Mostrando postagens com marcador cineasta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cineasta. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de julho de 2011

Tobe Hooper

Ele nunca foi cultuado por nenhuma legião de fãs ou adorado pela crítica especializada. Sua filmografia oscila entre filmes medíocres e filmes quase medíocres. Entretanto, o cineasta texano Tobe Hooper merece alguns créditos por duas grandes façanhas: iniciar a carreira comercial dirigindo um dos filmes mais importantes da história do cinema de horror e manter-se fiel ao gênero durante mais de 25 anos.

Tobe Hooper (William Tobe Hooper), diretor de cinema e TV, nasceu em Austin, Texas, em 25 de janeiro de 1943. Aos 9 anos já demonstrava interesse por filmes e foi professor universitário e cameraman de documentários durante os anos 1960. 

Seu primeiro filme chamou-se "Eggshells" e fez parte do circuito universitário durante o ano de 1969, rendendo vários prêmios, mas sem nunca receber um lançamento no cinema.

Em 1974, Hooper juntou amigos, professores e alunos para filmar "O Massacre da Serra Elétrica" a partir de um orçamento de US$60 mil que passou para US$ 70 mil e especula-se que possa ter chegado a US$120 mil, embora Hooper não confirme esta possibilidade. Com o bom sucesso do filme, Tobe logo foi chamado para roteirizar grandes produções como "Eaten Alive" (1977), "Salem's Lot" (1979), de Stephen King.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nova versão de 'The Evil Dead'


A refilmagem do clássico de horror "The Evil Dead" ("A Morte do Demônio" por aqui), primeiro longa-metragem de Sam Raimi, foi confirmada nesta quarta-feira pelo site especializado (olha o nome) Bloddy-Disgusting.com. O remake foi confirmado no início da semana por Bruce Campbell, estrela dos filmes originais e espécia de ator-de-estimação de Raimi - ele sempre faz alguma ponta nos filmes do diretor. Em seu Twitter, Campbell disse: "Acredita no remake dawg! O projeto é real. Sendo feito. Muito legal. muito assustador!"

Raimi vai produzir a nova versão, que será dirigida por Federico Alvarez, um diretor uruguaio que ficou conhecido ao produzir um curta-metragem de ficção científica no qual Montevideo é destruído por uma invasão de naves e robôs alienígenas. O curta, "Ataque de pánico", pode ser conferido neste link .

Ainda não se tem notícia sobre o elenco, mas espera-se que Campbell tenha algum papel. O longa deve ser filmado com baixo orçamento, antes de Raimi se envolver com a produção de "Oz: The Great and Powerful".

"Evil Dead", de 1982, deu origem a uma série de filmes de terror com um pé na comédia que sedimentou a carreira de Raimi. As duas sequências, "Uma noite alucinante" e "Uma noite alucinante 2", foram lançadas em 1987 e 1992. Durante a década de 1990 o diretor tentou destruir sua carreira com fracassos como "Rápida e mortal" e "Por amor", mas no início do novo milênio deu a volta por cima com a trilogia do Homem-Aranha, seus filmes de maior sucesso até hoje.

Fonte: O Globo, de 13/7/2011.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vida de Mojica vai para as telas


José Mojica Marins, conhecido por interpretar Zé do Caixão, terá sua história contada em um filme, segundo sua entrevista ao jornal Extra.

Maldito, baseado na biografia de 1988 feita pelos jornalistas Ivan Finotti e André Barcinki, irá para as telonas com a direção de Vitor Mafra. O ator Matheus Nachtergaele já foi chamado para representar o ícone do terror brasileiro.

Prestes a completar 75 anos, Zé do Caixão prepara um longa chamado Sete ventres para o demônio. Sua série O Estranho Mundo de Zé do Caixão, no Canal Brasil, inicia sua quarta temporada em março. E, em ritmo de folia, ele será o homenageado da escola Unidos da Tijuca no Carnaval carioca deste ano. Abram alas!

Fonte: Canal Brasil - CineJornal - 14/2/2011.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

John Landis

John Landis, cineasta, nasceu em Chicago, Illinois, EUA, em 3 de Agosto de 1950. Aos 17 anos trabalhou como carteiro nos estúdios da Fox. Frequentemente escala diretores e produtores como atores em pequenas papéis em seus filmes. Dirigiu os videoclips das músicas Thriller e Black or White, ambos de Michael Jackson.

Landis é um caso peculiar na lista dos mestres do terror. De fato, o cineasta trabalhou tantas vezes no gênero como fora dele e não há dúvidas que o seu gênero de predileção é antes de tudo a comédia.

Essa forma de distanciação poderia ter feito de Landis um detestável realizador do gênero, mas, felizmente, o realizador nunca deixou dúvidas sobre o seu amor pelo gênero do fantástico, fazendo sempre prova de um grande respeito para com ele. Assim, John Landis deu-nos alguns dos melhores exemplos da fusão entre o riso e o medo, entre a comédia e o terror.

A sua carreira começou com o chanfrado Schlock em 1973, escrito e realizado pelo cineasta. Este low budget deixou claro de imediato a fusão de gêneros que marcará a sua filmografia. A partir daqui, Landis alternaria puras comédias e filmes de terror paródicos. Seguiram-se, portanto The Kentucky Fried Movie, Animal House, o mítico Os Irmãos Cara-de-Pau (The Blues Brothers), o não menos mítico Um Lobisomem Americano em Londres, Os Ricos e os Pobres", a sua participação em The Twilight Zone: The Movie, o famoso vídeo para Michael Jackson Thriller, as comédias Into the Night, Spies Like Us, Três Amigos, Cheeseburger Film Sandwich e Um Príncipe em Nova Iorque.

Como se pode verificar, John Landis contribuiu muito mais para o gênero da comédia do que para o do terror, mas Um Lobisomem Americano em Londres valeu-lhe uma merecida entrada no clube fechado dos realizadores do cinema fantástico.

Como praticamente todos os realizadores de gênero da sua geração, a entrada nos anos 90 foi complicada para o cineasta e os seus ensaios no cinema foram pouco convincentes, obrigando-o a desenvolver trabalhos para a televisão. No cinema, sucederam-se o fraco Oscar - Minha Filha Quer Casar, a simpática comédia vampiresca Innocent Blood, ou para esquecer Um Tira da Pesada 3", o desnecessário Blues Brothers 2000 e o inconseqüente Susan's Plan.

O seu trabalho para a televisão, como escritor, realizador e produtor, foi mais empolgante nomeadamente com a fabulosa série Dream On.

Será, portanto um pouco abusivo considerar John Landis um mestre do terror, mas há que reconhecer que muitos dos seus filmes, terror ou não, entraram no inconsciente coletivo dos fãs de filmes do gênero e, pensando bem, a sua participação nas duas temporadas de Masters of Horror parece perfeitamente lógica.

Filmografia

2007 - Don Rickles documentary
2006 - Great sketch experiment, The
2004 - Slasher (TV)
1998 - Plano de risco (Susan's plan)
1998 - Os irmãos cara-de-pau 2000 (Blue brothers 2000)
1996 - Os babacas (Stupids, The)
1994 - Um tira da pesada 3 (Beverly Hills cop 3)
1992 - Inocente mordida (Innocent blood)
1991 - Oscar - Minha filha quer casar (Oscar)
1988 - Um príncipe em Nova York (Coming to America)
1987 - As amazonas na lua (Amazon women on the moon)
1986 - Três amigos! (Three amigos!)
1985 - Os espiões que entraram numa fria (Spies like us)
1985 - Um romance muito perigoso (Into the night)
1983 - No limite da realidade (Twilight Zone: The movie)
1983 - Trocando as bolas (Trading places)
1981 - Um lobisomem americano em Londres (An american werewolf in London)
1980 - Os irmãos cara-de-pau (Blue brothers, The)
1978 - Clube dos cafajestes (Animal house)
1977 - Kentucky fried movie, The
1973 - Schlock

Fontes: FanatiCine; Adoro Cinema - Personalidades.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Roger Corman

Roger Corman, cineasta, nasceu em cinco de abril de 1926, em Detroit, Michigan. É produtor, realizador, argumentista e, de vez em quando, ator. Estudou engenharia industrial na Universidade de Stanford, mas a paixão pela Sétima Arte o desviou para o cinema em 1953, tornando-se o diretor apelidado de "o rei da série B" do cinema americano.

Transformou-se numa celebridade no mundo do entretenimento, em sua freqüência incomum dirigindo e produzindo filmes em larga escala, chegando a produzir sete películas em um ano.

Fez filmes em dois dias e uma noite, com orçamentos de meia dúzia de dólares, um punhado de atores e um só cenário; é um dos nomes independentes históricos de Hollywood; assinou nos anos 60 uma série de adaptações de culto de contos de Edgar Allan Poe interpretadas por atores como Vincent Price, Peter Lorre, Boris Karloff e um novato chamado Jack Nicholson; e lançou as carreiras de nomes como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich, James Cameron, Joe Dante, Jonathan Demme ou Ron Howard.

Entre 1954 e o presente ano, Roger Corman já produziu e realizou mais de 400 filmes, gabando-se de ter perdido dinheiro apenas com um, The Intruder (1962), uma história anti-racista com William Shatner.

Formado em engenharia pela Universidade de Stanford e ex-aluno de Literatura Inglesa em Oxford, Corman já tocou praticamente em todos os gêneros, com particular ênfase no terror, na ficção científica, no filme de ação e de gangsteres e no policial. Em 1990, Roger, publicou as suas memórias, apropriadamente intituladas How I Made a Hundred Movies in Hollywood and Never Lost a Dime.

Filmografia

The Beast With a Million Eyes (1956, não creditado)
The Day the World Ended (1956)
It Conquered the World (1956)
O Emissário de Outro Mundo (Not of This Earth, 1957)
Attack of the Crab Monsters (1957)
The Undead (1957)
Teenage Caveman (1958)
War of the Satellites (1958)
A Bucket of Blood (1959)
A Mulher Vespa (The Wasp Woman, 1959)
O Solar Maldito (The Fall of the House of Usher, 1960)
A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960)
The Last Woman on Earth (1960)
A Mansão do Terror (The Pit and the Pendulum, 1961)
Creature from the Haunted Sea (1961)
A Torre de Londres (Tower of London, 1962)
The Premature Burial (1962)
Muralhas do Pavor (Tales of Terror, 1962)
Terror no Castelo (The Terror, 1963)
O Corvo (The Raven, 1963)
O Homem dos Olhos de Raio-X (X, The Man With the X-Ray Eyes, 1963)
O Castelo Assombrado (The Haunted Palace, 1963)
A Máscara Mortal (The Masque of the Red Death, 1964)
O Túmulo Sinistro (The Tomb of Ligeia, 1964)
Bloody Mama (1970)
Ga-s-s-s! Or it became necessary to destroy the world in order to save it (1970)
Deathsport (1978, não creditado)
Frankenstein, o Monstro das Trevas (Frankenstein Unbound, 1990)

Fontes: Biografia curta de Roger Corman; nostalgia: Roger Corman; Wikipédia.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Terence Fisher

Terence Fisher, cineasta britânico, que atuou principalmente regendo filmes da Hammer Films, nasceu em 23 de fevereiro de 1904 em Maida Vale (Londres) e faleceu em 18 de Junho de 1980 em Twickenham. Seu pai morreu quando ele tinha quatro anos de idade, ficando sua educação a cargo de sua mãe e avós.

Seus avôs de férreas tradições vitorianas o matriculam, contra sua vontade, em uma escola militar. Porém se alista na marinha mercante, como aprendiz a bordo do H. M. S. Conway, onde percorrerá o mundo durante cinco anos. Após regressar a Londres trabalha como empregado numa loja de tecidos.

Para se distrair começa a freqüentar os cines. Maravilhado com o que vê na tela, decide trabalhar na indústria cinematográfica a qualquer custo.

Em 1930 foi trabalhar na Shepard’s Bush Studios como editor, mas apenas iria dirigir seu primeiro filme em 1948, A Song for Tomorrow. Mas foi na Hammer Films que o diretor conseguiria seus mais importantes filmes. Já trabalhara para a Hammer Films em 1933 nos primeiros filmes de ficção-científica da produtora, Four-Sided Triangle e Spaceways.

Em 1957 juntou-se ao roteirista Jimmy Sangster e aos atores Peter Cushing e Christopher Lee para refilmar Frankenstein, o clássico da Universal Pictures. Tendo Cushing como o doutor Frankenstein e Lee como a criatura (totalmente deformada, pois a produção não pode contar com as formas da criatura imortalizadas por Boris Karloff, cuja patente pertencia à Universal Pictures), o filme foi um enorme sucesso.

A mesma equipe foi reunida outra vez para, no ano seguinte, filmar O Vampiro da Noite, que superou todas as expectativas e seu estupendo sucesso colocou os filmes de terror outra vez no cenário cinematográfico mundial, tendo a Hammer Films como sucessora da Universal Pictures neste terreno – tanto que esta última, em acordo, cedeu os copyrights de seus monstros para que a Hammer produzisse seus filmes.

Estas duas obras dirigidas por Fisher praticamente definiram as produções de terror até a década de 70. Além da introdução das cores neste tipo de filme, a sensualidade era também mais destacada, com a constante presença de lindas mulheres com decotes bastante provocantes e, quase sempre, com seios grandes.

Os monstros também eram apresentados de maneira direta, diferentemente do que acontecia nos filmes da Universal Pictures, sempre envolvidos com problemas com a censura e com a distribuição. Mesmo assim, Fisher impunha um rígido código moral nas suas obras: o mal era sempre derrotado no final. Fisher aproveitou-se das novas condições morais menos rígidas e das novas tecnologias cinematográficas para renovar o universo de terror.

Fisher foi, sem dúvida, um dos diretores de filmes de terror mais influentes da segunda metade do século XX. Primeiro a imprimir o estilo gótico com a tecnologia a cores da Technicolor, com ênfase no sangue, na sensualidade e horror explícito que, se hoje parecem moderados, foram uma inovação em seu tempo.

Apesar de sua temática ser sombria e escatológica, seus filmes foram comercialmente bem sucedidos, mesmo que a crítica sempre o desdenhasse, ao longo de sua carreira. Somente após sua morte é que houve um justo reconhecimento por seus trabalhos.

Seu estilo pode ser definido como próprio, uma mistura de contos de fadas, mitos e sensualidade. Ao longo disso, uma temática cristã está fortemente presente, onde as forças do mal são derrotadas por um herói através da combinação da fé em Deus com a razão, em contraste com outras personagens que ou são bastante supersticiosos ou céticos, como observou o crítico Paul Leggett (in: Terence Fisher: Horror, Myth and Religion, 2001).

Uma completa análise de seus trabalhos foi feita na obra "The Charm of Evil: The Films of Terence Fisher" de Wheeler Winston Dixon (Londres, Scarecrow Press, 1991).

Principais filmes
1947 - Colonel Bogey
1948 - To the Public Danger
1948 - Song for Tomorrow
1948 - Portrait From Life
1949 - Marry Me!
1949 - The Astonished Heart (co.)
1950 - So Long at the Fair (co.)
1951 - Home to Danger
1952 - The Last Page
1952 - Wings of Danger
1952 - Stolen Face
1952 - Distant Trumpet
1953 - Four Sided Triangle
1953 - Mantrap
1953 - Spaceways
1953 - Blood Orange
1953 - Three's Company (co.)
1954 - Face the Music
1954 - The Stranger Came Home
1954 - Mask of Dust
1954 - Final Appointment
1954 - Children Galore
1955 - Murder By Proxy
1955 - The Flaw
1955 - Stolen Assignment
1956 - The Last Man to Hang?
1957 - Kill Me Tomorrow
1957 - he Curse of Frankenstein
1958 - Horror of Dracula
1958 - The Revenge of Frankenstein
1959 - The Hound of the Baskervilles
1959 - The Man Who Could Cheat Death
1959 - The Mummy
1959 - The Stranglers of Bombay
1960 - The Two Faces of Doctor Jeckyll
1960 - The Brides of Dracula
1960 - The Sword of Sherwood Forest
1961 - The Curse of the Werewolf
1962 - The Phantom of the Opera
1962 - Sherlock Homes und das Halsband des Todes
1964 - The Horror of It All
1964 - The Gorgon
1964 - The Earth Dies Screaming
1966 - Dracula - Prince of Darkness
1966 - Island of Terror
1967 - Frankenstein Created Woman
1967 - Night of the Big Heat
1968 - The Devil Rides Out
1969 - Frankenstein Must Be Destroyed
1974 - Frankenstein and the Monster from Hell

Fontes: Terence Fisher; Wikipédia; e traduzido da"Biografía de Terence Fisher"

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dario Argento


Mestre do "Horror Italiano", Dario Argento nasceu em Roma, no dia 7 de setembro de 1940. Sua mãe era uma fotógrafa brasileira que se casou com um italiano, Salvatore Argento (produtor de cinema), e decidiu morar na Itália. Por esse motivo, Dario considera-se meio brasileiro. Diz ter familiares e muitos amigos no Brasil.

Considerado pela crítica como uma espécie de Alfred Hitchcock italiano, principalmente quando assina obras geniosas de suspense como O Pássaro das Plumas de Cristal e O Gato das Nove Caudas. Da mesma forma como Hitchcock descobriu Psicose, Dario descobriu o horror. Virou o mestre europeu do gênero. "Até os americanos me reconhecem como mestre", admite sem falsa modéstia.

Ele não consegue explicar de onde veio sua atração pelo 'giallo', o nome como o gênero policial é tratado na Itália, porque os pulps, antigamente, tinham capas amarelas (uma característica que não era só italiana; no Brasil também houve a Série Amarela). Mas arrisca uma interpretação. "Não tenho medo de olhar para o meu lado escuro, não vejo os olhos quando vejo a violência do mundo à minha volta." Foi assim que, em sua carreira, o suspense progressivamente foi sendo substituído pelo horror e, por meio dele, Argento gosta de explorar os limites do medo na tela. Mas não prega sustos só por pregar. Está sinceramente interessado em discutir a angústia contemporânea.

Diz que se interessa muito por psicanálise. Jung? Não, Freud. "A Interpretação dos Sonhos é a minha Bíblia; sempre que vou a Viena, nunca deixo de visitar a casa dele." O freudianismo transparece no filme A Síndrome de Stendhal, que costuma passar na TV paga, mas o preferido de Argento é Suspiria. "É belíssimo", define. Belíssima, para ele, também é a sua versão de O Fantasma da Ópera, que saiu só em vídeo no Brasil, com Julian Sands e Asia Argento, sua filha.

Muitos diretores como Brian De Palma e Stanley Kubrick aprenderam com ele a usar um estilo único de movimentação de câmera e mistura de cores que criam efeitos impressionantes na tela.

Filmografia

- 1969: As Plumas de Cristal
- 1975: Prelúdio Para Matar
- 1977: Suspiria
- 1980: A Mansão do Inferno
- 1985:Demons (produção)
- 1986:Demons 2 (produção)
- 1986:Terror na Ópera
- 1990:Dois Olhos Satânicos
- 1993:Trauma


Fonte: baseado num texto de Luiz Carlos Merten

George Romero


George Romero é o mais lendário e aclamado realizador de filmes de zumbis (considerados um gênero próprio pelos fãs nos EUA), com títulos como A Noite dos Mortos-Vivos, Despertar dos mortos e O Dia dos Mortos no seu currículo de escritor/cineasta.

Recentemente, Romero apostou em remakes da sua obra, e assim estreou em 2005 o filme Terra dos mortos para voltar a fazer as delícias dos fãs do gênero. Alguns anos antes, o nome de Romero tinha sido considerado para realizar a adaptação do jogo de vídeo Resident Evil, mas acabou por ser retirado do projeto em detrimento de Paul W. S. Anderson.

Continuando a retomada iniciada em 2005, Romero rodou o filme Diary of the Dead, lançado em 2007. O filme foi produzido com um orçamento menor que o Terra dos mortos. Existem boatos de que ele realize uma continuação direta para Diary of the Dead.

George A. Romero (por Gabriel Paixão)

"Meus filmes sobre zumbis foram tão longe que eu fui capaz de refletir os climas sócio-políticos de décadas diferentes. Eu tenho um conceito de que eles têm uma pequena parte de uma crônica, um diário cinemático do que está acontecendo”.

Se fôssemos capazes de resumir em uma única palavra o que George A. Romero representa para o gênero terror, ela seria nada menos do que Mestre. Considerado como o pai dos filmes modernos sobre zumbis, Romero sempre foi respeitado, homenageado e referenciado neste sub-gênero que ajudou a promover com excelência.

Sua figura simpática, acessível e por vezes tímida na vida pessoal se transforma em um homem com o pulso firme de uma pessoa que sabe o que quer, quando está dirigindo uma produção e tornando-a mais um sucesso.

George Andrew Romero (sim, o A é de Andrew), nasceu no dia 4 de fevereiro de 1940, na cidade de Nova York, Estados Unidos, com descendência cubana, e entrou na renomada universidade Carnegie-Mellon em Pittsburgh no estado da Pennsylvania. Depois de graduado, Romero passa a dirigir pequenos curtas e comerciais.

Ele e alguns amigos formaram a produtora Image Ten Productions no final dos anos 60. Fizeram uma espécie de "vaquinha" levantando cerca de 10 mil dólares para cada um e produzir o que se tornaria um dos filmes de terror mais celebrados de todos os tempos: A Noite dos Mortos Vivos (1968).

Filmado em preto e branco com um orçamento de um pouco mais de 100 mil dólares, a visão de Romero, combinada com um roteiro sólido de autoria própria com auxílio do co-fundador da Image, John A. Russo, trouxe para a produtora um excelente retorno financeiro, alçando status de cult. A importância da produção foi tamanha que em 1999 o filme foi indicado para entrar no registro nacional de filmes do congresso dos Estados Unidos.

Antes de retornar aos mortos-vivos os próximos filmes de Romero foram menos aclamados e conseqüentemente menos vistos, mas não menos curiosos. Nesta fase estão filmes como Estrnhas Mutações (1973) e Martin (1977). Apesar de não obterem o sucesso atingido com A Noite..., estes filmes tem sua assinatura nas críticas e comentários sociais, normalmente relacionados com o terror. Como a maioria de seus filmes, eles foram rodados na cidade favorita de Romero (Pittsburgh, Pennsylvania) ou arredores.

Até que chega 1978 e Romero retorna ao gênero dos zumbis com o filme que conseguiu superar o resultado obtido anteriormente com A Noite dos Mortos Vivos. Despertar dos Mortos foi produzido sem o envolvimento da Image Ten, até então detentora da franquia, pois devido a um erro da produtora na hora de registrar A Noite... acabou transformando-o em um filme de domínio público, como resultado Romero e os investidores originais não receberiam nenhum dinheiro sobre os lançamentos em vídeo.

Filmando em um shopping na Pennsylvania durante a madrugada, Romero conta à história de quatro pessoas que escapam de uma série de ataques de zumbis e se trancam dentro de um lugar em que pensam que é um paraiso até que se tornam vitimas de si mesmos, da cobiça e de uma gang de motoqueiros.

Filmado com um orçamento de apenas 500 mil dólares (dizem que a cifra de 1,5 milhões divulgada foi apenas uma jogada de marketing para ajudar os produtores nas negociações com os distribuidores), o filme arrecadou mais de 40 milhões no mundo inteiro e foi nomeado como um dos filmes mais "cults" de todos os tempos pela revista Entertainment Weekly no ano de 2003. O filme também marcou o início de uma amizade e parceria duradoura entre Romero e o brilhante artista em maquiagem e efeitos Tom Savini.

Despertar dos Mortos abriu as portas para Romero trabalhar com maiores orçamentos e elencos mais estrelados. O primeiro filme desta fase foi Cavaleiros de Aço (1981), onde trabalhou com o ator Ed Harris e em seguida Creepshow (1982) que marcou a primeira, mas não a última, adaptação de um trabalho do escritor Stephen King. Creepshow fez sucesso suficiente para que fosse habilitada uma continuação em 1987 também roteirizada por Romero.

A carreira de Romero deu uma declinada com o encerramento da então trilogia dos mortos com o filme Dia dos Mortos (1985). Sem o mesmo brilhantismo de seus dois filmes anteriores sobre zumbis, a produção derrapou na mão dos críticos que o consideraram bem "nhé", não tendo o sucesso esperado na bilheteria e fazendo com que Romero voltasse ao assunto quase 20 anos depois.

Na seqüência Romero dirige Comando Assassino (1988), sobre um homem tetraplégico e um macaco treinado que vira aos poucos seu instrumento de vingança. Ganhou prêmios em alguns festivais, mas não foi muito celebrado pelo público médio. Depois reparte uma adaptação de um conto de Edgar Allan Poeno filme Dois Olhos Satânicos (1990) com o diretor Dario Argento e em seguida mais uma adaptação de Stephen King com o interessante e subestimado A Metade Negra de 1993.

Sem obter o mesmo reconhecimento em termos de bilheteria dos seus filmes de zumbis, Romero só voltaria à cadeira de diretor após um hiato de sete anos com o filme A Máscara do Terror, sobre um homem cuja face se torna gradualmente uma máscara branca, que também não foi bem e entrou no hiato novamente, desta vez por mais cinco anos.

Mas um pouco antes, em 1998, Romero foi contratado pela produtora de games Capcom para rodar um comercial de 30 segundos para promover o popular game Resident Evil 2, acontece que o comercial foi divulgado nas semanas que seguiram do lançamento jogo e se tornou muito popular no Japão, fato este que fez com que a Capcom formalizasse um convite para que Romero dirigisse a versão cinematográfica do game. Como bem sabemos Romero recusou, em suas palavras: "Não quero fazer mais um filme de zumbis e não quero fazer um filme baseado em alguma coisa que não é minha...". Entretanto um pouco depois o diretor reconsiderou e chegou a escrever um roteiro, embora tenha recebido vários elogios, foi descartado para dar lugar ao tratamento de Paul W. S. Anderson.

Romero demonstrou admiração pelo diretor Zack Snyder após os bons resultados do remake de Despertar dos Mortos, lançado no Brasil como Madrugada dos Mortos (2004), fato este que contribuiu para o retorno do diretor em transformar a trilogia em quadrilogia, não antes de se aventurar no mundo dos quadrinhos ao escrever uma minissérie pela DC Comics em 6 partes chamada "Toe Tags Featuring George Romero" (com arte de Tommy Castillo e Rodney Ramos).

Em 2005 finalmente sai Terra dos Mortos e com criticas positivas e bom retorno financeiro, Romero anunciou mais um filme sobre zumbis: Diary of the Dead, mas rumores que, no começo do mês outubro de 2006, o diretor teria sido hospitalizado por um colapso preocuparam os fãs. Surpreendentemente na metade deste mesmo mês o mestre se sentiu bem o suficiente para continuar sua mais nova obra. Atualmente o filme se encontra em pós-produção para lançamento em meados de 2007.

Curiosidades

- George Romero é casado com a atriz Christine Forrest que conheceu nos sets de Season of the Witch e que quase sempre faz ponta nos seus filmes;

- Foi candidato para dirigir uma versão cinematográfica do livro "A Dança da Morte" de Stephen King, adaptado por Rospo Pallenberg, mas o filme nunca se materializou. Ao invés disto foi adaptada pelo próprio King em uma minissérie de TV;

- Também foi contatado para dirigir Cemitério Maldito, mas desistiu devido a diversos atrasos, passou o bastão para o amigo Tom Savini, que também caiu fora até que finalmente Mary Lambert ficou com o trabalho;

- Começou a fazer filmes quando ainda tinha 14 anos em uma câmera de 8mm;

- Romero colaborou com a empresa de games Hip Interactive na produção de um jogo chamado City of the Dead, mas o jogo foi cancelado devido a problemas financeiros da empresa;

- Segundo George Romero seus 10 filmes favoritos são: Irmãos Karamazov (1958), Casablanca (1942), Dr. Fantástico (1964), Matar Ou Morrer (1952), As Minas do Rei Salomão (1950), Intriga Internacional (1959), Depois Do Vendaval (1952), Repulsa Ao Sexo (1965), A Marca Da Maldade (1958) e Os Contos de Hoffman (1951), muito embora afirme que foi este último que o fez ter vontade de fazer filmes;

Filmografia

2005: Terra dos mortos (Land of the dead)
2000: A Máscara Do Terror (Bruiser)
1993: A Metade Negra (Dark half, The)
1990: Dois olhos satânicos (Due occhi diabolici)
1988: Comando assassino (Monkey shines)
1985: O Dia dos Mortos (Day of the dead)
1982: Creepshow - Show de horrores (Creepshow)
1981: Cavaleiros de aço (Knightriders)
1978: Despertar dos mortos (Dawn of the dead)
1977: Martin (Martin)
1974: O.J. Simpson: Juice on the loose (TV)
1973: Exército de Extermínio (The Crazies)
1972: Season of the Witch / Hungry wives
1971: There's always vanilla
1968: A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the living dead)

Fontes: Wikipédia; George A. Romero.

domingo, 23 de novembro de 2008

Alfred Hitchcock


Apelidado de "mago do suspense", Hitchcock se tornou um dos mais conhecidos e bem-sucedidos cineastas do mundo, gênero a que dedicou quase todos seus filmes.

Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899. Estudou engenharia e começou a trabalhar no cinema em 1920, como criador de letreiros de filmes mudos e depois como roteirista.

Dirigiu o primeiro filme em 1925 e no ano seguinte iniciou, com The Lodger (1926), a série de películas de suspense que o fariam famoso. Blackmail (1929; Chantagem), seu primeiro filme sonoro, alcançou grande sucesso.

Depois de um período britânico, com filmes como The Thirty-nine Steps (1935; Os trinta e nove degraus) e The Lady Vanishes (1938; A dama oculta), Hitchcock prosseguiu a carreira nos Estados Unidos, onde sua primeira película, Rebecca (1940; Rebeca, a mulher inesquecível), ganhou o Oscar da Academia para melhor filme.

Posteriormente, realizou Suspicion (1941; Suspeita), com uma inesquecível cena final centrada sobre um copo de leite presumivelmente envenenado, e Notorious (1946; Interlúdio).

Na década de 1950, aperfeiçoou ao máximo suas técnicas de suspense em filme como Strangers on a Train (1951; Pacto sinistro), Rear Window (1954; Janela indiscreta), The Wrong Man (1959; O homem errado) e Vertigo (1959; Um corpo que cai), este último, na opinião de alguns críticos, sua obra-prima.

Hitchcock experimentou mais tarde novos recursos dramáticos e expressivos. Assim, por exemplo, em Psycho (1960; Psicose), o espetacular assassinato da protagonista ocorre logo no início do filme; em The Birds (1963; Os pássaros), o clima de terror é provocado por aves que, inexplicavelmente, começam de repente a atacar as pessoas. Em Torn Curtain (1966; Cortina rasgada) e Topaz (1969; Topázio), histórias convencionais de espionagem, expôs uma clara divisão maniqueísta entre o bem e o mal.

Hitchcock tornou-se uma figura familiar ao grande público ao apresentar na televisão, nas décadas de 1950 e 1960, relatos breves de suspense. Era costume do diretor fazer em seus filmes aparições fugazes, que podiam ir desde subir num trem com um violoncelo até cruzar a tela passeando com um cachorro. Morreu em 29 de abril de 1980 em Bel Air, Califórnia.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Steven Spielberg


No dia 31 de maio de 2002, a trilha sonora de Indiana Jones tocava no volume máximo durante uma cerimônia de formatura. Os alunos eram estudantes de cinema e artes eletrônicas da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach (EUA). Até aí, tudo normal. Surpreendente mesmo é que um dos formandos era ninguém menos que o diretor responsável pela famosa trilogia do arqueólogo: Steven Allan Spielberg.

O cinqüentão Spielberg estava no meio dos alunos, feliz da vida, num evidente incentivo à educação nos Estados Unidos. Ele havia iniciado seus estudos na universidade em 1965, mas interrompeu o curso em 1968 para dedicar-se à carreira. Trinta e três anos mais tarde concluiu o bacharelado e garantiu seu diploma.

No currículo, o recém-formado poderia incluir como experiência profissional alguns dos mais estrondosos sucessos de bilheteria de todos os tempos, como Poltergeist, O Fenômeno, ET, o Extraterrestre, as trilogias Parque dos Dinossauros e Indiana Jones, Tubarão e O Resgate do Soldado Ryan, entre outros.

Desde criança, a vida pessoal de Spielberg se confunde com seus trabalhos cinematográficos. Nascido em Cincinnati em 18 de dezembro de 1946, o pequeno Steve já dava umas escapadas da escola para editar algumas fitas de vídeo caseiro. Com 13 anos de idade passou a dirigir seus primeiros curtas. Filmar era uma fuga para a tensão entre seus pais, que se separaram quando ele tinha 17 anos. Depois de produzir pouco mais de meia dúzia de filmes, aos 21 anos assinou seu primeiro contrato profissional, com a Universal.

Até 1975, dirigiu um longa por ano, incluindo o brilhante debute Encurralado, sendo que o último desse período foi o responsável pelo grande impulso na sua carreira: Tubarão. O thriller, um sucesso de bilheteria, é considerado o pontapé inicial dos blockbusters de verão. A partir deste filme, os grandes estúdios passaram a investir no modelo que atraía multidões às salas de cinema do Hemisfério Norte durante a estação mais quente do ano. Star Wars, lançado dois anos depois sob direção de George Lucas, comprovou o fenômeno. É deste ano também Contatos Imediatos de Terceiro Grau, que rendeu a Spielberg sua primeira indicação ao Oscar na categoria melhor diretor.

Em 1979, ele encarou seu primeiro fracasso de bilheteria e crítica, com a comédia 1941, sobre uma suposta invasão da Califórnia por japoneses após o ataque a Pearl Harbor. O fiasco só foi superado em 1981, quando o diretor emplacou Os Caçadores da Arca Perdida, um dos mais expressivos exemplos de como é possível conciliar puro entretenimento com qualidade artística. Aqui uma nova indicação da Academia, mas nada de estatueta. A aventura teve duas seqüências, boas mas inferiores ao primeiro episódio: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989).

O filme protagonizado por Harrison Ford e produzido por George Lucas, firmou Spielberg no primeiro escalão dos diretores de Hollywood. Em 1982, a consagração definitiva veio com o lançamento de E.T, o Extraterrestre, a maior arrecadação da história do cinema até então, que rendeu uma nova indicação. Mas, novamente, ele ficou só na vontade. Em 1985, com A Cor Púrpura, o diretor experimentava um projeto mais maduro e controverso. Na mesma linha, em 1987, lançou O Império do Sol. Seu próximo sucesso comercial ocorreria somente em 1991, com Hook - A volta do Capitão Gancho, produção recebida com frieza pela crítica.

Em 1993, dois filmes do diretor lotaram as salas de cinema em todo o mundo. O primeiro, Jurassic Park, voltou a quebrar recordes e se tornou o maior fenômeno de bilheteria do cinema até a data. Já o segundo era um projeto de valor pessoal, A Lista de Schindler, sobre o martírio dos judeus na Segunda Guerra Mundial. Foi por este último que Spielberg finalmente conseguiu a sua primeira estatueta dourada de Melhor Diretor da Academia de Artes.

A consagração artística e a conta bancária proporcionaram um novo salto na carreira do realizador, que passou de funcionário a dono de estúdio em 1994, fundando a Dreamworks SKG em sociedade com Jeffrey Katzenberg, da Disney, e David Geffen, proprietário da gravadora Geffen Records. Hollywood não testemunhava o surgimento de um novo grande estúdio havia 75 anos. Amistad, de 1997, inaugurou a era Spielberg pela Dreamworks, mas teve a ingrata missão de concorrer com Titanic e acabou amargando um fraquíssimo desempenho nas bilheterias.

A recuperação veio no ano seguinte, com o Resgate do Soldado Ryan. Mais uma vez o pano de fundo é a Segunda Grande Guerra, revelando a sensibilidade do diretor de origem judaica com o tema. A ligação é forte, já que a avó de Spielberg sobreviveu a um campo de concentração na Polônia. E o pai, um engenheiro eletrônico, serviu o Exército durante a Guerra, no sudeste asiático. Pelo filme, Spielberg acabou levando para casa sua segunda estatueta de melhor diretor.

Os dois longas seguintes, e olha que são desnecessariamente longos, foram um verdadeiro teste de paciência para não-fãs de Spielberg, principalmente A.I. - Inteligência Artificial, de 2001. Minority Report, lançado em 2002, mostrou-se um pouco melhor. Mesmo assim, é incrível como o diretor conseguiu transformar dois excelentes pontos de partida em algo muito chato.

Ainda em 2002 uma nova recuperação veio com o lançamento de Prenda-me se For Capaz. Um filme despretensioso e, talvez por isso mesmo, muito mais envolvente que os dois anteriores. Mais ou menos na mesma linha foi o simpático O Terminal, de 2004; seguido pelo suspense de ficção científica Guerra dos Mundos, lançado em 2005, outro sucesso para o cineasta.

Em 2006, Spielberg, continuando a alternar blockbusters e produções consideradas mais "sérias", com grandes temas, lançou Munique, sobre a caçada aos assassinos de onze atletas da delegação israelense durante os Jogos Olímpicos de 1972. Agora, retoma um de seus maiores sucessos de todos os tempos com o quarto Indiana Jones.

Durante três décadas, Spielberg construiu seu reconhecimento como um dos mais importantes diretores de todos os tempos, seja pela vocação empresarial, pelo espírito visionário ou, simplesmente, por sua habilidade artística. Nesses 30 anos de altos e baixos, o diretor teve várias vezes o prestígio abalado, mas conseguiu dar a volta por cima, sempre em busca da perfeição cinematográfica. Unir entretenimento de massa com aprovação da crítica é uma das tarefas mais difíceis na sétima arte. E nesse quesito, Spielberg é insuperável.

Curiosidades

* Tubarão foi o primeiro filme a ultrapassar a arrecadação de US$ 100 milhões.

* Em 1997, o faturamento pessoal do diretor chegou a US$ 283 milhões, o maior do show business mundial naquele ano. Ele possui hoje uma fortuna superior a 2 bilhões de dólares.

* Com 8 anos de idade, Spielberg passou a manifestar suas emoções brincando com a câmera de 8mm do pai.

* Em 1957, os Spielbergs se mudaram para Scotsdale, no Arizona, onde eram a única família judia em toda a vizinhança.

* Na escola, o futuro cineasta deparou-se com o anti-semitismo. Havia épocas em que apanhava com freqüência no recreio.

* Frase famosa de Spielberg: “Antes de iniciar as filmagens de um novo trabalho, eu sempre assisto a quatro filmes. São eles: Os Sete Samurais (Akira Kurosawa, 1954), Lawrence da Arábia (David Lean, 1962), A Felicidade não se Compra (Frank Capra, 1946) e Rastros de Ódio (John Ford, 1956)."

* Spielberg nunca tomou café em toda a vida. A única tentativa ocorreu quando ele era criança, mas detestou o gosto.

* Além dos filmes que dirigiu, Spielberg atuou decisivamente como produtor nos sucessos Poltergeist (1982), Gremlins (1984 e a continuação em 1990), a trilogia De Volta para o Futuro (1985, 1989 e 1990), Goonies (1985), A Máscara do Zorro (1998) e Shrek (2001), entre outros.

Fonte: Omelete Cine - Steven Spielberg

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Zé do Caixão


José Mojica Marins, cineasta e criador do personagem Zé do Caixão, nasceu em 13/3/1936, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo. Filho de artistas de circo de origem espanhola, muda-se para a Vila Anastácio, onde o pai arruma emprego de gerente de cinema – daí seu contato com sua futura profissão.

Aos 9 anos, troca o pedido de uma bicicleta por uma câmera 8mm e faz seu primeiro filme, Juízo Final, já usando vermes, que se tornariam a sua marca, coletados com ajuda da vizinhança. Interrompe os estudos na 6a série.

Em 1958 faz o bangue-bangue A Sina do Aventureiro, que não obtém sucesso, o mesmo acontecendo com Meu Destino em Tuas Mãos, de 1960. Em 1963 surge o personagem Zé do Caixão na fita À Meia-Noite Levarei a Sua Alma, representado por ele mesmo porque ninguém queria o papel. O personagem torna-se popular graças à aparência satânica, com unhas compridas que ele garante ter cultivado por 36 anos.

Participa da produção de mais de 150 trabalhos, atuando como diretor, ator e supervisor. Nos anos 60 escreve 266 teleteatros para a TV Bandeirantes. Ganha cerca de 44 prêmios no exterior, incluindo o francês Le Grand Fantastic em 1974.

Em 1982 candidata-se a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permanece na direção da Escola do Zé, de artes cênicas, aberta nos anos 40 como Escola do Mojica.

Em 2001, é encontrado na Cinemateca Brasileira, o rolo de seu filme Reino Sangrento. O cineasta restaura a obra por meio de processo digital para lançá-lo no mercado. A edição 2001 do Sundance Film Festival prepara uma sessão dupla em homenagem ao cineasta.

A improvisação

Com um estilo rude de filmar baseado na improvisação, na falta de recursos técnicos, em histórias extremamente objetivas e no uso do português incorreto, Zé do Caixão, como veio a ser conhecido, conta com cerca de 30 filmes, alguns de aventura, comédia e até pornochanchada. Atraído pelo cinema e teatro desde cedo, aos 17 anos, fundou com ajuda de amigos, o estúdio Companhia Cinematográfica Atlas, depois Companhia Cinematográfica Apolo, no bairro do Brás, onde dava aula de cinema e fazia testes, utilizando animais, como aranha e ratos, vivos em cenas de terror.

Após alguns filmes amadores realizados em 16 mm mudos e um 35 mm sonoro inacabado (Sentença de Deus), fez seu primeiro longa metragem: A Sina de Aventureiro (1957), um faroeste em cinemascope. A seguir veio Meu Destino em Suas Mãos (1961). Encarnando o personagem Zé do Caixão, uma mistura de Exu e bruxo, de justiceiro e psicopata, que usa barba negra, unhas enormes, capa preta e cartola, realizou, como diretor e ator, o filme À Meia-noite Levarei tua Alma (1963).

Algumas das obras que se seguiram são: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1966), O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968) e O Despertar da Besta (1968), considerado seu melhor trabalho.

Nos anos 70, teve seus filmes censurados. Na década de 80, caído no esquecimento, entrou para a pornochanchada, realizando 24 Horas de Sexo Ardente (1984), 48 Horas de Sexo Ardente (1986) e Dr. Frank na Clínica das Taras (1987). Descoberto pela crítica internacional, foi elogiado nas páginas das revistas norte-americanas Cult Movies e Billboard e da francesa Cahiers du Cinema.

Fontes: Enciclopédia Abril 2002; Biografia de Zé do Caixão.