sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Frango Mike viveu 18 meses sem ter cabeça


Era uma manhã como outra qualquer, no dia 10 de setembro de 1945, quando Clara Olsen viu aquele frango gorducho ciscando em seu terreiro, em Fruita, Colorado (EUA), e decidiu que ele iria para a panela. Ela apontou para vítima e deu ordem a seu marido, Lloyd Olsen, que levasse a tarefa a cabo. 

Lloyd sabia que sua sogra viria jantar com eles na noite seguinte e sabia também que a velha adorava chupar ossinhos de pescoço de frango. Por isso, quando colocou o bicho sobre um tronco, posicionou seu machado de modo que, ao decepá-lo, restaria uma porção bem generosa de pescoço para cozinhar.

O carrasco ainda não imaginava que surpresas o frango lhe reservava, mas não queria decepcionar a mãe de Clara.

- Era importante puxar o saco da sua sogra nos anos 40 do mesmo modo que é hoje.

Assim sendo, ele desferiu a machadada fatal e desencanou do frango que, aparentemente, voltou ao seu trabalho galináceo de ciscar pelo terreiro da fazenda – não importando o fato de não ter mais cabeça para isso.

Na manhã seguinte, para total espanto dos Olsen, o frango – apesar de um pouco desorientado – continuava vivo e abrigava sua cabeça debaixo da asa. Os Olsen então decidiram que, se Mike – eles deram este nome ao frango – estava tão decidido a viver, eles teriam que arrumar um meio de alimentá-lo. Isso era feito com um conta gotas contendo água e grãos cuidadosamente moídos.  

Depois de uma semana, Lloyd levou Mike em uma viagem de 400 km, rumo à Universidade de Utah, em Salt Lake City. Os cientistas mais céticos que haviam por lá estavam ansiosos para saber como é que Mike havia sobrevivido. Examinando o frango, eles descobriram que a culpada era a sogra de Lloyd e seu gosto por pescoço.

Por causa disso, Lloyd deu a machadada tão perto da cabeça que a base do cérebro de Mike permaneceu intacta e a lâmina não chegou nem a cortar a jugular – o que teria matado o frango em segundos.  Lloyd foi tão incompetente com o machado que deixou Mike com um dos ouvidos intocados e, como as funções básicas que um frango necessita para controlar seus movimentos ficam na base do cérebro, Mike conseguiu permanecer saudável por um bom tempo.

Nos 18 meses que permaneceu vivo, Mike, que pesava pouco mais de 1 kg quando tinha cabeça, terminou seus dias pesando 3,5 kg.

Seus donos também engordaram suas contas bancárias levando o frango descabeçado para outras cidades em que pessoas pagavam 25 centavos só para vê-lo. Mike – o “Frango Maravilha”, como foi chamado pelas revistas Life e Times – morreu em uma dessas viagens quando, aparentemente, engasgou e nem Clara nem Lloyd conseguiram alcançar o conta gotas a tempo para limpar seu esôfago.

Se o frango morreu, a memória permaneceu. Até hoje, os habitantes da cidade de Fruita fazem reuniões anuais e lembram a história de Mike, não tanto por ele não ter cabeça e mais pela sua exemplar vontade de viver.

A memória de Mike – o Frango Maravilha – é celebrada anualmente em todo terceiro fim de semana do mês de maio.

Veja mais no site oficial de Mike: www.miketheheadlesschicken.org.


Fontes: www.assombrado.com.br; Wikipédia; R7 - Notícias

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Origem dos Maiores Contos de Terror

Cena de "Bride of Frankenstein" (1935): Byron, Mary e Percy Shelley na noite tempestuosa

Entre 15 e 17 de junho de 1816, uma tempestade deixou cinco amigos ingleses presos na mansão Villa Diodati, às margens do lago Genebra, na Suíça. Fechados na casa cercada de vinhedos e com vista para montanhas nevadas, começaram a ler contos de terror em voz alta. Quando se cansaram, resolveram escrever suas próprias histórias de fantasmas. 

Acontece que aquela não era uma casa qualquer - já tinha abrigado o poeta John Milton e os pensadores Rousseau e Voltaire. E esta turma também não estava para brincadeira. Seu líder era George Gordon Byron, o lorde Byron, o mais famoso poeta romântico da literatura britânica. A seu lado estavam o médico e escritor John William Polidori, o poeta Percy Shelly, sua namorada Mary e a meia-irmã dela, Claire Clairmont.

Em três dias de verão suíço, esses colegas de farra criaram dois dos maiores personagens de terror já inventados: o doutor Frankenstein, com sua criatura feita de pedaços de cadáveres, e lorde Ruthven, antecessor direto do conde Drácula moderno.

Para alguns dos presentes, a proposta de Byron não foi muito longe. John Polidori começou a escrever o caso de uma mulher que espia por um buraco de fechadura e tem a cabeça transformada em caveira.

Percy Shelley redigiu o hoje pouco conhecido "Fragmento de uma História de Fantasma".

Byron elaborou o fragmento da história de um nobre imortal, Augustus Darvell, que se alimentava do sangue de suas vítimas.

Mas, para Mary, a tarefa chegou perto da obsessão. A ponto de, dois anos depois, a escritora ter aproveitado um sonho macabro que teve em Villa Diodati para publicar o romance que daria origem ao gênero do "cientista louco" na cultura popular.

Em 1819, começou a circular pela Europa o conto "The Vampyre", creditado a lorde Byron. O texto contava a história de lorde Ruthven, um viajante inglês que arruina a vida de um jovem cavaleiro chamado Aubrey. O sucesso foi estrondoso. No ano seguinte, a história ganhava uma continuação em que o nobre realiza uma turnê em busca de sangue por diversas cidades, de Florença a Bagdá. Nos anos seguintes, o nobre vampiresco se tornaria uma verdadeira coqueluche nos teatros europeus. E assim Byron passava a ser mencionado como o autor de mais um sucesso estrondoso com o público. O problema é que o conto não havia sido escrito por ele.

O excêntrico John Polidori era o braço direito de Byron durante as férias suíças. Como responsável por organizar os papéis do grande poeta, ele leu o manuscrito elaborado na Villa Diodati. Polidori já tivera contato com um romance alemão de 1801, chamado "Der Vampyr", de Theodor Arnold, e conhecia alguns dos monstros folclóricos que, durante vários séculos e nas mais diversas culturas e civilizações, eram conhecidos por viver do sangue das vítimas. Mas, na hora de desenvolver o conto do antigo mestre, John, de apenas 20 anos, sintetizou as características mais duradouras dos vampiros modernos. Seu personagem era um nobre bonito (ainda que muito pálido) e sedutor, que atacava donzelas indefesas por onde passava. O conto foi redigido em 1819, três anos depois de o médico ser demitido por Byron. "Escrevi em duas ou três manhãs livres", ele relataria depois.

O nome do vilão, lorde Ruthven, era um ataque ao próprio Byron. Afetado e arrogante, o vampiro de Polidori sabia ser desagradável e repulsivo. Talvez tenha sido por isso que, quando o conto foi publicado como se fosse criação sua, Byron refutou enfaticamente a autoria. Ao que tudo indica, o engano foi provocado pelo editor da obra, que queria pegar carona na fama do poeta inglês. Polêmicas literárias à parte, o conto iniciado à beira do lago Genebra marcou as décadas seguintes. Ao longo do século 19, escritores de peso, como Edgar Allan Poe, Alexandre Dumas, Guy de Maupassant e H.G. Wells criariam personagens inspirados no vampiro de Polidori. Até que, em 1897, lorde Ruthven ganhou seu descendente mais famoso: o conde Drácula, inventado pelo escritor irlandês Bram Stoker.


Se a criação do vampiro moderno envolveu dois nobres e alguma dose de rancor, a história por trás das origens de Frankenstein tem elementos de novela mexicana, com traição, luxúria, morte e dor, muita dor. Os protagonistas são Percy Shelley e sua namorada Mary.

Nascido em 1792, Percy era um poeta e ativista radical que, nos idos de 1814, estava na rua da amargura e lidava ainda com um casamento em pandarecos. Quando conheceu o filósofo e escritor William Godwin, famoso por defender o ateísmo e o anarquismo, estava precisando de pão, ombro e carinho. Godwin apadrinhou Shelley, emprestando-lhe dinheiro e abrindo as portas de sua casa. O protegido acabaria se apaixonando pela filha do padrinho, Mary. Cinco anos mais nova que o poeta, ela também enfrentava seus demônios pessoais, tendo perdido a mãe dias depois de nascer.

O pai dera a Mary uma rica educação, mas não parecia se preocupar com a crueldade de Mary Clairmont, sua segunda esposa, que encarnava com perfeição o estereótipo de madrasta malvada. Mergulhar nos estudos era uma das únicas distrações da moça, que falava francês e italiano fluentemente. Não era surpresa, então, que Mary estivesse em volta da mesa nas muitas ocasiões em que seu pai e Percy Shelley passavam horas debatendo temas políticos na casa da família, em Londres. Godwin, porém, era bem menos liberal na prática que na teoria. Logo ele proibiria a filha de encontrar o protegido. "Mary viveu uma tremenda distância emocional e se tornou uma adolescente sedenta de emoção e aventura. Percy Shelley apareceu feito um cometa em sua vida", diz Miranda Seymour, autora de uma das mais respeitadas biografias da escritora.

Mary não só desobedeceu às ordens do pai como fugiu com Percy para uma viagem pela Europa, em 1814. No ano seguinte, tiveram uma filha, Clara, que morreu com poucas semanas de vida. Em 1816, porém, Percy e Mary finalmente se casaram depois de Harriet, a primeira mulher do poeta, morrer afogada - a versão oficial, ainda hoje bastante questionada, é a de que ela se suicidou em um lago do Hyde Park, em Londres. Antes de oficializar a união, aceitaram o convite de lorde Byron para a temporada à beira do lago Genebra.

Estavam acompanhados da misteriosa Claire Clairmont, a meia-irmã de Mary cujo papel nos últimos anos emergiu como algo bem maior que uma simples companheira de viagem. De acordo com estudos recentes de acadêmicos britânicos, as duas não só disputavam as atenções de Percy como dividiam a cama com ele. A moça também não escapou das atenções de lorde Byron - com quem ele teria uma filha, Allegra, nascida no ano seguinte.

Na temporada suíça, Mary era uma ouvinte atenta das conversas entre lorde Byron e Percy Shelley sobre o que era conhecido como galvanismo, uma teoria sobre a possibilidade de trazer organismos à vida com o uso de descargas elétricas. Por sinal, cientistas da época viam-se engajados em debates sobre as fronteiras da vida e da morte. A primeira mulher de Percy, por exemplo, tinha sido levada para um hospital de Londres em que experimentos de ressuscitação com vítimas de afogamento eram comuns.

Aliado às conversas, havia o tempo do lado de fora. Tempestades fenomenais foram comuns naquele 1816, que acabou conhecido como "o ano sem verão": a chuva caiu em 130 dos 183 dias em que a temperatura deveria ser quente. As sessões com lorde Byron eram, então, veneno antimonotonia. Especialmente porque o anfitrião era um verdadeiro pop star do século 19. O britânico era um dos mais populares poetas da Europa graças a suas posições contestadoras, em especial a defesa do amor livre, o que invariavelmente atraía as atenções do público para seu estilo de vida. Byron era conhecido pelo hábito de sair com senhoras casadas e pelas tendências bissexuais. O poeta contava ainda com uma astúcia fora do comum, inclusive para lidar com os muitos críticos de sua obra e de sua conduta. "Li uma crítica que me derrubou. Em vez de ter um aneurisma, tomei três garrafas de vinho e comecei a escrever uma resposta", disse ele num de seus mais famosos comentários.

O charme de Byron, porém, não resistiria ao poder dos boatos. Sua separação de Annabella Milbanke resultou em uma imensa lavagem de roupa suja em público, apimentada por uma série de intrigas espalhadas pelos advogados dela. Sua imagem no Reino Unido ficou arranhada e suas finanças, arruinadas. Quando chegou à Suíça, em 1816, Byron era um intelectual à procura de refúgio (reza a lenda que ele partiu de mala e cuia pouco antes da chegada de credores que vinham tomar sua casa). Porém, até que as chuvas isolassem a casa, o grupo não conseguiu privacidade total: Villa Diodati era observada por curiosos com lunetas, e nos arredores do lago Genebra era comum ouvir histórias de orgias e uso de láudano (um tipo de ópio) no casarão.

A farra no verão gelado inspirou Mary a escrever seu grande romance, mas não acabou com as tempestades em sua vida. Ainda em 1816, sua meia-irmã Fanny cometeu suicídio. No ano seguinte, morreu sua terceira criança, Clara, enquanto a segunda, William, faleceria três anos depois, vítima de malária. Em 1822, Percy Shelley morreria afogado durante um acidente num passeio de barco na Itália.
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Mary enfrentava ainda a dor da falta de reconhecimento. Já em 1824, seis anos depois da publicação da primeira edição de "Frankenstein", e quando começavam a surgir as primeiras adaptações teatrais, críticos creditavam a autoria do livro a seu marido. Um debate que, por sinal, persiste. Em 2007, o acadêmico John Lauritsen publicou um livro cujo título, "O Homem que Escreveu Frankenstein", já era provocativo por si só. Lauritsen, porém, ia além de argumentos discutidos à exaustão, como o fato de o manuscrito estar repleto de anotações feitas por Percy. Para ele, a profundidade e a complexidade de Frankenstein estavam além da capacidade de uma escritora amadora. "A grande pista é que toda a produção posterior de Mary Shelley é ordinária em comparação com o primeiro trabalho", ele afirma.

E assim, de forma curiosa, lorde Ruthven e Frankenstein compartilham a polêmica em torno da paternidade. Quanto ao berço, que eles também têm em comum, a Villa Diodati ainda existe e continua sendo observada de longe. A mansão fica no fim de uma estrada particular e os donos não permitem visitas, com raras exceções para grupos de estudos literários.



Fonte: http://oficina-literaria.blogspot.com.br/2009/11/bebidas-orgias-e-muita-chuva-o-fim-de.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Baile


Era um sábado à noite... O baile iria começar às 23:00 hs. Todos chiques, bem arrumados, vestidos para uma noite de gala. Mulheres lindas, homens charmosos. Richard tinha ido ao baile sozinho. Não tinha namorada, apesar de ser muito bonito. No baile conheceu uma moça muito bonita que estava sozinha e procurava alguém com quem dançar.

Richard dançou com ela a noite toda, e conversaram por muito tempo. Acabaram se apaixonando naquela noite, mas tudo só ficou na conversa e no romantismo.

No final do baile, Richard prometeu que levaria a moça embora, mas de repente ela sumiu. Ele procurou-a por todo o salão por muito tempo. Como não encontrou, desistiu e foi embora.

No caminho para sua casa, ainda muito triste, ele passou em frente ao cemitério e viu a moça entrando lá. Desconfiou do que tinha visto... suspeitou que fosse o cansaço e que estivesse sonhando.

Quando Richard chegou em casa, ele não conseguia dormir, nem parava de pensar na cena que tinha visto da moça entrando no cemitério.

Quando amanheceu o dia, Richard não se conteve e foi ao cemitério. Estava vazio e ele não encontrou ninguém. Passando por um dos túmulos, ele encontrou a foto da garota, vestida como no baile. E lá estava registrado que ela tinha morrido há dez anos.

E um detalhe: Ninguém viu a moça com que Richard dançou a noite toda, a não ser ele. Ninguém mais viu a tal mulher entrando ou saindo.


Fonte: Lendas que o povo conta, reais ou falsas?.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Melhor Amigo do Homem


No interior de Minas contam uma história de um sujeito que perdeu-se em uma mata. Ficou vagando por dias, sem água ou comida. Todo maltrapilho e à beira da morte viu de longe em uma clareira um cão que latia para ele.

Por um momento pensou que fosse uma alucinação causada pelo seu estado debilitado. Chegando mais perto, pode ver que se tratava de um cão de verdade que se afastava a passos lentos cada vez que ele se aproximava.

Pensou então com ele: "Se há um cachorro aqui, devo estar perto de alguma habitação. Alguém deve morar por perto. Vou segui-lo."

Andou na direção do animal, que se afastava como que mostrando um caminho para o homem. Após alguns horas o sujeito pode ver uma pequena casinha mal construída, feita de barro e palha, onde um casal sentado à porta, conversava sobre amenidades.

Feliz e desesperado, o homem correu na direção dos dois moradores, sentindo-se salvo.

Assustados, os dois receberam o homem tentando entender o que havia se passado. Depois de beber um pouco d'água e se recuperar, o sujeito contou a história, falando do cachorro que o havia guiado pela mata até o local onde estava agora.

Entreolhando-se, os dois moradores desconfiaram da história, dizendo que não havia nenhum cachorro pelas redondezas. Ele, então, se propôs a levar os dois céticos ao local onde havia visto o cachorro pela primeira vez.

Ao chegar lá, nada viram a não ser uma cruz sobre uma cova rasa, que o morador informou tratar-se do túmulo do filho, que havia sido assassinado por uma matilha de lobos.

Conto de Everson Daniel Da Costa


Fonte: "Paisagens Noturnas" - Everson Daniel Da Costa.

As Flores da Morte


Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.

Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte.

Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.

Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.

A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.

Conto de Everson Daniel Da Costa


Fonte: "Paisagens Noturnas" - Everson Daniel Da Costa.

domingo, 18 de outubro de 2015

Casa mal assombrada


O ano era 1944. Carlos que antes morava em Itaperuna - RJ, iria se mudar para Natividade, RJ. Estava a procura de uma casa e depois de algumas visitas, encontrou uma que seria ideal para acomodar sua família.

Ao sair da casa, os vizinhos o alertaram de que ela era mal assombrada pelo espírito do antigo morador conhecido como "Manoel Açougueiro". Carlos que era metido a valentão ignorou os avisos dos futuros vizinhos e a família mudou-se na semana seguinte.

Depois de um mês instalados, a mãe e os filhos começaram a ouvir todas as noites, sem falta, às 22:00 horas em ponto, batidas na porta. Quando iam atender, não havia ninguém e o portão ficava sempre trancado com cadeado. Não havia tempo suficiente para alguém bater e pular o muro sem que ninguém percebesse. Carlos que sempre chegava após às 22:00 horas, não acreditava em tal estória.

Porém um dia, Carlos chegara mais cedo em casa e novamente às 22:00 horas bateram na porta. Carlos correu até a porta e não vendo ninguém por perto, gritou aos quatro cantos:

- "Manoel, é você? Se for você mesmo, apareça."

Para espanto de todos, nesta noite, à meia-noite o neném acordou chorando e Carlos ao entrar no quarto viu um cachorro branco dentro do berço. Ninguém na casa via o tal cachorro, mas Carlos insistia em tentar bater no cachorro com um cinto e acabava por acertar o bebê.

Apesar de toda a confusão da noite, Carlos ainda duvidava de que havia um fantasma na casa. No fim de semana, na sexta-feira, Carlos voltou a gritar aos quatro cantos da casa, fazendo dessa vez, um desafio ao tal fantasma.

- "Se tiver alguém aqui mesmo, que atire essas almofadas que estão na sala para o outro quarto."

De madrugada o filho mais velho da família, que também se chamava Carlos, acordou desesperado gritando que alguém havia atirado almofadas em sua cabeça enquanto dormia.

Carlos no dia seguinte, procurou o Monsenhor que providenciou a celebração de uma missa em intenção a alma de "Manoel, o Açougueiro". Desde aquela data, nunca mais ninguém ouviu batidas na porta da casa às 22:00 horas.

Conto de Everson Daniel Da Costa


Fonte: "Paisagens Noturnas" - Everson Daniel Da Costa.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tesouro Macabro


A história que contarei a seguir é sobre dois amigos de infância, Pablo e José. Os dois eram mexicanos e andarilhavam em direção de San Juan, um pequeno vilarejo na província de Chiapas.

Estava chovendo muito e os cavalos já estavam inquietos. Pablo observara uma caverna em meio às árvores e exclamou: "Veja José, uma gruta seca. Vamos usá-la como abrigo até a chuva passar." José não titubeou e seguiu seu amigo até a tal gruta. Lá dentro, os dois se abrigaram e acomodaram os cavalos. A caverna era gelada e José sentiu um calafrio que percorreu sua espinha. "Vamos sair daqui Pablo, esta caverna me dá arrepios." Balbuciou José tremendo de frio e medo. "Bobagem! Lá fora podemos até morrer naquele temporal. Aqui nós estamos secos e seguros."Retrucou Pablo.

A chuva não dava nem um sinal de cessar. José estava impaciente e Pablo curioso com a caverna. "Vamos lá para o fundo, estaremos mais seguros lá." Entusiasmou-se Pablo. "Estas louco homem, podemos nos perder naquela escuridão." Protestou José. "Covarde! Vamos lá, seja homem pelo menos uma vez nessa sua vida." Ameaçou Pablo com um sorriso sarcástico.

Mesmo temendo pela sua própria vida, José segue o amigo até o fundo da caverna. Pablo, indo na frente, acende um fósforo e se surpreende com o que vê. Jogado ao chão, milhares de moedas de ouro e prata e até algumas jóias que refletiam a luz do fósforo. Junto delas, um esqueleto humano. Pablo dá uma gargalhada e grita."Estamos ricos José, ou melhor, estou rico José!"

Virando-se imediatamente para o amigo e apontando a garrucha diretamente para a testa dele. Pablo dá um sorriso e vê o pavor do amigo que suplica."Não Pablo, pelo amor de Deus... nós somos amig...." E um estrondo interrompe a voz de José. Com um tiro certeiro, Pablo espalha os miolos do amigo no chão... "He, he, he...agora o ouro é só meu, todo meu." Recolhendo o tesouro e colocando-o num saco, Pablo já vai até pensando no que fazer com o dinheiro.


O tempo passa e a chuva também. Com o tesouro devidamente embalado, Pablo sai da caverna sorrindo e gozando do cadáver do amigo."Pena que você não poderá se divertir com este dinheiro companheiro." Pablo coloca o saco com o tesouro no lombo do cavalo e ruma para o vilarejo. Chegando lá, ele vai diretamente para uma pensão contabilizar o seu achado.

Euforicamente, Pablo sobe para o seu quarto mal podendo conter sua alegria. Já no quarto, o homem tranca a porta e joga o saco no chão. Ao abri-lo, Pablo depara-se com uma cena inesperada e pavorosa. "Não, não pode ser !!!" Agoniza o coitado. Ao invés do tesouro, ele encontrou o cadáver rígido de seu amigo José.

Conto de Everson Daniel Da Costa


Fonte: "Paisagens Noturnas" - Everson Daniel Da Costa.

domingo, 4 de outubro de 2015

Ourang Medan


Em fevereiro de 1948 o navio cargueiro holandês SS Ourang Medan navegava em águas internacionais, próximo a Indonésia, quando emitiu um aviso via código morse, que deixou todas as embarcações próximas assustadas, pois assim dizia a mensagem: “Todos os oficiais e o capitão estão mortos na ponte e na sala de mapas. Possivelmente toda a tripulação está morta”. Depois houve um tempo no qual um código sem sentido foi enviado, apenas pode-se decifrar duas palavras: "Eu morro".

Rapidamente os barcos mais próximos iniciaram a busca pelo navio que havia enviados os avisos. Utilizando-se de uma técnica de triangulação, o Silver Star, um navio americano que estava próximo, conseguiu encontrar a localização do último chamado do Ourang Medan.

Dessa maneira, apenas poucas horas após a última chamada, o navio holandês foi encontrado. Como de praxe o Silver Star tentou comunicação via luzes e sons, porém não recebeu nenhuma resposta. Assim uma equipe de abordagem foi montada e enviada à embarcação holandesa.

Enquanto se aproximavam, os marinheiros notaram que não havia nenhuma movimentação ou sinal de vida no Ourang. Seguindo o planejamento, eles subiram a bordo do navio e encontraram uma cena assustadora: todos os tripulantes estavam mortos, com os olhos arregalados e braços abertos, tendo no rosto uma expressão de terror enorme, mas aparentemente nenhum tinha algum ferimento, pareciam realmente terem morrido de medo. Inclusive o homem que havia mandado as mensagens foi encontrado na sala de comunicação, morto de maneira muito semelhante aos seus companheiros.

Após a primeira inspeção, foi decidido rebocar o navio para que o caso fosse mais bem investigado e o motivo das mortes fosse encontrado, porém sem nenhuma explicação o SS Ourang Medan explodiu, pegou fogo e afundou no meio do oceano, como se ele quisesse deixar seus segredos escondidos…

Existem diversas teorias sobre esse incidente, alguns dizem que o navio podia estar carregando algum produto venenoso que vazou, além de substancias explosivas que o afundaram, contudo isso não consegue explicar a cara de pavor dos tripulantes mortos. Afinal o que teriam visto esses homens segundos antes de morrer? Será que essa visão os matou? Ou o que eles enxergaram os liquidou para ficarem calados? Isso é algo que jamais poderá ser respondido.

Além disso, existe outro mistério em volta do navio, pois os registros oficiais dele jamais foram encontrados, como se jamais tivesse existido. Contudo há um artigo que cita o Ourang Medan no Proceedings of Merchant Marine Council, publicado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Esse fato aumenta mais ainda as duvidas em volta dessa embarcação, tornando sua história uma das mais misteriosas que já se ouviu nos mares.

A mais antiga referência conhecida para o navio é que o incidente está na edição de maio de 1952 dos Anais do Conselho da Marinha Mercante, publicado pela Guarda Costeira dos EUA. A palavra Ourang significa em malaio ou indonésio "homem" ou "pessoa", enquanto Medan é a maior cidade da ilha indonésia de Sumatra , dando uma tradução aproximada de "Homem de Medan".

Contas do acidente do navio apareceu em vários livros e revistas. Sua precisão factual e até mesmo a existência do navio, no entanto, não são confirmados, e os detalhes de construção do navio e da história, se houver, permanecem desconhecidos. Pesquisas para o registro oficial ou registros de investigação de acidentes não têm tido sucesso


http://minilua.com/maiores-misterios-humanidade-44/; Wikipédia.

O Mosteiro de Satanás


1952, quinta feira, dia 23 de dezembro. Leonel sai de casa para passar o natal com a família no Rio de Janeiro. Nas estradas mineiras chovia como ele nunca tinha visto antes. Sozinho no carro Leonel sentiu um calafrio como se estivesse prestes a morrer. Na mesma hora ele parou o carro. Começou a sentir febre e a suar frio. Na estrada não passava um veículo e a chuva tinha apertado mais.

Quase cego com a tempestade Leonel avista uma luminosidade não muito longe dali. Caminhando com dificuldade o pobre homem chega até o portão do que parecia ser um mosteiro franciscano. Ele bate na porta e grita por ajuda mas desmaia antes dela chegar.

Leonel acorda com muita dor de cabeça em um quarto escuro. Ele estava deitado numa cama simples e pela janela podia ver que a chuva não havia reduzido. Quando tentou levantar-se da cama a porta se abre e um homem alto vestido de monge entra no quarto.

"Você deve deixar o mosteiro imediatamente", falou, com uma voz preocupada. "Estou doente, não podem me mandar embora deste jeito, por favor deixe-me ficar.", agonizou Leonel quase chorando.

O monge não disse mais nada e se retirou do recinto. Preocupado em ter que ir embora Leonel se levanta e sai do quarto sorrateiramente. O lugar mais parecia um calabouço medieval. O coitado não sabia o que fazer. Por instinto Leonel  desce as escadas da masmorra.

Uma voz o chama. Ela vem de uma cela, a porta está trancada e pela pequena grade um homem magro de cavanhaque conversa com Leonel. "Amigo, você precisa me ajudar. Esses monges me prenderam aqui e me torturam quase diariamente. E eles farão isso com você também se não fugirmos logo. Por fa...". Antes do sujeito concluir o monge alto grita com Leonel. "Saia daí!!!" agarrando-o pelo braço o monge arrasta o enfermo rapaz escada acima. O pobre Leonel não tinha forças para reagir e foi levado facilmente.

Já em uma sala gigantesca repleta de monges Leonel se vê como um réu sendo julgado. O franciscano que parecia o líder falou. "Rapaz, você deve ir embora imediatamente. Foi um erro nosso tê-lo deixado entrar aqui. Sabemos do seu estado de saúde mas não podemos deixá-lo ficar". Leonel mal ouviu o homem e desmaiou novamente. O infeliz viajante acorda mais uma vez na masmorra.

A porta do quarto estava aberta e Leonel sai a procura do homem que estava preso no andar de baixo. Sem vigília, ele consegue chegar até a cela do magrelo. Mal se aproxima e Leonel é surpreendido com o sujeito na pequena grade já pedindo ajuda. “Por favor, me tire daqui. Eles vão nos torturar, eles são de uma seita maligna. São adoradores de Satanás.” Tremendo como uma vara verde em dia de chuva, Leonel corre até um pequeno depósito em busca de uma ferramenta capaz de abrir a cela. Minutos depois ele retorna com um imenso pé de cabra.

Com um pouco de esforço a porta é arrombada. O sujeito magro sai correndo da cela e rindo como se uma piada hilária tivesse acabada de ter sido contada. Sem saber do que se tratava, Leonel corre também, mas dá de cara com um monge de quase dois metros de altura. “ O que você acaba de fazer, maldito?!” Rugiu o franciscano. “Me solte! Me solte seu filho de Satanás!” Gritava Leonel tentando se soltar do agarrão  do monge.

Com um olhar de temor e raiva o homem alto encara o pobre Leonel... “Você não sabe o que fez... sua vida está condenada agora. Você acaba de libertar o próprio Satanás. E ele fará de você o seu servo predileto. Sua alma será dele”. Logo após o monge ter terminado de falar Leonel dá um grito de pavor... seu último grito de pavor.

Naquele instante o pobre e inocente viajante acaba de ter um fulminante ataque cardíaco que levou sua alma literalmente para  os quintos dos Infernos, ao lado do, agora, seu eterno mestre, Satanás.

Conto de Everson Daniel Da Costa


Fonte: "Paisagens Noturnas" - Everson Daniel Da Costa.

O Porão


"Faz alguns anos minha família decidiu passar as férias na serra gaúcha e para isto alugou uma pequena e antiga casa em Gramado para ficarmos durante duas semanas.

No andar térreo a casa possuía uma sala, banheiro e a cozinha. Os quartos eram no andar superior e havia ainda um porão que era usado apenas como depósito de coisas velhas contendo um sofá, armários e outras coisas sem muita importância.

O primeiro dia nesta casa transcorreu de forma tranquila: passeamos pela cidade, voltamos a tardinha, fizemos um delicioso fondue, brincamos e dormimos todos esgotados pelas atividades do dia.

Na segunda noite algo aconteceu: fomos acordados no meio da noite por um grito terrível vindo do quarto de minha irmã. Quando meu pai chegou correndo até lá encontrou a garota sentada na cama gritando e chorando muito. Meu pai se sentou ao seu lado, a abraçou e perguntou o que havia ocorrido.

Ela contou que tinha acordado sentindo um cheiro horrível. Quando ela abriu os olhos disse ter visto o quarto inteiro encharcado de sangue, as paredes possuíam marcas de mãos e pés, o liquido vermelho escorria pelas paredes e havia respingos por todos os lados.

Todos pensaram que havia sido apenas um pesadelo, porém minha irmã se recusou a dormir novamente naquele cômodo e acabou se mudando para o de meus pais até o final das férias.

Em outro dia minha mãe estava fazendo o almoço, enquanto meu pai estava fora,  e nós explorávamos o porão, examinando cada coisa velha que achávamos por lá. Até que ouvimos um estalo e a luz apagou nos deixando na escuridão. Apesar de ser dia, o lugar ficava quase todo escuro iluminado apenas por uma claridade que vinha do andar superior, nos permitindo ver apenas as paredes de pedras antigas.

Eu comecei a ficar com medo, sem claridade aquele porão era assustador, nós estávamos paralisadas  sem saber direito o que fazer. De repente um mau cheiro começou a invadir nossos narizes, me fazendo sentir náuseas... Era cheiro de carne podre, como se houvesse algum animal morto por ali.

Um barulho veio de um canto escuro, parecia que algo se arrastava pelo chão. Eu e minha irmã gritamos e saímos correndo em direção da porta. Subimos a escada e lá embaixo podíamos ouvir algo como se tivesse arranhando o chão, o cheiro de podridão aumentava e a porta não queria abrir. Nós batíamos na porta e gritávamos sem parar, até que minha mãe a abriu com cara de assustada.

Contamos o que havia acontecido: a escuridão, sobre o cheiro de coisa podre e da coisa que se arrastava pelo chão. Ela prontamente disse que estávamos impressionadas pelo lugar antigo e que desceria até lá e substituiria a lâmpada, que provavelmente estaria queimada.

Apreensivas ficamos no topo da escada enquanto ela descia para o porão com uma lâmpada e uma lanterna nas mãos, o tempo que ela ficoua lá embaixo pareceu uma eternidade. De repente ela surgiu da escuridão subindo os degraus correndo, fechou a porta do porão e sentou-se em uma cadeira. Seu rosto estava branco e seus olhos arregalados de medo.

- Eu não quero que vocês desçam até lá novamente. – disse ela em voz alta, quase gritando.

Em seguida pegou o telefone e foi para a sala onde ligou para a policia. Nós ouvimos ela falando que havia visto alguém no porão. Enquanto esperávamos a policia, ficamos todas juntas, olhando assustadas para a porta que ia para o andar inferior, receosas que a qualquer momento, alguma coisa saísse de lá. Nossa mãe recusou a dizer o que tinha visto lá embaixo.

Quando a policia chegou, nossa mãe os recebeu e os chamou para entrar na casa. Chegou até a porta do porão, a destrancou e eles desceram até a escuridão, empunhando lanternas e as armas em punho. Ficaram por um longo tempo procurando, mas não encontraram nada. O mais curioso é que não havia outra forma de sair lá debaixo, pois o porão não tinha outras portas ou janelas.

Assim que os policiais saíram, minha mãe contou o que havia visto lá no porão: ela estava rosqueando a lâmpada no bocal quando começou a sentir o cheiro horrível que havíamos descrito para ela, quase em seguida passou a ouvir um barulho estranho. Então ela apontou a lanterna por todos os cantos até que avistou algo entre um móvel antigo e a parede.

Era um homem agachado, suas roupas estavam rasgadas, seus cabelos eram compridos e desgrenhados, seu rosto estava todo distorcido, como se estive com uma expressão de ódio. Assim que a luz da lanterna apontou em seu rosto, minha mãe viu seus olhos vermelhos e então ele fez um movimento para o lado, desaparecendo por entre as coisas velhas que haviam por lá. Neste instante minha mãe deixou a lanterna cair de suas mãos e saiu correndo.

Depois disso, tivemos que ficar mais aquela noite na casa. Trancamos a porta do porão e colocamos algumas cadeiras na frente. Todos dormiram no quarto de meus pais com a porta bem trancada. Nossas férias acabaram mais cedo e no dia seguinte voltamos para casa ..."

Conto narrado pela moderadora do "Clube do Medo".

Fonte: Clube do Medo

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Café de L'Enfer

Cafe de L’Enfer, Paris. Circa 1910

O "Café de L'Enfer" foi um café temático sobre o inferno, construído em Paris, França, no final do século XIX e ficou em atividade até meados do século XX. Era exibida frequentemente uma programação cuja temática era adivinhada por sua sugestiva fachada, mostrando alguns conteúdos realmente interessantes.


Na figura acima: "Todas as noites das 8.30 às 2 da manhã - atrações diabólicas: Suplício dos malditos; Ronda dos condenados; A Fornalha; As metamorfoses dos malditos, etc., etc."

O interior do café também era totalmente temático, haviam demônios entalhados em madeira. Um show a parte.

Na época algumas pessoas se sentiram ofendidas com o tal café, e contradizendo a ideologia do primeiro café, foi construído ao lado do L'Enfer m outro café chamado "Le Ciel". Uma grande perda de dinheiro, "Le Ciel" não aguentou quase nada, até porque quem gostaria de ir para o céu quando o inferno parecia muito mais legal?


Fonte: Eutanásia Mental.