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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Um Pároco Cátaro
Ele deveria ter sido um modesto padre de uma paróquia insignificante. Em vez disso, François-Berenger Saunière procurou a companhia de uma linda estrela da ópera francesa, e acabou com quatro contas bancárias, com as quais financiou a restauração de uma obscura capela francesa em Rennes-le-Château.
A igreja foi decorada com uma estátua representando a figura do Diabo, o que levou todo mundo a se perguntar se a recente fortuna de Saunière viera de Deus ou de Satã.
A resposta pode ser encontrada entre as lendas de certa doutrina herética do século 13, conhecida como seita dos cátaros, que controlava a província francesa de Languedoc, no Mediterrâneo.
Os cátaros acreditavam no Demiurgo, nome dado pelos platônicos ao Deus que teria criado o mundo, utilizando para tanto a matéria já preexistente. O Demiurgo, deus inferior ou mesmo maligno, que devia ser derrotado para que se conseguisse a salvação, concedia favores a seus servos, assim como o Deus cristão.
No dia 2 de março de 1244, o último baluarte cátaro em Montségur foi derrubado por forças ortodoxas. No entanto, correram boatos segundo os quais o tesouro dos cátaros fora escondido antes da queda final. Seria aquele o mesmo tesouro que Saunière descobrira, logo após assumir a direção da pequena cidade de Sainte-Madelaine, em Rennes-le-Château, em 1885?
Pouco depois de sua chegada à cidade, Saunière visitou Paris, e a vida nunca foi mais a mesma para o pobre pároco do interior. Seus paroquianos ficaram atônitos, quando o humilde Saunière recebeu a visita de Emma Calve, a mundialmente famosa soprano, em Rennes-le-Château. Na verdade, ela continuou a se encontrar com o padre, até seu casamento com o tenor Gasbarri, em 1914.
Além de gastos desconhecidos, Saunière investiu mais de 1 milhão de francos na restauração da obscura igreja de Sainte-Madelaine, inclusive dos diabos de pedra.
Sobre o pórtico frontal ele mandou gravar as seguintes palavras: "Este é um lugar terrível".
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
quinta-feira, 21 de março de 2013
Os cátaros
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“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”... |
Os cátaros a exemplo dos primeiros cristãos levavam vida ascética de alta espiritualidade, vivenciando na prática um cristianismo puro, numa total alta-renúncia a tudo o que era deste mundo, eram conhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo, a serviço do mundo e da humanidade, um verdadeiro exemplo de amor ao próximo.
O catarismo (do grego καϑαρός katharós, "puro") foi um movimento cristão, considerado herético pela Igreja Católica que manifestou-se no sul da França e no norte da Itália do final do século XI até meados do séculos XIV. Suas ideias tem fortes paralelos com o gnosticismo do início da era cristã. Os historiadores indicam sua formação a partir da expansão das crenças dos bogomilos (Reino dos Búlgaros) e dos paulicianos (Oriente Médio). Eles afirmavam ser os verdadeiros e bons cristãos. Traziam em sua doutrina a assinatura da mensagem sincrética do iniciado persa Mani, que tinha espalhado pelo mundo antigo sua doutrina gnóstica.
A salvação para o catarismo era a libertação da alma de seu invólucro, isto é, o corpo material impuro. Devido a essa concepção, alguns historiadores afirmam que os cátaros viam com bons olhos o suicídio. Entretanto, trata-se de uma má interpretação da ideia da Endura, que consistia em uma morte simbólica do eu.
Os sacerdotes cátaros, ou Bons Homens, como se auto-denominavam, levavam vidas simples e castas, desprovidos de quaisquer posses materiais, buscando afastar-se ao máximo da corrupção do mundo. Eles eram considerados Bons Homens a partir do momento em que recebiam o Consolamentum, um rito que representava de maneira simbólica sua morte com relação ao mundo corrupto. Os crentes cátaros somente recebiam o Consolamentum nos momentos que antecediam sua morte. Os Bons Homens caminhavam entre o povo, pregando, e também auxiliando a população em suas necessidades, inclusive no tratamento de enfermos, pois muitos possuíam conhecimentos da medicina da época. Seu modo de vida lhes rendeu a admiração da população e o apoio dos nobres locais.
Devido à força do movimento e sua rápida expansão, o Catarismo foi visto como uma perigosa heresia pela Igreja Católica. A perseguição iniciou-se por uma tentativa fracassada de reconversão da população local. Posteriormente, foram instalados tribunais de inquisição. A convivência local entre Católicos e Cátaros era boa, existindo poucos relatos históricos de conflitos, e diversos relatos de encobrimento de cátaros por católicos no período.
A cruzada cátara
A resistência às sucessivas tentativas de reconversão da população local provocou a organização da Cruzada albigense. Iniciada em 1209, a cruzada durou cerca de 35 anos. Foi comandada por Simon de Montfort sob ordem do Papa Inocêncio III. Seus enviados estampavam uma cruz em suas túnicas e tinham como meta a absolvição de todos os pecados, a remissão dos castigos, um lugar a salvo no céu e, como recompensa material, o produto de todos os saques.
A primeira cidade tomada foi Beziers, e o massacre foi quase total. O abade de Citeaux, representante papal, ao ser questionado sobre como seriam reconhecidos os cátaros e os católicos, ele havia respondido: "Matem a todos... Deus se encarregará dos seus...".
Luís VIII de França também participou da Cruzada. Iniciada com a invasão de Beziers (1209), ela só teve fim após diversas batalhas (onde se destacam a de Muret, em 1213, e a de Toulouse, em 1218) logo após o Tratado de Meaux (1229), já sob o reinado de Branca de Castela. Na verdade, porém, Montségur permaneceu até 1244 como um dos últimos pontos de resistência. O último reduto cátaro, a cidade de Quéribus, foi tomada em 1256.
A morte do "último cátaro" aconteceu bem mais tarde, em 1321, perseguido pela Inquisição liderada por Jacques Fournier em Pamiers. Mais tarde, Jacques Fournier foi instalado como Papa Bento XII e procedeu à construção do Palácio de Avignon, onde se estabeleceu o papado.
Fontes: Wikipedia; Mistérios Antigos.com.
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