José Mojica Marins, cineasta e criador do personagem Zé do Caixão, nasceu em 13/3/1936, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo. Filho de artistas de circo de origem espanhola, muda-se para a Vila Anastácio, onde o pai arruma emprego de gerente de cinema – daí seu contato com sua futura profissão.
Aos 9 anos, troca o pedido de uma bicicleta por uma câmera 8mm e faz seu primeiro filme, Juízo Final, já usando vermes, que se tornariam a sua marca, coletados com ajuda da vizinhança. Interrompe os estudos na 6a série.
Em 1958 faz o bangue-bangue A Sina do Aventureiro, que não obtém sucesso, o mesmo acontecendo com Meu Destino em Tuas Mãos, de 1960. Em 1963 surge o personagem Zé do Caixão na fita À Meia-Noite Levarei a Sua Alma, representado por ele mesmo porque ninguém queria o papel. O personagem torna-se popular graças à aparência satânica, com unhas compridas que ele garante ter cultivado por 36 anos.
Participa da produção de mais de 150 trabalhos, atuando como diretor, ator e supervisor. Nos anos 60 escreve 266 teleteatros para a TV Bandeirantes. Ganha cerca de 44 prêmios no exterior, incluindo o francês Le Grand Fantastic em 1974.
Em 1982 candidata-se a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permanece na direção da Escola do Zé, de artes cênicas, aberta nos anos 40 como Escola do Mojica.
Em 2001, é encontrado na Cinemateca Brasileira, o rolo de seu filme Reino Sangrento. O cineasta restaura a obra por meio de processo digital para lançá-lo no mercado. A edição 2001 do Sundance Film Festival prepara uma sessão dupla em homenagem ao cineasta.
A improvisação
Com um estilo rude de filmar baseado na improvisação, na falta de recursos técnicos, em histórias extremamente objetivas e no uso do português incorreto, Zé do Caixão, como veio a ser conhecido, conta com cerca de 30 filmes, alguns de aventura, comédia e até pornochanchada. Atraído pelo cinema e teatro desde cedo, aos 17 anos, fundou com ajuda de amigos, o estúdio Companhia Cinematográfica Atlas, depois Companhia Cinematográfica Apolo, no bairro do Brás, onde dava aula de cinema e fazia testes, utilizando animais, como aranha e ratos, vivos em cenas de terror.
Após alguns filmes amadores realizados em 16 mm mudos e um 35 mm sonoro inacabado (Sentença de Deus), fez seu primeiro longa metragem: A Sina de Aventureiro (1957), um faroeste em cinemascope. A seguir veio Meu Destino em Suas Mãos (1961). Encarnando o personagem Zé do Caixão, uma mistura de Exu e bruxo, de justiceiro e psicopata, que usa barba negra, unhas enormes, capa preta e cartola, realizou, como diretor e ator, o filme À Meia-noite Levarei tua Alma (1963).
Algumas das obras que se seguiram são: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1966), O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968) e O Despertar da Besta (1968), considerado seu melhor trabalho.
Nos anos 70, teve seus filmes censurados. Na década de 80, caído no esquecimento, entrou para a pornochanchada, realizando 24 Horas de Sexo Ardente (1984), 48 Horas de Sexo Ardente (1986) e Dr. Frank na Clínica das Taras (1987). Descoberto pela crítica internacional, foi elogiado nas páginas das revistas norte-americanas Cult Movies e Billboard e da francesa Cahiers du Cinema.
Fontes: Enciclopédia Abril 2002; Biografia de Zé do Caixão.
Aos 9 anos, troca o pedido de uma bicicleta por uma câmera 8mm e faz seu primeiro filme, Juízo Final, já usando vermes, que se tornariam a sua marca, coletados com ajuda da vizinhança. Interrompe os estudos na 6a série.
Em 1958 faz o bangue-bangue A Sina do Aventureiro, que não obtém sucesso, o mesmo acontecendo com Meu Destino em Tuas Mãos, de 1960. Em 1963 surge o personagem Zé do Caixão na fita À Meia-Noite Levarei a Sua Alma, representado por ele mesmo porque ninguém queria o papel. O personagem torna-se popular graças à aparência satânica, com unhas compridas que ele garante ter cultivado por 36 anos.
Participa da produção de mais de 150 trabalhos, atuando como diretor, ator e supervisor. Nos anos 60 escreve 266 teleteatros para a TV Bandeirantes. Ganha cerca de 44 prêmios no exterior, incluindo o francês Le Grand Fantastic em 1974.
Em 1982 candidata-se a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permanece na direção da Escola do Zé, de artes cênicas, aberta nos anos 40 como Escola do Mojica.
Em 2001, é encontrado na Cinemateca Brasileira, o rolo de seu filme Reino Sangrento. O cineasta restaura a obra por meio de processo digital para lançá-lo no mercado. A edição 2001 do Sundance Film Festival prepara uma sessão dupla em homenagem ao cineasta.
A improvisação
Com um estilo rude de filmar baseado na improvisação, na falta de recursos técnicos, em histórias extremamente objetivas e no uso do português incorreto, Zé do Caixão, como veio a ser conhecido, conta com cerca de 30 filmes, alguns de aventura, comédia e até pornochanchada. Atraído pelo cinema e teatro desde cedo, aos 17 anos, fundou com ajuda de amigos, o estúdio Companhia Cinematográfica Atlas, depois Companhia Cinematográfica Apolo, no bairro do Brás, onde dava aula de cinema e fazia testes, utilizando animais, como aranha e ratos, vivos em cenas de terror.
Após alguns filmes amadores realizados em 16 mm mudos e um 35 mm sonoro inacabado (Sentença de Deus), fez seu primeiro longa metragem: A Sina de Aventureiro (1957), um faroeste em cinemascope. A seguir veio Meu Destino em Suas Mãos (1961). Encarnando o personagem Zé do Caixão, uma mistura de Exu e bruxo, de justiceiro e psicopata, que usa barba negra, unhas enormes, capa preta e cartola, realizou, como diretor e ator, o filme À Meia-noite Levarei tua Alma (1963).
Algumas das obras que se seguiram são: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1966), O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968) e O Despertar da Besta (1968), considerado seu melhor trabalho.
Nos anos 70, teve seus filmes censurados. Na década de 80, caído no esquecimento, entrou para a pornochanchada, realizando 24 Horas de Sexo Ardente (1984), 48 Horas de Sexo Ardente (1986) e Dr. Frank na Clínica das Taras (1987). Descoberto pela crítica internacional, foi elogiado nas páginas das revistas norte-americanas Cult Movies e Billboard e da francesa Cahiers du Cinema.
Fontes: Enciclopédia Abril 2002; Biografia de Zé do Caixão.
Um comentário:
ha va nao to vendo nada de bom
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