” dirigida por Lindsay Anderson onde mostrou às platéias londrinas o seu enorme talento para a representação. A sua brilhante interpretação valeu-lhe o convite para participar em outras peças de teatro, como “The Flea in her Hear” , “Juno and the Peacock” e “The Three Sisters”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Diabo na Cultura Popular

As índias estavam nuas. E os portugueses chegavam cheios de apetite sexual. O Diabo estava feliz, com a faca e o queijo na mão. Depois, foi só cortar. E comer.

O Deus e o Diabo dos brancos chegaram ao Nordeste nas caravelas de Pedro Álvares Cabral. Enquanto Frei Henrique de Coimbra plantava a cruz da Fé celebrando a primeira missa, que também foi assistida pelos indígenas, o Diabo fazia das suas, desviando a atenção dos membros da expedição portuguesa para a nudez acobreada das mulheres nativas.

Há mais de 6 meses em alto-mar, os marinheiros de Cabral desembarcaram sob o domínio de forte apetite sexual. E "o europeu saltava em terra escorregando em índia nua. As mulheres foram as primeiras a se entregar aos brancos, as mais ardentes Indo esfregar-se nas pernas desses que supunham deuses. Davam-se ao europeu por um pente ou um caco de espelho", escreve o sociólogo a antropólogo Gilberto Freyre. Estava o Diabo com a faca e o queijo, com a fome e a vontade de comer, tentando os homens, ajudado pela ausência de mulheres brancas.

Naquele tempo, o Diabo estava no apogeu de sua fama, respeitado e temido no mundo inteiro, personagem central de tudo quanto ara lenda, estórias e crendices armazenadas desde o começo do mundo. Os tripulantes das caravelas trouxeram para cá estas crenças. Povo muito aventureiro, o português gostava de procurar novas terras, negociar com outros continentes, enriquecendo assim sua herança mística, fortalecendo o que já tinha de mítico no seu mundo interior onde se uniam o real e o imaginário. Cada um respeitava o temia o Diabo conforme o uso de sua província. No entanto, era generalizada a crença de que se alguém pronunciasse o nome do Diabo, ele poderia aparecer. Para que Isso não acontecesse, os portugueses inventaram apelidos para o Diabo, que eram uma maneira de enganá-lo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Poema de Gilgamés

Gilgamesh
No fim do século passado foram descobertas, na colina de Kuyundjik, doze placas de argila, escritas em acádico, que descrevem uma epopéia heróica: o Poema de Gilgamés. Gilgamés foi rei de Uruk na Babilônia, hoje Iraque. 

O vitorioso herói seria dois terços deus e um terço homem e sua epopéia descreve episódios tão extraordinários que não poderiam ter sido inventados por nenhum ser inteligente da época nem por tradutores e copistas dos séculos subseqüentes.

O poema contém o relato exato do dilúvio, concorrente em "originalidade" com o da Bíblia: conta Utnapishtim ( ele e sua esposa foram os únicos mortais à quem os deuses teriam dado a "vida eterna" ) - que os deuses o advertiram da grande maré vindoura e lhe deram ordem para construir um barco, onde deveria recolher mulheres e crianças, seus parentes e artesãos de qualquer ramo de arte. A descrição da tempestade, das trevas, das águas subindo e do desespero dos homens que ele não podia levar, é de uma força narrativa ainda hoje cativante.

Outra surpresa está na sétima placa: o primeiro relato de uma viagem cósmica, comunicado por Enkidu ( uma espécie de humanóide gigante, peludo e melhor amigo de Gilgamés ), que teria voado por quatro horas nas "garras de bronze de uma águia"... O relato textual:

"Ela me falou:

- Olha para baixo sobre a Terra!
- Que aspecto tem?
- Olha para o mar!
- Como te parece?

E a Terra era como uma montanha, e o mar como uma poça d'água.
E novamente voou ela mais alto e me falou:

Fragmentos de um das tábuas que contém a epopéia
- Olha para baixo sobre a Terra!
- Que aspecto tem?
- Olha sobre o mar!
- Como te parece?

E a Terra era como um jardim, e o mar como um córrego.
E voou além:

- Olha para baixo sobre a Terra!
- Que aspecto tem?
- Olha sobre o mar!
- Como te parece?

E a Terra parecia um mingau de farinha, e o mar era como uma barrica d'água" ( Esta mesma descrição foi dada pelos astronautas da Apollo 11...). É um relato correto demais para ser puro produto da imaginação!


Quem poderia descrever esta visão em um tempo onde não tinha-se idéia de com seria o planeta "visto de cima"? Ainda na mesma placa está o relato de que uma porta falava com um vivo, não seria um auto-falante?...

Fonte: http://www.josevalter.com.br/misterios/poema_gilgames.htm

Habilidade de levitar

Daniel Dunglas Home (20 de Março de 1833 – 21 de Junho de 1886) foi um espiritualista escocês, famoso durante sua vida pelos seus alegados poderes como médium e por sua relatada habilidade de levitar até várias alturas, esticar-se e manipular fogo e carvões em brasa sem se machucar. Ele conduziu centenas de sessões durante um período de 35 anos – às quais compareceram muitos dos mais conhecidos nomes da Era vitoriana – sem ter sido exposto de forma conclusiva ou pública como uma fraude.

De acordo com Arthur Conan Doyle, Home era raro pelo fato de possuir poderes em quatro tipos diferentes de mediunidade: voz direta (a habilidade de deixar os espíritos falarem de forma audível); psicofonia (a habilidade de deixar os espíritos falarem através de si); clarividência (a habilidade de se ver coisas que estão fora de vista); e mediunidade de efeitos físicos (mover objetos à distância, levitação, etc. — o tipo de mediunidade no qual Home não tinha igual.

Home suspeitava de qualquer médium que alegasse possuir faculdades que ele não possuía (tal como os Irmãos Eddy, que alegavam ter a habilidade de produzir formas sólidas de espíritos), e ele taxava esses médiuns como fraudulentos. Uma vez que os médiuns de materialização sempre trabalhavam em locais escurecidos, Home cobrava que todas as sessões fossem feitas à luz do dia Home, no seu livro de 1877 (Luzes e Sombras do Espiritualismo), detalhou os truques empregados por falsos médiuns.

O próprio Home, naturalmente, foi amplamente suspeito de fraude, mas essa jamais foi comprovada. Frank Podmore e Milbourne Christopher apresentam uma particularmente rica fonte de especulação sobre as maneiras com as quais Home teria iludido seus assistentes. Alguns testemunhos sugerem que Home costumava conduzir suas demonstrações com luz fraca. São discutidas as condições de luz nos mais famosos feitos de levitação de Home, e certas testemunhas dizem que estava bem escuro. Podmore registra que Home tinha um companheiro constante que sentava do lado oposto a ele durante as suas sessões.

Entre 1870 e 1873, William Crookes conduziu experimentos para determinar a validade dos fenômenos produzidos por três médiuns: Florence Cook, Kate Fox e D. D. Home. 

O relatório final de Crookes (1874) concluiu que os fenômenos produzidos pelos três médiuns eram genuínos, um resultado que foi alvo de ironias pelo “establishment” científico. Crookes registrou que ele controlou e segurou Home colocando seus pés em cima dos dele. Esse método de controle com os pés provou ser inadequado quando usado com Eusápia Paladino. Ela simplesmente deslizava seu pé para fora e para dentro de seu resistente sapato.

Alexander von Boutlerow, professor de Química da Universidade de São Petersburgo e cunhado de Home, também obteve resultados positivos em seus testes com Home

Complexo de Zoser

Entrada do Complexo de Zoser ...uma obra 'supraterrena'...

A planta do complexo de Zoser em Edfu, Egito, teria sido desenhada pelo deus Im-Hotep, um personagem misterioso e inteligente. Era sacerdote, escritor, médico, arquiteto e sábio em uma só pessoa. Naquele tempo para lavrar uma pedra as ferramentas disponíveis eram apenas as cunhas de madeira e cobre...nenhuma apropriada para blocos de granito. Im-Hotep, porém, constrói para seu rei Zoser a pirâmide em degraus de Saqqara!

Pirâmide de Saqqara
Essa obra arquitetônica, de 60 metros de altura é de uma perfeição tal que, mais tarde, só imperfeitamente pôde ser imitada. A obra, cercada por um muro de 10 metros de altura e 1.600 metros de comprimento, foi batizada de 'Casa da Eternidade'...ordenou que seu sepultamento fosse feito ali, a fim de que os deuses, por ocasião de seu regresso, pudessem acordá-lo.

Fonte: http://www.josevalter.com.br/misterios/complexo_de_zoser.htm

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pegadas no Rio Paluxy

Segundo a teoria mais aceita, a extinção dos dinossauros se deu devido à colisão de um enorme meteoro o qual levantou uma imensa nuvem de poeira bloqueando o Sol durante anos, acabando assim com a cadeia alimentar desses grandes répteis. Segundo esta mesma teoria, não havia nenhum humano vivo nesta época para presenciar o ocorrido... ou será que havia?

Há mais de 100 milhões de anos, a pedreira de calcário do Rio Paluxy, no Texas, era uma planície lamacenta. Lá, inúmeros dinossauros deixaram pegadas que foram fossilizadas e preservadas para sempre. Mas a trilha de outra criatura também foi perpetuada nestas margens. Possivelmente a do Homem.

O antropólogo Carl Baugh comanda há mais de 12 anos o trabalho de investigação destas pegadas controversas.

- Minha reação foi de choque - conta Carl Baugh. Soube que pegadas humanas haviam sido descobertas no Rio Paluxy, perto de Glen Rose, Texas, mas eu era cético. Aqui, após remover camadas de rochas, a equipe e eu escavamos pegadas de dinossauros. A 46,25 cm de uma dessas pegadas, achamos uma pegada humana de 24 cm. Escavamos 12 pegadas em série. Quando se acha uma trilha com passos do pés esquerdo e direito à distância correta, deve-se interpretá-la como pertencente ao Homem.

Foi dito que as pegadas do Rio Paluxy são uma fraude e que foram talhadas na rocha como atração turística.

- Encontramos trilhas seguindo para baixo das camadas de calcário. Removemos as camadas, uma lasca de rocha por vez. Descobrimos que as pegadas de dinossauro e as humanas continuam sob as camadas de rocha. Esta evidência é real.

Hoje, muitas das chamadas pegadas humanas foram vitimadas pela erosão e pelas mãos de vândalos. Porém, Carl Baugh tem uma das pegadas mais convincentes já descobertas.

- Conheci a pegada Burdick - conta Dr. Dale Peterson, M.D. - ao visitar Glen Rose, em 1984. Na época tive a impressão de que era perfeita demais. É claramente uma pegada humana, apresentando uma seção do calcanhar, a curvatura, a base dos metatarsos, o primeiro dedo ou dedão, o segundo, terceiro, quarto e quinto dedos.


- Após examinarmos a pegada - conta Don Patton, geólogo - vimos que estava no calcário cretácio, na mesma formação que a pegada de dinossauro. No corte da pegada, pudemos ver os contornos óbvios sob o dedo e as estruturas sob cada dedo. Numa certa parte sob a pegada, vimos uma inclusão de calcita, onde a força foi concentrada e produziu as estruturas da pegada. Exatamente o que os geólogos procuram. Eliminamos a idéia de que foi esculpida. Com certeza é uma impressão original no sedimento.

Um dedo fossilizado de um ser humano, foi descoberto no mesmo estrato que as pegadas de dinossauro datando de mais de 100 milhões de anos.

- Tinha o que parecia ser uma unha, uma cutícula, uma ponta, um formato humanóide - conta o Dr. Dale Peterson. - Quando vi a cintilografia, não tive mais dúvidas. Ele mostra o formato de um dedo, mostra o tecido sob a pele do dedo, mostra os ossos, as articulações e os ligamentos. Isso me diz que é um dedo humano.

A camada de calcário que preservou estes artefatos é datada de cerca de 135 milhões de anos.

Fonte: www.acasicos.com.br

Cavalo Branco de Westbury


O Cavalo Branco de Westbury é um desenho de baixo relevo em giz, com a superfície lisa, encravado em uma encosta íngreme da Inglaterra. Foi restaurado em 1778, mas a data do trabalho original é um assunto de muitas conjecturas.

Muitos acreditam que a escultura inicial foi feita para comemorar a vitória de Alfredo sobre Danes na batalha de Ethandune, em 878. No entanto os historiadores ainda tem dúvidas sobre se a batalha foi realizada próximo ao local.Muitos desenhos, não só de cavalos, já foram reproduzidos em outras localidades totalizando 50 figuras entre elas duas gigantescas: o Cerne Abbas e o longilíneo Homem de Wilmington.

Originalmente haviam outras figuras gigantes em Oxford, Cambridge e duas em Plymouth Hoe ( o homem de Plymouth é um dos desenhos mais antigos, cujo primeiro relato é de 1486 ). A história dos cavalos brancos é recheada de debates, especialmente a que se refere a Westbury, porque é o desenho mais antigo e, também porque fica muito difícil imaginar porque as pessoas daquele tempo fizeram desenhos tão grandes que só podem ser vistos se "sobrevoarmos" a área...

Fontes: J.R.L. Anderson "The Oldest Road: The Ridgeway". Whittet Books, 1992; Thomas Hughes "Tescouring of The "White Horse", Macmillan & co, 1859.

Em busca do Eldorado

Zipa usava pó de ouro para cobrir o seu corpo e, a partir de sua jangada, ele oferecia tesouros a Guatavita, deusa no meio do lago sagrado. Esta tradição Chibchas tornou-se a origem da lenda do El Dorado. Este modelo está em exposição no Museu do Ouro, em Bogotá, Colômbia.
O Eldorado ou El Dorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.

Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no atual estado de Roraima). O fato é que essas são algumas — entre as várias — suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano. Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto Peru, Sudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas regiões onde viviam as civilizações azteca, inca e maia.

O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada.

A lenda de Manoa del Dorado

Eldorado (do castelhano El Dorado, "O Dourado"), Manoa (do achaua manoa, "lago"), ou Manoa del Dorado (já citado anteriormante) é uma lenda que se iniciou nos anos 1530 com a história de um cacique ou sacerdote dos muíscas, indígenas da Colômbia, que se cobria com pó de ouro e mergulhava em um lago dos Andes. Inicialmente um homem dourado, índio dourado, ou rei dourado, foi depois fantasiado como um lugar, o reino ou cidade desse chefe legendário, riquíssimo em ouro.

Embora os artistas muíscas trabalhassem peças de ouro, algumas das quais hoje formam o rico acervo do Museu do Ouro de Bogotá, nunca foram encontradas entre eles grandes minas, muito menos as cidades douradas sonhadas pelos conquistadores que pretendiam repetir a façanha de Francisco Pizarro no Peru. Tudo indica que os muíscas ou chibchas obtinham o ouro por meio de trocas com indígenas de outras regiões.

Sedentos por mais ouro, os conquistadores fizeram o mito migrar para leste, para os Llanos da Venezuela e depois para além, no atual estado brasileiro de Roraima ou nas Guianas. Na forma tomada pelo mito a partir do final do século XVI, a cidade dourada, agora conhecida como Manoa, se localizaria no imenso e imaginário lago Parima e teria sido fundada ou ocupada por incas refugiados da conquista de Pizarro.

O mito é semelhante ao de Paititi ou Candire, que também seria uma cidade cheia de riquezas que teria servido de refúgio a incas que escaparam da conquista espanhola, mas costuma ser localizada muito mais ao sul, entre as selvas da Bolívia e Peru ou no Brasil, no Acre, Rondônia ou Mato Grosso. Os dois mitos têm origem comum no sonho de conquistadores de enriquecer repetindo a façanha de Francisco Pizarro, o conquistador dos incas, e influenciaram-se mutuamente, mas o de Paitíti associou-se, em tempos mais recentes, com a nostalgia de povos andinos pelo antigo Império Inca, ganhando conotações nativistas.

O Eldorado na Colômbia

Em 1534, logo depois que os espanhóis completaram a conquista do Império Inca e refundaram a Kitu dos incas como San Francisco de Quito (no atual Equador), um índio foi lá solicitar ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Ele afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a cerimônia do homem coberto de ouro que, durante séculos, despertaria a cobiça dos conquistadores.

Cronistas relatam que, assim que o impulsivo Sebastián de Belalcazar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" Mas não foi o único. Belalcázar saiu de Quito em busca de El Dorado já em 1535, mas Nicolás de Federmann, que saiu da Venezuela no mesmo ano; e Gonzalo Jiménez de Quesada, que partiu da costa norte da Colômbia no ano seguinte. O último foi o primeiro a chegar à terra dos muíscas, perto de Bogotá e conquistá-los, em 1537. Os outros dois disputaram seu domínio da região em 1539, mas submeteram-se à arbitragem do rei da Espanha, que concedeu o governo da região de Popayán (ao sul) a Belalcázar. Quesada obteve os títulos de marechal do Novo Reino de Granada (nome que dera à região) e de Gobernador de El Dorado, voltando em 1549. Federmann nada obteve e foi processado pela família Welser, que financiara sua expedição, acabando por morrer na prisão.

Em 1568, com 60 anos, Jiménez de Quesada recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado. A expedição partiu de Bogotá com 400 espanhóis e 1.500 indigenas e alcançou a confluência dos rios Guaviare e Orinoco, mas não pôde prosseguir e retornou quatro anos depois, derrotada e reduzida a 70 homens. Com sucessivas explorações, a localização do suposto Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas.

Cerimônia tribal

Em 1636 Juan Rodríguez Freyle escreveu a versão mais conhecida da lenda na crônica El Carnero, dirigida a seu amigo Don Juan, cacique de Guatavita, localizando ali o mito:

"...Naquele lago de Guatavita faziam uma grande balsa de juncos, e a enfeitavam até deixá-la tão vistosa quanto podiam… A esta altura estava toda a lagoa cercada de índios e iluminada em toda sua circunferência, os índios e índias todos coroados de ouro, plumas e enfeites de nariz… Despiam o herdeiro (...) e o untavam com uma liga pegajosa, e cobriam tudo com ouro em pó, de manera que ia todo coberto desse metal. Metiam-no na balsa, na qual ia de pé, e seus pés punham um montão de ouro e esmeraldas para que oferecesse a seu deus. Acompanhavam-no na barca quatro caciques, os mais importantes, enfeitados de plumas, coroas, braceletes, adereços de nariz e orelheiras de ouro, e também nus… O índio dourado fazia sua oferenda lançando no meio da lagoa todo o ouro e as esmeraldas que levava aos pés, e logo o imitavam os caciques que o acompanhavam. Concluída a cerimônia, batiam os estandartes... E partindo a balsa para terra, começavam a gritaria... dançando em círculos a seu modo. Com tal cerimônia ficava reconhecido o novo escolhido para senhor e príncipe."

Segundo uma versão contada por Rodrigues Fesle em Conquista y descubrimiento del nuevo Reino de Granada de las Indias Occidentales de mar Oceano, os candidatos à sucessão do cacique ficavam presos numa gruta por seis anos, sem comer carne, sal ou pimenta; as mulheres lhe eram proibidas, assim como a luz do dia. No dia da entronização, seu primeiro ato consistia em entrar no lago para oferecer sacrifícios aos deuses, procedendo-se então à cerimônia já descrita, acrescentando-se o detalhe de um braseiro aceso levado a bordo da jangada.

Outra versão, referida por Enrique de Gandía na Historia Critica de los Mitos de la Conquista Americana (Buenos Aires: Juán Roldán, 1929) dizia que um cacique enganado pela mulher descobriu a traição e a obrigou a comer, numa festa, "os órgãos com os quais seu amante havia pecado" e ordenou aos índios que cantassem o crime diante de toda a aldeia enquanto durasse a bebedeira. Incapaz de suportar a humilhação, a mulher tomou a filha nos braços e jogou-se com ela no lago Guatavita. O cacique foi tomado pelo remorso, até que os sacerdotes lhe disseram que a mulher vivia em um palácio escondido no fundo das águas e podia ser honrada com oferendas de ouro. O cacique arrependido teria então passado a realizar a cerimônia.

Houve pelo menos duas tentativas de drenar o lago Guatavita em busca do suposto tesouro. A primeira foi em 1578, quando o mercador espanhol Antonio de Sepúlveda conseguiu uma licença do governo espanhol. Escavou um canal e conseguiu baixar o nível do lago em alguns metros, mas encontrou apenas dez onças de ouro.

Em 1801, Alexander von Hulboldt estudou o lago e mencionou-o em seus relatos, comentando que se a lenda fosse verdadeira, poderia conter centenas de milhões de libras em ouro. Sua especulação voltou a incendiar a imaginação de caçadores de tesouros e em 1825, o capitão Charles Stuart Cochrane, filho do Almirante Cochrane que comandou a frota chilena na guerra da independência, publicou um livro no qual dizia que ali devia existir ouro e pedras preciosas no valor de £ 1.120.000.000. Em 1898, foi formada a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá', que dois anos depois transferiu seus direitos à firma franco-britânica 'Contractors Ltd.', com sede em Londres e cotada na Bolsa de Londres.

A empresa passou oito anos construíndo um túnel para esvaziá-lo a partir do centro, mas quando o leito do lago foi exposto, o fundo tinha metros de lama e limo, que tornavam impossível caminhar sobre ele. No dia seguinte, o sol cozeu a lama e lhe deu uma consistência de cimento, tão dura que não pdia ser penetrada. A lama endurecida bloqueou as eclusas, o túnel foi selado e o lago voltou a se encher até o nível anterior. Foram encontrados objetos no valor de £ 500 que foram leiloados na Sotheby's, mas a empresa faliu sem recuperar o investimento de £40.000 e a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá' foi dissolvida em 1929. Outras sondagens foram tentadas com dragas e brocas até que, em 1965, o governo colombiano pôs o lago Guatavitá sob proteção legal, proibindo novas tentativas.

O lago Guatavita parece ter sido um centro cerimonal importante para a iniciação dos jovens que seriam coroados zipas ou reis de Bacatá (atual Bogotá), mas a origem da lenda pode ser a lagoa de Siecha (Casa do Homem, em muísca) perto da pirâmide do Sol, a 35 quilômetros de Guatavita. Ali foi de fato encontrada, em 1856, uma peça de ouro de 262 gramas, com a forma de uma balsa redonda com 9,5 cm de diâmetro, que parecia representá-lo. Revelada ao mundo em 1883 por Liborio Zerda, no livro El Dorado, foi comprada por um museu alemão, mas perdeu-se quando o navio que a transportava incendiou-se no porto de Bremen.

Uma segunda peça muito semelhante foi, porém, encontrada em 1969, por três camponeses, dentro de um vaso de cerâmica, em uma pequena gruta da campina de Pasca, Cundinamarca. Encontra-se hoje no Museu do Ouro de Bogotá e é sua peça mais famosa. Conhecida como "Balsa de El Dorado", pesa 287,5 gramas, tem 19 cm de comprimento por 10 de largura e altura e contém uma figura maior cercada de doze menores.

O Eldorado na Guiana

Em 1584 o espanhol Antonio de Berrio partiu de Tunja (Colômbia) com a intenção de explorar o interior das Guianas e em 1590, na região do Orinoco, indígenas lhe disseram que a sete dias dali havia "uma infinita quantidade de ouro", cujas minas eram reservada aos caciques e suas mulheres, embora qualquer um pudesse extrair ouro dos riachos. Não alcançou, porém, as regiões em que os indígenas diziam estar localizado o lago Manoa, no outro lado das montanhas Pacaraima (Manoa, na língua Achaua significava "lago").

O relato da exploração foi redigido pelo lugar-tenente Domingo Vera, que teria feito acréscimos para suscitar a cobiça dos superiores, juntando à sua narrativa supostas revelações de um certo Juan Martínez, sobrevivente da expedição de Diego de Ordaz que teria vivido na capital de Eldorado. Martínez, tendo cometido uma falta grave, teria sido condenado à morte, condenação comutada, pela comiseração dos companheiros, no abandono do culpado numa canoa. Segundo a vesão contada mais tarde por Walter Raleigh:

"Essa canoa foi levada pela corrente e encontrada flutuando por selvagens da Guiana, que nunca antes haviam visto um cristão. Eles levaram Martínez de de um lado para o outro, para que fosse visto como uma maravilha, e o levaram em seguida a Manoa, que é a capital do Império dos Incas. O Rei, que o viu, o reconheceu primeiramente como cristão e espanhol; porque não fazia muito tempo que os irmãos Guascar (Huáscar) e Atabaliba (Atahuallpa) estavam mortos, e que Pizarro tinha destruído seu império. Ele recebeu Martínez bastante bem, embora não houvesse esquecido a crueldade dos espanhóis."

Durante as festas dos guianeses, contava a narrativa de Martínez, "os servos untam os corpos dos notáveis com um bálsamo branco chamado curcay e os recobrem de pó de ouro, que sopram por meio de caniços, até que estejam brilhando da cabeça aos pés". Há ouro por toda a parte: na cidade, nos templos, sob forma de ídolos, de placas, de armaduras e de escudos. Sua capital era a cidade de Manoa, construída nas margens do lago Parima (ao qual inicialmente se tinha dado o nome de "Manoa"), ou "Parime", como o chamariam os ingleses.

Uma expedição militar inglesa se apossou dos documentos de Berrio e os comunicou à corte britânica, chegando então aos ouvidos do explorador e aventureiro inglês Walter Raleigh. Em 1594, conduziu sua própria exploração pelo Orinoco até o interior da atual Guiana venezuelana. Encontrou apenas uns poucos objetos de ouro e indícios de minério, mas que lhe bastaram para escrever um livro, A Descoberta do Grande, Rico e Belo Império da Guiana, com um Relato da Grande e Dourada Cidade de Manoa, que os Espanhóis chamam El Dorado, com o qual se ampliou e popularizou a lenda.

Raleigh encontrou no porto de Morequito, às margens do Orinoco, um certo Topiawari, idoso cacique dos aromaias, cujo sobrinho, o anterior cacique, havia sido assassinado pelos espanhóis. O inglês lhe disse que vinha protegê-lo dos espanhóis em nome da rainha Elizabeth I e lhe perguntou sobre como chegar à Guiana que tem ouro e aos incas. O velho lhe respondeu que não podia chegar à cidade de Manoa com os meios que dispunha naquele momento. Se quisesse, ele e seu povo o ajudariam, mas precisaria da ajuda de todos os povos que eram inimigos do império para obter guias e suprimentos. Recordou-lhe que 300 espanhóis haviam sido vencidos nas planícies de Macureguarai e não haviam conquistado a amizade de nenhum povo da região:

"Havia 4 dias de viagem até Macureguarai onde habitavam os súditos mais próximos do Inca e os epuremeis, que é a primeira cidade onde vive gente rica que usa roupas fabricadas e de onde provinham essas placas de ouro que se viam aqui e ali entre os povoados fronteiriços e que eram exportadas para toda parte. Mas aquelas produzidas no interior das terras eram muito mais belas e representavam homens, animais, pássaros e peixes."

O cacique explicou que havia guerra entre o povo fronteiriço a seu território e os epuremeis, que lhe haviam roubado as mulheres. Queixou-se de que antes tinham dez ou doze mulheres e agora tinham de se contentar com três ou quatro, enquanto os senhores de Epuremei tinham 50 ou 100. Um homem do séquito de Topiawari disse a Raleigh que se o acompanhassem, deveriam repartir o saque: "para nós as mulheres, para vocês, o ouro".

Topiawari lhe disse que o ouro não provinha de veios, mas do lago de Manoa e de muitos rios. Que misturam o ouro com cobre para que o possam trabalhar, fundem-no em vasilhas de barro com furos, o metem em moldes de pedra ou argila e assim fabricam placas e imagens. Mencionou várias nações inimigas dos incas, entre elas os ewaipanomas, que não têm cabeça. Disse que os epuremeis tinham a mesma religião dos incas. Apesar da distância do Peru, Topiawari sabia que os espanhóis encontraram os maiores tesouros entre os incas. Raleigh ficou convencido de que Manoa existia, mas não tinha meios suficientes para encontrá-la e esceveu seu livro para tentar convencer a corte inglesa:

"E estou convencido de que em Guiana será suficiente um pequeno exército de infantaria que se dirija a Manoa, a pricipal cidade do Inca, para separar para Sua Majestade várias centenas de milhares de libras por ano no total o que lhe permitiria proteger-se contra todos os inimigos do interior, fazer frente a todos os gastos do interior. Além disso, o Inca manteria com suas despesas reais uma guarnição de três ou quatro mil soldados para defende-se contra outros países. Pois ele não pode ignorar como seus predecessores, em especial seus tios-avôs Huáscar e Atahuallpa, filhos de Huayna Cápac, imperador do Peru, que se bateram pelo império, foram derrotados pelos espanhóis e que estes últimos anos, depois da conquista, os espanhóis procuraram os caminhos que levavam a seu país. Eles não podem deixar de ter ouvido falar dos cruéis tratamentos que os espanhóis infligiram às populações vizinhas. Por estas razões, pode-se estar seguro de que ele será convencido a pagar seu tributo com muita alegria, pois não tem armas de fogo nem de ferro em todo o seu império e pode então ser facilmente vencido."

Antes de terminar recorda as profecias da chegada dos espanhóis e que, segundo elas, "graças à Inglaterra, os incas reencontrarão no futuro seu poder e serão libertados da servidão a seus conquistadores".

Preso em 1603 por suposto envolvimento em uma conspiração contra o rei Jaime I, Raleigh foi libertado em 1616 para conduzir uma nova expedição ao Eldorado, que não teve sucesso, mas saqueou um posto avançado espanhol. Ao retornar, foi executado com base nas acusações anteriores e para apaziguar os espanhóis.

Raleigh acreditava que o Eldorado situava-se no vasto Lago Parima, que mapas da época situavam no interior da Guiana, aproximadamente onde hoje se situa o Estado de Roraima. Este lago, que nunca existiu, está presente na maioria dos mapas dos séculos XVII e XVIII e até em alguns mapas do início do século XIX, quando desaparece e é substituído pelo "Rio Parima", na região dos Tepuís do Monte Roraima.

Os responsáveis por seu definitivo desaparecimento foram o geólogo prussiano Friedrich Alexander von Humboldt e o botânico francês Aimé Bonpland, que viajaram entre o Orinoco e o Amazonas em 1800, em busca das nascentes do Caroni, que encontraram junto a uma pequena aldeia chamada Esmeralda, demonstrando a inexistência do suposto lago Parima.

Stevenson

No livro Uma Luz nos Mistérios Amazônicos (Manaus, 1994), o pintor chileno Roland W. Vermehren Stevenson, morador de Manaus, ressuscitou a lenda do lago Parime. Afirmou ter descoberto vestígios de um caminho pré-colombiano extinto da bacia de Uaupés a Roraima, com restos de construções de pedra, pelo qual os incas teriam trazido ouro no lombo de lhamas e também ter identificado o que já foi o lago do El Dorado, Manoa ou Parima, que seria a chamada região de campos ou lavrado de Boa Vista, desprovida de selvas, onde apenas há árvores (buritis) mas margens de lagoas, rios e igarapés.

Ali teria existido o lendário lago, localizado entre Roraima e a antiga Guiana inglesa, com um diâmetro de 400 quilômetros e área de 80 mil quilômetros quadrados e sua extinção teria começado há cerca de 700 anos. Segundo Stevenson, a cidade de Manoa localizava-se na região ocidental do lago, conforme o indicavam as primeiras cartografias das expedições, a exemplo de Hariot, que a desenhou vizinha a uma ilha de terra firme. O local exato seria a ocidente do que hoje chamamos ilha Maracá, onde na época do lago cheio estaria a foz do rio Uraricuera.

Fonte: Wikipedia.

As Pirâmides Chinesas II


As Pirâmides de Quin Ling Shan na região de Xi'an, República da China, - foto acima mostra um plano geral - foram descobertas por dois exploradores australianos em 1912. O complexo arquitetônico possui 100 pirâmides espalhadas por 2.000 quilômetros quadrados, com idade estimada em 5.000 anos.

As estruturas das pirâmides foram feitas em argila, mas ficaram quase tão duras quanto pedra ao longo dos séculos. Muitas estão danificadas pela erosão ou agricultura e outras sustentam um templo no topo. A maior delas tem 300 metros de altura, chamada "Pirâmide Branca", é maior que a Pirâmide do Sol de Teotihuacan, no México, e tão larga quanto a grande Pirâmide de Giza. As demais variam de 35 a 90 metros de altura.

As pirâmides foram fotografadas pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial, por um piloto da United States Air Force, que fazia um vôo de abastecimento para as forças chinesas vindo de Assam, no norte da Índia, quando problemas no motor fizeram com que ele viajasse em baixa altitude.

Em 1994, o pesquisador alemão Hartwig Hausdorf viajou pela região, gravou 18 minutos em vídeo e montou um relatório de suas pesquisas chamado "Die Weisse Pyramide", até hoje ainda não traduzido. Está com grande dificuldade para continuar seus estudos pois o governo chinês restringiu seu acesso à região. Há algum tempo, em uma entrevista concedida a uma rádio americana, Hausdorf falou sobre as pirâmides chinesas e de um extraordinário acidente com um OVNI na mesma região: "a versão chinesa para o Caso Roswell".

Ele descreve um grande número de túmulos que contêm esqueletos de estranhos humanóides, com cabeça grande e altura de 1,5 m. Além disso, junto deles, estavam centenas de discos de granito com estranhos hieróglifos. A tradução destes hieróglifos fala que há 2.000 anos houve uma colisão de um objeto "vindo do espaço" e cita a existência de seres humanóides, magros, amarelados e de cabeça grande que caíram do céu...

Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=6439.0

As Pirâmides Chinesas


De acordo com a lenda chinesa, as mais de cem pirâmides descobertas na China são o legado de visitantes extraterrestres.

Cerca de cem pirâmides, muito semelhantes à famosa pirâmide de Chichén-Itzah, no México, foram descobertas na região central da China. Qual seria sua origem? São tão antigas, como dizem alguns pesquisadores que visitaram a região chinesa de Kin Chuan? Teriam sido criadas por extraterrestres ou são mais um legado, de acordo com a antropologia gnóstica, dos sábios atlantes?

De acordo com a lenda chinesa, são o legado de visitantes extraterrestres.

Na virada do século, dois comerciantes australianos se encontravam numa vasta área nas planícies de Qin Chuan, na China central. Lá eles descobriram mais de cem pirâmides. Quando eles perguntaram ao guarda de um monastério local sobre elas, foi-lhes dito que, de acordo com os registros guardados no monastério, as pirâmides são consideradas muito antigas. Visto que os registros tinham mais de 5000 anos, podemos apenas imaginar a idade das pirâmides propriamente ditas.

Foi dito aos comerciantes que as pirâmides pertenciam à uma era quando os velhos imperadores reinavam na China, e que os imperadores sempre enfatizavam o fato de que eles não eram originários da Terra. Eles eram descendentes dos filhos do céu, que estrondosamente desceram a esse planeta em seus dragões de metal ardente. Foi dito aos comerciantes que as pirâmides haviam sido construídas por visitantes do espaço sideral.

As pirâmides são geralmente feitas de argila e terra, não de pedras, e alguns fazendeiros coletaram-nas para levar material para seus campos e casas.
Todas elas estão situadas nas planícies de Qin Chuan e diferem em tamanho entre 25 e 100 metros de altura. Todas, exceto uma. Ao norte, no vale de Qin Lin, encontra-se o que se tornou conhecido como a Grande Pirâmide Branca. Ela é imensa, aproximadamente 300 metros de altura!

Fonte: Conspiração - As Pirâmides Chinesas.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O monolito de Baalbek

Nas proximidades da cidade libanesa de Baalbek, há 85 quilômetros de Beirute, em uma região conhecida, antigamente, pelos gregos e romanos como Heliópolis ou a "Cidade do Sol", é atualmente o local que reune as ruínas mais preservadas da arquitetura romana.

Nesse local os engenheiros romanos, construíram uma espetacular obra de arquitetura, que compõe um complexo de templos, onde o mais famoso e imponente é o Templo de Júpiter, com 54 colunas de tamanho descomunal. Abaixo do templo uma fundação enorme conhecida como "Terraço Grande", com 1.500.000 metros quadrados de pedra, cortadas precisamente.

Apesar de não ter sido utilizado nenhuma 'massa', para unir as pedras, o templo que tem aproximadamente 2000 anos ainda mantém a sua estrutura.

O segredo da estabilidade notável do 'terraço', pode ser compreendida se analisarmos uma de suas paredes de retenção, que contém 3 blocos de pedra, com 600 toneladas cada um. Se fossem colocados eretos, seriam tão altos quanto um edifício de 5 andares.

Esse trio de pedras é conhecido como Trilithon, e é um dos mistérios mais velhos do mundo. Não se pode explicar como os construtores de Baalbek conseguiram mover essas lages monstruosas, da pedreira até o templo, pois a distância entre os dois pontos é de aproximadamente 1,5 quilômetros.

Mesmo nos dias de hoje com toda a tecnologia, não seria possível mover essas pedras.

O mistério se complica mais, porque foi encontrada na pedreira, uma quarta pedra praticamente pronta para o transporte, com 1.100 toneladas e 26 metros de comprimento. Esse 'monolito' é a maior pedra esculpida da face da terra.

Para movê-lo alguns centímetos seria necessário mais de 16.000 trabalhadores, puxando a pedra simultaneamente.

As hipóteses para o tentar explicar o mistério de como foram movimentadas essas enormes pedras se baseia em algum conhecimento antigo desconhecido ou força extraterrestre.

Fonte: http://chavemagica.tripod.com/misterios/misterio11.htm

Tridente de Paracas

O "tridente" é uma figura misteriosa com 183 metros de comprimento, e está traçada sobre a duna ocre e salitrosa, onde seus sulcos tem aproximadamente 1 metro de profundidade. Está situada na ponta Pejerreyy, na península de Paracas, ao norte da planície de Nazca. O eixo principal da figura está apontando para o Norte, mas existem muitas especulações sobre para onde o tridente aponta, o que mantém o símbolo de Paracas ainda envolto em mistério.

Quanto à antiguidade, os pesquisadores encontram-se totalmente desorientados, pois é muito difícil avaliá-la. Um dos pontos em comum com a região das Linhas de Nazca, é a secura do lugar, o que permitiu preservação digna de nota da figura. 

A atmosfera salitrada agiu como um aglutinante, comprimindo e endurecendo a areia que contorna o "tridente". Os fortes ventos reinantes enchem e esvaziam os "braços", embora, ao que se saiba, até hoje não tenham sido capazes de apagá-los.

Quando o pesquisador escava no interior desses "braços", surge outra surpresa. A dez ou quinze centímetros, dependendo dos lugares examinados, a areia desaparece, dando lugar a uma crosta branco-amarelada; de natureza cristalina, muito comum em toda a península de Paracas. Esta sedimentação natural, além de sua ofuscante luminosidade, apresenta uma superfície espantosamente lisa. A dedução é inevitável: Há centenas ou talvez milhares de anos, o "tridente" de Paracas podia oferecer uma lâmina e colorido infinitamente mais atraentes do que na atualidade. Se hoje em dia ele é visto do mar ou do ar como um todo avermelhado-amarelento, no passado essa imagem certamente faiscaria ao sol como um "tridente" de prata.


Entretanto, qual é a sua finalidade? Como no caso das Linhas de Nazca, são tão múltiplas as teses como variadas as tendências. No entanto, todas elas, direta ou indiretamente, coincidem no único fato aparentemente claro: tanto por sua localização como por suas proporções, a figura parece ter sido concebida para uma observação a distância.

Alguns dizem que poderíamos estar diante de um gigantesco "farol", capaz de contribuir para melhorar a navegação, já que com o tempo limpo, o "tridente" é visível a 20 quilômetros da costa.

Nas manifestações artísticas dos "nazcas", o "tridente" ou "cacto tridente" é relativamente constante, mas sem registros da sua eventual finalidade.

Por que teria sido construido de modo e maneira a ser visto apenas do ar ou do oceano?

Fonte: Meus Enigmas Favoritos - Autor: J.J.Benitez.

A virgem de Guadalupe

O mistério se inicia em 1531, quando um camponês da aldeia de Cuautitlán, seguia a pé em direção à capital mexicana, quando no topo da montanha Tepeyacac, apareceu-lhe uma jovem de vestes luminosas, que em todas as suas quatro aparições, pedia a Juan Diego, o camponês, que comunicasse ao bispo frei Juan de Zumárraga para que edificasse naquele local um templo em sua honra.

O bispo, não acreditou em Juan, e pediu algo que comprovasse a sua história. Seguindo orientações da santa, Juan colheu algumas rosas no topo de uma colina, e as ocultou sob seu casaco. 

Na presença do bispo e de outras testemunhas, ao abrir o casaco, deixou cair as de rosas "de Castela". Todos ficaram perplexos, primeiro porque no inverno seria impossível que essas rosas florescessem, e segundo, e talvez o maior fenômeno, foi a formação súbita e misteriosa de um desenho, no tosco agasalho do camponês. Tratava-se de uma "pintura", representando a Virgem e que segundo dizem: "não era obra de pincéis e nem de mão humanas".

Desde essa data a imagem tem sido venerada por centenas de pessoas, e hoje está exposta sobre o altar, em uma basílica com o seu nome. Mas esse fato foi apenas o início do mistério.

As verduras gigantes

Prosseguindo com os mistérios do Vale de Santiago não poderia deixar de lembrar da região do Outeiro, que está localizada há 10 quilômetros dos sete vulcões. Por volta dos anos 70, José Carmen García Hernández e Óscar Arredondo Ramírez, impressionaram não somente o México, mas o mundo, com verduras e legumes com tamanhos nunca antes vistos. Imaginem um repolho com 43 quilos, um aipo com 1 metro de altura, pés de milho com 4 metros, folhas de acelga medindo 1,85 m, e outros legumes e flores gigantes que impressionam.

A notícia teve repercussão mundial, e como não poderia deixar de ser, os 'peritos' após verem com seus próprios olhos, esse fenômeno inexplicável, decidiram lançar um desafio, para poderem acompanhar e talvez descobrir o mistério utilizado pelos camponeses.

Os camponeses de Santiago e os engenheiros agrônomos do governo confrontaram suas habilidades em uma região chamada Tampico. Uns semearam seguindo os métodos tradicionais e os outros seguindo seus métodos secretos. Depois de algum tempo, o resultado foi assombroso, pois enquanto os primeiros conseguiram uma produção de 8 toneladas por hectare, os camponeses ultrapassaram as 100 toneladas.

Descobriu-se que essas criações gigantes tem menos sabor que as normais, e que o resultado parece ter sua eficácia apenas no Valle de Santiago, pois foram feitos experimentos em outras regiões e o resultado não foi satisfatório.

A notícia desses gigantes da natureza, não agradou as multinacionais, pois esse tipo de cultivo, dispensava fertilizantes e pesticidas e se desenvolvia em condições de normais de irrigação. Depois de muita pressão os camponeses foram obrigados a abandonar suas experiências e suas terras. Contudo, ninguém conseguiu 'arrancar' de nenhum deles o segredo do cultivo.

Os habitantes comentam que a técnica está baseada na arte da Astrologia e foi passada aos habitantes do Vale das Sete Luminárias, como é chamado o Vale de Santiago, por seres 'não-humanos'.

Pode parecer muito difícil de acreditar, mas os vegetais fisicamente existem, e se não foi por algum conhecimento de forças ou energias desconhecidas para nós, que tal tentarmos fazer um repolho gigante, utilizando os conhecimentos científicos que temos hoje ??

Fonte bibliográfica: Meus enigmas favoritos - Autor: J.J.Benitez

O Vale de Santiago

No estado de Guanajuato no México, está localizado o Vale de Santiago, uma região que oculta muitos mistérios, que desafiam os tempos. Antes da chegada dos espanhóis, essa região era conhecida como 'Camémbaro' que significa "País das Sete Luminárias", pois existem 7 vulcões inativos que antigamente, no período de sua atividade, deviam ser como grandes tochas.

Nas crateras dos vulcões se formaram grandes lagos, cor de turquesa, que com o passar dos anos foram acumulando muitos relatos que se mostraram ser muito mais do que lendas.

No século XX, quando se sobrevoava e fotografava a região do Vale de Santiago, as imagens revelaram algo muito interessante, a disposição dos vulcões coincidia exatamente à posição das estrelas que compõe a constelação da Ursa Maior.

Rodas de luz

Em 15 de maio de 1879, numa noite clara, o Capitão da H.M.S. Vulture registrou um fenômeno extraordinário observado no Golfo Pérsico: "Notei ondas ou pulsações luminosas na água, movendo-se a grande velocidade e passando por baixo do navio de sul para sudoeste. 

Olhando para o leste, o aspecto era de uma roda giratória cujo centro estava naquela direção e cujos raios estavam iluminados; olhando para o oeste, uma roda semelhante parecia girar, mas na direção oposta.

Fui então ao topo da mezena ( 4,5 m acima da água ) com o primeiro tenente e vi que as ondas ou pulsações luminosas na verdade moviam-se paralelas, e o movimento aparentemente giratório, visto no convés, era causado pela alta velocidade e pelo maior movimento angular da parte mais próxima em relação à parte mais distante das ondas. A luz das ondas parecia homogênea, e mais clara, mas não tão cintilante quanto o são as aparições fosforescentes no mar, e ia da superfície da água até bem fundo; as ondas quando passavam iluminavam o fundo branco dos navios-despensas. Estimei que tivessem 7,5m de largura, com intervalos escuros de uns 22,5 m entre elas..."

Esses fenômenos estranhos ainda são vistos até hoje, principalmente, mas não só, no Oceano Índico. Mais de cem aparições dessas, todas bem atestadas, foram registradas no último século e meio. Como os cientistas não deram atenção a elas, foram forçados a reconhecer que esses fenômenos parecem desafiar toda explicação.

Fontes: CORLISS, William R.,Ed. Strange Phenomena: A Sourcebook of Unusual Natural Phenomena. Glen Arm,MD,1974; HALL, Richard. Aerial Anomalies at Sea. INFO Journal, maio 1975.

Nova versão de 'The Evil Dead'


A refilmagem do clássico de horror "The Evil Dead" ("A Morte do Demônio" por aqui), primeiro longa-metragem de Sam Raimi, foi confirmada nesta quarta-feira pelo site especializado (olha o nome) Bloddy-Disgusting.com. O remake foi confirmado no início da semana por Bruce Campbell, estrela dos filmes originais e espécia de ator-de-estimação de Raimi - ele sempre faz alguma ponta nos filmes do diretor. Em seu Twitter, Campbell disse: "Acredita no remake dawg! O projeto é real. Sendo feito. Muito legal. muito assustador!"

Raimi vai produzir a nova versão, que será dirigida por Federico Alvarez, um diretor uruguaio que ficou conhecido ao produzir um curta-metragem de ficção científica no qual Montevideo é destruído por uma invasão de naves e robôs alienígenas. O curta, "Ataque de pánico", pode ser conferido neste link .

Ainda não se tem notícia sobre o elenco, mas espera-se que Campbell tenha algum papel. O longa deve ser filmado com baixo orçamento, antes de Raimi se envolver com a produção de "Oz: The Great and Powerful".

"Evil Dead", de 1982, deu origem a uma série de filmes de terror com um pé na comédia que sedimentou a carreira de Raimi. As duas sequências, "Uma noite alucinante" e "Uma noite alucinante 2", foram lançadas em 1987 e 1992. Durante a década de 1990 o diretor tentou destruir sua carreira com fracassos como "Rápida e mortal" e "Por amor", mas no início do novo milênio deu a volta por cima com a trilogia do Homem-Aranha, seus filmes de maior sucesso até hoje.

Fonte: O Globo, de 13/7/2011.

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