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domingo, 20 de janeiro de 2013

A maldição do Diamante Hope

Encontra-se em Washington-DC, no Smithsonian Institute, o diamante Hope, uma jóia de valor incalculável. Os seus reflexos azuis cintilam em um núcleo frio como gelo. Parece inofensivo, no entanto, a essa beleza impassível desta gema fria e brilhante, com inúmeros antecedentes de sangue e paixão, já foram atribuídas mais de 20 mortes.

Durante três séculos, reis e pobres, ladrões e cortesãos, contemplaram a sua opulência - e enlouqueceram. Segundo a lenda, a primeira das suas vítimas foi um sacerdote hindu que sucumbiu ao seu sortilégio há 500 anos, pouco depois de essa gema ter sido extraída de uma mina no rio Kistna, no sudoeste da Índia. O sacerdote roubou-a da testa de um ídolo num templo indiano, mas foi apanhado e torturado até a morte.

O diamante apareceu na Europa em 1642, nas mãos de um contrabandista francês de nome Jean Baptiste Tafernier, que com a sua venda obteve dinheiro suficiente para adquirir um título e uma propriedade. O seu filho, entretanto, endividou-se tanto no jogo que o negociante foi obrigado a vender tudo o que conseguira. Arruinado, Tafernier regressou a Índia para refazer a fortuna, onde encontrou uma morte trágica - foi despedaçado por uma matilha de cães selvagens.

A gema reapareceu na posse do rei francês Luís XIV, que a mandou lapidar, o que transformou os seus 112,5 quilates originais em 67,5 quilates. Nicolas Fouquet, um membro do governo que a pediu emprestada para um baile da corte, foi condenado à prisão perpétua em 1665 por desvio de fundos do Estado.

O próprio Luís XIV, o Rei-Sol, morreu arruinado e  detestado, enquanto uma série de catástrofes militares destroçava o seu brilhante império. Ignorando a maldição que pesava sobre a jóia, mais três membros da família real que a usaram ou possuíram viriam a morrer em condições trágicas.

A princesa de Lamballe, que a usava regularmente, foi espancadas até a morte pela multidão. O rei Luís XVI e sua mulher, a rainha Maria Antonieta, que a herdaram, morreram na guilhotina. Depois, em 1792, em pleno tumulto da Revolução Francesa, o diamante desapareceu de novo, durante quase 40 anos - intervalo que permitiu a proliferação das lendas sobre a jóia.

Conta-se que um joalheiro francês, Jaques Celot, obcecado pela sua beleza, enlouqueceu e suicidou-se. Um príncipe russo, Ivan Kanitovski, ofereceu-o a sua amante parisiense - que depois a matou a tiros, sendo ele próprio mais tarde assassinado. Há mesmo quem assegure que a imperatriz Catarina, a Grande, da Rússia, usou a pedra antes de ser atingida por uma apoplexia que a vitimou.

O diamante foi redescoberto depois de um lapidador de diamantes holandês o ter reduzido ao seu peso atual de 44,5 quilates. O filho do lapidador, porém, roubou-lhe a jóia, e este se suicidou.

A jóia percorreu a Europa, deixando atrás de si um rastro de sangue, até chegar às mãos de Henry Thomas Hope, banqueiro irlandês possuidor de uma grande fortuna, que a comprou por 30.000 libras apenas e lhe deu o seu nome atual. O seu neto acabou, mais tarde, por morrer na miséria.

Em 1908 o sultão turco Abdul Hamid comprou o diamante por 400.000 dólares e ofereceu-o a sua mulher, Subaya, e depois a apunhalou. No ano seguinte perdeu o trono.

Mulher do Sultão Abdul Hami. Foto Divulgação

Em 1911 a jóia fatídica, já na America, foi adquirida pelo magnata do mundo dos negócios Ned McLean pela quantia de 154.000 dólares. Nos 40 anos seguintes, o seu filho Vincent foi atropelado por um automóvel; McLean ficou financeiramente arruinado e morreu num manicômio onde fora internado; a sua filha faleceu em 1946, intoxicada por barbitúricos; e sua mulher, Evelyn, tornou-se viciada em morfina e faleceu.

Somente o joalheiro americano Harry Winston, que adquiriu a pedra azul dos herdeiros da família McLean, escapou de um destino fatídico e trágico. Ofereceu a gema ao Smithsonian Institute.

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Fonte: http://quemcontaoque.blogspot.pt/2011/03/o-diamante-hope-e-sua-maldicao.html

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A princesa de Amon-Rá


O relato que se segue, andei guardando-o por meses a fio, até que saísse de moda e a leitora não se zangasse ao ver o assunto novamente em pauta. Ele serve bem para ilustrar os tesouros que se pode encontrar na grande Rede, desde que se tenha paciência para ler um monte de porcaria antes de se deparar com algo que preste. Encontrei este pseudo-conto num dos artigos postados nos newsgroups sobre Egiptologia e História Antiga na Usenet, pelo colega Steve Abatangle.

Voltando bastante no tempo, a saga se inicia com a princesa de Amon-Ra, que viveu cerca de 1.500 anos antes de Cristo. Quando faleceu a nobre donzela, seu belo corpo foi depositado num lindamente ornamentado caixão de madeira e enterrado profundamente numa câmara em Luxor, ou melhor, do outro lado do Nilo, no Vale dos Reis.

No final da década de 1890, quatro ingleses abastados, visitando as escavações na região, foram contatados por um indivíduo que lhes ofereceu um misterioso sarcófago contendo os restos mortais da princesa de Amon-Ra. Eles iniciaram uma disputa monetária pela peça e ofereceram lances cada vez mais altos, tal como num leilão. O vencedor acabou pagando vários milhares de libras esterlinas pelo raríssimo artefato e mandou que o entregassem em seu hotel. Horas mais tarde, o tal cavalheiro foi visto caminhando sozinho deserto adentro. Nunca mais foi encontrado.

No dia seguinte, um dos três mancebos remanescentes da disputa levou um tiro acidental de um serviçal egípcio que limpava uma arma no salão em que estava. Seu braço foi tão gravemente ferido que teve que ser amputado.

O terceiro homem do quarteto de janotas britânicos, ao retornar para a Inglaterra, teve a infeliz notícia de que o banco em que guardava toda sua poupança de vida acabara de falir. O quarto cidadão do grupo, pobre homem, foi acometido de grave enfermidade. Perdeu seu emprego e reduziu-se a um vendedor de fósforos nas ruas da cidade.

Sabe-se lá como, mas o sarcófago acabou chegando à Inglaterra, obviamente causando uma série de desgraças durante o caminho. Em pouco tempo foi adquirido por um negociante residindo em Londres. Depois de ter três de seus familiares feridos em um acidente de estrada e de ter sua casa destruída por um incêndio, o tal sujeito rapidamente resolveu doar a peça ao Museu Britânico. Ao descarregar o esquife do caminhão, no pátio do museu, o motor do veículo subitamente engrenou a ré e esmagou um transeunte. Ao levar a urna escada acima, um dos dois carregadores tropeçou e quebrou uma perna. O outro, aparentemente em perfeito estado de saúde, morreu estupidamente dois dias depois.

Uma vez instalado o sarcófago da princesa na Sala Egípcia, aí sim é que a encrenca realmente começou. Os vigias noturnos ouviam soluços e batidas provenientes do interior do caixão. Um dos vigias faleceu em serviço, fazendo com que os outros decidissem abandonar o emprego. Até o pessoal da limpeza passou a se recusar a trabalhar perto da princesa.

Um visitante zombeteiramente esfregou um pano de limpeza no rosto pintado sobre o sarcófago. Seu filho morreu de sarampo dias depois. Por fim, as autoridades acharam melhor transferir a problemática múmia para uma sala isolada no porão, imaginando que lá embaixo ela não poderia causar maiores complicações. Após uma semana, um dos funcionários caiu seriamente enfermo e o supervisor da tarefa de transferir a peça foi encontrado morto em seu escritório.

A essa altura, a imprensa já estava se ocupando do caso. Um fotógrafo retratou a pintura do esquife e, quando foi revelar a chapa, deparou-se com a horripilante figura de um rosto humano estampada na tampa do caixão. O assustado profissional foi direto para casa, trancou-se no quarto e se matou com um taco no quengo. Pouco tempo depois, a múmia foi vendida para um colecionador particular. Após vários infortúnios e mortes, o novo dono guardou o malfadado sarcófago no sótão.

A venerável iniciada e expert em ocultismo, Madame Helena Petrovna Blavatsky, visitou a morada do colecionador. Logo que adentrou o domicílio foi tomada por um ataque de tremedeira e imediatamente passou a vasculhar a casa inteira em busca de uma "influência maligna de incrível intensidade". Finalmente chegou ao sótão e encontrou a urna funerária da princesa. Perguntada se poderia exorcizar o mau espírito, Madame Blavatsky disse que o mal permanece mau para sempre e que nada podia ser feito. Ela implorou para que o dono se livrasse daquele sarcófago o mais rápido possível.

No entanto, nenhum museu na Inglaterra queria segurar aquela batata quente. Num período de 10 anos, mais de 20 pessoas sofreram alguma desventura grave, desastre ou morte, apenas por chegar perto ou manusear o sarcófago.

Mas, como se isso tudo não bastasse, um arqueólogo americano cabeça-dura, que reputava os acontecimentos sinistros aos caprichos do destino, pagou vultosa soma e providenciou a remoção da múmia e sua urna para Nova York.

Em abril de 1912, o novo dono do abacaxi embarcou seu tesouro num grande navio e acompanhou-o nessa viagem. Na noite de 14 de abril, com cenas de horror sem precedentes, a princesa de Amon-Ra acompanhou os 1.500 passageiros da embarcação em sua morte, nas profundezas do Oceano Atlântico. O nome do navio era Titanic.

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Fonte: Carlos Alberto Teixeira (colunista de "OGlobo")

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Morte no Vale dos Reis

O arqueólogo inglês Carter levou 23 anos para descobrir a tumba de Tutankhamon.
Local repleto de tumbas, que segunda a lenda, amaldiçoavam os que se atreveram a explorá-las. Dezenas de mortes ocorrem no local, incluindo as de muitos da equipe que descobriram a tumba de Tutankamon. Maldição?
Guiado por um xeque, o viajante inglês Richard Pococke, em 1743, foi o primeiro a chamar a atenção da Europa para uma região conhecida como Vale dos Reis, a oeste de Tebas, no Egito.