Mostrando postagens com marcador ator. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ator. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jack Nicholson

Dono de um diabólico sorriso sedutor, Jack Nicholson é uma das maiores lendas vivas da história do cinema. Mesmo famoso e consagrado, nunca deixou de aceitar trabalhos menores e desafiadores, sempre do modo irreverente e com muito carisma, tentando fugir dos tradicionais clichês e interpretações fáceis -  armadilha na qual a maioria dos atores de sua idade costumam cair.

Jack Nicholson (John Joseph Nicholson, 22 de abril de 1937), ator, nasceu no Hospital Bellevue em Nova Iorque e sua mãe era June Frances Nicholson (cujo o nome de solteira era June Nilson), descendente de ingleses e italianos.

June era artista (dançarina) e se envolvera com um homem casado que trabalhava no mesmo meio que ela, o ítalo-americano Donald Furcillo (cujo nome artístico era Donald Rose). Os dois chegaram a se casar em Elkton, Estado de Maryland, em 16 de Outubro de 1936, com Furcillo se tornando bígamo. Furcillo se ofereceu para tomar conta de Jack quando ele nasceu mas a mãe de June, Ethel, insistiu para que o entregasse, pois queria que sua filha continuasse com a carreira de dançarina.

Assim, Jack cresceu acreditando que seus avós John (um decorador de janelas de loja de departamentos em Asbury Park, Nova Jersey) e Ethel May Nicholson, uma cabeleireira e tratadora cosmética, e artista amadora em Neptune, Nova Jersey, eram seus pais.

Ele fez o curso médio em Manasquan High School, onde um prêmio dramático agora leva seu nome, em sua homenagem. Nicholson descobriu que seus pais eram na verdade seus avós, e sua irmã na verdade era sua mãe, apenas em 1974, após ser informado por um jornalista da Time que estava escrevendo sobre ele, enquanto filmava "The Fortune". Nesta época, tanto sua mãe quanto sua avó já tinham falecido (em 1963 e 1970).

Nicholson declarou que não sabe quem é seu pai, dizendo que "apenas Ethel e June sabiam, e nunca contaram a ninguém". Apesar de Donald Furcillo dizer ser pai de Nicholson e ter cometido bigamia ao se casar com June, a biografia de Patrick McGilligan, "A Vida de Jack", publicada em dezembro de 1995, afirma que Eddie King, empresário de June, poderia ser o pai, e outras fontes sugeriram que June Nicholson não estava certa sobre quem era o pai.

Jack Nicholson escolheu não fazer um teste de DNA ou procurar saber sobre isso. Apesar de, pessoalmente, Nicholson ser contra o aborto, ele é a favor da liberdade de escolha: "sou muito contrário à minha posição em termos do aborto porque sou realmente contra ele. Não tenho direito a nenhum outro ponto de vista. Minha única emoção é gratidão, literalmente, por minha vida".

Em sua vida pessoal adulta, Nicholson é notório por ser incapaz de "sossegar". Sabe-se que tem quatro filhos com três diferentes mães, apesar de ter se casado apenas uma vez. Seus filhos são Jennifer Nicholson (com sua agora ex-mulher Sandra Knight), Caleb Goddard (com Susan Anspach, co-estrela em "Five Easy Pieces"), e Lorraine e Raymond Nicholson (com Rebecca Broussard). Ele foi romanticamente ligado a várias atrizes e modelos por décadas. O relacionamento mais longo de Nicholson durou 17 anos, com a atriz Anjelica Huston, a filha do lendário diretor John Huston.

Nicholson começou sua carreira como ator, roteirista e produtor, trabalhando para e com Roger Corman. Isto incluiu sua estréia na tela, em "The Cry Baby Killer" (1958), onde ele fez o papel de um delinqüente juvenil que entra em pânico após atirar em outros dois adolescentes, e "Little Shop of Horrors" (A Pequena Loja de Horrores), onde fez um pequeno papel como um paciente masoquista em um dentista.

Seu trabalho no roteiro lisérgico de "The Trip", estrelada por Peter Fonda e Dennis Hopper, o levou a seu primeiro papel de sucesso em "Easy Rider" (Sem Destino), de 1969. No filme, Nicholson faz o advogado beberrão "George Hanson", pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar.

Uma indicação / nomeação para Melhor Ator veio no ano seguinte, por seu papel em "Five Easy Pieces" (Cada Um Vive Como Quer), de 1970, que inclui seu famoso diálogo com uma garçonete sobre o pedido de uma torrada a acompanhar a bebida, que a mulher nega, dizendo que esse pão só viria se fosse pedido um sanduiche de salada de frango (em pão de torrada). Ele então raivosamente pede o sanduiche de salada de frango sem "maionese, mantega, alface e frango" a fim de obter o que quer, ou seja, apenas a torrada.

Nicholson numa fantástica e diabólica interpretação no clássico de terror "O Iluminado" de 1975.
Outros primeiros filmes pelos quais ele é famoso incluem "The Last Detail", de Hal Ashby (1973), "Chinatown" de Roman Polanski (1974), "One Flew Over the Cuckoo's Nest" (Um Estranho no Ninho, de Milos Forman (1975), pelo qual recebeu seu primeiro Oscar e "The Shining" (O Iluminado), de Stanley Kubrick. Nicholson ganhou um prêmio da Academia de melhor ator (coadjuvante/secundário) por seu papel em "Terms of Endearment" (1983).

O "Batman" de 1989, onde Nicholson fez o papel do supervilão Coringa, foi um êxito internacional, e um contrato de porcentagem nos lucros deu a Nicholson cerca de 50 milhões de dólares. Nicholson mais tarde sugeriu ao amigo Danny DeVito que fizesse o "Pinguim" na sequência "Batman Returns" como investimento potencial.

Por seu papel como o impetuoso Coronel Nathan R. Jessep, em "A Few Good Men" (Questão de Honra), de 1992, um filme sombrio sobre um assassinato em uma unidade dos fuzileiros navais dos EUA, ele recebeu outra nomeação pela Academia. Este filme contém a cena de Nicholson onde ele diz "você não pode lidar com a verdade!", que desde então se tornou amplamente conhecida e imitada. Nicholson iria ganhar seu Oscar seguinte por seu papel como o neurótico no romântico "As Good as It Gets" (Melhor É Impossível), de 1997.

Em "About Schmidt" (As Confissões de Schmidt), de 2002, Nicholson faz o papel de um vendedor de seguros aposentado de Omaha, Nebraska, que questiona a própria vida e a morte de sua mulher pouco depois. O filme lento e profundamente emocional, aparece contrastando com muitos de seus papéis anteriores. Na comédia "Anger Management" (Tratamento de Choque), ele faz o terapista agressivo que deve ajudar o pacifista Adam Sandler. Seu filme seguinte é "Something's Gotta Give" (Alguém Tem que Ceder), de 2003, como um "mauricinho" envelhecido, que se apaixona pela mãe de sua jovem namorada.

Nicholson retornou à sua forma vilanesca como o chefe durão da máfia irlandesa de Boston, controlando Matt Damon e Leonardo DiCaprio no filme de Martin Scorsese "The Departed" (Os Infiltrados), de 2006.

Em 2007, Nicholson, juntamente com Morgan Freeman, protagonizou o filme "The Bucket List" (Antes de Partir). Em 2008 quando soube que Heath Ledger, o novo interprete do coringa faleceu de overdose, em um tom bem sarcastico disse: "Eu avisei".

Filmografia

1958 - Cry baby killer, The - Jimmy Wallace
1960 - Selvagem e brutal (Wild Ride, The) - Johnny Varron
1960 - A pequena loja de horrores (The Little Shop of Horrors) - Wilbur Force
1960 - Too soon to love - Buddy
1962 - Terra partida (Broken land, The) - Will Brocious
1963 - Sombras do terror (Terror, The) - Lt. Andre Duvalier
1963 - O corvo (The Raven) - Rexford Bedlo
1964 - Guerrilheiros do pacífico (Back Door to Hell) - Burnett
1964 - Ensigh Pulver - Dolan
1965 - A vingança de um pistoleiro (Ride in the whirlwind) - Wes
1966 - Flight to fury - Jay Wickham
1967 - O tiro certo (Shooting, The) - Billy Spear
1967 - Os demônios sobre rodas (Hell angels on wheels) - Poeta
1967 - O massacre de Chicago (St.'s Valentine day massacre, The) (não-creditado)
1968 - Busca alucinada (Psych-out) - Stoney
1968 – Head (não creditado)
1969 - Sem destino (Easy Rider) - George Hanson
1970 - Rebeldia violenta (Rebel Rousers, The) - Bunny
1970 - Num dia claro de verão (On a clear day you can see forever) - Tad Pringle
1970 - Cada um vive como quer (Five easy pieces) - Robert Eroica Dupea
1971 - Refúgio seguro (A safe place) - Mitch
1971 - Ânsia de amar (Carnal Knowledge) - Jonathan Fuerst
1972 - O dia dos loucos (King of Marvin Gardens, The) - David Staebler
1973 - A última missão (Last detail, The) - Billy "Bad Ass" Buddusky
1974 - Chinatown - J.J. 'Jake' Gittes
1975 - Profissão: Repórter (Professione: Reporter) - David Locke
1975 - Tommy - O Especialista
1975 - O Golpe do Baú (Fortune, The) - Oscar Sullivan/Oscar Dix
1975 - Um estranho no ninho (One flew over the cuckoo's nest) - Randle Patrick McMurphy
1976 - O último magnata (The Last Tycoon) - Brimmer
1976 - Duelo de gigantes (The Missouri Breaks) - Tom Logan
1978 - Com a corda no pescoço (Goin' South) - Henry Lloyd Moon
1980 - O iluminado (The Shining) - Jack Torrance
1981 - Notre Dame de la croisette (não-creditado)
1981 - O destino bate à sua porta (The Postman Always Rings Twice) - Frank Chambers
1981 - Reds - Eugene O'Neill
1982 - Fronteira da violência (Border, The) - Charlie Smith
1983 - Laços de ternura (Terms of Endearment) - Garrett Breedlove
1985 - A honra do poderoso Prizzi (Prizzi's Honor) - Charley Partanna
1986 - A difícil arte de amar (Heartburn) - Mark Forman
1987 - As bruxas de Eastwick (The Witches of Eastwick) - Daryl Van Horne
1987 - Ironweed - Francis Phelan
1987 - Nos bastidores da notícia (Broadcast News) - Bill Rorich
1989 - Batman - Coringa/Jack Napier
1990 - A chave do enigma (The Two Jakes) - J.J. 'Jake' Gittes
1992 - Questão de honra (A Few Good Men) - Col. Nathan R. Jessep
1992 - O cão de guarda (Man trouble) - Eugene Earl Axline/Harry Bliss
1992 - Hoffa - Um homem, uma lenda (Hoffa) - James R. 'Jimmy' Hoffa
1994 - Lobo (Wolf) - Will Randall
1995 - Acerto final (Crossing guard, The) - Freddy Gale
1996 - O entardecer de uma estrela (Evening star, The) - Garrett Breedlove
1996 - Marte ataca! (Mars Atacks!) - Presidente James Dale/Art Land
1997 - Sangue e vinho (Blood and Wine) - Alex Gates
1997 - Melhor é impossível (As good as it gets) - Melvin Udall
2001 - A Promessa (The Pledge) - Jerry Black
2002 - As confissões de Schmidt (About Schmidt) - Warren Schmidt
2003 - Tratamento de Choque (Anger Management) - Dr. Buddy Rydell
2003 - Cher: The Farewell Tour - Daryl Van Horne
2003 - Alguém tem que Ceder (Something's Gotta Give) - Harry Sanborn
2006 - Os Infiltrados (The Departed) - Frank Costello
2007 - Antes de Partir (The Bucket List) - Edward Cole
2010 - Como Você Sabe (How Do You Know) - (Charles)

Prêmios

Ganhou dois Oscar de Melhor Ator (principal), por "Um Estranho no Ninho" (1975) e "Melhor é Impossível" (1997). Ganhou um Oscar de Melhor Ator (coadjuvante/secundário), por "Laços de Ternura" (1983).

Fontes: Wikipedia; Jack Nicholson - Perfil - Cineplayers.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Anthony Perkins

Anthony Perkins, ator, nasceu em Nova Iorque, EUA, em 4/4/1932, e faleceu em Los Angeles, EUA, em 12/9/1992. Era filho de um famoso ator da Broadway Osgood Perkins, que atuou em Scarface, clássico de 1932 - ano em que Anthony nasceu - e que morreu quando ele tinha apenas cinco anos. Foi criado pela mãe, que ele mesmo definiu uma vez como "muito possessiva e bastante problemática".

Subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos e estreou no cinema em 1953 no filme Papai Não Quer, dirigido por George Cukor. Em 1956 foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante pelo papel em Sublime Tentação de William Wyler.

Entrou para a galeria dos grandes nomes de Hollywood ao interpretar Norman Bates  - um assassino em série da obra Psycho (Psicose), de Alfred Hitchcock -, em 1960. Muitos críticos acharam na época que ele merecia ter ganho o Oscar por sua magnífica interpretação, mas não chegou nem a ser indicado ao famoso prêmio. O filme teve duas continuações, uma em 1983 e outra em 1986.

Entre 1962 e 1971, Perkins desenvolveu uma bela carreira na Europa, tendo oportunidade de atuar sob a direção de cineastas do porte de Claude Chabrol, André Cayate, René Clement, Anatole Litvak, Jules Dassin, Orson Welles, Edouard Molinaro, entre outros.


De volta aos Estados Unidos, continuou sua brilhante carreira. Dando continuidade ao famoso Psicose, de Hitchcock, Perkins estrelou em 1983, Psicose II, de Richard Franklin; em 1986, Psicose III, por ele próprio dirigido, e em 1990, para a televisão, Psicose IV - O Começo, de Mick Garris.

Em 1973, co-escreveu o roteiro de O Fim de Sheila, juntamente com Stephen Sondheim, tendo sido agraciado com o Prêmio Edgar Allan Poe. Em 1974, apareceu na Broadway ao lado de Mia Farrow, na peça Romantic Comedy, de Bernard Slade.

Perkins era bissexual, tendo tido casos com o ator Tab Hunter, com o bailarino Rudolf Nureyev e com o dançarino-coreógrafo Grover Dale, com quem teve um relacionamento de seis anos, antes de se casar com Berry Berenson. De sua união com Berry, teve dois filhos: Osgood, que seguiu a carreira de ator, e Elvis Perkins, que se tornou músico. Ele afirmou, certa vez, ter sido exclusivamente homossexual até próximo de seus 40 anos, quando conheceu a atriz Victoria Principal.

Diagnosticado com AIDS em 1989, manteve sua doença em segredo e continuou a trabalhar até o fim. No ano de sua morte, inclusive, participou de dois filmes, sendo um para a TV.

Fontes: 70 Anos de Cinema; Wikipedia.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Oliver Reed

Oliver Reed (Robert Oliver Reed), ator, nasceu em Londres, Inglaterra, em 13/02/1938, e faleceu em Valetta, Malta, em 02/05/1999. Participou de 53 filmes, entre os quais o musical "Oliver", de Carol Reed, Tommy, de Ken Russell e "As Aventuras do Barão de Munchausen", de Terry Gilliam.

Sobrinho do diretor de cinema Sir Carol Reed, e neto do ator Sir Herbert Beerbohm Tree. Era supostamente descendente (ilegítimo) do czar Pedro, o Grande, da Rússia. Após um período servindo no Exército Britânico, Reed iniciou sua carreira de ator dramático como extra em filmes da década de 1950. Ele não tinha nenhuma formação ou experiência teatral.

Oliver Reed apareceu num clássico de Norman Wisdom "The Square Peg", em 1958, e novamente em "The Bulldog Breed" também de Norman Wisdom em 1960, onde desempenhou o líder de uma gangue. Reed conseguiu seu primeiro papel importante num filme da Hammer Films, "Sword of Sherwood Forest" (1960). Tornou-se famoso com seu desempenho no filme "Mulheres Apaixonadas" (1969), onde há uma cena em que ele luta com Alan Bates frente de uma lareira e ambos estão nus.

Anthony Hopkins


Anthony Hopkins (Philip Anthony Hopkins), ator, nasceu em Port Talbot, País de Gales, em 31/12/1937. Seus pais, Arthur Richard Hopkins e Muriel Annee, não eram pessoas muito instruídas, mas conseguiram construir e manter um negócio rentável que dava para sustentar a família, uma pequena padaria.

Anthony nunca foi brilhante na escola e lhe foi diagnosticado dislexia, um problema que lhe fez desistir praticamente dos estudos, tendo conduzido a uma adolescência frustrante solitária e rebelde.

Passou a dedicar parte do seu tempo às artes, principalmente à música, foi por esta altura que começou a ter aulas de piano de modo a aperfeiçoar as suas capacidades, contudo devido à sua constante indisciplina, os seus pais enviaram-no para um colégio interno masculino onde permaneceu durante dois anos.

Influenciado pelo ator Richard Burton, Hopkins decidiu tentar a sua sorte na representação, os seus pais ao princípio não concordaram com a sua opção mas eventualmente acabaram por apoiá-lo. Foi então aceito na Welsh College of Music and Drama em Cardiff onde se formou em 1957 com 20 anos. Após a formatura, teve que cumprir dois anos de serviço militar obrigatório.

Aos 22 anos mudou-se para Londres onde ingressou num curso da prestigiada RADA (Royal Academy of Dramatic Art) que concluiu com distinção em 1963. Em 1965 teve a sua primeira grande proposta de trabalho, quando foi convidado para se juntar ao Laurence Oliver´s National Theatre. Em 1966 fez a sua estréia nos palcos com a peça “The White Bus” dirigida por Lindsay Anderson onde mostrou às platéias londrinas o seu enorme talento para a representação. A sua brilhante interpretação valeu-lhe o convite para participar em outras peças de teatro, como “The Flea in her Hear” , “Juno and the Peacock” e “The Three Sisters”.

sábado, 5 de março de 2011

Lon Chaney

Lon Chaney
Lon Chaney (Leonidas Frank Chaney), ator, nasceu em 01/04/1883, Colorado Springs, Colorado, EUA, e faleceu em 26/08/1930, Hollywood, Califórnia, EUA. Era pai do também ator Lon Chaney Jr.

Estreou no cinema mudo, fazendo papéis sempre exóticos, como um chinês mandari em “Sr. Wu” (1927), gangster em “The Big City” (1928), mas o seu mais famoso personagem foi mesmo o de vampiro, com o qual ficou imortalizado.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Peter Lorre


Peter Lorre (László Löwenstein) nasceu em 26 de junho de 1904 em Ružomberok, Império Austro-Húngaro (atual Eslováquia), e faleceu em 23 de março de 1964, em Hollywood, Estados Unidos.

Bancário e ator desconhecido de teatro, foi visto por Fritz Lang e escalado para fazer o papel do grotesco assassino de crianças em M., o Vampiro de Düsseldorf (1931).

Tornou-se um astro. Feio, baixo e de olhos saltados, Lorre provocava nas telas sentimentos de repulsa. Na maioria das vezes fazia papel de vilão.

Depois de fugir da Alemanha nazista para a Inglaterra em 1933, trabalhou com Alfred Hitchcock em O Homem que Sabia Demais (1934).

Em Hollywood, fez alguns tipos inesquecíveis, mas, desiludido com a falta de bons papéis, foi para a Alemanha para dirigir, escrever e atuar em Der Verlorene (1951), que se tornou um fracasso comercial. Voltou para Hollywood e fez seu último filme, O Corvo, em 1963.


Vincente Price e Peter Lorre

Feio, baixo e de olhos saltados

Após atuar em várias peças em seu país natal e obter certo reconhecimento, começou uma carreira nômade em países como Alemanha, Suíça, França, Inglaterra e Estados Unidos, participando de diversos filmes.

Foi apresentado ao lendário Fritz Lang que viu nele a figura perfeita para fazer o papel do grotesco assassino de crianças em M., o Vampiro de Düsseldorf (1931).

Este filme criou o psicopata assassino que dominou o cinema até os dias de hoje. Em vez de um monstro furioso e poderoso, um sujeito tímido e reprimido. Pequeno e vulnerável, é tão desprezível quase causa pena.

Peter Lorre encarna a primeira aparição deste personagem no cinema de forma tão intensa e emocional que até hoje ainda é imitado (e, nunca superado). Soa inacreditável que depois de passar o dia todo filmando como o matador pedófilo de forma tão apaixonada, quando dava sete horas Lorre saía e ia para o teatro onde fazia uma comédia.


Em volta dessa soberba atuação, Fritz Lang, em sua primeira fita sonora, revoluciona o cenário cinematográfico assim como em Metrópolis - as vozes da multidão discutindo, o grito da mãe da primeira vítima e, é claro, o assovio que identifica o criminoso, de quem nunca se via o rosto, outro recurso copiado até hoje.

O filme retrata uma ambientação urbana contemporânea, recheada de criminosos e policiais, Acreditam os estudiosos da sétima arte que Fritz Lang também dá a colaboração significativa para o que seria o filme noir americano.

Peter Lorre em seu papel como o assassino Hans Beckert, marcou época na história do cinema. Tornou-se um astro. Embora não pudesse ser comparado ao charmosos atores de sua época pois era feio, baixo e de olhos saltados, Lorre tinha o talento de provocar nas platéia sentimentos dos mais diversos.

Na maioria das vezes fazia papel de vilão. Depois de fugir da Alemanha nazista para a Inglaterra em 1933, trabalhou com Hitchcock em O Homem que Sabia Demais (1934). Também atuou, como coadjuvante,nos filmes Agente Secreto (1936), de Hitchcock, Crime e Castigo (1935), de Sternberg, e Esse Mundo É um Hospício (1944), de Capra.

Atuou em clássicos como O Falcão Maltês (41), de Huston, e Casablanca (42), de Curtiz. Em Hollywood, fez alguns tipos inesquecíveis, mas, desiludido com a falta de bons papéis, foi para a Alemanha para dirigir, escrever e atuar em Der Verlorene (1951), que se tornou um fracasso comercial.

Apesar de seu enorme talento, Peter Lorre não obteve, em vida, o reconhecimento.

Filmografia

1931: M, o Vampiro de Dusseldorf (M)
1934: O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much)
1935: Crime e Castigo (Crime and Punishment)
1936: O Agente Secreto (Secret Agent)
1937: O Lanceiro Espião (Lancer Spy)
1937: Nancy Steel Desapareceu (Nancy Steel is Missing)
1938: Mendigo Milionário (I'll Give a Million)
1940: Almas Rebeldes (Strange Cargo)
1941: Relíquia Macabra/ O Falcão Maltês (The Maltese Falcon)
1942: Balas Contra a Gestapo (All Through the Night)
1942: Agente Invisível Contra a Gestapo (Invisible Agent)
1942: Casablanca (idem)
1942: Um Cientista Distraído (The Boogie Man Will Get You)
1943: O Expresso Bagdá-Istambul (Background to Danger)
1943: A Cruz de Lorena (The Cross of Lorraine)
1943: De Amor Também se Morre (The Constant Nymph)
1944: A Máscara de Dimitrios (The Mask of Dimitrios)
1944: Esse Mundo É um Hospício (Arsenic & Old Lace)
1944: Passagem para Marselha (Passage to Marseille)
1945: Quando os Destinos se Cruzam (Confidential Agent)
1945: Hotel Berlim (Hotel Berlin)
1946: Justiça Tardia (The Verdict)
1946: Os Três Estranhos (Three Strangers)
1947: Os Dedos da Morte (The Beast with Five Fingers)
1947: Minha Morena Linda (My Favorite Brunette)
1948: Casbah (idem, com Yvonne De Carlo)
1949: Zona Proibida (Rope of Sand)
1954: 20.000 Léguas Submarinas (20,000 Leagues Under the Sea)
1954: O Diabo Riu Por Último (Beat the Devil)
1956: Refúgio dos Proscritos (Congo Crossing)
1957: Meias de Seda (Silk Stockings)
1957: O Palhaço que Não Ri (The Buster Keaton Story)
1957: O Bamba do Regimento (The Sad Sack)
1959: O Grande Circo (The Big Circus)
1961: Viagem ao Fundo do Mar (Voyage to the Bottom of the Sea)
1962: Muralhas do Pavor (Tales of Terror)
1962: Cinco Semanas num Balão (Five Weeks in a Balloon)
1963: O Corvo (The Raven)
1964: Farsa Trágica (The Comedy of Terrors)
1964: O Otário (The Patsy)
1966: Caçada Humana (The Chase)

Fontes: O Vampiro de Düsseldorf e os filmes de TV que ninguém conhece; Wikipédia, a enciclopédia livre; Peter Lorre.

domingo, 30 de novembro de 2008

Bela Lugosi


Bela Lugosi ou Bela Ferenc Dezsõ Blaskó (Lugoj, 20 de Outubro de 1882 — Los Angeles, 16 de Agosto de 1956) foi um ator húngaro nascido no então Império Austro-Húngaro, na região do Banat.

O mais jovem dos quatro filhos de um banqueiro, Bela Lugosi começou a sua carreira nos palcos da Europa em várias peças de William Shakespeare. Mas no entanto tornou-se famoso pelo seu papel de Drácula numa encenação da clássica história de vampiro de Bram Stoker, e teve como especialidade os filmes de horror.

Fugiu de casa com 11 anos, abandonou a escola e engajou-se no trabalho de mineração. Na adolescência começou a atuar em pequenas companhias teatrais. O caminho mais comum o guiou do teatro para o cinema mudo húngaro, atuando com o nome artístico de Arisztid Olt. Porém, teve que interromper seu início de atividades no cinema graças à Primeira Guerra Mundial. Há boatos de que ele tenha sido ferido três vezes, assim causando sua futura dependência em morfina para aliviar as dores que seguiram por sua vida inteira. Há também uma versão que diz que ele conseguiu ser liberado do serviço se passando por louco.

Ao ser liberado do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela 1ª de cinco vezes e saiu da Hungria por conta das suas opiniões políticas. Ele se refugiou na Alemanha, mas passou pouco tempo no país e foi para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Bela participou do teatro na comunidade húngaro-americana, e após algum tempo ganhou a oportunidade de interpretar Drácula numa adaptação teatral escrita por John Balderston.

Sua interpretação única e assustadora nesta peça foi que abriu as portas para seu estrelato no cinema. O diretor Tod Browing descobriu e o chamou para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica de Drácula. Este papel deu estrelato a Lugosi, mas ao mesmo tempo o marcou como "um ator de um só papel".

Bela fez vários outros filmes de horror,como também de outros gêneros. Dentre os de horror, merecem destaque Murdes In The Rue Morgue, The Raven, Mark of Vampire, dentre outros. Porém,o ator não conseguiu estabilidade no cinema, e passou a partir de meados da década de 30 a atuar em filmes baratos.

Ainda conseguiu papéis bons como em Son of Frankenstein, The Ghost of Frankenstein, The Corpse Vanishes, etc... Porém, estereotipado como "Drácula", e seguindo o mesmo declínio do gênero na década de 40, no qual os monstros clássicos protagonizavam filmes em que se enfrentavam ou comédias, Bela ficou desempregado.

Foi descoberto por Ed Wood, que gravou alguns filmes com Bela (inclusive Ed Wood arcou com vários custos de internação de Bela, consumido pelo vício em morfina).

O último filme de Bela Lugosi foi Plan 9 from Outer Space, de Ed Wood. Porém Bela filmou somente uma semana, falecendo no dia 16 de agosto de 1956. Bela foi sepultado com o traje de Drácula (sendo este seu último desejo). Assim, o horror perdeu um de seus maiores ícones.

Mas Bela Lugosi continua vivo na memória dos fãs do gênero, tendo sido interpretado por Martin Landau, ganhador do Oscar por este papel, no filme Ed Wood de Tim Burton. Bela Lugosi sempre será o eterno Drácula das telonas, independente de ser esta associação positiva ou negativa.

Filmografia

* 1917 Az Ezredes
* 1923 The Silent Command
* 1924 The Rejected Woman
* 1925 Midnight Girl
* 1925 Daughters Who Pay
* 1928 How to Handle Women
* 1928 The Veiled Woman
* 1929 Prisoners
* 1929 The Thirteenth Chair
* 1930 Viennese Nights
* 1930 Such Men Are Dangerous
* 1930 Wild Company
* 1930 Oh, for a Man
* 1930 Renegades
* 1931 The Black Camel
* 1931 Women of All Nations
* 1931 Drácula
* 1931 Fifty Million Frenchmen
* 1931 Broadminded
* 1932 Chandu the Magician
* 1932 Murders in the Rue Morgue
* 1932 White Zombie
* 1932 Island of Lost Souls
* 1933 International House
* 1933 Night of Terror
* 1933 The Devil's in Love
* 1933 The Death Kiss
* 1933 The Whispering Shadow
* 1934 Chandu on the Magic Island
* 1934 Gift of Gab
* 1934 The Return of Chandu
* 1934 The Black Cat
* 1935 The Best Man Wins
* 1935 The Mysterious Mr. Wong
* 1935 The Raven
* 1935 Mark of the Vampire
* 1935 Murder by Television
* 1935 Phantom Ship
* 1936 The Invisible Ray
* 1936 Postal Inspector
* 1936 Shadow of Chinatown
* 1936 Dracula's Daughter
* 1937 S.O.S. Coast Guard
* 1939 Son of Frankenstein
* 1939 The Phantom Creeps
* 1939 The Human Monster
* 1939 The Gorilla
* 1939 Ninotchka
* 1940 The Saint's Double Trouble
* 1940 Saturday Night Serials
* 1940 You'll Find Out
* 1940 Black Friday
* 1941 The Wolf Man
* 1941 The Black Cat
* 1941 Spooks Run Wild
* 1941 The Devil Bat
* 1941 The Invisible Ghost
* 1942 Black Dragons
* 1942 Dick Tracy, Detective / The Corpse Vanishes
* 1942 Frankenstein Meets the Wolfman
* 1942 Bowery at Midnight
* 1942 Dick Tracy vs. Cueball / Bowery at Midnight
* 1942 The Corpse Vanishes
* 1942 Night Monster
* 1942 The Ghost of Frankenstein
* 1943 The Return of the Vampire
* 1943 The Old Dark House
* 1943 The Ape Man
* 1943 Ghosts on the Loose
* 1944 Matinee Double Feature
* 1944 Return of the Ape Man
* 1944 Zombies on Broadway
* 1944 One Body Too Many
* 1944 Voodoo Man
* 1945 The Body Snatcher
* 1946 Genius at Work
* 1947 Scared to Death
* 1947 Dick Tracy Meets Gruesome
* 1948 Abbott and Costello Meet Frankenstein
* 1952 Bela Lugosi Meets a Brooklyn Gorilla
* 1952 Old Mother Riley Meets the Vampire
* 1953 Glen or Glenda
* 1955 Bride of the Monster
* 1956 The Black Sleep
* 1956 Plan 9 from Outer Space


Fonte: Wikipédia.

sábado, 25 de outubro de 2008

Christopher Lee


Christopher Frank Carandini Lee, (Londres, 27 de maio de 1922) é um prolífico ator britânico nascido na Inglaterra e conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, alem de um notório cantor, dono de uma voz incomparável.

Chris Lee, como é chamado intimamente, ficou conhecido mundialmente interpretando o Conde Drácula, personagem que encarnou por diversas vezes pelos estúdios da britânica HAMMER FILMS.

Chistopher Lee (por Gabriel Paixão)

"Existem muitos vampiros hoje em dia. Você só precisa pensar na indústria do cinema...”

De todos os atores que passaram pela telona, poucos foram tão atuantes e tão importantes quanto Christopher Lee. Seu talento que consegue ser maior do que sua altura física (1,96 m) e sua voz única e gutural costumam ser um atrativo a mais em todos os filmes em que participou (mais de 220 até o momento), desde bagaceiras como Funny Man até grandes blockbusters como O Senhor dos Anéis e o melhor, defendeu personagens que são lembrados com alegria não apenas pelos entusiastas do cinema fantástico, mas pelos amantes da sétima arte em geral.

Se o mundo fosse justo, este homem teria levado ao menos um prêmio da academia de cinema, entretanto apesar de sua carreira repleta de elogios, não levou sequer uma indicação ao Oscar... Mas como dizem, quem precisa de um careca dourado quando se tem milhões de fãs? E é um pouco da história desta lenda viva que vamos acompanhar agora.

Christopher Frank Carandini Lee nasceu no dia 27 de maio de 1922 em Londres, Inglaterra, filho do Tenente-Coronel Geoffrey Trollope Lee e de Marchesina Estelle Marie Carandini di Sarzano, a neta de um refugiado italiano, mas seus pais acabaram se separando em 1926 e Marchesina levaria Lee e sua irmã Xandra.

Enquanto Lee ainda era uma criança, sua mãe retornara para Londres e casara novamente com um banqueiro chamado Harcourt George St. Croix, primo de Ian Fleming, autor dos livros de James Bond. Entretanto, futuramente ela se separaria de novo. Depois de estudar no Wellington College dos 14 aos 17 anos, Lee trabalhou para algumas empresas navais até o ano de 1941, quando se alistou na força aérea real e lutou na Segunda Guerra Mundial, onde saiu com a patente de tenente.

Depois de ser liberado do serviço militar, optou pela carreira de ator, conseguindo um contrato de sete anos com a produtora “Rank Organization”. Após discutir seu interesse com o seu tio Nicolò Carandini, o embaixador italiano, acaba começando em pequenas participações em filmes como Escravo do Passado (1948). Lee também participou brevemente do filme Hamlet (1948) de Laurence Olivier, onde apareceu também seu futuro parceiro de filmes e amigo pessoal, Peter Cushing . Ambos os atores apareceriam no Moulin Rouge (1952), mas contracenariam juntos apenas nos filmes de terror.

Nos primeiros anos da década de 50, Lee participou de numerosos filmes e produções para a televisão, entretanto o estrelato viria apenas após sua associação com a “Hammer Film Productions”. Lá, Christopher Lee começaria com A Maldição de Frankestein (1957), em seguida seu papel mais lembrado, como Drácula em Vampiro da Noite (1958), e depois com A Múmia (1959) e O Cão dos Baskervilles (1959), todos co-estrelados por Peter Cushing. Lee faria mais filmes no papel do vampiro Drácula, nas seqüências durante as décadas de 60 e princípio de 70, totalizando seis filmes neste papel, cinco na Hammer.

Durante este período, ele fez várias participações como Fu Manchu, sendo que o mais notório foi o primeiro da série, The Face of Fu Manchu (1965), e mais um monte de produções na Europa. Com sua própria produtora, a “Charlemagne Productions Ltd.”, Lee fez Terror na Penumbra (1972) e Uma Filha Para o Diabo (1976).

A partir da metade da década de 70, Christopher Lee resolveu descolar um pouco das produções de terror e finalmente conseguiu conquistar a América, principalmente com o papel do vilão Francisco Scaramanga em 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (1974). A partir de então, Lee tornou-se um dos atores mais ocupados de Hollywood, com diversas produções para a TV e cinema, tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra.

A carreira de Christopher Lee é revitalizada no começo do século 21 com aparições marcantes em duas das franquias mais rentáveis da história do cinema: O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) e As Duas Torres (2002) como o mago Saruman, e Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones (2002) e Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005), como o Conde Dooku (ou Dookan, como queiram).

Seu trabalho é reconhecido no ano de 2001 em sua terra natal quando recebe a “Comenda da Ordem do Império Britânico” por sua contribuição para a arte, merecidíssimo por sinal. Todo este ritmo de trabalho não parou no cinema: Lee chegou a dublar personagens em games como “Kingdom Hearts II” e “GoldenEye: Rogue Agent”, e é claro aguardamos ainda mais deles.

Claro que enumerar e citar os trabalhos de destaque de Christopher Lee é uma tarefa que poderia facilmente gerar um livro, mas este texto já é suficiente para ter idéia da importância de sua presença na sétima arte, afinal de demônio da noite a lorde Sith, Christopher Lee merece uma reverência como um dos maiores atores da história.

Curiosidades

- Lee foi o único membro do elenco da trilogia O Senhor dos Anéis que conheceu Tolkien em pessoa. Ele é declaradamente um fã ávido de Tolkien e admite que lê toda a trilogia pelo menos uma vez por ano;

- Embora ninguém tenha contado oficialmente, Christopher Lee possui o maior número de cenas de lutas de espada do que qualquer outro ator;

- Inicialmente foi oferecido a Lee o papel do Dr. Sam Loomis em Halloween (1978). Lee recusou e mais tarde assumiu que foi o pior erro de sua vida;

- É um cantor clássico treinado. Seus dotes musicais podem ser vistos em um trecho do filme The Return Of Captain Invincible (1983) onde ele canta uma canção e na trilha sonora de O Homem de Palha (1973). Em outubro de 2006, ele lançou um CD intitulado “Christopher Lee: Revelation”, incluindo músicas como “The Toreador March” e “O Sole Mio”;

- Seu envolvimento com a música inclui uma participação na narração de algumas faixas dos discos “Symphony of Enchanted Lands II: The Dark Secret” e “Triumph or Agony”, da banda “Rhapsody of Fire”, chegando a fazer um dueto com o vocalista Fabio Lione no single “The Magic of the Wizard's Dream”. “Rhapsody of Fire” é sua banda favorita ao lado da banda americana “Manowar” (o que demonstra o bom gosto musical do ator);

- Além de primo distante e parceiro de golfe de Ian Fleming, Lee foi a escolha pessoal do autor para o papel do vilão do primeiro filme de James Bond, 007 Contra o Satânico Dr. No (1962). Como sabemos o papel ficou com o não menos brilhante Joseph Wiseman, mas Lee seria vilão do agente secreto em 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (1974);

- Vincent Price e Christopher Lee nasceram no mesmo dia (27 de maio) e Peter Cushing nasceu em 26 de maio;

- Um dublê foi utilizado para as lutas com sabre de luz em Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones. A face de Lee foi sobreposta ao corpo do dublê. Lee mencionou que em 40 anos desempenhou muitas lutas de espada, mas “nunca mais”, utilizando suas palavras;

- Christopher Lee é fluente em alemão, francês, espanhol e italiano, além de “se virar” em russo e grego;

- Foi oferecido para Lee o papel de Moff Tarkin em Star Wars (1977). Desistiu e o papel ficou com seu amigo Peter Cushing;

- Possui três papéis em comum com Boris Karloff. Ambos interpretaram “Fu Manchu”, “A Múmia” e “O Monstro de Frankenstein”;

- Estatisticamente, em 85% dos mais de 220 filmes que participou, foram papéis de vilões e seus picos de produtividade foram nos anos de 1955 e 1970, onde atuou em 9 filmes nestes anos.

- Christopher e sua esposa Gitte Lee foram amigos pessoais de Boris Karloff e sua esposa, coincidentemente foram vizinhos na Inglaterra;

- De acordo com seu amigo Norman Lloyd, ele tem uma espécie de hobby excêntrico: era fascinado por execuções públicas e sabia o nome de cada executor oficial da Inglaterra desde a metade do século XV;

- Durante as filmagens de A Múmia (1959), Lee feriu-se. Todos os vidros quebrados por Lee eram reais e deslocaram seu ombro, além de dores nos músculos do pescoço, especialmente quando deveria carregar uma atriz com os braços estendidos por um pântano, o que machucou seu ombro consideravelmente;

- Em O Vampiro da Noite (1958), Lee deveria jogar uma mulher em um cemitério, mas quando a carregou ela era inesperadamente pesada e na tentativa de jogá-la, Lee caiu junto com ela.

Filmografia

2005 - A Noiva Cadáver (Corpse Bride, The) (voz)
2005 - Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith)
2005 - A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory)
2004 - Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse (Les Rivières Pourpres 2 - Les Anges de l'apocalypse)
2003 - O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King)
2002 - O Senhor dos Anéis - As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers)
2002 - Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II - Attack of the Clones)
2001 - O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring)
1999 - A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow)
1998 - O Enigma de Talos (Tale of the Mummy)
1997 - Tarot - O Mistério das Cartas (Tarot)
1997 - A Odisséia (The Odyssey) (TV)
1996 - Drácula e os Mortos-Vivos (World of Hammer: Dracula and the Undead, The) (Documentário)
1994 - Funny Man - O Príncipe da Maldade e da Travessura (Funny Man)
1994 - Loucademia de Polícia - Missão Moscou (Police Academy: Mission to Moscow)
1993 - Trem da Morte (Death Train) (TV)
1992 - Double Vision (TV)
1990 - A Ilha do Tesouro (Treasure Island)
1990 - Gremlins 2 - A Nova Turma (Gremlins 2: The New Batch)
1990 - Curse III: Blood Sacrifice
1989 - Enigma dos Deuses (Olympus Force)
1989 - A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days) (TV)
1988 - Dark Mission
1987 - Mio na Terra da Magia (Mio Min Mio)
1986 - A Idade do Lobo (Girl, The)
1985 - Grito de Terror (Howling II)
1983 - Return of Captain Invincible, The
1983 - A Mansão da Meia-Noite (House of the Long Shadows)
1981 - Evil Stalks This House (TV)
1981 - A Salamandra (Salamander, The)
1981 - A Espera de Golias (Goliath Awaits) (TV)
1981 - O Ajuste de Contas (An Eye for An Eye)
1979 - 1941 - Uma Guerra Muito Louca (1941)
1979 - Passageiros do Inferno (Passage, The)
1978 - Perigo na Montanha Enfeitiçada (Return From Witch Mountain)
1977 - O Dia do Juízo Final (End of the World)
1977 - Starship Invasions
1977 - Poderes Ocultos (Meatcleaver Massacre)
1976 - Dracula père et fils
1976 - Uma Filha Para o Diabo (To The Devil a Daughter)
1975 - Mercenários do Diamante (Killer Force)
1975 - Whispering Death
1975 - Keeper, The
1975 - A Vingança de Milady (Four Musketeers, The)
1975 - A Verdadeira História de Drácula (In Search of Dracula)
1974 - 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (Man With the Golden Gun, The)
1973 - Os Ritos Satânicos de Drácula (Satanic Rites of Dracula, The)
1973 - O Homem de Palha (Wicker Man, The)
1973 - Metrô da Morte (Deathline)
1972 - Terror na Penumbra (Nothing But the Night)
1972 - Drácula no Mundo da Minissaia (Dracula A.D. 1972)
1972 - Desejo de Vingança (Hannie Caulder)
1972 – O Expresso do Horror (Horror Express)
1972 - O Soro Maldito (I, Monster)
1971 – A Casa Que Pingava Sangue (House That Dripped Blood, The)
1970 - Júlio César (Julius Caesar)
1970 - O Conde Drácula (Scars of Dracula)
1970 - El Conde Dracula
1970 - Grite, Grite Outra Vez (Scream and Scream Again)
1969 - O Ataúde do Morto-Vivo (Oblong Box, The)
1969 - El proceso de los brujas
1968 - Vengeance of Fu Manchu, The
1968 - Victims of Terror
1968 - Die folterkammer des Dr. Fu Manchu
1968 - A Maldição do Altar Escarlate (Curse of the Crimson Altar)
1968 - Drácula, o Perfil do Diabo (Dracula Has Risen From the Grave)
1968 - Blood of Fu Manchu, The
1968 - Face of Eve, The
1968 - As Bodas de Satã (Devil Rides Out, The)
1967 - O Passado Tenebroso (Die schlangengrube und das pendel)
1967 - Vengeance of Fu Manchu, The
1966 - Brides of Fu Manchu, The
1966 - Circus of Fear
1966 - Rasputin: The Mad Monk
1966 – Teatro dos Horrores (Theatre of Death)
1966 - Drácula, o Príncipe das Trevas (Dracula: Prince of Darkness)
1965 - Face of Fu Manchu, The
1965 - A Maldição da Caveira (Skull, The)
1965 - As Profecias do Dr. Terror (Dr. Terror's House of Horrors)
1964 - Il castello dei morti vivi
1964 - A Górgona (Gorgon, The)
1964 - Devil-Ship Pirates
1964 - La maldición de los Karnstein
1963 - Katarsis
1963 - O Silêncio (Tystnaden)
1962 - Strangehold
1962 - O Mais Longo dos Dias (Longest Day, The)
1961 - Hércules no Centro da Terra (Ercole al centro della terra)
1961 - Devil's daffodil, The
1961 - Taste of Fear
1961 - Terror of the Tongs
1960 - O Monstro de Duas Faces (Two Faces of Dr. Jekyll, The)
1960 – Horror Hotel (City of the Dead)
1959 - Tempi duri per i vampiri
1959 - A Múmia (Mummy, The)
1959 - O Homem Que Enganou a Morte (Man Who Could Cheat Death, The)
1959 - O Cão dos Baskervilles (Hound of the Baskervilles, The)
1958 - Vampiro da Noite (Dracula)
1958 - A Sombra da Guilhotina (A Tale of Two Cities)
1957 - A Maldição de Frankenstein (Curse of Frankenstein, The)
1955 - O Príncipe Negro (Dark Avenger, The)
1952 - Moulin Rouge (Moulin Rouge)
1952 - O Pirata Sangrento (Crimson Pirate, The)
1948 - Sarabanda (Saraband for Dead Lovers)
1948 - Hamlet (Hamlet)
1948 - Música na Noite (Musik I Moker)
1948 - Escravo do Passado (Corridor of Mirrors)

Fontes: Wikipédia - A Enciclopédia Livre; http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/lee.html.

Vincent Price

Vincent Leonard Price Jr. (St. Louis, 27 de maio de 1911 — Los Angeles, 25 de outubro de 1993), veio de uma família rica, cercada por um ambiente cultural acima dos padrões e envolta em tradições antigas à moda europeia.

Começou no teatro, depois no cinema onde ficou conhecido por contracenar em filmes de suspense e terror.

Sua trajetória é longa e inclui clássicos como "Museu de Cera" (1953), "A Mosca da Cabeça Branca" (1958), "A Casa Amaldiçoada" (1958), "Força Diabólica" (1959), além do criativo ciclo de adaptações de obras de Edgar Allan Poe dirigidas por Roger Corman na década de 60, como "O Solar Maldito" (1960), "Mansão do Terror" (1961), "Muralhas do Pavor" (1962), "O Castelo Assombrado" (1963), entre outros que preencheram essa fase que talvez tenha sido a mais fecunda do ator.

Nos anos 70, porém, viriam mais algumas obras que tornaram sua filmografia ainda mais rica, como "O Grito da Feiticeira" (1970), "O Abominável Dr. Phibes" (1971), "A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes" (1972), "As Sete Máscaras da Morte" (1973), "A Casa do Terror" (1974), entre muitos outros (neste último, ao lado do "cavalheiro do terror" Peter Cushing, Price faz deliciosas e divertidas brincadeiras com a própria carreira, numa autoparódia clássica.

Em 1975, participou do disco Welcome To My Nightmare, do cantor Alice Cooper, que sempre foi fã declarado do lendário ator. Ele gravou uma narração para faixa The Black Widow. Participou do especial de TV de Alice Cooper, que foi inspirado nas letras do disco.

Na década de 80 se destacou em "Mansão da Meia Noite" (1983), que reúne, num só fôlego, Peter Cushing, John Carradine, Vincent Price e Christopher Lee. Esse filme, repleto de clichês e situações previsíveis, na verdade foi uma espécie de homenagem a esses atores que são a própria história do gênero horror no cinema, e foi o único que os uniu numa mesma produção.

Nos anos 80, ficou conhecido do grande público por conta de duas participações muito especiais no mundo da música: Uma delas, na introdução de um dos maiores sucessos da banda inglesa de heavy metal, Iron Maiden: "The Number of the Beast"; a outra, a mais famosa, ao fechar com brilhantismo um dos grandes clássicos do cantor estadunidense Michael Jackson, "Thriller".

Participou também como narrador de vários filmes, seriados e curtas, como The Devil's Triangle (1974), Faerie Tale Theatre (1982), Vincent (1982) e Tiny Toon Adventures (1991). Seu último filme foi Edward Mãos de Tesoura(1990), o qual contracenou com Johnny Depp.

Três anos depois, já com 82 anos, veio à falecer de câncer no pulmão.

Vincent Price

(por Renato Rosatti)

Em 26 de outubro de 1993, o cinema de horror perdeu um dos seus maiores artistas, o ator Vincent Price, que morreu aos 82 anos de idade com problemas de câncer no pulmão. Ao longo de sua bem sucedida carreira cinematográfica, ele realizou mais de 50 filmes, sendo aproximadamente 40 deles no gênero fantástico, e dentro de sua obra encontram-se diversos clássicos absolutos como "Museu de Cera" (1953), "A Mosca da Cabeça Branca" (58), "O Corvo" (63), ou "O Abominável Dr. Phibes" (71).

Price tornou-se um dos grandes expoentes do cinema de horror e ficção científica de todos os tempos e juntou-se ao magnífico time de astros imortais como Bela Lugosi (1882 - 1956), Boris Karloff (1887 - 1969), John Carradine (1906 - 1988), Peter Cushing

(1913 - 1994), e Christopher Lee (1922), este último o único ainda vivo e na ativa, como pudemos conferir nos recentes "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel" e "Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones".

Vincent Price nasceu em 1911 em St. Louis, Missouri, Estados Unidos, sendo filho de uma família empresarial rica. Iniciou sua carreira artística no teatro e teve sua estréia no cinema com "Service Deluxe" (38), seguido por sua estréia no gênero que o consagrou, o horror, com "Tower of London" (39), ao lado de Boris Karloff e Basil Rathbone, onde apareceu brevemente como um personagem que morre afogado em um barril de vinho.

Inicialmente escalado para ser um ator sedutor e romântico, devido a sua inegável classe natural, ele acabou encontrando o seu real espaço como um refinado vilão de horror. Na década de 60, conheceu o lendário produtor/diretor Roger Corman e sua parceria com esse mito da produção "B" fantástica resultou em inúmeros filmes clássicos, a maioria baseados na literatura macabra e sombria de Edgar Allan Poe, como "A Queda da Casa de Usher" (60), "O Poço e o Pêndulo" (61), "Muralhas do Pavor" (62), "O Corvo" (63), este baseado no célebre poema homônimo e com a participação de Jack Nicholson em início de carreira, "A Máscara Mortal" (64), "The Tomb of Ligeia" (64), e "O Ataúde do Morto-Vivo" (69), este sendo o primeiro trabalho ao lado de Christopher Lee.

Em 1963, também com Roger Corman, Price fez o primeiro filme baseado na literatura indizível de Howard Philips Lovecraft, com "O Castelo Assombrado" (The Haunted Palace), inspirado na famosa história "O Caso de Charles Dexter Ward", que faz parte do universo ficcional dos "Mitos de Cthulhu".

Vincent Price também interpretou, ao longo de sua carreira, inúmeros cientistas loucos em meio as suas invenções e experiências macabras, como podemos ver, entre outros, no divertidíssimo e típico sessão da tarde "Robur, o Conquistador do Mundo" (61), com roteiro do especialista Richard Matheson baseado em obra de Julio Verne, onde fez um pacifista que inventa uma poderosa fortaleza voadora em pleno 1868, com o objetivo de destruir os armamentos militares da época, acabando assim com as guerras a força, e passando com isso a ser ele o vilão da história.

No início da década de 70 o ator associou sua imagem ao psicopata desfigurado Dr. Phibes, numa série de 2 filmes clássicos dirigidos por Robert Fuest, "O Abominável Dr. Phibes" (71) e "A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes" (72). Ele interpretou um aristocrático "serial killer" que dizimava suas vítimas com classe e inteligência singulares, mostrando como deve ser exercido esse nobre ofício a outros psicopatas inferiores comoJason Voorhees ("Sexta-Feira 13") ou Michael Myers("Halloween").

Outro filme dentro desse estilo, e um dos mais preferidos pessoalmente por Price, foi "As Sete Máscaras da Morte" (73), onde fez um ator shakespereano que simula suicídio para poder se vingar de seus algozes críticos, chacinando-os com maestria e sutileza.

Apesar de sua imagem macabra e necrofílica no cinema, poucos fãs sabem mas Price foi na vida real um "expert" colecionador de obras de arte e um famoso mestre "gourmet", publicando inclusive vários livros sobre arte e culinária, e sendo muito respeitado dentro desse meio.

Suas performances como vilão de horror são impagáveis e seu estilo irônico e humorístico pode ser apreciado em obras primas do humor negro como "Muralhas do Pavor" (62), "O Corvo" (63) e "Farsa Trágica" (63), contracenando com atores de um nível de Peter Lorre (engraçadíssimo), Boris Karloff e Basil Rathbone, que juntos foram responsáveis por várias das mais divertidas sequências de toda a história do cinema de horror com elementos de humor. Como em "Farsa Trágica", na cena onde Price (um dono de funerária a caminho da falência) tenta envenenar Rathbone (proprietário do imóvel o qual Price está atrasado com o aluguel há meses).

Price teve passagens marcantes também pela televisão, como na série "Batman" (1966), interpretando o impagável vilão "Cabeça de Ovo" ou como o apresentador da série "Mystery Theatre" por vários anos. E emprestou sua voz cavernosa para, entre outros, um discurso de horror no videoclip "Thriller" de Michael Jackson, onde o popular cantor se transformou em lobisomem numa noite de lua cheia (sempre o velho clichê...).

A partir dos anos 80 suas participações foram se tornando cada vez mais raras e escassas, e geralmente sua presença, mesmo que pequena, é que salvava as produções infinitamente inferiores às das décadas anteriores. O destaque desse período foi "A Mansão da Meia-Noite" (83), principalmente por ser o único filme na história a reunir os monstros sagrados Price, Christopher Lee, Peter Cushing e John Carradine juntos, e "Banho de Sangue na Casa da Morte" (85), uma comédia onde Price interpretou um sinistro satanista envolvido em rituais sangrentos.

Seu último trabalho foi com a belíssima fantasia "Edward Mãos de Tesoura" (90), de Tim Burton, onde interpretou o que de melhor ele fazia em sua carreira: um excêntrico cientista "louco" recluso em sua enorme e gótica mansão. Aqui ele "cria" um jovem garoto (Johnny Depp), mas morre antes de substituir as tesouras que lhe servem de mãos.

Price aparece em apenas magistrais 5 minutos e foi o suficiente para um merecido encerramento com chaves de ouro à sua extraordinária carreira de mais de 50 anos, entre teatro, televisão e cinema. Vincent Price permanecerá imortal através de seus fascinantes e incontáveis filmes, e inesquecível por suas irônicas interpretações sempre lembrando lordes aristocráticos com sua classe única, além é claro, do seu imponente e inconfundível vozeirão gutural, eternamente ligado aos seus macabros personagens do cinema. Caracterizações que foram alguns dos melhores vilões da história do horror. Price não morreu e seu fantasma continuará vagando entre nós através de seus filmes de puro entretenimento.

Filmografia

1993 - O coração da justiça (Heart of justice, The) (TV)
1990 - Atraída pelo perigo (Catchfire)
1990 - Edward mãos-de-tesoura (Edward scissorhands)
1988 - Um tira do outro mundo (Dead heat)
1987 - Do sussurro ao grito (Offspring, The)
1987 - As baleias de agosto (Whales of august, The)
1986 - Escapes - A fronteira da imaginação (Escapes) (TV)
1986 - O ratinho detetive (Great mouse detective, The) (voz)
1984 - Banho de sangue na casa da morte (Bloodbath at the house of death)
1983 - Mansão da meia-noite (House of the long shadows)
1981 - Freddy the freeloarer's Christmas dinner (TV)
1980 - Clube dos monstros (Monster club, The)
1979 - Scavenger hunt
1975 - Jornada do pavor (Journey into fear)
1974 - Após o transplante, o super-homem (Percy's progress)
1974 - A casa do terror (Madhouse)
1973 - As sete máscaras da morte (Theatre of blood)
1972 - A câmara de horrores do abominável Dr. Phibes (Dr. Phibes rises again)
1971 - What's a nice girl like you...? (TV)
1971 - O abominável Dr. Phibes (Abominable Dr. Phibes, The)
1970 - Cry of the banshee
1969 - Grite, grite outra vez (Scream and scream again)
1969 - Lindas encrencas, as garotas (Trouble with girls, The)
1969 - O ataúde do morto-vivo (Oblong box, The)
1969 - More dead than alive
1968 - Matthew Hopkins: Witchfinder general
1968 - Histórias extraordinárias (Histoires extraordinaires)
1967 - Os chacais (Jackals, The)
1967 - La casa de la mil muñecas
1965 - A máquina de fazer biquinis (Dr. Goldfoot and the bikini machine)
1965 - Monstros da cidade submarina (City under the sea, The)
1965 - O túmulo sinistro (Tomb of Ligeia, The)
1964 - A orgia da morte (Masque of the red death, The)
1964 - Mortos que matam (L'ultimo uomo della Terra)
1964 - Farsa trágica (Comedy of terrors, The)
1963 - Nos domínios do terror (Twice-told tales)
1963 - O castelo assombrado (Haunted palace, The)
1963 - A praia dos amores (Beach party)
1963 - Diário de um louco (Diary of a madman)
1963 - O corvo (Raven, The)
1962 - A torre de Londres (Tower of London)
1962 - Convicts 4
1962 - Muralhas do pavor (Tales of terror)
1962 - Vício que mata (Confessions of an opium eater)
1961 - A mansão do terror (Pit and the pendulum)
1961 - Robur, o conquistador do mundo (Master of the world)
1960 - Three musketeers, The (TV)
1960 - O solar maldito (House of Usher)
1959 - Bat, The
1959 - O monstro de mil olhos (Return of the fly)
1959 - Força diabólica (Tingler, The)
1959 - O grande circo (Big circus, The)
1959 - A casa dos maus espíritos (House on haunted hill)
1958 - A mosca da cabeça branca (Fly, The)
1957 - Story of mankind, The
1956 - Os dez mandamentos (Ten commandments, The)
1956 - O rei vagabundo (Vagabond king, The)
1956 - No silêncio de uma cidade (While the city sleeps)
1956 - Serenata (Serenade)
1955 - O filho de Sinbad (Son of Sinbad)
1954 - A máscara do mágico (Mad magician, The)
1954 - A grande noite de Casanova (Casanova's big night)
1954 - Tenho sangue em minhas mãos (Dangerous mission)
1953 - Museu de cera (House of wax)
1952 - O caminho do pecado (Las Vegas story, The)
1951 - Seu tipo de mulher (His kind of woman)
1951 - Adventures of Captain Fabian
1950 - Curtain call at Cactus Creek
1950 - Champagne for Caesar
1950 - O barão aventureiro (Baron of Arizona, The)
1949 - Bagdad
1949 - Lábios que escravizam (Bride, The)
1948 - Os três mosqueteiros (Three musketeers, The)
1948 - Legião sinistra (Rogues' regiment)
1948 - Às voltas com fantasmas (Bud Abbott Lou Costello meet Frankenstein) (voz)
1948 - Up in Central Park
1947 - Rosas trágicas (Moss rose)
1947 - Noite eterna (Long night, The)
1947 - Uma aventura arriscada (Web, The)
1946 - O solar de Dragonwyck (Dragonwyck)
1946 - Choque (Shock)
1945 - Amar foi minha ruína (Leave her to heaven)
1945 - Czarina (A royal scandal)
1944 - As chaves do reino (Keys of the kingdom, The)
1944 - Laura (Laura)
1944 - Wilson (Wilson)
1944 - A véspera de São Marcos (Eve of St. Mark, The)
1943 - A canção de Bernadette (Song of Bernadette, The)
1940 - O renegado (Hudson's bay)
1940 - O filho dos deuses (Brigham Young - Frontiersman)
1940 - House of the seven gables, The
1940 - O inferno verde (Green hell)
1940 - A volta do homem invisível (Invisible man returns, The)
1939 - A torre de Londres (Tower of London)
1939 - Meu reino por um amor (Private lives of Elizabeth and Essex, The)
1938 - Serviço de luxo (Service de luxe)

Fontes: Wikipédia - A Enciclopédia Livre; Vincent Price; Adoro Cinema - Vincent Price

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Peter Cushing


Peter Cushing (Surrey, 26 de maio de 1913 — Canterbury, 11 de agosto de 1994), filho de George Edward Cushing e Nelli Marie, morou parte da infância num subúrbio de Londres, retornando, porém, a Surrey, onde o pai trabalhava como agrimensor.

Desde cedo afeito à representação, a que foi levado por uma tia, que era atriz, dedicou-se ainda ao desenho. Trabalhou como ajudante de agrimensura, usando os dotes para o desenho, ao tempo em que atuava no teatro local. Mudando-se para Londres, ali cursa a Escola Municipal de Música e Drama.

Atuou no teatro londrino até mudar-se para Hollywood, em 1939, onde atuou em O homem da máscara de ferro, neste mesmo ano. Atuou em diversos filmes, e sua carreira foi mais destacada com os papéis de Sherlock Holmes e como Van Helsing, nas películas da Hammer Film Productions.

Em 1985, o diretor Tom Holland inspirou-se nele e em Vincent Price para criar o caçador de vampiros Peter Vincent, do filme A Hora do Espanto (Fright Night). Em 1989 recebeu o título de oficial do Império Britânico.

Dez anos sem o cavalheiro do Horror

(por Marcello Simão Branco)

Há pouco mais de uma década, em 11 de agosto de 1994, falecia o ator inglês Peter Cushing, um dos ícones do cinema de horror. Uma das características mais curiosas de sua carreira foi ter atuado em vários filmes do gênero sem quase nunca ter sido o vilão principal. Este papel coube na maioria das vezes ao seu amigo e parceiro Christopher Lee. Ao "cavalheiro do horror" ficou a tarefa de combater monstros, lobisomens, alienígenas e principalmente vampiros. Tudo à sua maneira, é claro, pois ele não era o tipo galã que provocava suspiros na platéia: apesar de lutar contra o mal, era um intelectual emocionalmente reprimido, excêntrico, circunspecto e, acima de tudo, britânico.

Nascido em 26 de maio de 1913 na cidadezinha de Kenley, Inglaterra, Cushing estudou teatro nas melhores escolas, atuou como assistente de direção durante alguns anos até sua estréia em 1935 na peça The Middle Watch.

Já à época era um fã dos filmes de horror americanos da Universal Pictures, e então atravessou o Atlântico e foi tentar a sorte em Hollywood. Sua experiência não foi das mais bem sucedidas, atuando em papéis coadjuvantes em algumas comédias da dupla O Gordo e o Magro.

Sua estréia no cinema aconteceu em 1941 no filme The Man in the Iron Mask. No mesmo ano, estreou em Hollywood na produção de Vigil in the Night. Mas rolava a Segunda Guerra Mundial e ele acabou recrutado para atuar numa série de curta-metragens pró-aliados como parte do esforço de guerra.

Pelo fim dos anos 40 Cushing voltou aos palcos londrinos, mas foi no filme de Sir Lawrence Olivier que ele se destacou como um dos personagens de Hamlet, de Shakespeare. A seguir atuou em algumas produções inglesas sempre com papéis cada vez mais complexos. Até que em 1954 foi aclamado por sua atuação como o atormentado Winston Smith, na adaptação da TV inglesa do romance 1984 de George Orwell.

Glória na Hammer

Por essa época estava nascendo na Inglaterra uma nova escola de cinema de horror, a Hammer Films. Apesar de produções modestas, remodelou o gênero bastante desgastado com as produções da Universal dos anos 30 e 40. Entre suas principais virtudes e inovações, havia a ênfase na fotografia excessivamente colorida, quase berrante, a música tocada ao som de órgãos e outros instrumentos pouco usuais, recontando velhos clássicos de uma maneira mais violenta, sensual e com um clima gótico muito eficiente.

Mas foi, sobretudo, com atores carismáticos que a Hammer fez história. Houve um grupo deles, mesmo os coadjuvantes, mas os dois astros foram o vilão Christopher Lee e o cavalheiro Peter Cushing. Parceiros de atuação e antagonistas nas histórias, um completava o outro, com charme, talento e alguma dose de ironia, de não levar totalmente a sério os papéis que desempenhavam. A eles merece igual destaque o diretor Terence Fisher, o grande artesão e estilista da maneira Hammer de contar uma história de horror.

E foram vários os sucessos da produtora, a começar com A Maldição de Frankenstein (1957), O Vampiro da Noite (1958), O Cão dos Baskervilles (1959), A Múmia (1959), A Górgona (1964), Ela (1965) - este último estrelado pela suprema bondgirl Ursula Andrews, como uma estranha e poderosa mulher de uma ilha esquecida, baseado num romance do criador de Tarzan, Edgar Rice Burroughs - e outros verdadeiros clássicos do cinema de horror.

Assim, coube a Cushing interpretar o Barão Victor Frankenstein, o caçador de vampiros Van Helsing, um arqueólogo idealista às voltas com a maldição da múmia e até Sherlock Holmes. Sempre mantendo intactas suas peculiaridades exóticas, aristocráticas, soturnas. Características parecidas com sua própria pessoa.

Peter Cushing é muito lembrado também como o cientista louco de dois filmes para o cinema da série de ficção científica inglesa da BBC, A Guerra dos Daleks, uma série de TV que não foi até hoje exibida no Brasil. Trata-se de uma legenda da TV inglesa sendo exibida por mais de dez anos ininterruptos. O longa-metragem é de 1965 e nessa época Cushing ainda interpretava vários papéis para a Hammer.

Além de sua longa interpretação como Dr. Who, é bom ressaltar que atuou também em dezenas de telefilmes, com especial destaque para a produção The Caves of Steel (1964) - raríssima -, uma adaptação do bom romance Caça aos Robôs, de Issac Asimov. Cushing interpretou o protagonista, o investigador Elijah Baley.

No início dos anos 70, ele mudou de produtora. Com a decadência da Hammer, foi para a rival (e não tão brilhante) Amicus e emprestou seu talento a bons filmes, como A Casa que Pingava Sangue (1970) - quatro histórias curtas, baseadas em contos de Robert Bloch - , O Expresso do Horror (1972) e A Essência da Maldade (1973). Estes dois últimos falando, coincidentemente, de monstros há muito esquecidos das estepes siberianas e de ilhas indonésias. Todos, ao lado do parceiro e vilão Lee, que também mudou de produtora.

Da mesma maneira que a fórmula de filmes de horror foi usada à exaustão pela Universal Pictures, o mesmo fez a Hammer. Resultado: filmes cada vez piores, bilheterias menores, cancelamento de novas produções, desemprego para a maioria dos atores. E Cushing atuou em 'pérolas', algumas curiosas até pelo título, como por exemplo, Drácula no Mundo da Mini-Saia, de 1972.

Desta forma, a exemplo dos astros Bela Lugosi e Boris Karloff, que pagaram um alto preço nos anos 50 e 60 por trabalharem em várias produções de horror de má qualidade, caminho parecido seguiram os ídolos ingleses Peter Cushing e Christopher Lee, atuando em vários filmes ruins no início dos anos 70, para em seguida verem minguar os convites para atuarem em produções de melhor qualidade.

Afora a queda dos bons personagens para interpretar, Cushing sofreu um duro golpe em 1971, quando morreu sua mulher Helen Cushing. O ator era muito apegado a ela, a amava de uma maneira intensa, e o declínio de sua carreira também pode ter sido motivado pela perda da esposa.

Mesmo assim, corria o ano de 1977 e um jovem cineasta hollywoodiano, deu o último papel digno a Cushing. O diretor era George Lucas, que foi filmar na Inglaterra (pois os cachês eram mais baratos) e fazer história com a space-opera Guerra nas Estrelas. Cushing interpretou o personagem maligno de Grand Moff Tarkin, comandante de Darth Vader nas forças do Império.

No conjunto de sua filmografia, Peter Cushing brilhou no clássico de Lucas e é saudado como o Dr. Who pelos fanáticos fãs desta série inglesa. Mas dez anos após sua morte o que melhor representa sua carreira são os personagens que fez para a Hammer. Sherlock Holmes, o Barão Victor Frankenstein e, sobretudo, o Professor Van Helsing, são as principais facetas daquele que está justamente imortalizado como o gentleman of horror.

Os Principais Filmes de Peter Cushing

O ator teve uma carreira bastante longa de 47 anos, onde atuou em 133 produções, entre cinema e TV. Segue uma listagem básica, com os principais filmes.

1939: The Man in the Iron Mask
1940: Vigil in the Night
1948: Hamlet (Hamlet)
1954: 1984 (1984)
1956: Alexandre, o Grande (Alexander the Great)
1957: A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein)
1957: O Monstro do Himalaia (The Abominable Snowman)
1958: O Vampiro da Noite (Horror of Dracula)
1958: A Vingança de Frankenstein (Revenge of Frankenstein)
1959: O Cão dos Baskervilles (The Hound of the Baskervilles)
1959: A Múmia (The Mummy)
1959: A Carne e o Diabo (The Flesh and the Fiends)
1960: As Noivas de Drácula (The Brides of Dracula)
1962: The Man who Finally Died
1964: O Monstro de Frankenstein (The Evil of Frankenstein)
1964: The Caves of Steel
1964: A Górgona (The Gorgon)
1965: As Profecias do Dr. Terror (Dr. Terror's House of Horrors)
1965: Ela (She)
1965: The Skull
1965: A Guerra dos Daleks (Dr. Who and the Daleks)
1966: Ilha do Terror, A (Island of Terror)
1967: E Frankenstein Criou a Mulher (Frankenstein Created Woman)
1967: As Torturas do Dr. Diábolo (Torture Garden)
1969: Frankenstein Tem de Ser Destruído (Frankenstein Must Be Destroyed)
1969: Grite, Grite Outra Vez (Scream and Scream Again)
1970: Carmilla, a Vampira de Karnstein (The Vampire Lovers)
1970: A Casa que Pingava Sangue (The House that Dripped Blood)
1971: O Soro Maldito (I, Monster)
1971: As Filhas de Drácula (Twins of Evil)
1972: Contos do Além (Tales From the Crypt)
1972: Um Grito Dentro da Noite (Fear in the Night)
1972: Terror na Penumbra (Nothing But the Night)
1972: A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes (Dr. Phibes Raises Again)
1972: Asilo Sinistro (Asylum)
1972: Drácula no Mundo da Mini-Saia (Dracula A.D.)
1973: A Lenda do Lobisomem (Legend Of The Werewolf)
1973: Os Gritos que Aterrorizam (And Now the Screaming Starts!)
1973: A Essência da Maldade (The Creeping Flesh)
1973: O Expresso do Horror (Horror Express)
1973: Vozes do Além (From Beyond the Grave)
1974: Os Ritos Satânicos de Dracula
1974: A Casa do Terror (Madhouse)
1974: A Lenda dos Sete Vampiros (The Legend of the Golden Vampires)
1974: A Fera Deve Morrer (The Beast Must Die)
1975: O Carniçal (The Ghoul)
1976: No Coração da Terra (At the Earth's Core)
1977: Shock Waves
1977: Maldição dos Gatos, A (The Uncanny)
1977: Guerra nas Estrelas (Star Wars)
1980: O Mistério da Ilha dos Monstros (The Mystery of Monster Island)
1983: A Mansão da Meia-Noite (House of the Long Shadows)
1986: Adventures in Time

Fontes: Wikipédia - A Enciclopédia Livre; Peter Cushing

Boris Karloff


Ao interpretar em 1931 a lendária criatura de Frankenstein, Boris Karloff (Dulwich, Londres, 23 de novembro de 1887 - Sussex, 2 de fevereiro de 1969) consagrou-se como um imortal mito do cinema de horror, juntamente com Lon Chaney e Bela Lugosi.

Esses ícones do horror marcaram seus nomes na história por suas marcantes interpretações nas décadas de 1920, 30 e 40, e somados a Vincent Price, Peter Cushing, John Carradine e Christopher Lee (único ainda vivo), estes a partir dos anos 50, construíram as bases do gênero as quais permanecerão para sempre.

Apesar de um pouco menos de um terço de seus 156 filmes (entre mudos e sonoros) serem de horror, Boris Karloff é considerado um personagem eterno do gênero.

Nasceu em 23 de novembro de 1887, no subúrbio londrino de Camberwell. Vindo de uma família de classe média, seu nome de batismo foi William Henry Pratt. Sua família era composta ainda por mais sete irmãos e uma irmã e seus pais morreram ainda na sua infância.

Em maio de 1909 ele foi para o Canadá tentar a carreira de ator. Nessa época criou seu nome artístico e tão conhecido pelo público. Segundo ele, o nome Karloff veio dos ancestrais russos pelo lado de sua mãe e Boris foi escolhido ao acaso.

Trabalhou em teatro e rádio até que finalmente em 1919 fez seu primeiro filme, então com 32 anos de idade, "His Majesty, the American" (United Artists), um filme mudo dirigido por Joseph Henabery, onde Karloff aparece apenas como um figurante numa história de aventura.

A partir daí ele apareceu em outros 48 filmes mudos e 15 sonoros, até consagrar-se em 1931 atuando como o monstro do cientista louco Frankenstein, uma criatura formada a partir de restos de cadáveres humanos, no clássico dirigido por James Whale, "Frankenstein". Esse filme, que inicialmente seria dirigido por Robert Florey e estrelado por Bela Lugosi (que acabava de atuar em "Drácula"), foi mudado na última hora e chamaram Karloff para o papel do monstro e Florey e Lugosi acabaram fazendo "The Murders in the Rue Morgue", baseado em Edgar Allan Poe .

Contando com a ajuda importante do maquiador da Universal, Jack Pierce, a criatura de Frankenstein tornou-se assustadora e fascinou o público. O filme foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou cerca de 12 milhões de dólares, superando em muito a modesta produção de 250 mil dólares.

Nos anos seguintes Karloff foi muito requisitado, principalmente pela Universal, e estrelou diversos outros clássicos como "The Old Dark House" (1932), onde interpretou um mordomo mudo e assassino de um casarão gótico, "A Múmia" (1933), personificando uma múmia egípciade 3700 anos que revive na Inglaterra, e no mesmo ano atuou em "The Ghoul", primeiro trabalho com produção inglesa, interpretando um professor que morre e retorna à vida como um zumbi. Foi só em 1935 que Karloff voltou ao papel do monstro em "A Noiva de Frankenstein", outro sucesso superando até o original de 1931, fechando a trilogia em 1939 com "O Filho de Frankenstein", e nunca mais atuando como a famosa criatura que o imortalizou.

Entre o fim da década de 30 e início dos anos 40, realizou vários filmes pela Columbia interpretando cientistas loucos em meio as suas macabras experiências, como podemos ver em películas como "The Invisible Ray" (O Raio Invisível, 1936), onde Karloff descobre um raio poderoso que o transformou num assassino, "The Man They Could Not Hang" (1939), sobre um coração mecânico, "The Man With Nine Lives" (1940), com o tema da cura do câncer por congelamento, "Before I Hang" (1940), tratando do rejuvenescimento, "The Devil Commands" (1940), sobre pesquisas das ondas cerebrais de pessoas mortas, e em "The Boogie Man Will Get You" (1942), onde o ator cria uma máquina de transformar super-homens.

Em "A Casa de Frankenstein" (1944), ele interpretou um cientista louco (de novo!) que foge da prisão e ressuscita Drácula (John Carradine), Lobisomem (Lon Chaney Jr.) e a criatura de Frankenstein (Glenn Strange), mostrando um argumento no mínimo curioso.

Ainda na década de 40, Karloff fez uma série de filmes pela RKO em parceria com o produtor Val Lewton. O resultado foi uma série de pequenas obras-primas do horror como "O Túmulo Vazio" (The Bodysnatcher, 1945) com Bela Lugosi e sendo o último trabalho deles juntos, "Isle of the Dead" (1945) e "Bedlam" (1946).

Os anos 50 foram fracos para o ator com nenhum filme marcante. Ele fez alguns trabalhos de humor negro com a dupla de comediantes Abbott e Costello, e em 1958 interpretou o cientista em "O Castelo de Frankenstein" (Frankenstein 1970) com Mike Lane dessa vez no papel da criatura.

Agora é a vez de Roger Corman e sua produtora "American International", que a exemplo de Val Lewton nos anos 40, fez parceria com Karloff na década de 60 e rodaram juntos vários filmes ao lado de grandes atores como Basil Rathbone, Vincent Price, Peter Lorre e Jack Nicholson. Dessa parceria saíram grandes jóias do humor negro como as produções de 1963 "O Corvo" (The Raven), "Farsa Trágica (The Comedy of Terrors) ou ainda "Sombras do Terror" (The Terror), onde neste interpretou um velho barão recluso em sua mansão macabra.

Em 1964 apresentou "Black Sabbath", dirigido pelo cineasta italiano especialista em horror Mario Bava e dividido em 3 episódios onde Karloff também interpretou um deles como um vampiro, e em 1965 fez "Morte Para Um Monstro" (Die, Monster, Die!) baseado em história de H. P. Lovecraft. Já em 1968 estrelou "Na Mira da Morte" (Targets), fazendo um ator de filmes de horror (seu alter-ego), dirigido por Peter Bogdanovich e um de seus últimos filmes.

A partir daí, já bastante idoso, o estado de saúde de Karloff declina fortemente, com graves problemas respiratórios que o levaram à morte em 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade. Mesmo após a sua morte, vários filmes foram lançados em 1970-71 e que ele havia rodado em 1967-68. "A Maldição do Artar Escarlate" (The Crimson Cult, 1970) com Christopher Lee e história baseada em H. P. Lovecraft, e "Cauldron of Blood" (1971) foram filmados com Karloff preso a uma cadeira de rodas, devido ao precário estado de saúde.

E em 1971 foram lançados quatro filmes com produção mexicana, onde Karloff filmou sua participação nos Estados Unidos com as cenas sendo montadas posteriormente no México. Dessa série de filmes, que tornaram-se grande raridade e cultuados, destaca-se "Serenata Macabra" (House of Evil) onde interpretou um velho milionário que convoca seus parentes para a divulgação de seu testamento. O último trabalho da carreira de Karloff foi na série de TV "The Name of the Game" com o episódio "The White Birch" em 29 de novembro de 1968.

No total foram 156 filmes de vários gêneros ao longo de 50 anos de carreira, além de aproximadamente 90 aparições em 75 programas de televisão diferentes, entre shows e séries. Toda essa vasta filmografia e suas interpretações marcantes que fizeram a história do cinema fantástico ao longo desse século, manterão sempre viva sua imagem de eterno imortal do horror.

Principais filmes de Boris Karloff

* Frankenstein (Frankenstein, 1931)
* The Old Dark House (1932)
* A Múmia (The Mummy, 1932)
* The Ghoul (1933)
* O Gato Preto (The Black Cat , 1934)
* A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 1935)
* The Black Room (1935)
* O Corvo, 1935)
* O Raio Invisível (The Invisible Ray, 1936)
* The Walking Dead (1936)
* The Man Who Lived Again (1936)
* O Filho de Frankenstein Son of Frankenstein, 1939)
* The Man They Could Not Hang (1939)
* Before I Hang (1940)
* The Man With Nine Lives (1940)
* The Devil Commands (1940)
* The Boogie Man Will Get You (1942)
* A Casa de Frankenstein (1944)
* O Túmulo Vazio (The Bodysnatcher, 1945)
* Isle of the Dead (1945)
* Bedlam (1946)
* Monster of the Island (1953)
* O Castelo de Frankenstein (Frankenstein 1970, 1958)
* O Corvo (The Raven, 1963)
* Sombras do Terror (The Terror, 1963)
* Farsa Trágica (The Comedy of Terrors, 1963)
* Black Sabbath (1964)
* Morte Para Um Monstro (Die, Monster, Die!, 1965)
* Na Mira da Morte (Targets, 1968)
* A Maldição do Altar Escarlate (The Crimson Cult, 1970)
* The Snake People (1971)
* Invasão Sinistra (The Incredible Invasion, 1971)
* A Câmara do Terror (The Fear Chamber, 1971)
* Serenata Macabra (House of Evil, 1971)

Fonte: Bóris Karloff

Zé do Caixão


José Mojica Marins, cineasta e criador do personagem Zé do Caixão, nasceu em 13/3/1936, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo. Filho de artistas de circo de origem espanhola, muda-se para a Vila Anastácio, onde o pai arruma emprego de gerente de cinema – daí seu contato com sua futura profissão.

Aos 9 anos, troca o pedido de uma bicicleta por uma câmera 8mm e faz seu primeiro filme, Juízo Final, já usando vermes, que se tornariam a sua marca, coletados com ajuda da vizinhança. Interrompe os estudos na 6a série.

Em 1958 faz o bangue-bangue A Sina do Aventureiro, que não obtém sucesso, o mesmo acontecendo com Meu Destino em Tuas Mãos, de 1960. Em 1963 surge o personagem Zé do Caixão na fita À Meia-Noite Levarei a Sua Alma, representado por ele mesmo porque ninguém queria o papel. O personagem torna-se popular graças à aparência satânica, com unhas compridas que ele garante ter cultivado por 36 anos.

Participa da produção de mais de 150 trabalhos, atuando como diretor, ator e supervisor. Nos anos 60 escreve 266 teleteatros para a TV Bandeirantes. Ganha cerca de 44 prêmios no exterior, incluindo o francês Le Grand Fantastic em 1974.

Em 1982 candidata-se a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permanece na direção da Escola do Zé, de artes cênicas, aberta nos anos 40 como Escola do Mojica.

Em 2001, é encontrado na Cinemateca Brasileira, o rolo de seu filme Reino Sangrento. O cineasta restaura a obra por meio de processo digital para lançá-lo no mercado. A edição 2001 do Sundance Film Festival prepara uma sessão dupla em homenagem ao cineasta.

A improvisação

Com um estilo rude de filmar baseado na improvisação, na falta de recursos técnicos, em histórias extremamente objetivas e no uso do português incorreto, Zé do Caixão, como veio a ser conhecido, conta com cerca de 30 filmes, alguns de aventura, comédia e até pornochanchada. Atraído pelo cinema e teatro desde cedo, aos 17 anos, fundou com ajuda de amigos, o estúdio Companhia Cinematográfica Atlas, depois Companhia Cinematográfica Apolo, no bairro do Brás, onde dava aula de cinema e fazia testes, utilizando animais, como aranha e ratos, vivos em cenas de terror.

Após alguns filmes amadores realizados em 16 mm mudos e um 35 mm sonoro inacabado (Sentença de Deus), fez seu primeiro longa metragem: A Sina de Aventureiro (1957), um faroeste em cinemascope. A seguir veio Meu Destino em Suas Mãos (1961). Encarnando o personagem Zé do Caixão, uma mistura de Exu e bruxo, de justiceiro e psicopata, que usa barba negra, unhas enormes, capa preta e cartola, realizou, como diretor e ator, o filme À Meia-noite Levarei tua Alma (1963).

Algumas das obras que se seguiram são: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1966), O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968) e O Despertar da Besta (1968), considerado seu melhor trabalho.

Nos anos 70, teve seus filmes censurados. Na década de 80, caído no esquecimento, entrou para a pornochanchada, realizando 24 Horas de Sexo Ardente (1984), 48 Horas de Sexo Ardente (1986) e Dr. Frank na Clínica das Taras (1987). Descoberto pela crítica internacional, foi elogiado nas páginas das revistas norte-americanas Cult Movies e Billboard e da francesa Cahiers du Cinema.

Fontes: Enciclopédia Abril 2002; Biografia de Zé do Caixão.