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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A Pequena Loja de Horrores

A Pequena Loja de Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960, EUA) é uma das primeiras e melhores comédias de humor negro já feitas e tornou-se um clássico do cinema. Dirigida pelo famoso cineasta Roger Corman (o rei dos filmes "B" americanos) tornou-se um "cult".

O filme conta a história de Seymour Krelboin (Jonathan Haze) que trabalha na floricultura, localizada nos arredores de Skid Row, e está apaixonado por Audrey (Jackie Joseph), que está saindo com o sádico dentista Orin Scrivello.

Orin, por sua vez, trata de um paciente que está sofrendo de amor, encenado pelo irrefreável Jack Nicholson. Seymour adquire uma nova planta e dá a ela o nome de Audrey II, depois do amor de sua vida.

Só que a planta precisa de carne e sangue humano para sobreviver - ela também fala - constantemente gritando Alimente-me! Alimeeeeeeeeeeente-me! Seymour está desesperado na sua busca frenética para encontrar comida para Audrey II. ...

Mas quando a planta floresce, para o horror de Seymour, as flores têm a cara de suas vítimas, o que é a prova das "refeições humanas" que ela comeu.



Ficha Técnica

Título: A Pequena Loja Dos Horrores
Título Original: The Little Shop of Horrors
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 71 minutos
Ano de Lançamento: 1960
Estúdio/Distrib.: SPECTRA
Direção: Roger Corman

Elenco

Jonathan Haze ... Seymour Krelboyne
Jackie Joseph ... Audrey Fulquard
Mel Welles ... Gravis Mushnik
Dick Miller ... Burson Fouch
Myrtle Vail ... Winifred Krelboyne
Tammy Windsor ... Teenage girl
Toby Michaels ... Teenage girl
Leola Wendorff ... Siddie Shiva
Lynn Storey ... Mrs. Hortense Feuchtwanger
Wally Campo ... Det. Sgt .Joe Fink/Narrator
Jack Warford ... Det. Frank Stoolie
Meri Welles ... Leonora Clyde
John Herman Shaner ... Dr. Phoebus Farb
Jack Nicholson ... Wilbur Force
Dodie Drake ... Waitress

Sinopse

A floricultura do mesquinho Gravis Mushnick (Mel Welles) está falindo. E ele está prestes a despedir Seymour Krelbonid (Jonathan Haze), seu atrapalhado funcionário quando este lhe mostra uma planta criada por ele. Audrey Jr. É seu nome em homenagem a Audrey (Jackie Joseph) a outra assistente de Gravis, a quem ele secretamente está apaixonado.

O oportunista Gravis usa a planta como um grande e último trunfo para tentar recuperar seu negócio. Entretanto, logo a planta começa a murchar e morrer. Mas, acidentalmente Seymour deixa cair algumas gostas de sangue na planta e, logo após, ela se recupera forte e sadia. Na medida em que ela cresce, se faz necessário cada vez mais sangue, e Seymour tem que sair para conseguir mais corpos humanos para saciar seu apetite.

Fontes: letras de filmes: Filme A Pequena Loja de Horrores (1960);
interfilmes: A Pequena Loja de Horrores (The Little Shop of Horrors - 1960)

Roger Corman

Roger Corman, cineasta, nasceu em cinco de abril de 1926, em Detroit, Michigan. É produtor, realizador, argumentista e, de vez em quando, ator. Estudou engenharia industrial na Universidade de Stanford, mas a paixão pela Sétima Arte o desviou para o cinema em 1953, tornando-se o diretor apelidado de "o rei da série B" do cinema americano.

Transformou-se numa celebridade no mundo do entretenimento, em sua freqüência incomum dirigindo e produzindo filmes em larga escala, chegando a produzir sete películas em um ano.

Fez filmes em dois dias e uma noite, com orçamentos de meia dúzia de dólares, um punhado de atores e um só cenário; é um dos nomes independentes históricos de Hollywood; assinou nos anos 60 uma série de adaptações de culto de contos de Edgar Allan Poe interpretadas por atores como Vincent Price, Peter Lorre, Boris Karloff e um novato chamado Jack Nicholson; e lançou as carreiras de nomes como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich, James Cameron, Joe Dante, Jonathan Demme ou Ron Howard.

Entre 1954 e o presente ano, Roger Corman já produziu e realizou mais de 400 filmes, gabando-se de ter perdido dinheiro apenas com um, The Intruder (1962), uma história anti-racista com William Shatner.

Formado em engenharia pela Universidade de Stanford e ex-aluno de Literatura Inglesa em Oxford, Corman já tocou praticamente em todos os gêneros, com particular ênfase no terror, na ficção científica, no filme de ação e de gangsteres e no policial. Em 1990, Roger, publicou as suas memórias, apropriadamente intituladas How I Made a Hundred Movies in Hollywood and Never Lost a Dime.

Filmografia

The Beast With a Million Eyes (1956, não creditado)
The Day the World Ended (1956)
It Conquered the World (1956)
O Emissário de Outro Mundo (Not of This Earth, 1957)
Attack of the Crab Monsters (1957)
The Undead (1957)
Teenage Caveman (1958)
War of the Satellites (1958)
A Bucket of Blood (1959)
A Mulher Vespa (The Wasp Woman, 1959)
O Solar Maldito (The Fall of the House of Usher, 1960)
A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960)
The Last Woman on Earth (1960)
A Mansão do Terror (The Pit and the Pendulum, 1961)
Creature from the Haunted Sea (1961)
A Torre de Londres (Tower of London, 1962)
The Premature Burial (1962)
Muralhas do Pavor (Tales of Terror, 1962)
Terror no Castelo (The Terror, 1963)
O Corvo (The Raven, 1963)
O Homem dos Olhos de Raio-X (X, The Man With the X-Ray Eyes, 1963)
O Castelo Assombrado (The Haunted Palace, 1963)
A Máscara Mortal (The Masque of the Red Death, 1964)
O Túmulo Sinistro (The Tomb of Ligeia, 1964)
Bloody Mama (1970)
Ga-s-s-s! Or it became necessary to destroy the world in order to save it (1970)
Deathsport (1978, não creditado)
Frankenstein, o Monstro das Trevas (Frankenstein Unbound, 1990)

Fontes: Biografia curta de Roger Corman; nostalgia: Roger Corman; Wikipédia.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Muralhas do Pavor

"Edgar Allan Poe é, indubitavelmente, o maior escritor de horror de todos os tempos, e qualquer tentativa de explicar o que faz jus a tão expressivo adjetivo é completamente inútil, basta analisarmos a sua inovadora e filosófica obra literária, jamais igualada por qualquer outro escritor. E, apoiando-se em bases tão sólidas quanto estas, é fácil imaginar porque os diretores e roteiristas sempre buscaram em Poe alguma inspiração.

Foi assim em 1932, quando o diretor Robert Florey resolveu filmar o grande clássico policial e precursor do gênero na literatura Os Assassinatos da Rua Morgue, com Bela Lugosi, e impulsionando a filmagem de outras obras do mestre, como O Gato Preto (1933) e O Corvo (1935), filmes estrelados por Bela Lugosi e Boris Karloff, atores que acabavam de sair das bem sucedidas adaptações de Drácula e Frankenstein (ambos de 1931).

Nas décadas posteriores o genial escritor novamente inspirou diretores e roteiristas, mas apenas Roger Corman soube extrair o verdadeiro terror que emanava das obras de Allan Poe, criando filmes baratos mas que alcançaram rápido sucesso entre os amantes do velho e bom horror gótico, no verdadeiro estilo europeu do século XIX.

Roger Corman, que além de dirigir também produzia os seus próprios filmes, descobriu esta fonte rica e inesgotável ao lançar A Queda da Casa de Usher (1960), que alcançou sucesso imediato, levando o diretor a criar outras obras-primas como O Poço e o Pêndulo (61), Muralhas do Pavor (62), O Corvo (63), A Máscara Mortal (64) e The Tomb of Ligeia (64); todos baseados em Poe, mas que apresentavam as características mudanças que o roteirista oficial da American International Pictures (AIP), Richard Matheson, geralmente fazia, sem contudo, prejudicar o clima gótico descrito pelo escritor, ao contrário, a mitológica parceria Corman-Matheson-Price fizeram as mais criativas pérolas do horror da história do cinema.

Muralhas do Pavor (Tales of Terror) é um caso à parte em termos de inovação. Neste filme o roteirista Matheson condensou quatro contos de Poe em três histórias fantásticas, demonstrando que o dinheiro se torna fútil quando se tem criatividade e talento.

A primeira história do filme é baseada no conto Morella e o clima gótico apresentado é grandioso mas cheio de clichês, com direito a castelo-macabro-na-beira-de-precipício. Mostra a estranha conduta do senhor Locke (Vincent Price), um homem excêntrico e recluso em sua velha mansão, e cuja rotina diária consiste em remoer e lamentar amargas lembranças do passado. Sua rotina, porém, muda completamente quando a sua filha Lenore (Maggie Pierce) retorna depois de 26 anos e traz consigo lembranças ainda mais amargas, já que era considerada por Locke a assassina de sua mãe Morella (Leona Gage), cujo corpo era mantido embalsamado em uma cama. Lenora tenta se reconciliar com o pai, que apesar de parecer duro e inflexível, se dobra ante as suas lamentações. Mas quando tudo parecia voltar ao normal, Morella, usando o corpo da própria filha, volta para vingar-se de ambos. "E os ventos do firmamento uivavam os únicos sons em meus ouvidos, mas as ondas do mar murmuravam... Morella".

A segunda história é na verdade uma criativa e bem humorada adaptação de Matheson, que condensou e uniu os contos O Gato Preto e O Barril de Amontilado e os narrou de forma excelente. Novamente brilha o gênio de Vincent Price, agora contracenando com outro mito, o cômico Peter Lorre, e sem dúvida nenhuma o grande momento dessa história é justamente o encontro deles em uma taverna onde ocorre uma convenção de vendedores de vinho; e a disputa entre eles para saber quem é o melhor conhecedor de vinhos é fantástica, numa verdadeira e bem humorada cena com trocas mútuas de canastrice (no bom sentido!).

O “pequeno gigante” Peter Lorre, numa das caracterizações de bêbado mais perfeitas que eu já vi, mostra todo o seu talento ao interpretar Montresor Herringbone, um bêbado inveterado que vinga-se de seu amigo-rival Fortunato Luchresi (Price) e de sua infiel esposa Annabel (Joyce Jameson, a mesma de Farsa Trágica - 63) por traição. Ele empareda ambos, “nas muralhas do pavor”, só que comete o pequeno deslize de emparedar junto o gato preto que ele tanto odiava; e este mesmo gato, com rugidos macabros e fantasmagóricos, o denuncia futuramente durante uma inspeção da polícia em sua casa. "Emparedara o monstro negro bem dentro do túmulo. "

A terceira e última história é baseada no conto O Estranho Caso do Sr. Valdemar; e é a mais sombria e mórbida, e apresenta novamente Vincent Price no papel principal, contracenando agora com outro monstro sagrado do horror, o excêntrico Basil Rathbone, que faz o papel do Dr. Carmichael, o médico de Valdemar.

Na minha opinião, O Estranho Caso do Sr. Valdemar forma, juntamente com A Queda da Casa de Usher os mais sombrios e fantásticos contos de Poe, e talvez de toda a literatura macabra. O clima pesado e gótico dessa história mostra que o autor a escreveu em seu momento de maior inspiração, revelando de forma assustadora como poderia ser se uma pessoa fosse colocada em transe hipnótico-magnético exatamente no momento em que exala o seu último suspiro. É uma história tão fantástica que em alguns momentos parece ser real! E creio que Richard Matheson conseguiu perceber esse clima, e adaptou de forma extraordinária esta obra-prima da literatura fantástica, modificando-a em detalhes quase imperceptíveis, apena spara se encaixar nos padrões cinematográficos.

A belíssima Debra Paget (que voltaria a trabalhar com Price em 1963 no clássico O Castelo Assombrado, também de Corman) interpreta a esposa do Sr. Valdemar e tenta impedí-lo de deixar que o Dr. Carmichael prossiga com suas macabras experiências mesméricas. Mas quando o Sr. Valdemar estava em seu leito de morte, o doutor finalmente realiza sua experiência e consegue êxito, impedindo que o velho moribundo descanse em paz. Mas este, no final, volta-se contra a conduta egoísta e traiçoeira do Dr. Carmichael, já que as consequências não foram muito boas, e o mata para sair de seu inferno podre e inacabável e descansar para sempre no sono da morte.

Muralhas do Pavor apresenta tudo que um fã do horror clássico poderia pedir: clima gótico apurado e eficiente; a presença impagável de atores cujo nome não é necessário citar e história baseada no mais sombrio escritor de todos os tempos, Edgar Allan Poe... Quer mais?! Então morra!!!!" (E. R. Corrêa)



Ficha Técnica

Muralhas do Pavor (Tales of Terror, EUA, 1962, 86 minutos).
Direção:Roger Corman
Roteiro: Richard Matheson, baseado em contos de Edgar Allan Poe
Produção: Roger Corman
Produção Executiva: Samuel Z. Arkoff; James H. Nicholson
Música: Les Baxter
Fotografia: Floyd Crosby
Edição: Anthony Carras
Efeitos Especiais: Pat Dinga
Efeitos Visuais: Ray Mercer
Desenho de Produção: Bartlett A. Carre; Daniel Haller

Elenco

Vincent Price (Fortunato/Valdemar/Locke); Maggie Pierce (Lenora Locke); Leona Gage (Morella Locke); Edmund Cobb; Peter Lorre (Montresor Herringbone); Joyce Jameson (Annabel Herringbone); John Hackett; Lennie Weinrib; Wally Campo; Alan DeWitt; Basil Rathbone; Debra Paget; David Frankham; Scott Brown.

Sinopse

Um clássico baseado na obra de Edgar Allan Poe, contendo 4 contos interpretado pelo mestre no gênero Vicent Price. O filme tem 3 episódios; "Morella", sobre o cadáver de uma mulher morta há 26 anos; a segunda e a junção de dois contos, "O Gato Preto" e "O Barril de Amontilado", onde um velho bêbado trava amizade com um degustador de vinhos; o terceiro e último é "Fatos Estranhos do Sr. Valdemar" sobre um médico que hipnotiza um moribundo para se comunicar com sua mulher no além.

Fontes: MovieMago - Muralhas do Pavor; Boca do Inferno - Muralhas do Pavor