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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Mary Celeste - Um Debate


Nossa embarcação está em ótimas condições. Espero que façamos uma boa travessia; mas, como nunca viajei nela antes, não sei como irá se comportar. — Benjamin Briggs

Definição: O mistério do Mary Celeste começou com a descoberta do bergantim abandonado boiando no Atlântico Norte; seu capitão, a família dele e a tripulação, desaparecidos. Não havia sinal de pirataria ou crime e o estoque de suprimentos para seis meses do navio estava intacto.

O que os crentes dizem: Algo bizarro aconteceu a bordo do Mary Celeste. O desaparecimento inexplicável da tripulação do navio rivaliza com o desaparecimento da colônia de Roanoke por seu mistério. Soluções paranormais para o enigma devem ser levadas em consideração, entre elas abdução alienígena, ataque de um monstro das profundezas ou algum tipo de distorção temporal.

O que os céticos dizem: O capitão, sua família e a tripulação abandonaram o navio por algum motivo desconhecido e se perderam no mar. Essa é a explicação mais lógica, embora insatisfatória, para que tenham encontrado o navio boiando no Atlântico Norte, com a carga e os equipamentos em perfeitas condições. Talvez nunca venhamos a descobrir o porquê de eles terem usado um pequeno bote salva-vidas, mas procurar a resposta em aliens ou monstros é ridículo.

Qualidade das provas existentes: Moderada.

Probabilidade de o fenômeno ser paranormal: Fraca a Inconclusiva.

O navio conhecido como "Mary Celeste" foi originalmente batizado como "Amazon" e não há outra forma de descrevê-lo que não como um barco azarado.

Uma embarcação pode ser sortuda ou azarada? Um navio pode ser amaldiçoado?

Os marinheiros e os atores compartilham algo em comum: são supersticiosos a respeito de sua profissão e de seus rituais e crenças. Uma pesquisa superficial da história do Mary Celeste rapidamente convenceria um marinheiro de que o navio estava fadado ao desastre.

Sua história é alarmante:

Dois dias após assumir o comando do Amazon, seu primeiro capitão morreu.

Em sua viagem inaugural, ele colidiu com uma barreira de pesca e danificou o casco.

Enquanto o casco estava sendo reparado, houve um incêndio a bordo, provocando ainda mais danos.

Após ser consertado, ele atravessou o estreito de Dover e logo colidiu com outro navio, afundando-o.

O quarto capitão do Amazon fez com que ele encalhasse na ilha do cabo Breton, provocando danos consideráveis.

Após ser resgatado (embora depois da série de calamidades envolvendo o Amazon a gente imagine por que alguém desejaria ter algo mais a ver com ele), ele foi comprado e vendido três vezes, até ir parar nas mãos de J. H. Winchester, que o rebatizou como Mary Celeste. Talvez Winchester tenha pensado que uma troca de nome confundiria os demônios do mar, os quais pareciam particularmente propensos a danificar o navio.

O Mary Celeste partiu de Nova York rumo a Gênova, na Itália, em 5 de novembro de 1872. A bordo, estavam o capitão, Benjamin Spooner Briggs, sua mulher, Sarah, e a filha de dois anos, Sophie Matilda. Uma tripulação de sete homens conduzia a embarcação (embora alguns relatos citem oito membros na tripulação). No porão, havia uma carga de álcool bruto, além de comida e água suficientes para uma viagem de vários meses.

Por 20 dias, a viagem do Mary Celeste correu aparentemente sem incidentes. Mas, no dia 25 de novembro, algo aconteceu, e o que foi isso tem sido objeto de debate (e de livros, sites e artigos) há décadas.

Na véspera de o Mary Celeste partir de Nova York, o capitão Briggs jantou com um amigo, Benjamin Morehouse, capitão do Dei Gratia, o qual se encontrava ancorado ao lado do Mary Celeste no porto de Nova York. Na manhã seguinte, Briggs partiu; dez dias depois, o capitão Morehouse seguiu para a colônia britânica de Gibraltar, na costa da Espanha.

Em 5 de dezembro, o capitão Morehouse avistou o Mary Celeste navegando desgovernado no Atlântico Norte, a meio caminho entre os Açores e a costa de Portugal. Após sinalizar repetidas vezes para o navio, sem receber resposta, ele decidiu mandar seus homens subirem a bordo para investigar.

O que eles encontraram?

Um mistério que perdura até hoje.

E o mais importante: não havia ninguém a bordo. O capitão Briggs, sua família e a tripulação não estavam em lugar algum. Além disso:

Duas velas estavam faltando.

A caixa na qual ficava a bússola do navio (a bitácula) fora aberta e a bússola, esmagada.

Havia água na coberta, mas não o suficiente para afundar o navio.

Os armários da tripulação continuavam trancados e seus pertences, intactos.

O diário de bordo e os instrumentos estavam faltando; o diário do capitão continuava ali.

Os suprimentos de comida e água estavam intactos.

A última entrada no diário do capitão era datada de 25 de novembro e fornecia as coordenadas do navio, as quais revelavam que ele viajara aproximadamente 1.100 quilômetros em dez dias sem ninguém a bordo.

E, finalmente, o bote salva-vidas estava faltando.

Por alguma razão, Briggs e todos os outros haviam abandonado o navio — às pressas — no dia 25 de novembro. Isso foi extremamente intrigante para o capitão Morehouse e seus homens: o Mary Celeste era, sem dúvida, navegável. Não havia chance de ele afundar, então por que todos tinham deixado a segurança da embarcação em troca dos perigos de um bote pequeno em mar aberto?

Eis aqui as teorias mais comumente citadas com relação ao que aconteceu, e os argumentos que as contradizem:

O capitão pensou que o navio estivesse afundando e o abandonou. Por que ele pensaria que o navio estava afundando com tão pouca água na coberta?

A tripulação pegou o álcool bruto, se embebedou, amotinou-se e o capitão fugiu com a família, após o que a tripulação se afogou. O álcool bruto teria deixado os homens doentes, e não bêbados, e os experientes marinheiros do Mary Celeste saberiam disso.

Um tornado (tromba-d'água) acertou o navio e fez o capitão pensar que eles estivessem afundando. Assim, ele teria abandonado o navio. Por que eles achariam que seriam capazes de escapar de uma tromba-d'água num pequeno bote e não no Mary Celeste?

O capitão e seu sócio combinaram de abandonar o navio para pegar o dinheiro do seguro. Eles ganhariam menos dinheiro do seguro do que vendendo o navio direto.

Então só sobra abdução alienígena, certo? Ou teriam eles atravessado um portal do tempo? Ou cometido suicídio em massa?

Até hoje, ninguém sabe a verdade. Houve muita especulação sobre o que aconteceu com o Mary Celeste após a publicação do conto sensacionalista (e totalmente impreciso) de J. Habakuk Jephson, pseudônimo de Arthur Conan Doyle.

O que sabemos é que o Mary Celeste foi abandonado, provavelmente devido ao pânico, e que todos morreram no mar.

"Por quê?" é a pergunta que até hoje não foi respondida.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Eliza Battle


O Eliza Battle era um luxuoso barco a vapor que navegava no rio Tombigbee, numa rota entre Columbus, Mississippi e Mobile, Alabama, durante a década de 1850. Foi inaugurado em Indiana em 1852 e que regularmente divertia presidentes e VIPs. 

Em uma noite fria de fevereiro de 1858, quando navegava perto de Pennington, Alabama, o desastre aconteceu.

Um incêndio iniciou em fardos de algodão no convés principal se espalhando rapidamente. Fora de controle o navio afundou. Homens morreram em esforços para salvar suas mulheres e entes queridos e mulheres morreram tentando salvar seus filhos. Foi o maior desastre marítimo da história do rio Tombigbee, com uma estimativa de trinta e três pessoas mortas, dos presumíveis sessenta passageiros e quarenta e cinco tripulantes.

O navio afundou cerca de 8 metros e seus restos permanecem por lá até hoje.

Durante as enchentes da primavera, tarde da noite durante a lua cheia, o barco pode ser visto saindo da água e flutuando no rio, com música e queima de fogos no convés. Às vezes apenas o contorno do navio é avistado.

Dizem que é possível ver uma placa com o nome Eliza Battle ao lado do navio. Pescadores locais acreditam que avistar a embarcação é sinal de tragédia iminente e maus presságios.

Esse desastre e suas consequências viram o Eliza entrar no folclore do sudoeste do Alabama como um navio-fantasma, com inúmeras aparições do navio em chamas a partir do norte de Pennington para Nanafalia rio abaixo.

A história do desastre e do folclore associados viraram ficção em inúmeras histórias publicadas, mais notavelmente em “The Phantom Steamboat of the Tombigbee”, um pequeno conto que faz parte do livro "13 Alabama Ghosts and Jeffrey" (livro publicado em 1969, de autoria da folclorista Kathryn Tucker Windham e Margaret Gillis Figh).


Traduzido da Wikipédia

Baychimo Navegando à Deriva


O SS Baychimo era um navio de carga de 1.322 toneladas, construído em 1914 na Suécia e de propriedade da Hudson's Bay Company, usado para negociar provisões e peles em assentamentos ao longo da costa da Ilha Victoria, em territórios do noroeste do Canadá. 

Ele se tornou um navio-fantasma notável ao longo da costa do Alasca, sendo abandonado em 1931 e visto inúmeras vezes desde então até sua última aparição em 1969.

Originalmente batizado de Ångermanelfven, tinha 70 metros de comprimento e era propulsado por um motor à vapor de expansão tripla que desenvolvia até 10 nós de velocidade. O Ångermanelfven foi utilizado também na I Guerra Mundial (1914 – 1918) nas rotas alemãs entre o Império Alemão e o Reino da Suécia no Mar do Norte. Muitos soldados feridos transportados morreram a bordo.

Com a derrota da Alemanha e seus aliados na grande guerra. Após o tratado de Versalhes a Alemanha teve que ceder uma grande parte da sua frota mercante como reparação de guerra, entre os navios de sua marinha mercante estava o Ångermanelfven que foi comprado pela companhia de navegação escocesa Hudson Bay por um custo muito baixo e foi rebatizado de Baychimo.

O Bachymo foi utilizado em rotas entre o Alaska e a costa escocesa da Inglaterra, visitando pontos de comércio e aldeias esquimó trocando produtos industrializados e combustível por peles.

Em 1o de Outubro de 1931, quando transportava uma carga de peles, ficou preso em um banco de gelo. Seus tripulantes abandonaram a embarcação e andaram por cerca de 1km sobre o oceano congelado até a cidade de Barrow. Porém, o Baychimo desprendeu-se do gelo, e sua tripulação voltou para continuar a viagem.

No dia 08 de Outubro ele ficou preso novamente, desta vez em um local remoto, onde aeronaves da Hudson Bay Company retiraram a maior parte da tripulação, deixando apenas 15 membros no local, para vigiar se o navio conseguiria livrar-se do gelo, esperando o resto do inverno caso necessário. Devido ao perigo em manter-se a bordo em caso de esmagamento pelo gelo, a tripulação remanescente construiu um abrigo de madeira sobre o mar congelado próximo ao navio.

Uma grande tempestade abreviou o trabalho da tripulação em 24 de Novembro, pois ao tentar verificar os estragos após a tormenta, o Baychimo tinha simplesmente desaparecido. A conclusão óbvia do Imediato foi de que o navio afundara durante a tempestade.

Alguns dias depois, foi comprovado o engano do Imediato, quando Esquimós informaram o avistamento do Baychimo a cerca de 72Km do ponto de encalhe. A tripulação decidiu que mesmo livre para navegar, seria impossível sobreviver ao inverno naquela embarcação. As peles foram retiradas do barco e os 15 marinheiros foram resgatados para nunca mais voltar. O Baychimo era oficialmente um “Navio Fantasma”, que provavelmente nunca mais seria visto depois da primeira tormenta que enfrentasse.

Mas foi a partir deste momento que começou uma série de avistamentos que duraram 38 anos …

1931 – Alguns meses depois do abandono, foi visto novamente cerca de 480 km a leste.

Março de 1932 – Foi visto navegando tranquilamente perto da costa do Alasca, por um viajante, próximo à cidade de Nome.

Março de 1933 – Encontrado por um grupo de Inuites que fugiam de uma tormenta, servindo de abrigo durante 10 dias.

Agosto de 1933 – A Hudson Bay Company informou que o Baychimo continuava à deriva, mas uma operação de resgate estava fora de cogitação, pois seria muito cara.

Julho de 1934 – Foi visto por um grupo de exploradores em uma escuna.

Setembro de 1935 – Foi visto ao longo da costa do Alasca.

Novembro de 1939 – Foi abordado pelo capitão Hugh Polson, com o intuito de um resgate, mas os assustadores blocos de gelo flutuantes da região fizeram com que a tentativa de resgate fosse abortada.

Entre 1939 e 1961 – Foi avistado inúmeras vezes por vários navios, mas nunca foi tentada uma abordagem.

Março de 1962 – Foi visto navegando ao longo do Mar de Beaufort por um grupo de esquimós.

1969 – Em seu último avistamento, foi visto congelado em um bloco de gelo, 38 anos após ter sido abandonado.

2006 – O Governo do Alasca iniciou um Projeto para resolver definitivamente o caso do “Navio-Fantasma”, localizando-o. Até agora as buscas não tiveram sucesso.


O Fantasma do Marujo

De todas as histórias do mar, nenhuma é mais fantástica do que a que nos foi narrada sobre The Flying Dutchman. A lenda é baseada em um navio de verdade que, capitaneado por um hábil, porém jactancioso marujo chamado Hendrik Vanderdecken, nascido nas Índias Orientais Holandesas, zarpou em 1680 de Amsterdam para a Batávia, na ocasião um importante porto naquele país.

Embora fosse comissionado por uma sociedade mercantil para comandar o navio da empresa e trazê-lo de volta carregado, Vanderdecken tinha certeza de poder trazer seus próprios ganhos ilícitos em quantidade suficiente para deixá-lo rico.

Segundo a lenda, quando o navio de Vanderdecken teve de enfrentar uma tempestade tropical, o marujo tentou todas as manobras possíveis para manter a embarcação flutuando. A providência mais segura teria sido esperar o término da tempestade, mas, levado por um desafio feito pelo diabo em um sonho uma noite, ele decidiu ignorar as advertências do Senhor e tentou levar o navio a atravessar o cabo da Boa Esperança.

A embarcação afundou e os tripulantes morreram. Dizem que, como castigo, Vanderdecken foi condenado a navegar com seu navio até o Dia do Juízo Final.

Trata-se de uma lenda emocionante e romântica, mas testemunha após testemunha jura que é mais do que uma simples história.

Em 1835, o capitão e os tripulantes de uma nau inglesa viram um navio fantasma aproximando-se no meio de uma forte tempestade com as velas enfunadas. O navio de repente desapareceu, quando já estava perigosamente perto. Em 1881, marujos do navio britânico H. J. S. Bacchante declararam que um dos membros da tripulação caiu do cordame e morreu um dia depois da fantástica aparição.

Um fenômeno mais recente do Dutchman ocorreu em março de 1939, em Glencairn Beach, África do Sul. No dia seguinte à aparição, um jornal publicou uma matéria em que dezenas de banhistas afirmavam ter visto o navio, com detalhes sobre a visão, notando que ele estava com todas as velas enfunadas e movendo-se normalmente, a despeito da falta de vento naquele momento.

Alguns cientistas explicaram que o que todas aquelas pessoas viram era apenas uma miragem. Mas as testemunhas protestaram, afirmando que teria sido difícil para elas ver uma embarcação do século 17 com tantos detalhes, principalmente porque muitas delas jamais viram uma.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

segunda-feira, 21 de março de 2016

O Navio Frigorifique


Os navios, algumas vezes, fazem coisas estranhas, mesmo quando não há ninguém na cabine de comando.

Em 1884, na viagem de volta para Rouen, depois de ter zarpado da Espanha, o navio francês Frigorifique colidiu, no meio de um denso nevoeiro, com outro navio, o Rumney, de bandeira inglesa. Quando a lateral do casco do Frigorifique se rompeu, o comandante francês deu a ordem de abandonar o navio. Felizmente, tripulantes e passageiros foram resgatados pelo Rumney, cujo comandante ordenou uma manobra para afastar seu navio do naufragado Frigorifique.

Os náufragos franceses e seus salvadores estavam comemorando seu sucesso, quando o vigia gritou outra vez. Saindo momentaneamente do nevoeiro, surgiu o fantasma do Frigorifique, que, com a mesma rapidez, desapareceu de vista. Os tripulantes dos dois navios suspiraram aliviados.

Mas o Frigorifique apareceu mais uma vez. Dessa vez, ele foi de encontro ao Rumney, forçando os tripulantes das duas embarcações a baixar os botes salva-vidas. Ao se afastarem do navio avariado, eles ainda puderam ver o fatídico Frigorifique através da espessa neblina. Sua hélice ainda girava, e por uma de suas chaminés saía grossa fumaça preta.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

quinta-feira, 17 de março de 2016

O Fantasma do Great Eastern

O SS Great Eastern - Magazine illustration (circa 1877) - Gravura da Wikipedia.

O Great Eastern foi, sem dúvida, um dos maiores navios a singrar os sete mares. Foi, também, uma das embarcações mais amaldiçoadas de que se tem notícias, assombrada desde o início pelo fantasma de um operário que ficou emparedado em seu casco duplo.

Seu criador, Isambard Kingdom Brunel, já era um bem-sucedido empreiteiro construtor de pontes e ferrovias, quando concebeu a idéia de uma cidade flutuante que ligasse Londres ao resto do mundo. Arquitetos navais já haviam projetado e construído transatlânticos de passageiros que deslocavam quase 3 mil toneladas. Mas o Great Eastern de Brunel transformava em barcos insignificantes todos os navios construídos até então.

Na verdade, com um deslocamento calculado de 100 mil toneladas, ele envergonhava qualquer outra embarcação. Dez grandes caldeiras, acionadas por 115 fornalhas, acionavam suas rodas de pás de 17 metros e uma hélice de apoio de 8 metros.

Cinco tremonhas levavam o carvão para suas fornalhas, por ação gravitacional. O Great Eastern tinha sistemas auxiliares em número suficiente para dar apoio a uma pequena marinha, inclusive dez âncoras de 5 toneladas cada uma, seis enormes mastros e velas, e seu próprio gasômetro para iluminação.

No entanto, o navio pareceu ser assombrado desde o início. Para o lançamento do maior navio do mundo, Brunel convidou o exército de operários que o haviam construído. Um dos que não compareceu foi o taciturno trabalhador do estaleiro que trabalhara no casco duplo.

Great Eastern, 12 November 1857 - Robert Howlett (1831-1858) - Museum of Fine Arts, Boston

A cerimônia de batismo não saiu exatamente de acordo com os planos, pois o tamanho e o peso do Great Eastem emperraram o mecanismo que deveria fazer o navio deslizar até a água. Ele provavelmente jamais teria sido lançado ao mar, se marés surpreendentemente altas não o tivessem feito flutuar pelo Tâmisa.

Porém, logo após esse pequeno sucesso, a Great Eastern Steam Navigation Company de Brunel foi à falência - e o próprio Brunel morreu. Na verdade, no dia de sua morte, o capitão reclamou a seu engenheiro-chefe, dizendo:

- Meu sono foi rudemente perturbado por marteladas constantes provenientes dos porões.

Após esse fantasmagórico incidente, uma das chaminés do Great Eastern explodiu, matando seis tripulantes e destruindo o grande salão.

Embora sua sorte tenha melhorado momentaneamente, na quarta travessia do Atlântico do luxuoso navio de passageiros uma forte tempestade avariou suas rodas de pás. Os ventos foram tão fortes que chegaram a soltar os botes salva-vidas. Novamente, a despeito dos fortes ventos, as misteriosas marteladas ainda podiam ser ouvidas, vindo dos porões.

O Great Eastern conseguiu chegar a um porto, mas como navio de passageiros ele estava acabado. Seus últimos armadores tiveram dificuldades até mesmo para vendê-lo como sucata.

Em 1885, quando estava finalmente sendo desmontado, os soldadores fizeram uma aterrorizante descoberta. Ao lado de uma bolsa de viagem de ferramentas enferrujadas havia o esqueleto do operário do estaleiro, alojado entre as paredes de ferro do casco duplo do Great Eastern.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

Rumo ao Esquecimento


Era um brigue excelente, com madeirame firme e velas quadradas, quando foi batizado de Amazon em Spencer Island, Nova Escócia, em 1861. Mas já naquela ocasião havia maus presságios, pois seu primeiro capitão morreu 48 horas após assumir o comando.

Seguiu-se uma série de desastres menores. Em sua viagem inaugural, o Amazon foi de encontro a um dique de pesca, avariando o casco. Durante os trabalhos de reparo, irrompeu um incêndio a bordo, resultando na morte de seu segundo capitão. Sob o comando de um terceiro capitão, empreendeu sua terceira travessia do Atlântico, e colidiu com outro navio no estreito de Dover.

Então, em 1867, o Amazon soçobrou em Blauce-Bay, Terra Nova, onde foi deixado para as equipes de salvamento. Uma companhia norte-americana, finalmente, trouxe-o de volta à superfície, restaurou-o, zarpou com ele para o sul, onde foi registrado sob bandeira dos EUA e rebatizado com o nome de Marie Celeste.

O capitão Benjamim S. Briggs adquiriu o Marie Celeste em 1872. No dia 7 de novembro daquele ano, ele zarpou de Nova York para o Mediterrâneo com sua mulher, a filha e sete tripulantes, transportando 1 700 barris de álcool comercial no valor de 38 mil dólares.

Em 4 de dezembro, um bergantim inglês encontrou o Marie Celeste a 600 milhas a oeste de Portugal. Seus tripulantes o abordaram, porém não encontraram ninguém nem no convés nem nos porões. A carga estava em boas condições, com uma exceção - um único barril de álcool havia sido aberto. Os pertences dos tripulantes do Marie Celeste, inclusive os cachimbos e as bolsas para guardar fumo, foram deixados para trás.

A última anotação no diário de bordo, com a data de 24 de novembro, não deu nenhum indicação de algum desastre iminente. A única pista foi um pedaço de balaustrada, que estava no convés, onde deveria haver um bote salva-vidas.

O destino do capitão Briggs, de sua família e seu tripulantes permanece como um dos muitos mistérios inexplicáveis dos mares. O que parece evidente é que todos abandonaram o navio em um único barco salva-vidas com muita pressa. Talvez tenham temido uma explosão imediata. O álcool, armazenado em condições precárias, pode ter começado a expelir gases no calor dos trópicos. Briggs, que não devia conhecer muito bem sua carga, pode ter soado o alarme para abandonar o navio. Um vento pode ter soprado, afastando o Marie Celeste.

A única coisa que sabemos, com certeza, é que jamais saberemos.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

domingo, 6 de março de 2016

O Mistério do S.S. Iron Mountain


Nada parecia anormal em junho de 1872, quando o navio Iron Mountain zarpou de Vicksburg. A tripulação estava completa, a carga de fardos de algodão e barris de melaço empilhadas no convés, e as barcaças rebocadas.

Alguns minutos mais tarde, o Iron Mountain fez uma curva, dirigindo-se para o norte, para seu destino - a cidade de Pittsburgh. O navio nunca mais voltou a ser visto.

O Iroquois Chief, um outro navio, navegava pelo rio naquela manhã, quando os tripulantes viram algumas barcaças descendo o rio. O barco conseguiu manobrar e evitar o choque com as barcaças, e então, imaginando que elas teriam se separado do navio rebocador, o comandante ordenou que fossem amarradas, e ficou esperando a chegada do rebocador, que nunca chegou.

O cabo das barcaças havia sido cortado, indicando que a tripulação do Iron Mountain tivera um problema: talvez as caldeiras se vissem prestes a explodir, talvez o navio estivesse para afundar. Por outro lado, não foram encontrados vestígios de destroços do barco ao longo do rio, assim como não havia nenhum sinal de sua carga, que teria manchado o rio em uma extensão de alguns quilômetros, se o navio tivesse afundado.

O mistério do Iron Mountain jamais chegou a ser solucionado.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

sábado, 27 de fevereiro de 2016

As Luzes do Palatine


Existem mais coisas navegando pelos mares do que Horácio jamais poderia ter imaginado. Vejamos, por exemplo, a história do predestinado brigue Palatine, imortalizado no poema homônimo de John Greenleaf Whittier. Em 1752, segundo a história, o Palatine zarpou da HoImida com um grupo de imigrantes, em direção a Philadelphia.

De acordo com o poema de Whittier, a tripulação se amotinou nas proximidades da ilha Block, na Nova Inglaterra, depois que o navio encalhou na costa. Ali eles o queimaram, indiferentes aos gritos de uma pobre passageira, que ficara para trás.

Conforme a lenda, o brigue fatídico reaparece, periodicamente, como uma bola de fogo incandescente no mar. Whittier o descreve com as seguintes palavras:

Vejam ...!
Outra vez, com uma luz trêmula e brilhante,
Sobre as rochas e no mar revolto,
Os destroços incandescentes do Palatine.


Infelizmente, nenhum registro apresenta o Palatine zarpando da Holanda, nem de qualquer outro porto de escala. Mas nesse exemplo, pelo menos, os fatos são tão constrangedores quanto a lenda poética. Os registros mostram que o navio denominado Princess Augusta levantou ferros em Rotterdam em 1738, com destino a Philadelphia, com um contingente de 350 passageiros alemães dos distritos do Palatinado do Norte e do Sul. Desde o início, a viagem estava predestinada a trágico desfecho.

O suprimento de água contaminada logo matou metade dos tripulantes e um terço dos passageiros em seus camarotes, inclusive o capitão George Long, que morreu após ingerir um único gole fatal. Além disso, o Princess Augusta enfrentou condições climáticas adversas e mares bravios, que o tiraram do rumo. Os tripulantes aumentaram ainda mais o caos da embarcação, quando passaram a extorquir dinheiro e bens materiais dos sobreviventes.

Quase que misericordiosamente o navio encalhou, no dia 27 de dezembro, no litoral norte da ilha Block. Os ilhéus salvaram muitos passageiros, porém não puderam resgatar-lhes as bagagens devido às atividades dos tripulantes. Eles conseguiram desencalhar o Princess Augusta, mas deixaram que fosse de encontro às pedras e naufragasse. Mary Van der Line, que desmaiara na confusão, afundou com o navio, guardando até o fim seus baús de prataria. Dos 364 passageiros e tripulantes que embarcaram em Rotterdam, somente 227 sobreviveram.

Mas, e o fogo, "a luz trêmula e brilhante", sobre o qual Whittier escreveu?

Pouco depois do naufrágio do Princess Augusta, outro capitão, que passava pela ilha, informou ter visto um navio em chamas em alto-mar. Ele anotou em seu diário de bordo: "Fiquei tão angustiado com aquela visão que seguimos o navio em chamas até sua sepultura marítima, mas não conseguimos encontrar nem sobreviventes nem fragmentos de naufrágio".

No entanto, o que os observadores viram desde então passou a ser conhecido como a "Luz do Palatine", um brilho fantasmagórico que, às vezes, surge nas águas, nas proximidades da ilha Block. O médico local, dr. Aaron C. Willey, escrevendo em 1811, anotou:

"Umas vezes, ela é pequena, parecendo uma luz vista através de janela distante. Outras vezes, ela alcança a altura de um navio com todas as velas enfunadas. A luminescência, na verdade, emite raios luminosos".

A causa desse "brilho errante", acrescentou Willey, "é um curioso assunto aberto à especulação filosófica". É assunto aberto, também, para aqueles que acreditam que a vida imita a arte, em todas as suas ramificações.


Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Navio Fantasma Lady Lovibond


O Lady Lovibond era uma escuna de três mastros que naufragou, nas areias de Goodwin, na costa sudeste da Inglaterra, perto de Kent em 13 de fevereiro de 1748. Esta data em 1748 foi em uma sexta feira dia 13. E segundo sua lenda, aparece a cada cinquenta anos como um navio fantasma.

Seu capitão, Simon Reed (algumas vezes é chamado de Simon Peel), estava loucamente apaixonado por Annette, a mulher com quem ele tinha acabado de casar e para celebrar seu casamento partiram para um cruzeiro no seu navio que estava descendo o rio Tamisa em direção ao Canal Inglês em seu caminho para Portugal. O vento soprava agradavelmente e o céu estava claro. Não havia nenhum sinal de alguma tempestade.

A tripulação estava feliz com a festa de casamento e ao mesmo tempo nervosa porque a nova noiva do capitão Annette e sua mãe estavam a bordo. E uma superstição de longa data entre os marinheiros da época era que, ao levar a mulheres a bordo dava má sorte. Mas as comemorações falavam mais alto e todos pareciam felizes exceto um homem, o imediato chamado John Rivers.

John Rivers era um antigo pretendente de Annette e como se não bastasse o fato de ver Annette se casando com outro, ver eles felizes celebrando a união o deixava cada vez mais enfurecido. Em um acesso de fúria e embriagado, John Rivers se aproximou por trás do capitão e golpeou na cabeça gravemente e dessa forma em seguida, agarrou o volante e dirigiu o navio para as traiçoeiras areias de Goodwin, uma espécie de areia movediça no mar, que é conhecida como um cemitério de navios, matando todas as pessoas a bordo, incluindo ele mesmo. Um inquérito subsequente sobre o desastre foi registrado o que indica ter sido um acidente verídico.

A história do navio não termina aí. Depois de 50 anos a partir do incidente, no dia 13 de fevereiro de 1798, o capitão de uma embarcação costeira, James Westlake do Edenbridge, relatou que seu navio quase colidiu com o Lady Lovibond. Ele afirmou, que girou o volante com força, no último momento, e assim ele foi capaz de evitar o choque. Ele também relatou ter ouvido sons estranhos parecidos com o de alegria vindo do convés quando o seu navio passou.

O segundo navio que o viu naquela noite foi um navio de pesca. O capitão deste barco relatou que tinham visto a escuna colidir com as areias e quebrar. Ele relatou que quando foi resgatar os sobreviventes as areias estavam vazias e silenciosas.

Em 1848, cinquenta anos mais tarde, o Lady Lovibond fez sua próxima aparição. Os pescadores locais viram um acidente, afirmavam que ele parecia tão real que botes salva-vidas foram enviados para investigar para resgatar eventuais sobreviventes, mas a medida que se aproximavam ele parecia simplesmente desaparecer. Nenhum sinal de navio foi encontrado nas areias.

Novamente em 1898 ele parecia tão real que vários navios na área lançaram pequenos barcos em um esforço para ajudar o navio que estava acidentado, mas como anteriormente ele simplesmente desapareceu e nada foi encontrado.

Em 1948 o capitão Bull Prestwick relatou ter avistado ele e que parecia bem real apesar de que emitia um brilho verde assustador.

Em 1998, um grande número de pessoas de vários países de todo o mundo reuniram-se na esperança de ver este navio fantasma através de seus próprios olhos. Pescadores navegavam pelas águas locais, com os seus barcos cheios de turistas, todos ansiosos para ter um vislumbre do navio. Mas desta vez, eles ficaram decepcionados. Ninguém sabe se eles não o viram por não estarem no lugar certo ou se os espíritos do navio finalmente encontraram a paz.

A resposta só poderá ser encontrada no dia 13 de fevereiro de 2048, quando provavelmente um monte de gente vai estar esperando por esta lenda para que se torne real na frente de seus olhos conforme a tradição de que a cada 50 anos ela surge.


Fonte: Desvendando Mistérios

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Queen Mary e seus fantasmas



O transatlântico Queen Mary navegou o Oceano Atlântico Norte de 1936 à 1967 e em 2 de outubro de 1942, em plena Segunda Guerra, acidentalmente, afundou um de seus navios de escolta, cortando o casco do Cruzador HMS Curacoa ao largo da costa irlandesa com uma perda de 239 vidas.

O Queen Mary levava milhares de americanos para se juntarem as forças aliadas na Europa. Devido aos riscos de ataque de submarinos, estava sob as ordens de não parar em qualquer circunstância.

Em dezembro de 1942, transportava mais 16.000 soldados norte-americanos de Nova Iorque para a Grã-Bretanha. Durante esta viagem, foi subitamente atingido por uma onda gigantesca que pode ter atingido uma altura de 28 metros. Dr. Norval Carter, a bordo na época, escreveu que em dado ponto "o maldito virou ... em um momento, o deck estava no auge de costume, e em seguida, swoon! ". Calculou-se mais tarde que o navio rolou 52 graus, e se teria virado mais 3 graus.

Esse incidente inspirou Paul Gallico a escrever sua história, "The Poseidon Adventure", que mais tarde foi transformado em um filme com o mesmo nome, no qual o SS Poseidon é virado de cabeça para baixo e a história segue com os passageiros tentando escapar.

O Queen Mary foi adquirido pela cidade de Long Beach, Califórnia, em 1967, e transformado em um hotel. Aí começam as aparições.

A área mais assombrada do navio é a casa de máquinas, onde um marinheiro de 17 anos foi esmagado até a morte tentando escapar de um incêndio. Batidas e pancadas nos canos ao redor da porta já foram ouvidas e gravadas por várias pessoas. No que é conhecido como a área da recepção do hotel, visitantes têm visto o fantasma de uma “dama de branco”. Fantasmas de crianças são ditos que assombram a área ao redor da piscina.

Alguns visitantes recentes afirmam terem ouvido até mesmo o choque do navio, e gemidos dos espíritos inquietos. Os hóspedes ao saírem de suas cabines, escutaram gemidos e foram procurar de onde saia, então descobriram que não havia lugar para caminhar até o local de onde vinha o som. Outros hóspedes, de repente despertaram no meio da noite, e viram ao pé de suas camas, uma menina (descrita por vária pessoas como sendo a mesma) olhando eles dormirem e desaparecendo alguns segundos após.

Os visitantes têm observado várias vezes durante o mesmo dia, o mesmo personagem que aparece e desaparece em várias partes do barco. Há fatos, de ectoplasmas vestindo roupas do passado, blazers de Gatsby e de maravilhosos vestidos estilo Greta Garbo.

Uma mulher, visitante deste navio foi internada, após cair e se levantar como se fosse uma outra pessoa, durante alguns minutos, como se um espírito tivesse tomado posse dela. Sombras fugazes fantasmas, odores fortes de cigarros assombram quartos e corredores do navio, já tendo recebido visita de vários especialistas do paranormal.

Mais de uma dúzia de aparições já foram gravadas a bordo deste transatlântico de luxo.


Fontes: Sobrenatural.org; Wikipédia.

domingo, 4 de outubro de 2015

Ourang Medan


Em fevereiro de 1948 o navio cargueiro holandês SS Ourang Medan navegava em águas internacionais, próximo a Indonésia, quando emitiu um aviso via código morse, que deixou todas as embarcações próximas assustadas, pois assim dizia a mensagem: “Todos os oficiais e o capitão estão mortos na ponte e na sala de mapas. Possivelmente toda a tripulação está morta”. Depois houve um tempo no qual um código sem sentido foi enviado, apenas pode-se decifrar duas palavras: "Eu morro".

Rapidamente os barcos mais próximos iniciaram a busca pelo navio que havia enviados os avisos. Utilizando-se de uma técnica de triangulação, o Silver Star, um navio americano que estava próximo, conseguiu encontrar a localização do último chamado do Ourang Medan.

Dessa maneira, apenas poucas horas após a última chamada, o navio holandês foi encontrado. Como de praxe o Silver Star tentou comunicação via luzes e sons, porém não recebeu nenhuma resposta. Assim uma equipe de abordagem foi montada e enviada à embarcação holandesa.

Enquanto se aproximavam, os marinheiros notaram que não havia nenhuma movimentação ou sinal de vida no Ourang. Seguindo o planejamento, eles subiram a bordo do navio e encontraram uma cena assustadora: todos os tripulantes estavam mortos, com os olhos arregalados e braços abertos, tendo no rosto uma expressão de terror enorme, mas aparentemente nenhum tinha algum ferimento, pareciam realmente terem morrido de medo. Inclusive o homem que havia mandado as mensagens foi encontrado na sala de comunicação, morto de maneira muito semelhante aos seus companheiros.

Após a primeira inspeção, foi decidido rebocar o navio para que o caso fosse mais bem investigado e o motivo das mortes fosse encontrado, porém sem nenhuma explicação o SS Ourang Medan explodiu, pegou fogo e afundou no meio do oceano, como se ele quisesse deixar seus segredos escondidos…

Existem diversas teorias sobre esse incidente, alguns dizem que o navio podia estar carregando algum produto venenoso que vazou, além de substancias explosivas que o afundaram, contudo isso não consegue explicar a cara de pavor dos tripulantes mortos. Afinal o que teriam visto esses homens segundos antes de morrer? Será que essa visão os matou? Ou o que eles enxergaram os liquidou para ficarem calados? Isso é algo que jamais poderá ser respondido.

Além disso, existe outro mistério em volta do navio, pois os registros oficiais dele jamais foram encontrados, como se jamais tivesse existido. Contudo há um artigo que cita o Ourang Medan no Proceedings of Merchant Marine Council, publicado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Esse fato aumenta mais ainda as duvidas em volta dessa embarcação, tornando sua história uma das mais misteriosas que já se ouviu nos mares.

A mais antiga referência conhecida para o navio é que o incidente está na edição de maio de 1952 dos Anais do Conselho da Marinha Mercante, publicado pela Guarda Costeira dos EUA. A palavra Ourang significa em malaio ou indonésio "homem" ou "pessoa", enquanto Medan é a maior cidade da ilha indonésia de Sumatra , dando uma tradução aproximada de "Homem de Medan".

Contas do acidente do navio apareceu em vários livros e revistas. Sua precisão factual e até mesmo a existência do navio, no entanto, não são confirmados, e os detalhes de construção do navio e da história, se houver, permanecem desconhecidos. Pesquisas para o registro oficial ou registros de investigação de acidentes não têm tido sucesso


http://minilua.com/maiores-misterios-humanidade-44/; Wikipédia.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A lenda do Caleuche

Uma das lendas mais conhecidas da mitologia Chilota do sul do Chile descreve o Caleuche, um navio fantasma que aparece todas as noites perto da ilha de Chiloé. Segundo a lenda local, o navio é uma espécie de ser consciente que navega nas águas ao redor da área, levando consigo os espíritos de todas as pessoas que se afogaram no mar. Também é descrito na aparência de um grande veleiro cuja cobertura principal é cheia de luzes brilhantes, e que navega ao som de músicas e orquestras.

Diz a lenda que quando deseja passar despercebido, este navio mal assombrado esconde-se sob as águas ou é cercado por uma neblina sobre natural que faz com que fique invisível aos olhos humanos.

De acordo com diferentes versões que cercam as míticas aparições do estranho veleiro, acredita-se sobre sua tripulação ser constituída pelo sombrio Chiloé Waeloxks e seus fiéis servidores que morreram no mar, pela fantasmagórica tripulação de escravos, por duas bruxas míticas e por todos aqueles que decidirem ir com o navio voluntariamente sendo assim retribuídos pela promessa de riqueza.

Além disso, diz-se que quando se navega pelos mares do arquipélago de Chiloé, pode-se ver o Caleuche e suas almas em festa a vagarem eternamente recolhendo as almas para aumentar sua macabra tripulação.

A lenda do Caleuche, relaciona-se de formas diferentes, com inúmeros aspectos da história e das crenças do arquipélago de Chiloé.

Entre as inúmeras hipóteses propostas, sugere-se que o mito pode ser uma variação lenda do europeu  Holandês Voador, que foi baseada em fatos reais, como por exemplo sobre o desaparecimento do navio holandês "A Calanche", ou que originou-se nos misteriosos desaparecimentos nas expedições espanholas ou na chegada de navios piratas holandeses como o liderado por Baltazar de Cordes, que em 1600 capturou toda a ilha por um período curto.

Alguns também dizem sobre as aparições serem provenientes ao fenômeno da "OSNIS" (objetos não identificados submersíveis).

Fontes: Histórias Assombradas.

sábado, 20 de outubro de 2012

Os fantasmas do S. S. Watertown


A tragédia aguardava o navio petroleiro S. S. Watertown, quando ele zarpou da cidade de Nova York rumo ao canal do Panamá, no início de dezembro de 1924. Dois marujos, James Courtney e Michael Mehan, estavam limpando um dos tanques e, intoxicados pelos gases do combustível, vieram a morrer. Os corpos foram atirados ao mar, conforme a tradição marinha, no dia 4 de dezembro daquele ano.

Os fantasmas do S. S. Watertown apareceram no dia seguinte, mas não na forma de almas penadas cobertas com lençóis brancos caminhando pelo convés. Os rostos dos dois infelizes marujos foram vistos seguindo o navio na água, dia após dia, pelo comandante Keith Tracy e por todos os tripulantes. Os desconcertantes fantasmas pareciam dispostos a tomar o mesmo rumo do petroleiro até a travessia do canal.

O comandante Keith Tracy relatou esses fantásticos eventos a seus superiores quando o navio aportou em Nova Orleans, e altos funcionários da companhia marítima lhe sugeriram que tentasse fotografá-los. Ele finalmente entregou um rolo de filme com seis flagrantes à Cities Service Company, que o revelou comercialmente. Embora cinco das fotos não apresentassem nada de anormal, a sexta mostrava claramente dois rostos (foto acima) seguindo lugubremente o navio.

O interessante é que a Cities Service Company não tentou depreciar a fascinante história, nem ocultá-la do público. Muito pelo contrário, eles chegaram a publicá-la na íntegra na Service, revista da empresa, em 1934, e até expuseram a ampliação da foto no saguão principal da firma, em Nova York.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Carroll A. Deering

Um dos mais famosos navios fantasmas da história, o Carroll Deering continua intrigando navegadores e gerando debates. A escuna foi encontrada próximo de Cabo Hatteras na costa da Carolina do Norte em 1921.

O Carrol A. Deering, uma escuna de cinco mastros construída em 1911, partiu do Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1920. O capitão, William Merrit e seu primeiro marinheiro e filho Sewall Merrit tinham uma tripulação de 10 escandinavos. Ambos acabaram adoecendo e o capitão W. B. Wormell foi recrutado como substituto.

Depois de deixar o Rio, o navio parou em Barbados para abastecer. O novo primeiro marinheiro, McLennan, ficou bêbado e queixou-se com um colega do capitão Wormell sobre sua incompetência em disciplinar a tripulação e incapacidade em conduzir o navio sem o auxílio de McLennam.

McLennam foi preso após cantar “Eu vou pegar o capitão antes de chegar a Norfolk, eu vou.” Wormell o perdoou e pagou sua fiança e assim zarparam de Barbados.

O navio não foi avistado até 28 de janeiro de 1921, quando um guarda farol foi saudado por um homem ruivo. O homem disse ao guarda farol com um sotaque estrangeiro que o Deering havia perdido sua Ancora mas o navio não foi capaz de transmitir sua mensagem devido um mal funcionamento do rádio.

Três dias depois o Carrol A. Deering foi encontrado encalhado em Diamond Shoals, ao largo de Cabo Hatteras. Uma equipe de resgate chegou ao navio em 4 de fevereiro. O que eles encontraram fez com que Deering entrasse para a história dos mistérios marítimos. Ele estava completamente abandonado, as toras e equipamentos de navegação haviam sumido, bem como dois dos botes salva vidas e a comida do dia seguinte estava meio preparada na cozinha.

Infelizmente o navio foi afundado com dinamite antes de uma investigação completa sobre o mistério. O desaparecimento da tripulação ocorreu no “triângulo das Bermudas” onde vários outros návios desapareceram no mesmo período e região, a investigação formal terminou em 1922 sem qualquer decisão oficial.

Fontes: Contos do Absurdo; Sobrenatural.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mary Celeste, o navio-fantasma


Havia algo de estranho no veleiro de dois mastros que avançava na ondulação do Atlântico. Faltava qualquer coisa, mas não era fácil de se perceber, à primeira vista, o que era.

A tripulação do bergantim Dei Gratia observara, do convés, o errático avanço do misterioso navio desde que ele emergira como um simples ponto no horizonte. O Dei Gratia ganhara-lhe terreno regularmente até que, ao principio da tarde, o capitão David Morehouse tomou um rumo paralelo ao dele e começou a estudar a estranha configuração do navio, através da sua luneta.

Era um bergantim armando pano redondo, tal como o seu, mas tinha apenas duas velas içadas. As outras ou estavam ferradas ou pendiam em farrapos. O navio oscilava para a direita e para a esquerda com as rajadas de vento fresco, como se o seu timoneiro estivasse bêbado, e o capitão Morehouse percebeu rapidamente por que motivo a embarcação não navegava a direito e suavemente, pois quando o Dei Gratia se aproximou pôde concluir que não se encontrava ninguém na roda do leme... que se viam marinheiros no convés... e que, de facto, não havia qualquer sinal de vida...

Morehouse mandou içar um sinal, mas não houve resposta por parte do fantasmagórico navio, pelo que faz arriar um escaler e três homens remaram até ao barco. Enquanto se aproximavam, gritavam "Bring ahoy, brig ahoy!", mas também inutilmente. Fizeram o escaler dar a volta à popa do veleiro e espreitaram para o nome que lá estava pintado: Mary Celeste, Nova Iorque.

A última vez que alguém tinha visto o Mary Celeste fora um mês antes, quando, em 4 de Novembro de 1872, ele partira de Nova Iorque com destino a Génova, com um carregamento de mil e setecentos barris de álcool em bruto. A bordo seguiam o comandante, capitão Benjamin Spooner Briggs, e o seu imediato, Albert Richardson, dirigindo uma tripulação de sete homens. Viajavam também no navio a mulher do capitão, Sarah e a sua filha de dois anos, Sophia. Briggs, um homem honesto, temente a Deus e barbudo, fazia a sua primeira viagem no Mary Celeste. Comandara anteriormente uma escuna e aceitara de bom grado a proposta de comandar o Mary Celeste quando o consórcio seu proprietário lhe ofereceu um terço do navio.

O veleiro denominara-se anteriormente The Amazon, mas os proprietários deram-lhe um novo nome e fizeram-lhe uma profunda reparação, de que muito necessitava, antes de o mandarem atravessar o Atlântico, perigoso no inverno.

O Mary Celeste partiu do East River de Nova Iorque e apontou a proa para os Açores, que foram avistados, de acordo com o livro de bordo, em 24 de Novembro.

O tempo mantivera-se bom até aí e Mrs. Briggs passava muitos dias no convés. À noite trabalhava na sua máquina de costura ou tocava no harmónio que o marido lhe permitira levasse na viagem.

Contudo, uma vez passados os Açores, o tempo modificou-se para a pior e começou a mostrar-se tempestuoso, embora relativamente moderado, o que não era suficiente para preocupar um capitão experiente, e Briggs ordenou que fossem ferradas algumas velas.

Não houve pânico e no diário de bordo foram registados apenas os factos normais do dia-a-dia, incluindo a posição do navio a 25 de Novembro, a última anotação feita.

Dez dias mais tarde o escaler do Dei Gratia acostava ao Mary Celeste e o primeiro-oficial Oliver Deveau e o segundo-oficial Jonh Wright treparam a bordo, deixando o terceiro homem em baixo, para segurar o escaler. Deveau e Wright revistaram o navio e aquilo que viram adensou ainda mais o mistério.

As velas batiam, soltas ao vento, a roda do leme girava para um lado e para o outro silenciosamente, a água chapinhava para dentro e para fora da cozinha do navio, cuja porta estava aberta, uma bússola esmagara-se no convés e faltava um dos escalares do veleiro.

Contudo, lá em baixo, por debaixo do convés, as coisas eram muito diferentes: tudo parecia em ordem, excepto que não se via ninguém.

Na cabine do capitão encontrava-se o harmónio de Mrs Briggs, ainda com uma pauta de música, a máquina de costura estava sobre uma mesa e os brinquedos da pequena Sophia mantinham-se muito bem arrumados. Nos beliches da tripulação, tudo se encontrava igualmente bem arrumado e havia roupa lavada pendurada numa corda. Na cozinha, parecia que tinham sido feitos preparos para um pequeno-almoço, apesar de, aparentemente, só metade dele ter sido servido.

Deveau e Wright regressaram ao escaler, informaram Morehouse das suas descobertas e este sugeriu que o Mary Celeste devia ter sido abandonado durante uma tempestade. Mas então, perguntou Deveau, como era possível que na cabine do capitão se encontrasse um frasco de xarope aberto, não entornado, ao lado de pratos e ornamentos intactos? Um motim, sugeriu Morehouse... Mas não havia sinais de luta, e por que motivo iriam os amotinados abandonar o navio, juntamente com as vítimas? Talvez o navio estivesse a meter água... Deveau confirmou que havia noventa centímetros de água no porão e que fora encontrada uma vara de sondagem no convés, mas isso era normal, e a água poderia ter sido bombeada com facilidade.

Morehouse decidiu pôr de lado as perguntas sem resposta e concentra-se, de momento, em assuntos mais importantes... o dinheiro do salvamento, por exemplo. Enviou alguns dos seus tripulantes de volta ao Mary Celeste e dentro de algumas horas a água fora bombeada e o porão estava seco. No dia seguinte, o veleiro foi reparado.

O capitão só podia dispensar três dos seus sete marinheiros, para tripularem o Mary Celeste.

Escolheu Deveau e os marinheiros Anderson e Charles Lund e, num espantoso feito de marinharia, os três homens conduziram o Mary Celeste durante seiscentas milhas, para o que teria sido o seu primeiro porto de escala, Gibraltar, onde o Dei Gratia já os aguardava.

As autoridades britânicas de Gibraltar apresaram o Mary Celeste e ordenaram um inquérito público, tendo Deveau e os seus homens sido apertadamente interrogados. Afirmou-se que fora encontrada, debaixo do beliche do capitão Briggs, uma espada suja de sangue... não seri essa a prova do crime? A espada foi examinada e provou-se que as manchas não eram de sangue.

Descobriu-se também que nove dos barris de álcool estavam secos e que outro barril fora rebentado... não teria a tripulação provocado uma desordem por causa do álcool?

Pacientemente, Deveau explicou, no entanto, que sob o convés tudo estava em perfeita arrumação. Poderia Briggs ter entrado em pânico durante uma tempestade e ordenado que os escaleres do veleiro fossem lançados à água? Havia poucos indícios capazes de provar tal coisa... na cabine do capitão tudo se encontrava tão arrumado como seria de esperar que estivesse na mesa de pequene-almoço de um cavalheiro. O capitão tinha até cortado, com toda a precisão, o seu ovo escalfado, que ficara por comer, em cima da mesa, no prato.

Contudo, a questão que os investigadores consideraram mais intrigante foi a seguinte: como conseguiria o Mary Celeste manter o seu rumo, sem tripulação e durante dez dias, percorrendo quinhentas milhas? Quando o Dei Gratia alcança o navio misterioso, Morehouse tinha as velas viradas para bombordo, mas o outro barco tinha-as para estibordo. Era inconcebível, foi dito no inquérito, que o Mary Celeste pudesse ter feito aquele percurso com as velas colocadas desse modo. Alguém devia ter permanecido no barco durante vários dias, depois do último registro no livro de bordo...

As autoridades de Gibraltar estavam seguras de que o escaler que faltava no Mary Celeste em breve aparecia, e com ele a tripulação que explicaria então todas aquelas perguntas sem resposta. Isso, porém, nunca sucedeu e, em 10 de Março de 1873, a comissão de inquérito concedeu uma pouca generosa recompensa pelo salvamento do navio, mil e setecentas libras, a Morehouse e aos seus homens, apenas cerca de quinze por cento do valor do navio de duzentas toneladas e da sua carga.

O inquérito foi encerrado, mas as discussões continuaram, acaloradas. Os ocupantes do Mary Celeste tinham sido capturados por piratas, apanhados por uma lula gigante, morrido de febre amarela, ou o capitão enlouquecera? Porém, a mais extraordinária das explicações surgiu quarenta anos mais tarde, em 1913.

Howard Linford, reitor de uma escola de Hampstead, Londres, afirmou ter descoberto um manuscrito revelador entre as coisas que lhe haviam sido legadas por um velho servente da escola, quando este jazia no seu leito de morte. O servente, um homem muito viajado chamado Abel Fosdyk, escrevera um relato pormenorizado afirmando que era um passageiro clandestino do Mary Celeste e o único sobrevivente da tragédia que o atingira.

Fosdyk escreveu que, durante a viagem, o capitão Briggs, ao descobrir que a sua filha a brincar numa posição muito precária no mastro do gurupés, aquele mastro comprido que se projecta para a frente, na proa de um veleiro, ordenara ao carpinteiro do navio que utilizasse uma mesa invertida para fabricar uma plataforma para que ela podesse brincar ali.

Ao faze-lo, o carpinteiro abriu profundos entalhes na madeira, de cada lado da proa, misteriosos cortes que foram na verdade encontrados no Mary Celeste. Num dia calmo, Briggs discutira com o seu primeiro-oficial a respeito da possibilidade de um homem poder nadar vestido, tendo acabado por saltar borda fora, para provar o seu ponto de vista. Os outros ocupantes do navio correram para a improvisada plataforma, par poderem ver melhor, e a estrutura de madeira abatera, caindo todos ao mar. Os tubarões apareceram então e rapidamente devoraram os náufragos até ir parar às costas de África.

Esta história fascinou a imaginação dos leitores em todo mundo, mas foi rejeitada com o argumento de ser demasiado imaginativa e improvável.

Assim, o mistério do que aconteceu à tripulação do Mary Celeste mantém-se até aos nossos dias. Mas que sucedeu depois ao próprio navio?

Quando o Mary Celeste ficou livre da ordem de apresamento decretada pela comissão de inquérito de Gibraltar, os marinheiros recusaram-se a embarcar no navio, pois acreditavam que ele estava amaldiçoado. O veleiro mudou dezassete vezes de mão nos onze anos seguintes, até ser comprado por um grupo de homens de negócios de Boston, em 1884, que fizeram um seguro muito superior ao valor do navio e o enviaram para o Haiti. Aí, num dia claro e com mar calmo, o barco embateu num recife de coral, mas a tentativa de fraude foi detectada e tanto o capitão como os proprietários levados a tribunal. Entretanto, o velho casco de madeira do Mary Celeste apodreceu num remoto recife das Caraíbas.

Fonte: http://montegordo.tripod.com/fantasma.htm

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O mistério do Maria Celeste


A embarcação Maria Celeste foi lançada na Nova Escócia, em 1860. O seu nome original era "Amazon" (amazona). Tinha 31 metros de comprimento, deslocava 280 toneladas e foi registrado como um meio-brigue.

Pelos próximos 10 anos o navio se envolveu em inúmeros acidentes no mar, e passou por inúmeros donos. No final das contas ele apareceu num leilão de "salvação" no qual foi comprado por $3.000. 

Depois de muitos reparos, foi colocado sobre registro americano e renomeado como "Maria Celeste". O novo capitão do "Maria Celeste" foi Benjamin Briggs, 37 anos, um mestre com três comandos anteriores.

Em 7 de Novembro de 1872, o navio partiu de Nova York com o Capitão Briggs, sua esposa, filha pequena e uma tripulação de oito. O navio foi carregado com 1.700 barris de álcool americano cru, com destino à Genoa, Itália.

O capitão, sua família e tripulação nunca mais foram vistos. O navio foi encontrado flutuando no meio do Estreito de Gibraltar. Não havia sinal de lutas no navio e todos os documentos, exceto o diário de bordo do capitão, estavam desaparecidos.

No início de 1873, foi reportado que dois barcos salva-vidas encalharam na Espanha, um com um corpo e uma bandeira americana, o outro contendo cinco corpos. Tem sido alegado que esses devem ter sido os resquícios da tripulação do Maria Celeste. Entretanto, aparentemente os corpos nunca foram identificados.

Fonte: 13 Grandes Mistérios da Humanidade.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cemitério de Porcos

No início do século, o navio de guerra brasileiro "Aquidabã" estava fundeado na Baía da Ilha Grande e um grupo de oficiais foi visitar a cidade, foram parar em um cemitério muito antigo e mal conservado, ao que um dos oficiais pegou uma pedra e, rindo escreveu no túmulo 1414, "cemitério de porcos".

Segundo a história, naquela mesma noite, a caldeira do navio explodiu, o navio afundou rapidamente, causando a morte de muitos marinheiros e oficiais, entre eles, o capitão da fragata Barbosa Leite, aquele mesmo que havia escrito por sobre o túmulo.

Na manhã seguinte, a Marinha havia decidido enterrar alguns mortos na cidade, e eis o destino, o capitão da fragata, Barbosa Leite, foi enterrado em um túmulo de número 1414, aonde havia escrito "Cemitério De Porcos".

Fonte: Histórias de terror, assombrações, espíritos, fantasmas...; Foto: O Aquidabã, fundeado. (Foto: ?, via Alte. Luiz Alberto da Costa Fernandes) do site NGB - Encouraçado de Esquadra Aquidabã.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Holandês Voador


No noite do dia 11 de julho de 1881, perto da Costa de Melbourne na Austrália, os vigias do castelo de proa do HMS Inconstant anunciaram a aproximação de um barco a bombordo. Todos os 13 tripulantes, dentre eles os Oficiais foram até às amuradas para ver o recém-chegado.

De acordo com os diários de bordo de dois aspirantes reais que estavam a bordo, o príncipe George (depois Rei George V) da Inglaterra e seu irmão, príncipe Albert Victor, emanava do barco uma "estranha luminosidade vermelha como a de um navio fantasma todo iluminado". Seus "mastros, vergas e velas sobressaíam nitidamente". Todavia, instantes depois, "não havia nenhum vestígio de algum barco de verdade".

As testemunhas achavam que haviam visto o Holandês Voador, o lendário navio fantasma que aterrorizou marinheiros durante séculos. A lenda seria algo assim: apesar de todas as súplicas de sua tripulação, um capitão holandês insistiu em atravessar o Cabo Horn (próximo ao Estreito de Drake) em meio a violente tempestade.

Então o Espírito Santo apareceu, mas o satânico capitão disparou sua pistola e amaldiçoou o Senhor. Por sua blasfêmia, Deus lhe rendeu uma maldição, o barco foi condenado a navegar por toda a eternidade, sem nunca poder parar em um porto. Desde então, os marinheiros dizem que um encontro com o Holandês Voador é um prenúncio de desastre.

Assim foi para o HMS Inconstant. Os diários dos membros da família real registram que mais tarde, naquela mesma manhã, um desventurado vigia caiu da trave do mastro principal e ficou "inteiramente despedaçado". E, ao chegar ao porto de destino, o almirante do barco foi acometido de uma doença fatal. Mera coincidência ou será a Maldição do Holandês Voador?

Fonte: Imagem e texto retirados da Coleção "Mistérios do Desconhecido" da Ed. Abril.