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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Erupções Vulcânicas e a Idade das Trevas


Para quem adora o inverno, já imaginaram viver em uma época de 10 anos de puro frio? Cerca de 1500 anos atrás, os continentes Ásia e Europa vivenciaram uma verdadeira reviravolta. Naquela década, foram também tempos de grande fome, peste e a guerra – provavelmente relacionadas pela escassez de colheitas e de terras férteis, o que deixou a população extremamente impaciente e revoltada.

Duas erupções vulcânicas seguidas ocorridas em meados do século VI escureceram os céus da Europa durante mais de um ano e podem ter contribuído para esfriar o clima, em um período conhecido como os anos das trevas, revela um estudo apresentado nessa sexta-feira, em Viena.

Segundo Matthew Toohey, diretor do trabalho realizado pelo Instituto Oceanográfico alemão Geomar, com sede em Kiel, qualquer das duas erupções poderia ter gerado um resfriamento significativo da superfície da Terra. Os dois eventos, ocorridos nos anos 536 e 540, "foram provavelmente as erupções vulcânicas mais fortes a afetar o hemisfério norte nos últimos 1.500 anos", disse Toohey à AFP durante uma reunião da União Europeia de Geociências.

Os efeitos combinados das duas erupções baixaram em dois graus a temperatura, o que produziu a década mais fria em dois mil anos. A baixa luminosidade provocada pelas partículas suspensas na estratosfera deve ter produzido impactos devastadores sobre a agricultura, desencadeando fome na Europa e nas zonas adjacentes.

A primeira praga pandêmica no continente ocorreu um ano após a segunda erupção, mas não é possível relacionar o inverno vulcânico à expansão da doença, afirmam Toohey e seus colegas do estudo publicado na revista Climatic Change.

Estes dois fenômenos coincidem com um pivô histórico entre o fim da Antiguidade e o início da Idade Média, um período conhecido historicamente como os anos das trevas.

O estudo tem um enfoque polêmico, já que combina ciências físicas com arqueologia e história, em uma pesquisa interdisciplinar pouco comum.

Muitos relatos, como o do historiador bizantino Procopio de Cesarea, que viveu em Roma, descrevem uma "nuvem misteriosa" que cobriu os céus no ano 536. "O Sol emitiu uma luz sem brilho, como a da Lua, durante todo o ano", escreveu o historiador.

Os registros históricos fazem menção a uma fome devastadora nos anos seguintes e ao colapso de várias estruturas sociais na Europa.

Na China, os historiadores também registraram um fenômeno climático após o qual ocorreram perdas de safras e fome.

Até recentemente, os pesquisadores não haviam obtido evidências de que a redução da luz solar era resultado de duas erupções vulcânicas, mas a análise de camadas de gelo nos polos esclareceu várias dúvidas. As camadas de gelo na Groenlândia e na Antártida guardam partículas da atmosfera do passado, o que permite datar as erupções e situá-las, neste caso uma no hemisfério norte e outra nos trópicos.

Por coincidência, outra equipe de cientistas, dirigida por Kees Nooren, da Universidade de Utrecht, na Holanda, apresentou em Viena um estudo que revela que o vulcão Chichonal no México registrou uma erupção no ano 540. O fenômeno ocorreu no auge da civilização Maia e marcou seu declive.

Para Nooren, as análises das camadas de cinzas coincidem com as amostras das camadas de gelo.

As amostras sugerem que o ano 536 foi o mais frio em dois mil anos, e foi seguido pela década mais fria registrada neste período.


Por Marlowe Hood / AFP

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Chuva de Fogo

Incêndio de 8/10/1871 em Peshtigo, Wisconsin, EUA ("The Great Peshtigo Fire of 1871").


Diz a lenda que o grande incêndio de Chicago, em 1871, começou quando a vaca da sra. O`Leary derrubou uma lanterna, ateando fogo na palha. As chamas então consumiram seu celeiro, passando de uma estrutura de madeira para outra, até quase atingir a cidade inteira. Antes de se conseguir debelar as chamas, mais de 17 mil edificações foram destruídas, 100 mil pessoas ficaram desabrigadas e pelo menos duzentas e cinquenta morreram.

Pouca gente sabe que todo o Meio-Oeste dos EUA foi vítima de calamitosos incêndios na noite de 8 de outubro de 1871, desde Indiana até dois Estados de Dakota, e de Iowa até Minnesota. Em resumo, eles representam a conflagração mais misteriosa e mais implacável na memória do povo americano.

Ofuscada pela tragédia de Chicago, Peshtigo, pequena comunidade de 2 mil almas nas proximidades de Green Bay, Wisconsin, sofreu desastre muito pior, em termos de vidas perdidas. Metade da cidade - mil habitantes - faleceu naquela noite terrível. As pessoas morreram sufocadas ou consumidas pelas chamas, cuja origem permanece desconhecida. Nenhuma estrutura foi deixada em pé.

De onde vieram as chamas, e por que tão repentinamente, sem nenhum aviso prévio?

“Em um instante terrível, grande chama surgiu no céu, a oeste da cidade", escreveu um sobrevivente de Peshtigo. "Inumeráveis línguas de fogo desceram sobre a cidade, perfurando quaisquer objetos que encontravam no caminho, como se fossem raios vermelhos. Um ruído ensurdecedor, misturado com estrondos de descargas elétricas, enchia o ar e paralisava todas as pessoas. Aquele desastre não teve um início em particular. “As chamas queimaram em instantes toda a cidade."

Outros sobreviventes referiram-se ao fenômeno como um furacão de fogo, declarando que edificações em chamas eram elevadas no ar, antes de explodirem em cinzas incandescentes.

O que as testemunhas oculares descreveram está mais próximo de um holocausto dos céus do que de um incêndio acidental, provocado por certa vaca agitada. Na verdade, de acordo com a teoria levantada por Ignatius Donnelly, congressista de Minnesota, os incêndios devastadores de 1871 realmente vieram do céu, na forma de uma cauda de um cometa caprichoso.

Durante sua passagem em 1846, o cometa Biela dividiu-se, inexplicavelmente, em dois. Ele deveria retornar em 1866, mas não apareceu. A cabeça fragmentada do Biela foi vista, finalmente, em 1872, na forma de uma queda de grande quantidade de meteoros.

Donnelly sugeriu que a cauda separada apareceu um ano antes, em 1871, e foi o motivo principal da difusa chuva de fogo que varreu o Meio-Oeste, danificando ou destruindo um total de 24 cidades, e deixando mais de 2 mil mortos em seu rastro. As condições da seca naquele outono, sem dúvida, contribuíram para a extensão da conflagração.

Os pesquisadores concentram-se no incêndio de Chicago, e não dão a devida importância ao Horror de Peshtigo, como a calamidade foi chamada na época. Eles ignoram por completo o cometa Biela e sua causa, que até hoje não encontrou explicação.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A era dos gigantes

Monte Pelée é um vulcão situado no norte da Martinica e é mais conhecido pela erupção de 1902, uma das mais devastadoras de que se tem conhecimento, tendo causado a morte de quase 30.000 pessoas e a destruição total da cidade de Saint-Pierre, situada no sopé da montanha. Em 8 de maio de 1902, uma nuvem ardente se desprendeu do alto do vulcão e destruiu inteiramente a cidade. O fluxo piroclástico, uma cinza vulcânica com cerca de 300 °C, cobriu 20 km ao longo de toda cidade de Saint Pierre, seguida pela lava, de aproximados 1000 °C. O efeito do fluxo piroclástico é tão devastador que em três minutos exterminou aquele povoado, derreteu casas, prédios. Pessoas foram encontradas queimadas, contorcidas, explodidas. A figura mostra uma erupção em 1855.
Que efeitos poderiam ter a aproximação progressiva de um satélite da Terra? — perguntaram-se Saurat e Bellamy. Antes de tudo, a diminuição da atração terrestre, como conseqüência do aumento da atração lunar. E, como resultado disso, o alagamento de vastíssimas áreas continentais resultante da possante maré sem refluxo, além do aparecimento de criaturas de estatura muito desenvolvida.

Somente um fenômeno dessa natureza, sustentam os dois cientistas, pôde permitir a vida às grandes plantas e aos grandes animais que povoaram nosso globo. E com aqueles gigantes animais e vegetais apareceram também homens com estatura média de 5 metros: para tanto teria igualmente concorrido a intensidade aumentada dos raios cósmicos, aos quais os titãs teriam sido devedores de uma inteligência superior.

Sobre a ação dessas partículas já houve longas discussões que hoje ainda prosseguem animadamente. É claro que serão necessários anos e anos após as experiências iniciais para que possamos chegar a conclusões válidas.

"Como aconteceu com outras radiações" — diz por enquanto o Professor Jakob Eugster, o maior perito na matéria — "como as do rádio, dos raios X e outras, os raios cósmicos podem apresentar dois efeitos: provocar mutações, isto é, mudanças nos caracteres hereditários, e causar danos ou alterações aos tecidos."

Se houve efetivamente a destruição das luas e, conseqüentemente, um aumento da intensidade de bombardeamento de partículas radioativas às quais estamos expostos, esse último fator pode ter con­tribuído para o fenômeno do gigantismo.

Podemos ter uma idéia disso dando um pulo até Martinica. O que aconteceu naquela ilha parece apoiar as teorias que propõem estar o gigantismo ligado, de uma ou de outra maneira, a uma chuva radioativa mais violenta.

Essa ilha das Antilhas foi palco, em 1902, de pavorosa erupção vulcânica — a do Monte Pelée — que em poucos minutos dizimou 20 mil pessoas só na cidade de St. Pierre. No dia do desastre formou-se na cratera uma nuvem de cor violeta-escuro, resultante dos gases vulcânicos saturados pelo vapor de água. A nuvem se agigantou, espalhou-se por toda a ilha sem que o povo desse conta do perigo e, quando uma coluna de fogo de 400 metros saiu da cratera do Monte Peleé, a massa de gases incendiou-se, desenvolvendo um calor acima de 1.000°C, disseminando a morte. Apenas um homem sobreviveu: um preso, protegido pelas espessas paredes de sua cela subterrânea.

A cidade de Saint Pierre devastada em 1902.

Contrariando as expectativas, a vida voltou rapidamente à ilha, embora a cidade nunca mais tenha sido reconstruída. Novamente começou a crescer a vegetação, e a Martinica outra vez povoou-se de animais. Mas tudo ficou gigantesco: cães, gatos, tartarugas, lagartos — até os insetos aumentavam de tamanho e cresciam ainda mais nas gerações seguintes.

Chocados pelo estranho fenômeno, os franceses estabeleceram aos pés do vulcão uma estação para pesquisas científicas, chegando rapidamente à conclusão de que as mutações animais e vegetais eram devidas às radiações dos minerais deixados expostos pela erupção.

Os raios manifestaram seus efeitos também sobre os homens: o chefe da estação científica, Doutor Jules Graveure, cresceu 6 centí­metros, e seu assistente, Doutor Rouen, de 57 anos, aumentou 5 centímetros e meio.

Lançando mão de culturas protegidas contra as radiações, os es­tudiosos puderam realizar importantes comparações, observando, entre outras coisas, que um rebento exposto aos raios cresce três vezes mais depressa que o normal, e que em seis meses uma planta irradiada consegue um desenvolvimento para o qual seriam necessários dois anos, em condições normais. Os frutos chegavam à maturação muito mais depressa, embora com volume maior, e as cactáceas simplesmente dobravam de tamanho.

Como as plantas, também os animais inferiores se mostraram mais sensíveis às radiações: um lagarto venenoso, chamado "copa", que antes media no máximo 20 centímetros, tornou-se um dragão de meio metro, e sua mordedura, antes nem sempre fatal, é agora mais mortal que a picada de uma cobra.

O curioso fenômeno do crescimento desaparece quando os exemplares em exame são afastados da ilha. Também na Martinica, de qualquer maneira, a curva ascendente alcançou o máximo: a intensidade das radiações começa a diminuir e os "monstros" a encolher.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos -  Edições Melhoramentos - 4.a Edição  - 1968.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Do sonho à realidade


Um dos piores desastres na história da aviação comercial ocorreu no Aeroporto O'Hare de Chicago, no dia 25 de maio de 1979. Foi o terrível dia em que um DC-10 da American Airlines sofreu um acidente na decolagem, matando todos os seus tripulantes e passageiros. O acidente chocou o país, mas não chegou a surpreender um homem de meia-idade de Cincinnati, Ohio. A partir do dia 16 de maio, Dave Booth, que trabalhava em uma agência de aluguel de carros, passara a ter sonhos com um terrível acidente aéreo todas as noites.

- O sonho começava - revelou ele posteriormente -, e eu me via olhando para um campo a partir do canto de um prédio térreo. A construção, feita de tijolos amarelos, tinha o teto cheio de cascalhos. As janelas que davam para o campo pareciam estar protegidas com papel colado. A impressão que recebia do edifício era de que deveria ser uma escola. No entanto, o prédio fazia lembrar também algum tipo de fábrica. Atrás do edifício havia um estacionamento cheio de cascalhos, com uma pista que dava a volta pela construção e então seguia em direção à estrada principal, que ficava às minhas costas.

Olhando para o campo, via uma fileira de árvores de noroeste a sudeste. Todas as árvores e a grama eram verdes. Sei que era tarde, porque o sol estava se pondo a oeste. Olhando sobre a fileira de árvores, rumo nordeste, vi um grande avião no ar. A primeira impressão que tive é que, por estar tão perto de mim, aquele avião devia estar fazendo um ruído muito mais alto. Percebi que havia alguma coisa errada com o motor. O avião então desviou-se para a direita, seguindo em direção a leste. A asa esquerda se elevou no ar, muito lentamente, mas não em câmara lenta, o avião girou de cabeça para baixo e foi diretamente para o solo.

Vi o avião bater. Era como se eu estivesse olhando o avião de frente, e não de lado nem por trás. Quando o aparelho se chocou contra o solo, houve uma enorme explosão. Não consigo pensar em nenhuma palavra para descrevê-la, exceto que ela foi pavorosa... Quando o ruído começou a morrer, acordei. A aeronave que eu vi em meus sonhos era um aparelho de três motores da American Airlines.

O desastre aconteceu nove dias depois que os sonhos de Booth começaram, quando um DC-10 da American Airlines sofreu um acidente logo após a decolagem às 15h03, em Chicago. A aeronave perdeu um motor logo após decolar, em seguida perdeu altitude e colidiu em um aeroporto abandonado adjacente ao O'Hare. Testemunhas falaram sobre o estranho silêncio do aparelho, como se seus outros motores tivessem falhado. O avião também girou perpendicularmente e bateu no solo primeiro com a asa esquerda. Depois, colidiu com um hangar e explodiu, com chamas que se elevaram a 120 metros.

Felizmente, as provas da previsão de Booth não residem apenas em seu testemunho pessoal. Quando os sonhos começaram a se repetir, ele ficou tão preocupado que entrou em contato com a American Airlines e com a Cincinnati Aviation Administration. Eles não sabiam o que fazer, tendo em vista a advertência telefônica. Foi então que Booth ligou para as Forças Armadas, onde representantes anotaram cuidadosamente seu telefonema e seus sonhos.

Essas anotações detalhadas foram entregues ao Instituto de Parapsicologia em Durham, Carolina do Norte, onde pesquisadores investigaram o caso. Os perturbadores sonhos de Booth terminaram no dia do acidente.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Estrela da Morte


Os dinossauros desapareceram da face da Terra há 65 milhões de anos, num piscar de olho geológico. Cerca de 165 milhões de anos antes disso, os dinossauros foram a espécie predominante na terra, no mar e no ar.

Há muitos anos, paleontólogos apreciam o desaparecimento dessa espécie animal, propondo como suspeita mais provável as mudanças abruptas no clima da Terra.

Mas o que causou essas mudanças catastróficas? Uma alteração gradativa da atmosfera ou do meio ambiente teria permitido que os dinossauros tivessem tempo mais que suficiente para se adaptar.

A primeira pista de um castigo cósmico veio da colaboração de uma equipe científica composta por pai e filho, no campus da Universidade da Califórnia em Berkeley. O geólogo Walter Alvarez estivera estudando depósitos de matérias transportadas ou solidificadas nas proximidades de Gubbio, Itália, em 1977, quando descobriu uma jazida de sedimentos ricos em irídio, um metal raro, do mesmo grupo da platina, que normalmente não é encontrado na crosta terrestre.

Seu pai, Luis Alvarez, vencedor de um Prêmio Nobel de Física, sugeriu uma explicação: um gigantesco objeto extraterrestre, talvez um cometa ou asteróide, teria se chocado contra a Terra e espalhado uma imensa quantidade de fragmentos, fazendo "chover" uma camada de irídio. Fósseis na argila em que o jovem Alvarez encontrou o irídio datam o depósito de 65 milhões de anos, exatamente a época da extinção dos grandes dinossauros.

No entanto, outras extinções em massa parecem ocorrer periodicamente a cada 26 milhões de anos, com uma diferença para menos ou para mais de alguns milênios. Poderia algum ciclo cósmico periódico ser o responsável por extinções tão abrangentes, inclusive a que eliminou de nosso planeta o Tyrannosaurus rex e seus parentes?

Alguns cientistas acham que sim. Em 1984, o astrofísico Richard Muller e o astrônomo Marc Davis, ambos de Berkeley, juntamente com outro astrônomo, Piet Hut, do Instituto de Estudos Adiantados de Princeton, propuseram a existência de um companheiro solar conhecido pelo nome de Estrela da Morte, ou O Castigo Merecido, que circula nosso Sol uma vez a cada 26 ou 30 milhões de anos. Quando se aproxima do sistema solar, o campo gravitacional da Estrela da Morte pode deslocar asteróides em sua órbita ou arrastar cometas em seu rastro, fazendo com que eles colidam com a superfície da Terra.

Se essa hipótese for verdadeira, nosso Sol e a Estrela da Morte estariam vinculados a um sistema binário. Na verdade, muitas estrelas em nossa galáxia são binárias, mas não conhecemos nenhuma que tenha períodos tão longos de revolução. Suas órbitas são normalmente medidas em semanas ou meses. Além disso, qualquer estrela companheira de nosso Sol seria prontamente visível. Muller acredita que a Estrela da Morte pode ser uma pequena estrela vermelha, o que dificultaria muito mais sua detecção. Períodos mais longos de revolução entre sistemas binários podem ser uma coisa comum também, segundo Muller. Nós ainda não fomos capazes de reconhecê-los pelo que são por causa de suas órbitas extremas.

Uma equipe de astrônomos liderada por Muller já eliminou um grande número de estrelas visíveis do hemisfério norte, classificando apenas 3 mil candidatas. Se a Estrela da Morte não for encontrada entre essas, de acordo com Muller, eles voltarão sua atenção para as estrelas do hemisfério sul.

Nesse meio tempo, não precisamos ficar preocupados com a possibilidade de a Estrela da Morte pairar sobre nós. Os cálculos atuais colocam-na no ponto mais distante de sua órbita, o que significa que ela só voltará dentro de uns 10 ou 13 milhões de anos.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sozinho

Muitos críticos afirmam que a coincidência é nada mais nada menos do que um artefato da consciência humana. Segundo eles, incidentes separados simplesmente flutuam até a superfície de nossa consciência, onde são percebidos e transformados em coincidências. 

Em outras palavras, nós nos lembramos da chamada coincidência, mas esquecemos de uma miríade de outras ocorrências que não têm nenhuma conexão óbvia.

O que devemos dizer, então, sobre o curioso caixão de Charles Coughlan? Nascido na província canadense da ilha do Príncipe Eduardo, no litoral nordeste, em fins do século 19, Charles estava em Galveston, jóia da baía do Texas no golfo do México, trabalhando com uma trupe itinerante de atores para ganhar seu sustento. O ano era 1899. Coughlan caiu e morreu, talvez devido a uma das febres tropicais que grassavam naquela época, antes do advento das autópsias.

Charles Coughlan foi colocado naquele que, supostamente, seria seu local de descanso perpétuo - um ataúde revestido de chumbo enterrado no cemitério da comunidade. A própria Galveston, na ocasião a mais populosa e próspera cidade do Texas, construída sobre uma grande região arenosa, era vulnerável tanto a furacões quanto a maremotos.

No dia 8 de setembro de 1900, ventos de 160 km/h sopraram uma verdadeira parede de água em direção à cidade, submergindo tudo, com exceção das estruturas mais elevadas. A cidade foi totalmente destruída. Cerca de 6 a 8 mil pessoas morreram afogadas, e seus corpos foram levados para alto-mar no dorso do vagalhão.

Nem mesmo os mortos já enterrados escaparam ilesos. Nos cemitérios, invadidos violentamente por ondas sucessivas, os caixões foram arrancados de suas covas e flutuaram para longe com a maré. Durante oito anos, o cadáver de Charles Coughlan, protegido pelo ataúde de chumbo, flutuou nas águas tépidas da corrente do Golfo. Finalmente, circundou a ponta de recifes da Flórida e chegou ao Atlântico, onde as correntes marítimas o levaram para o norte, passando pelos Estados da Carolina do Sul, do Norte e pela costa da Nova Inglaterra.

Em outubro de 1908, um pequeno barco pesqueiro na altura da ilha do Príncipe Eduardo avistou o ataúde danificado levado pela maré. Com ajuda de um arpéu, a tripulação içou-o. Uma pequena placa de cobre indicou o conteúdo daquele ataúde já desgastado pela ação do tempo e das águas.

O ataúde foi levado para a praia a menos de 2 quilômetros de distância da pequena igreja onde Coughlan recebera seu batismo. Seus restos mortais foram retirados do mar e enterrados novamente, exatamente onde sua viagem começara, anos e quilômetros antes.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

domingo, 30 de setembro de 2012

A história de três titãs

O maior desastre marítimo de todos os tempos aconteceu com o Titanic, da White Star Line, o mais importante transatlântico já construído e que teve terrível destino. A tragédia desse navio só pode ser comparada com a do Titan, luxuoso transatlântico fictício, que também afundou com elevado número de passageiros em abril de 1898, catorze anos antes da colisão do Titanic com um iceberg que o mandou para a sepultura marítima, também em uma noite de abril.

O Titan navegou apenas nas páginas do romance de Morgan Robertson, adequadamente denominado Futility (Futilidade). Mas os paralelos entre os dois gigantescos navios de turismo desafiam a imaginação. O profético Titan, do romance de Robertson, partiu de Southampton, Inglaterra, em sua viagem inaugural, exatamente como o "insubmergível" Titanic. Ambos os navios eram mais ou menos do mesmo tamanho - 243 metros e 252 metros de comprimento - e tinham capacidade de carga comparável - 70 mil e 6 mil toneladas, respectivamente. Cada um tinha três hélices e capacidade para 3 mil pessoas.

Lotados de milionários, os dois navios colidiram com um iceberg no mesmo local e afundaram. Em ambos, o número de mortos foi terrivelmente elevado, porque nenhum deles dispunha de quantidade suficiente de barcos salva-vidas. No caso do Titanic, 1 513 passageiros morreram, a maioria devido à exposição ao frio do sul da Terra Nova, no Atlântico.

Um dos que morreram a bordo do Titanic foi o famoso espiritualista e jornalista W. T. Stead, autor de um conto que previa acontecimento similar em 1892. Contudo, nem Futility nem o conto de Stead puderam salvar o Titanic da colisão fatal.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Evento de Tunguska

Uma expedição de cientistas italianos pode ter encontrado, em um lago da Sibéria, a explicação para o chamado "evento de Tunguska" - uma explosão que ocorreu sobre o norte da Rússia em 1908, destruindo vegetação por mais de 2.000 km2 e gerando tremores de terra e uma luz súbita nos céus, observada em partes da Europa e da Ásia (foto: imagem de computador do Lago Cheko, que estaria numa cratera de meteorito).

Cientistas acreditam que o evento tenha sido causado pela desintegração de um cometa ou asteróide a uma altitude de 5 km a 10 km na atmosfera, mas nenhum fragmento ou vestígio do corpo jamais foi encontrado, o que fez do evento um tema popular entre aficionados de Ovnis. Tunguska também aparece em diversas obras de ficção, de um romance de Thomas Pynchon ao seriado de TV Arquivo X.

Em um artigo na revista online Terra Nova, de 2007, pesquisadores liderados por Luca Gasperini, da Universidade de Bolonha, sugerem que o Lago Cheko, 8 km ao norte do provável epicentro do evento, pode ser a cratera aberta por um pedaço do corpo responsável pela explosão no ar.

Sondagens realizadas no lago pelos cientistas italianos durante uma expedição em 1999, descritas no artigo, sugerem que o lago preenche uma cratera aberta por um impacto. O trabalho dos pesquisadores, ressaltando que a região é remota e pouco habitada, diz que não se sabe se o Cheko já existia antes de 1908, e que sua primeira citação em mapas data de 1928.


Com base nas características do lago, a equipe de Gasperini sugere que a cratera foi aberta por um asteróide de 1.500 toneladas e 10 metros de diâmetro - no máximo: o Imagem de computador do Lago Cheko, que estaria numa cratera de meteoritoterreno é pantanoso, e a cratera pode ter se expandido, com o desgaste do solo ao redor da borda original.

Os cientistas reconhecem, no entanto, que será necessário realizar uma perfuração no leito do lago para determinar se se trata realmente de uma cratera de asteróide, com a descoberta de um fragmento do meteorito original ou de solo compactado pelo impacto.

Fonte: Carlos Orsi, do Estadão

domingo, 30 de novembro de 2008

A Bola de Fogo na Sibéria


O norte da Sibéria, com os seus invernos rigorosos e verões escaldantes nas primeiras horas de uma manhã de junho constituem um momento que merece ser apreciado. O agricultor Sergei Semenov fizera um intervalo no trabalho que executava no seu campo de trigo para gozar alguns momentos de descanso, ao sol, à porta de sua casa.

Passavam alguns minutos das 7h da manhã do dia 30 de Junho de 1908 e a Semenov, muitos quilômetros de distância da febre revolucionária que começava a varrer o país, parecia-lhe um bom tempo para estar vivo.

Precisamente às 7h e 17m, o seu sonho acordado teve um fim abrupto, pois uma enorme explosão dilacerou o horizonte provocando uma luz ofuscante.

Contou mais tarde Semenov: "Apareceu um grande clarão e o calor era tão grande que a minha camisa quase de queimou nas costas. Vi uma enorme bola de fogo que cobria uma grande porção do céu e, a seguir, fez-se muito escuro".

Foi então que a enorme força da explosão atirou o agricultor para fora da porta, deixando-o inconsciente, e quando recuperou os sentidos um enorme estrondo, uma espécie de trovão gigantesco, varria a tundra. "Abanou toda a casa e quase a arrancou das fundações", acrescentou.

Semenov teve sorte, pois se se encontrasse mais perto do centro do holocausto não teria sobrevivido para contar a sua estranha e assustadora história, e apenas o fato de o desastre se ter dado no remoto vale do rio Tunguska evitou que a devastação fosse ainda mais terrível.

Aquele inferno destruiu uma área do tamanho de Leningrado, incinerou manadas inteiras de renas e praticamente todas as árvores de uma área com 70Km de diâmetro foram arrancadas e atiradas para fora do centro de explosão, ficando dispostas tal como raios de uma roda gigantesca. Componentes de uma tribo nômade, a 70Km de distância, foram atirados ao chão e as suas tendas feitas em farrapos por um vento furioso.

Qual a causa desta terrível devastação? Poderá algo semelhante voltar a acontecer?

Somente 20 anos depois alguém conseguiu chegar suficientemente perto para encontrar as respostas. Em 1930, o professor L. A. Kulik, da Academia de Ciências Soviética, passou quase um ano na área com uma pequena equipe de investigadores, tendo acabado por descobrir uma paisagem coberta de crateras e encontrando quase 3200Km quadrados de troncos de árvores arrancados e a apodrecerem. Contudo, o mais importante de tudo é que conseguiu localizar

testemunhas da explosão, que lhe falaram de uma brilhante bola de fogo a correr através dos céus, "tão brilhante que fazia com que a luz do sol parecesse escura":

Pessoas que se encontravam a mais de 90Km de distância do centro da explosão contaram que sentiram "violentas vibrações" seguidas por "um corpo brilhante que deixava uma larga tira de luz através do céu". Um deles recordou: "Estava a lavar lã no rio Kan quando ouvi um barulho semelhante ao sopro das asas de aves assustadas. A água do rio começou a formar ondas e a seguir houve um sacão tão violento que um dos meus amigos caiu ao rio".

A cerca 400Km de distância, na cidade de Kirensk, as pessoas tinham visto "uma coluna de fogo, seguida por vários trovões e enorme estrondo", e até a 970Km, em Turukhansk, uma testemunha afirmou ter escutado "três ou quatro estrondos abafados, como tiros de canhão ao longe". Muitas desta testemunhas pareciam descrever uma explosão nuclear, pois algumas afirmaram ter visto uma bola de fogo seguida por uma coluna de fumo em forma de cogumelo, com muitos Km de altura. Mas poderia ter ocorrido uma explosão atômica quase 40 anos antes da devastação de Hiroxima e Nagasáqui?

Na verdade. alguns cientistas já sugeriram que a explosão talvez tivesse sido nuclear, apresentando a espantosa teoria de que uma nave espacial com visitantes de outro planeta se avariou ao entrar na atmosfera terrestre. O combustível nuclear terá aquecido acima do seu ponto crítico e provocando uma explosão equivalente à de uma bomba nuclear de 30 megatoneladas.

O jornalista australiano John Baxter e o cientista a americano Thomas Atkins acompanharam o trabalho dos cientistas russos e apoiaram a teoria da explosão da nave espacial com as seguintes provas:

- Numa explosão nuclear, o campo magnético da terra é perturbado, o que aconteceu quando da explosão na Sibéria.

- As explosões nucleares provocam um padrão de destruições muito específicas, o que sucedeu com a da Rússia.

- As bombas atômicas lançadas no Japão em 1945 causaram estranhas mutações nas plantas, o mesmo aconteceu após o desastre da Sibéria.

- As explosões nucleares deixam atrás de si minúsculos glóbulo verdes, de pó derretido, denominados trinites, os quais também foram encontrados no local desta explosão, e além disso, de acordo com os especialistas russos, essas trinites continham vestígios de metais que não existem normalmente na região de Tunguska e que geralmente não fazem parte da composição dos meteoritos.

- Finalmente, foi referido o testemunho de pessoas que viram, momentos antes da explosão, um grande objeto azulado e cilíndrico a atravessar o céu com um rugido, deixando um rasto de vapor atrás de si.

Outras soluções apresentadas pelos cientistas, e bastante menos extraordinárias:

A TEORIA DO COMETA: pensa-se que os cometas são constituídos por gigantescas bolas de gases gelados e por destroços, um deles poderia ter entrado na atmosfera terrestre, apesar de não existirem indícios de que alguém o avistasse, e gerado tanto calor que acabasse por explodir no ar.

A TEORIA DA ANTIMATÉRIA: alguns cientistas pesam que uma massa de antimatéria, ou seja, matéria correspondente à que se encontra na terra mas constituída por partículas positivas(positrões), em vez de negativas(electrões), poderia ter mergulhado na atmosfera terrestre e, entrado em contacto com átomos da matéria normal, provocar uma enorme explosão.

A TEORIA DO BURACO NEGRO: pensa-se que os buracos negros são estrelas que implodiram, diminuindo muito de tamanho, mas, por causa da sua imensa massa(a terra caberia num buraco negro do tamanho de uma bola de tênis), a sua força gravitacional é suficientemente forte par impedir a luz de se escapar, pelo que os objetos não podem ser vistos, no sítio onde se encontram existe apenas um buraco negro, já foi sugerido que um deles tivesse atingido a Sibéria.

A TEORIA DO METEORITO: uma das mais populares teorias, apesar de ao princípio ter sido posta de lado, era a de que um meteorito gigante havia caído na terra, pois eles entram atmosfera terrestre à razão de 200 milhões por dia, embora a maior parte arda antes de atingir a superfície do nosso planeta, um meteorito que caiu no Arizona, em tempos pré-históricos, deixou uma cratera de 500m de diâmetro e como, a certa altura, os cientistas afirmaram que na Sibéria não havia cratera alguma, a explosão não podia ter sido provocada por um objecto desse tipo, porém, depois disso já se descobriu que um corpo celeste, feito de rocha em vez de metal, que são os mais comuns, pode explodir pouso antes de atingir o solo, causando, portanto, extensos prejuízos sem abrir crateras.

Fosse o que fosse que provocou a explosão siberiana, uma coisa é certa, o fato de ela ter acontecido numa zona virtualmente desabitada foi um golpe de sorte, pois se o corpo proveniente do espaço tivesse caído numa grande cidade, o resultado teria sido o maior desastre de historia da humanidade.