segunda-feira, 4 de julho de 2011

O cubo do Dr. Gurlt

Dr. Adolf Gurlt
Em 1885, o Dr. Gurlt encontrou um cubo em uma mina de carvão na Alemanha, profundamente incrustrado numa camada datada do Terciário. Esteve ali por dezenas de milhões de anos, sem dúvida desde o fim dos dinossauros.

Informações do objeto: 1) Era quase um cubo, com duas de suas faces opostas ligeiramente arrendondadas; 2) Media 67 mm por 47 mm, sendo esta última medida tomada entre as duas faces arredondadas; 3) Pesava 785 gramas. Uma incisão muito profunda o circundava; 4) Sua composição era de aço duro com níquel e carbono. Não continha enxofre, e assim não era constituido de pirita, minério natural que pode tomar formas geométricas; 5) Certos especialistas da época, inclusive o próprio descobridor, afirmaram se tratar de um meteorito fóssil. Outros, que se tratava de um meteorito que tinha sido retrabalhado, mas por quem? Pelos dinossauros?

O cubo encontrado
Há alguns anos, o célebre jornalista científico soviético G. N. Ostroumov se apresentou no Museu de Salzburgo, disposto a examinar o cubo, ou melhor, um paralelepípedo descoberto pelo Dr. Gurlt. Para muitos pesquisadores do século XIX, este objeto, encontrado em uma camada de carvão de vários milhões de anos, teria sido feito por uma máquina.

O jornalista não pôde ver o cubo e parece que as autoridades do museu o receberam muito mal. Elas lhe declararam que o objeto provavelmente fora perdido antes da Segunda Grande Guerra e que nem havia provas de sua existência. Ostroumov retirou-se furioso e publicou em seguida artigos nos quais afirmava que as descrições desse objeto pareciam um logro.

Os manuscritos proibidos

Duas páginas da Bíblia de Nag Hammadi
Os livros apócrifos são publicações (manuscritos) que não fazem parte dos livros canônicos, quer dizer: não são reconhecidos como escritos sagrados e portanto não fazem parte da Bíblia Sagrada.

Em 367 d.C., por ordem do bispo Atanásio de Alexandria, foram destruídos inúmeros documentos com tendências heréticas. O bispo seguia uma resolução do Concílio de Bispos de Nicéia, reunida em 325 d.C. Esta ordem era para a destruição dos textos gnósticos em especial (hoje também conhecidos como apócrifos).

Porém sabendo da importância destes papiros originais do princípio do cristianismo, monges estabelecidos a margem do rio Nilo, optaram por não destruí-los. Esses monges guardaram os códices de papiros dentro de uma urna de argila e as enterraram-na na base de um penhasco chamado Djebel El-Tarif.

Em 1945, Mohammed Ali Es-Samman e seus irmãos, residentes na aldeia de El-Kasr, brincando a beira do penhasco, deram de cara com essas urnas.

Pensando que se tratava de ouro, acabaram quebrando uma das urnas, mas só encontraram 13 códices com mais de 1000 páginas de papiro. Decepcionados, levaram para casa, e sua mãe chegou a usar alguns papiros para acender o fogo.

Em 1952, O museu copta do Cairo, recebeu para sua guarda os manuscritos. Faltava algumas páginas e um códice fora vendido pela família de Mohammed para o Instituto Jung, Zurique. Esses códices passaram a ser chamados; Bíblia de Nag Hammadi, localidade onde fora encontrado os manuscritos. Antes desta descoberta, só se conhecia os textos gnósticos pelas citações de outros autores. Dos 53 textos encontrados, 40 eram inéditos, tolamente desconhecidos da comunidade científica. Estes manuscritos foram redigidos em copta, antiga língua egípcia, que utilizava caracteres gregos.

São Pacômio, jovem egípcio, que se convertera ao cristianismo em 320 d.C, fundou cerca de nove mosteiros ao longo do rio Nilo. Essa ordem primitiva era conhecida como "Atletas de Deus", serviu como modelo para os mosteiros ocidentais. Um desses mosteiros ficava perto do Penhasco Djebel El -Tarif. Tudo indica que eles eram os donos dos papiros e os esconderam nas urnas, para protege-los do Concílio de Bispos de Nicéia.

A Bíblia de Nag Hammadi compõem-se de: "Revelações de profetas Gnose" (anteriores a Jesus), "Escritos Gnósticos" (com textos cristãos) e "Tratados Herméticos" (relativos a alquimia consagrado ao deus egípcio Toth - o deus Hermes para os gregos).

Fonte: THE NAG HAMMADI LIBRARY - James M. Robinson (ed.) - Harper San Francisco, 1994, pg. 141-160 - Tradução: Raul Branco.

Quem era Maria Madalena?

O inconsciente coletivo guardou na memória a figura de Maria Madalena como mito de pecadora redimida. Fato considerado normal nas sociedades patriarcais antigas. A mulher era identificada com o sexo e ocasião de pecado por excelência.

Daí não ser nenhuma novidade a pecadora de Lucas ser prostituta e a prostituta ser Maria Madalena. Lc 8,2 cita nominalmente Maria Madalena e diz que dela “haviam saído sete demônios”. Ter demônios, segundo o pensamento judaico, é o mesmo que ser acometido de uma doença grave. No cristianismo, o demônio foi associado ao pecado. No caso da mulher, o pecado era sempre o sexual.

Nesse sentido, a confusão parece lógica. Mas não o é, se levarmos em consideração o valor da liderança exercida por Maria Madalena entre os primeiros cristãos, bem como a predileção de Jesus por ela. Entre os discípulos judeus, considerar Maria Madalena como prostituta significava também subestimar o valor da mulher enquanto liderança. Os padres da Igreja seguiram essa linha de pensamento.

Num fragmento apócrifo encontramos os nomes das nove mulheres que vão ao sepulcro, na manhã de domingo. Salomé é chamada de a sedutora. Uma mulher é chamada de a pecadora, da qual Jesus tinha dito: “Teus pecados te são perdoados”. De Maria Madalena não se diz nada, o que nos mostra que Maria Madalena não é vista como prostituta pelas primeiras comunidades.