quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O Sabá das Bruxas - Parte 4

Satã, bruxas e adeptos pisoteam a cruz em um Sabá -  Edição de 1608 do Malleus Maleficarum

Jean Bodin

Jean Bodin [1530-1596] escreveu On Witchcraft [La Démonomanie des Sorciers] — livro de 1580. Ele [que era jurista] recomendou tortura, até mesmo em casos de inválidos e crianças, para tentar confirmar a culpa de feitiçaria. Ele afirmou que nem mesmo uma bruxa poderia ser condenada erroneamente se os procedimentos corretos fossem seguidos, e a suspeita era tida como motivo suficiente para atormentar o acusado uma vez que rumores relativos à bruxaria quase sempre eram verdades.

Cerca de 75 anos depois da publicação do Malleus, o francês Bodin ou Bodinus, em latim, publicou volumoso trabalho, um tratado que veio a ser importante texto de referência sobre bruxaria. Ali o Sabá é descrito em detalhes; possivelmente a mais minuciosa descrição da cerimônia. Segundo Bodin, as assembleias eram realizadas em lugares solitários, em vales escondidos entre as montanhas, nas florestas.

Preparando-se para ir ao Sabá, a bruxa ou bruxo deitava-se em sua cama completamente despido (a) e untava o corpo com o famoso "unguento das feiticeiras" [cuja receita Eliphas Levi, ocultista francês do século 19, fornece em seu Dogma e Ritual da Alta Magia].

A substância produzia o "encantamento" e a pessoa era transportada pelo ar chegando ao lugar do encontro em curto espaço de tempo. Também Bodin se preocupa com a questão de o transporte ser um fato real ou apenas metafórico e conclui que, de fato, transportavam-se, fisicamente, de forma mágica.

O Sabá, como de costume, é descrito como uma grande assembleia de bruxos e demônios de ambos os sexos. Era meritório para os participantes veteranos trazer consigo novos convertidos. Em sua chegada, os novatos eram apresentados ao demônio que presidia o encontro e a quem era devida adoração através do sórdido ato de beijar sua parte íntima traseira. Os adeptos prestavam contas de suas atividades desde o último encontro e recebiam suas reprovações ou congratulações de acordo com seus méritos.

O diabo, geralmente representado como um bode, distribuía, então, amuletos, poções, unguentos e outros artigos que deveriam ser empregados nos feitos do mal. Os adoradores também faziam oferendas: ovelhas, pequenos pássaros, mechas de cabelo e outros objetos.

Todos deviam proferir imprecações contra os cristãos e os símbolos do cristianismo, blasfemas contra os santos e as coisas santas. Finalmente, o diabo iniciava a orgia sexual tendo relações com alguma nova bruxa - ou bruxo em quem deixava sua marca em alguma parte do corpo, em geral, na área genital.

Os "acertos de contas" eram o que se pode chamar de "negócio do encontro" e, depois dos negócios era a hora do banquete. Ocasionalmente, vistosas iguarias poderiam degustadas, mas, em geral, segundo Bodin, ao contrário de outros autores, o repasto era frugal. O "prato principal", ao que parece era, de fato, a luxúria e as mesas serviam, eventualmente, mais para a dança e a fornicação.

Sobre as danças, a carole da Idade Média era o modelo, uma dança comum entre camponeses, executada em círculo, com homens e mulheres aproximando-se e afastando-se alternadamente, o que permitia o reconhecimento mútuo dos participantes.

Outras danças foram introduzidas, mais ousadas, mais obscenas.

As músicas também eram vulgares beirando ao ridículo, o grotesco, executadas por instrumentos toscos e macabros, como flautas feitas de ossos, liras feitas de crânio de cavalo. O grupo entrava em estado de excitação tornando-se mais licencioso até que, finalmente, os participantes abandonavam-se ao desfrute de relações sexuais indiscriminadas nas quais o demônio tomava parte.

A assembleia terminava a tempo de as bruxas retornarem às suas casas antes do amanhecer.


Fonte: The Witches' Sabbath — O Sabá das Bruxas de Thomas Right | tradução & adaptação: ligiacabus

O Sabá das Bruxas - Parte 3

De Pythonicis Mulieribus - Ulrich Molitor (1489)

Manuais Contra ou Sobre a Bruxaria

A violência daquele tipo de perseguição produziu grande comoção popular em torno da bruxaria. No fim do século XV as pessoas tinham medo das bruxas e/ou medo de serem associadas às bruxas, especialmente na Itália, França e Alemanha.

O combate à feitiçaria, entregue às zelosas mãos dos Inquisidores, foi gradualmente se tornando um trabalho especializado e livros extensos foram escritos sobre o assunto: as práticas da bruxaria e as instruções para combatê-las.

Um dos primeiros destes livros foi o Formicarium, escrito por um frade suíço, John Nider, inquisidor em seu país. O livro não fala do Sabá da Bruxas, aparentemente, pouco comum ou inexistente na Suíça. No começo de 1489, Ulrich Molitor publicou o tratado De Pythonicis Mulieribus e, no mesmo ano, apareceu o mais célebre destes livros, o Malleus Maleficarum ou O Martelo das Feiticeiras, trabalho de três inquisidores alemães coordenados por Jacob Sprenger.

O Malleus Malleficarum é bastante completo e interessante coletânea de dados sobre a bruxaria. Os autores discutem várias questões, como o misterioso transporte das feiticeiras de um lugar para outro. Discute-se se o tal voo das bruxas é real ou apenas uma lenda. O Malleus também contém referências diretas ao Sabá permitindo concluir que, de fato, as reuniões eram grandes orgias priápicas que não eram típicas das crenças genuinamente germânicas.

A febre de publicações sobre bruxaria alcançou os séculos XVI e XVII e até o rei James I [Inglaterra] aventurou-se a escrever sobre o tema.


Fonte: The Witches' Sabbath — O Sabá das Bruxas de Thomas Right | tradução & adaptação: ligiacabus

A Previsão da Morte de John Lennon

Alex Tanous

O médium Alex Tanous estava sendo entrevistado por Lee Speigel, para o programa radiofônico Unexplained Phenomena (Fenômenos Inexplicáveis), da NBC. Os dois estavam sentados no escritório da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, localizado na rua 73 Oeste, na cidade de Nova York, bem em frente ao edifício de apartamentos Dakota.

Speigel pediu uma previsão especial, que pudesse interessar os ouvintes de todo o país - a audiência era de fãs de rock na faixa de 18 a 44 anos.

- A previsão que vou fazer - disse Tanous - é que um astro muito famoso do mundo do rock terá morte prematura, e que isso poderá acontecer a qualquer momento, a partir de agora. Refiro-me à morte prematura, porque existe algo estranho com seu passamento, mas o caso irá afetar a consciência de muita gente, por causa de sua fama.

Sem mencionar o nome, Tanous acrescentou que o astro podia ter nascido em um outro país, porém estava morando nos EUA.

O programa foi transmitido em 8 de setembro de 1980. Três meses depois, John Lennon, o astro do rock nascido na Inglaterra, que morava na cidade de Nova York, foi alvejado e assassinado à entrada do Edifício Dakota, visível pelas janelas do escritório em que Tanous estivera sentado quando previu que haveria um evento trágico.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

O Pássaro Gigante


Às 20h10 do dia 25 de julho de 1977, Marlon Lowe, menino de 10 anos de Lawndale, Illinois, teve uma experiência que a ciência considera impossível: ele foi levantado do chão e transportado pelo ar por um pássaro imenso.

O primeiro habitante de Lawndale a perceber alguma coisa estranha no ar foi um homem chamado Cox, que viu dois grandes pássaros semelhantes a condores vindos do Sudoeste. Naquele momento, Marlon estava correndo com alguns amigos, sem perceber que logo atrás dele dois pássaros gigantes, diferentes de qualquer espécie existente no Estado de Illinois, voavam a cerca de 2,50 metros de altura do solo. O menino ainda estava correndo, quando um deles o agarrou e transportou-o pelo ar.

Sua mãe, Ruth Lowe, viu tudo e gritou aterrorizada, correndo atrás dos pássaros. Depois de carregá-lo por uns 100 metros, a criatura soltou Marlon, que caiu, mas não se machucou. Os dois pássaros voaram em direção ao nordeste. No total, seis pessoas testemunharam o incrível evento.

A sra. Lowe declarou que os pássaros pareciam enormes condores, com bico de 15 centímetros e pescoço de 45 centímetros, e um anel branco no meio do pescoço. Com exceção do anel, os pássaros eram pretos. Cada asa tinha, pela estimativa mais conservadora, 1,20 metro de comprimento.

Mesmo com seis testemunhas, a história era tão incrível que, embora atraísse divulgação em âmbito nacional, ninguém acreditou nela, e a família Lowe viu-se sujeita a uma perseguição odiosa. O guarda-florestal local chamou a sra. Lowe de mentirosa. Pessoas desconhecidas começaram a deixar pássaros mortos junto à porta da casa deles.

Os adolescentes locais passaram a perturbar Marlon, chamando-o de "Bird Boy" (Menino Pássaro).

A tensão do ataque original e de suas consequências foi tal que os cabelos de Marlon, antes ruivos, tornaram-se grisalhos. Durante mais de um ano, depois do incidente, ele se recusou a sair de casa à noite.

Dois anos mais tarde, recordando aquele episódio, a sra. Lowe contou aos investigadores Loren e Jerry Coleman:

- Nunca esquecerei como aquela coisa enorme curvou o pescoço com o anel branco e pareceu bicar meu filho, enquanto o levava para longe de mim. Eu estava junto à porta, e tudo o que vi foram os pés de Marlon balançando no ar. Não existem pássaros por aqui que pudessem tê-lo levantado daquele jeito.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz