sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jatos pré-colombianos

No final dos anos 60 o biólogo Ivan T. Sanderson, mais conhecido como promotor do Pé-Grande, chamou a atenção para alguns artefatos de ouro pré-colombianos de séculos de idade produzidos por culturas indígenas primitivas. Segundo ele, seriam reproduções de aviões a jato, conclusão apoiada pelo Dr. Arthur Poyslee, do Instituto Aeronáutico de Nova Iorque.
Pareceria ridículo se os artefatos realmente não se parecessem tanto com aviões modernos: Parecem haver asas e estabilizadores verticais e horizontais, em formato de delta adequado a velocidades supersônicas e mesmo ranhuras que poderiam ser interpretadas como de metal corrugado ou de estruturas em viga sustentando as partes. E o artefato acima não é o único dessa classe

Ao lado pode-se conferir outro destes intrigantes artefatos, que existem em número considerável. Nas asas, desta vez lisas, parecem mesmo haver desenhos que poderiam ser interpretados como insígnias, similares às que enfeitam hoje nosso aviões a jato.

O artefato se transformou mesmo no logotipo da AAS (Ancient Astronaut Society, algo como Sociedade Deuses Astronautas), e a comparação abaixo é muito circulada, principalmente (como não poderia deixar de ser) nos livros de Erich von Däniken.

Há alguns anos, membros da sucessora da AAS, a AAS-RA(Archaeology, Astronautics and SETI Research Association) se deram ao trabalho de construir modelos em escala destes aviões a jato pré-colombianos. Um equipado com hélices, e outro completo com um pequeno motor a jato embutido no local onde se presume que estaria nos originais.

Supresa aos mais céticos: os modelos de Algund Eenboom e Peter Belting voaram. Não chegaram a velocidades supersônicas, mas voaram bem.

A posição do motor a jato e da entrada de ar pode parecer um tanto estranha e diferente, mas para felicidade dos que já estão acreditando em aviões a jato pré-colombianos, é similar à disposição de um dos primeiros aviões a jato modernos, o Heinkel-162 (ao lado) de 1944.

Finalmente, se tudo isso parece incrível demais, e o último recurso da mente sensata parece ser questionar que tais artefatos realmente existam, ou sejam mesmo pré-colombianos (não poderiam ser fraudes contemporâneas como as pedras de Ica ou as figuras de Acambaro?), é preciso dizer que os artefatos podem ser encontrados também no Museo del Oro, em Bogotá na Colômbia. Não são fraudes. Aviões a jato pré-colombianos.


Claro que sempre há quem enxegue nos artefatos semelhanças com abelhas ou peixes voadores. Pode ser, por que não! Mas o fato do modelo voar tão bem parece pender mais para o avião.

Fonte: http://henriette-holandesa.blogspot.com

O mapa de Piri Reis


Quando a Turquia se tornou república nos anos 20, houve uma abertura e redescoberta de tesouros preciosos. Entre os vários cientistas estrangeiros que trabalharam na classificação de documentos antigos estava o teólogo alemão Adolf Deissmann.

Em 1929, ele descobriu uma pele de camelo ressecada e pintada com um mapa surpreendente, enrolado em uma prateleira empoeirada do famoso Palácio Topkapi, em Istambul. Ao ver a assinatura logo reconheceu o autor do livro Kitabi Bahriyre, Piri Reis.

No ano de 1513, o almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis (1470-1554) desenhou vários mapas, dentre estes, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África, a costa oeste da América do Sul e o norte da Antártica(?).

O mapa na verdade é um fragmento de um mapa-mundi (as outras partes estão perdidas), foi pintado em 9 cores e mostra parte do oceano Atlântico com suas terras. Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio.

Segundo estudiosos, ele foi baseado em 8 mapas de Ptolomeu, um mapa árabe da Índia e sudeste asiático e 4 mapas portugueses, e de um suposto mapa capturado por seu tio, usado por Colombo. Desenhos de animais ilustram o trabalho e as legendas e anotações em turco.

As Alegações de Hapgood

Após ter sido descoberto em Topkapi, cópias do mapa foram enviadas aos maiores museus do mundo, mas não lhe foi atribuído um grande valor. Em 1953, uma cópia chegou ao engenheiro-chefe do Departamento de Hidrografia da Marinha Americana, que alertou por sua vez Arlington H. Mallery, um especialista em mapas antigos. Foi então quando o “caso” do mapa de Piri Reis veio a tona.

Mallery fez estudar as cartas por algumas das maiores autoridades mundiais do assunto, como o cartógrafo J. Walters e o especialista polar R. P. Linehan. Com a ajuda do explorador sueco Nordenskjold e de Charles Hapgood e seus auxiliares, chegaram a uma conclusão sobre o sistema de projeção empregado nos mapas: embora antigo, o sistema de Piri Reis era exato.

Charles Hapgood foi o responsável por ter tornado o mapa de Piri Reis tão famoso. No seu livro, Maps of the Ancient Sea-Kings, de 1966, faz diversas alegações, que se tornaram mais conhecidas ainda através de Daniken, que as defendeu entusiasticamente. Aqui, um resumo delas:

- O mapa mostra, com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses.

- Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Existem detalhes curiosos, como por exemplo, a América do Sul e a Antártica são ligadas por terra (o Estreito de Drake está faltando…) e a ilha de Cuba aparece ligada à península da Florida. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, o que indica que o mapa foi feito quando o nível do oceano era muito mais baixo do que o atual.

- No mapa aparecem extremamente bem desenhados os detalhes da costa do continente americano. Até mesmo a cordilheira dos Andes aparece em detalhes, bem como as montanhas da Antártida. Possuí uma exatidão impressionante nomeadamente no que tange aos contornos da Antártida, cujos contornos mais ou menos exatos, só foram possíveis de determinar nos dias que correm, mais concretamente a partir da década de 60 do século XX, com o recurso a meios aéreos e a satélites.


- O aspecto alongado das massas de terra se devem a uma projeção eqüidistante do centro do mapa, localizado sobre Alexandria, Egito (esquema abaixo), similar ao obtido por um satélite em grande altitude sobre o local.

- Os erros que o mapa apresenta foram resultados de erros feitos por Piri Reis na compilação dos dados de fontes milenares e extremamente exatas. Ou então devido a mudanças no nível dos oceanos devido a última de-glaciação, ocorrida a cerca de 6 mil anos atrás.

Essas alegações vieram fundamentadas em testemunhos como esse: Uma cópia do mapa foi enviado para o Esquadrão de Reconhecimento Técnico da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), encarregado da cartografia militar norte-americana, com a intenção de comprovar a precisão de seus contornos.

Em 6 de Julho de 1960, o tenente-coronel Harold Z. Ohlmeyer relatou suas conclusões. Nelas admitia que a costa antártica que representava o mapa teve, forçosamente, que “ser cartografada antes que fosse coberta pela capa de gelo”. Segundo Charles Hapgood, isso aconteceu há mais de 6 mil anos atrás.

E ele conclui:

“A evidência apresentada por antigos mapas parece sugerir a existência em tempos remotos, antes do aparecimento de qualquer das culturas conhecidas, de uma verdadeira civilização, de um tipo avançado, a qual estava localizada em uma área mas tinha comércio mundial, ou era, realmente, uma cultura mundial”.

Como foi sugerido que não haveria não haveria conhecimento suficiente para se fazer este mapa no início do século XVI, procurei outras explicações para as origens do mapa, que não incluíssem uma foto tirada por satélite há mais de 6 mil anos atrás.

As possíveis origens do mapa, contrapondo as alegações de Hapgood

-A existência da Antártica

Piri Reis não foi nem o primeiro nem o único cartógrafo a colocar a Antártica nos seus mapas. A existência de uma grande massa de terra na parte austral do globo terrestre já fazia parte do sistema filosófico dos gregos. Segundo eles, serviria para equilibrar o mundo, contrabalançando a enorme porção de terras já conhecidas na época (Ásia, África e Europa), todas no hemisfério norte. O grande geógrafo grego, Claudio Ptolomeu (séc II dC) criou as bases da cartografia que foram usadas até o final da idade média e parte da Renascença. Esta terra ainda não conhecida freqüentava os mapas e a imaginação dos cartógrafos com bastante regularidade.


Em 1508, por exemplo, Francesco Roseli publicou seu mapa-mundi, segundo o estilo ptolomaico, e lá no círculo antártico faz menção a uma terra ainda incógnita.

Abaixo um mapa editado na Idade Média (Nordenskiöld, 1483 -Brescia), baseado no trabalho de Ambrosius Macrobios 395-423 dC). Note-se que este mapa era comum durante toda a Idade Média, e que colocava a existência de uma terra coberta de gelo na parte austral do mundo qse como uma certeza.


-Elevação do nível do mar

Parte centro americana apresentada no mapa Piri-Reis
Outros mapas da época (o de Lopo Homem e Jorge Reinel (1519) e os usados por Américo Vespúcio(1523) apresentam a ilha de Cuba ligada ao continente e uma ligação por terra da América do Sul com uma porção de terrra mais ao sul. Estes mapas tiveram como fontes informações de navegadores portugueses e espanhóis, além de se basearem no mapa de Cristovão Colombo. Colombo pensava que Cuba fazia parte do continente, noção que foi passada a outros cartógrafos e navegantes.


Piri Reis, em anotações, tanto no próprio mapa como no seu livro, diz que uma das suas fontes foi o mapa de Colombo, o que explica a “diferença do nível do mar”.

- Projeção esférica

Outra alegação, que Piri Reis usou um inédito sistema de projeção esférica, também não corresponde a exata verdade, pois durante a Idade Média, já se conheciam outros mapas que usavam tal método. Exemplifico com o mapa-mundi de Virga (Albertino Virga,1411/1415) que distribuía harmoniosamente os três continentes conhecidos ao redor do mar Morto, que é o ponto central deste mapa.


O uso do compasso e das bússolas como instrumentos náuticos, comuns desde o fim do séc XII , junto com o desenvolvimento do astrolábio, foram decisivos para a criação das cartas náuticas, que conseguiram um grande grau de perfeição já no séc. XIV. No final desse século os cartógrafos já tinham conhecimento de latitude e longitude, além de terem idéia dos círculos polares.

O mapa de Piri Reis não foi feito como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais para facilitar a localização. O método utilizado é mais antigo, aperfeiçoado por Dulcert Portolano, que utilizava uma série de círculos com linhas se irradiando a partir deles. Os mapas feitos com esse método são, por isso, denominados de mapas “portolanos”. Seu objetivo era guiar os navegadores de porto a porto, ao contrário da concepção moderna que é a de localizar uma posição.

Note-se que cada capitão de navio levava consigo um cartógrafo, cujo trabalho era para “consumo interno”, ou seja, para orientação do capitão e não como trabalho em prol do conhecimento geográfico do mundo. Por isso cada mapa era praticamente personalizado.

Outro exemplo de mapa portolano e que apresenta as mesmas deformações no continente americano que o mapa de Piri Reis é o feito em 1502/1505, pelo genovês Nicolo Caverini.



Também este mapa editado por Martin Waldseemuller, em 1507 apresenta o mesmo formato alongado do continente sul-americano.


-A exatidão do mapa

Assim como houve enganos quanto a penínsulas não existentes, algumas ilhas fictícias foram acrescentadas ao mapa. Isso era algo comum aos mapas da época. Há diferenças de latitudes, tanto nos hemisférios sul e norte da América. O rio Amazonas é colocado duas vezes, uma com a foz e outra sem.

Além do mais, o continente Antártico não está representado com a famosa perfeição, tanto em localização (está uns 10° defasado, na altura da costa uruguaia) como em contorno, com ou sem a capa de gelo.


O desenho acima mostra os contornos dos continentes (linhas tracejadas) em justaposição aos do mapa de Piri-Reis. Apesar das distâncias entre a África e o Brasil ter uma boa aproximação, há diferenças demasiado grandes para se aceitar o mapa como exato.

Também me chamou a atenção que o continente americano tem a sua costa leste muito mal definida, quase uma linha reta. Tal contorno já se encontrava no mapa de Johanes de Strobnicza, feito um ano antes (1512).


-Antártida sem a capa de gelo.

Quando se alega que para se cartografar o continente antártico sem a capa de gelo que hoje a recobre devemos nos reportar a uns 6 mil anos no passado, me deparo com uma enorme incoerência. Se a Terra está em processo de aquecimento, como nesta época poderia a Antártica estar sem a capa de gelo que a recobre?

Sabemos que a última glaciação ocorreu há 40 mil anos atrás e que a de-glaciação começou a cerca de 12 mil anos. Este fato até é apontado como a causa dos oceanos terem subido e feito desaparecer as ligações por terra da Antártida e da Ilha de Cuba, lembram?

Mas se a de-glaciação começou há 12/10 mil anos, o correto não é supor que que antes disso a capa de gelo sobre a Antártica seria muito mais espessa e maior do que é hoje? E que ela inclusive devia avançar até o continente sul-americano, portanto se hoje a ligação de terra não existe, naquela época seria invisível da mesma forma por estar sob gelo?

Ou seja, se houver um reporte ao tempo em que esta porção de terra estava livre da capa de gelo, devemos ir a mais de 40 mil anos no passado. 

Fontes: Ceticismo Aberto; Mistérios da Antiguidade - Realismo Oculto.

As esferas da Costa Rica

Esfera de pedra sob árvores de cacau
As esferas de pedra da Costa Rica foram objeto de especulações pseudocientíficas desde a publicação de "Eram os Deuses Astronautas" por Erich von Däniken em 1971. 
Mais recentemente, elas ganharam atenção renovada como resultado de livros como "Atlantis in America: Navigators of the Ancient World" por Ivar Zapp e George Erikson (Adventures Unlimited Press, 1998), e "The Atlantis Blueprint: Unlocking the Ancient Mysteries of a Long-Lost Civilization", por Colin Wilson e Rand Flem-Ath (Delacorte Press, 2001).

Estes autores apareceram na TV, rádio, revistas, e websites, onde prestam um incrível desserviço ao público ao apresentar enganosamente a si mesmos e o conhecimento atual sobre estes objetos.

Embora alguns destes autores sejam apresentados freqüentemente como tendo “descoberto” estes objetos, o fato é que eles são conhecidos a cientistas desde que vieram primeiro à luz durante atividades agrícolas pela United Fruit Company em 1940 primeiro.