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domingo, 26 de junho de 2016

A Maldição de Poltergeist

Heather O'Rourke a protagonista Carol Anne

Existem relatos de várias ocorrências estranhas durante as gravações da trilogia "Poltergeist" (Poltergeist - O Fenômeno, 1982; Poltergeist II - o Outro Lado, 1986; e Poltergeist III - O Capítulo Final, 1988). Seja por um motivo ou outro, muitos filmes de terror tem alguma história de maldição relacionada a eles, que talvez seja verdade, superstição ou estratégia de marketing.

Mas, sem dúvida nenhuma, as mortes de quatro atores principais da trama, todas acontecidas antes do término das gravações da terceira sequência dessa série, é um elemento terrivelmente macabro, o que deu ao filme (ou a trilogia) a fama de amaldiçoado.

Muitos acreditam que a maldição do filme ocorreu porque a produção usou esqueletos humanos reais, pois eram mais baratos que alugar os de plástico.

Dominique Dunne
Dominique Dunne (intérprete de Dana Freeling), foi estrangulada pelo namorado ciumento e morreu após ficar alguns dias em coma, semanas após o lançamento do filme. A lenda afirma que o assassino colocou a trilha sonora de Poltergeist - O Fenômeno para abafar os barulhos da violência.

Heather O'Rourke a protagonista Carol Anne, morreu logo após o fim das filmagens de Poltergeist III, aos 12 anos de idade. A menina tinha um bloqueio intestinal, conhecido como Doença de Crohn, desde o seu nascimento, que fora erroneamente diagnosticado com uma infecção intestinal. Levando a menina à morte em fevereiro de 1988, com isso terminou a franquia que já tinha planos para o 4° filme.

Julian Beck fez o papel do reverendo Henry Kene

Julian Beck fez o papel do reverendo Henry Kene, morreu em 1985 durante as filmagens da continuação da franquia com câncer no estômago.

Will Sampson, o índio Taylor, morreu pouco depois do lançamento do segundo filme por complicações em uma cirurgia cardíaca em 1987.

Outros acontecimentos estranhos:

Will Sampson, o índio Taylor
Zelda Rubenstein, fez uma sessão de fotos para o filme "Poltergeist III", em uma delas apareceu uma luz brilhante obstruindo seu rosto, a própria atriz informou que, no momento em que a foto foi feita, sua mãe falecera.

Algo deu errado durante as filmagens da cena aonde o ator Oliver Robins era sufocado por um palhaço, ele estava realmente sendo sufocado.

JoBeth Williams contou que quando voltava para a casa depois das filmagens seusquadros estavam todos tortos. Ele os endireitava diariamente, e diariamente os quadros ficavam tortos enquanto não havia ninguém em casa.


Fontes: DVD, sofá e pipoca; Noite Sinistra.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Propriedade Moses Day


Na movimentada Boston Road em Haverhill, Massachusetts, fica uma grandiosa casa colonial de doze cômodos do final do século XVII, conhecida pela Sociedade Histórica local como a Propriedade Moses Day. É uma das casas mais antigas na região e, por quatro anos, foi a casa que partilhei com Al (meu companheiro), minha mãe e meu tio Richard, que sofria de um caso grave de doença de Parkinson.

No dia em que comprei a propriedade, meu agente imobiliário - que alega ter visto a imagem fugidia de um fantasma da era colonial em uma cadeira de balanço do lado da lareira no quarto principal enquanto mostrava a casa a outro possível comprador - presenteou-me com uma dádiva de boas-vindas. Era um artigo de pesquisa maravilhosamente feito por um historiador local que catalogou em detalhes a história da Propriedade Moses Day, listando os nomes das pessoas que sabidamente viveram nela nos últimos trezentos anos. Incluía também a data de seus nascimentos e mortes.

Enquanto passava os olhos pelos inúmeros nomes dos antigos ocupantes da casa, não pude deixar de imaginar se os espíritos de alguma dessas pessoas poderia ainda estar habitando o lugar. Não foi muito depois de nos mudarmos para nosso novo lar que uma série de eventos incomuns e inexplicados começaram a ocorrer. Por alguma razão, muitos deles aconteciam no quarto principal, onde Al e eu dormíamos.

Certa vez, tarde da noite, o som lamentoso de uma criança chorando baixinho perturbou nosso sono. Parecia emanar de dentro da lareira do quarto principal, a qual, como as outras seis lareiras da casa, estava selada com tijolos por um número indeterminado de anos. Al e eu ouvimos esse choro sinistro em diversas ocasiões, apesar de só acontecer tarde da noite e parecia esperar até que tivéssemos adormecido. Algumas vezes, em vez do choro, ouvíamos uma voz sussurrante vinda da lareira, mas não importava quanta atenção prestávamos, nunca podíamos falar claramente o que ela estava dizendo.

O mistério da lareira assombrada do quarto principal despertou nossa imaginação e nos levou um dia a abri-la com um martelo para revelar quaisquer segredos sombrios e talvez centenários que lá se escondiam. Após derrubar os tijolos e olhar lá dentro, nossos olhos depararam-se com um amontoado de cinzas, ferrugem de chaminé e tijolos cobertos de creosoto, envolvido por teias de aranha grossas e cinzentas, em razão de décadas de pó acumulado.

Usando uma pá, começamos a limpar a lareira e ficamos perplexos quando encontramos um grande osso no meio da sujeira. De início pensamos que era humano, mas depois descobrimos que era, na verdade, o osso da perna traseira de um cachorro. Isso apenas levantou novas questões sobre o mistério. Onde estava o resto do esqueleto do cachorro? Por que razão um de seus ossos foi selado na lareira do quarto principal tanto tempo atrás? E seria o choro fantasmagórico que ouvíamos com frequência à noite, talvez de uma criança fantasma morta há muito tempo, um lamento pela perda de um animal de estimação muito amado no passado tão longínquo? Só pudemos imaginar.

Al e eu ouvíamos com frequência à noite o que parecia ser o som de passos vindos do sótão sobre nosso quarto e, uma tarde em que Al estava me ajudando a guardar as roupas lavadas, um aspirador de pó no outro lado do cômodo repentinamente ligou-se sozinho, dando-nos um enorme susto, para dizer o mínimo! Uma noite, quando estávamos dormindo no quarto principal, tive um sonho incomum e assustador. Era o tipo de sonho que parece tão real que é impossível não imaginar se não seria mais que um simples sonho.

No meu caso em particular, senti que algo sobrenatural estava usando meu sonho para comunicar-se comigo: sonhei que acordei sozinha no quarto, levantei-me da cama e desci as escadas até a sala de estar. A televisão estava ligada, mas não tinha som e, em frente a ela, eu vi Al levitando de costas no ar em algum tipo de transe, com seus olhos bem abertos. Como se alguém controlasse todos os meus movimentos, comecei a andar em direção à cozinha onde, no escuro, pude ver uma coisa escura e sem forma definida se materializar e em seguida começar a mover-se lentamente em minha direção. Tomada pelo terror, gritei e então despertei do sonho. Como no sonho, vi-me sozinha no quarto. Desci as escadas para encontrar Al e do corredor no fim delas pude ver a luz da televisão vinda da sala de estar, mas não havia som. O volume tinha sido diminuído totalmente ou estava tão baixo que mal podia ser ouvido.

Sentindo-me um pouco preocupada em virtude das similaridades entre o que acabara de experimentar no sonho e o que estava experimentando acordada, entrei na sala de estar, sem saber o que esperar. Encontrei Al no chão em frente à televisão. Ele estava dormindo e seu corpo estava na mesma posição, de costas. Então ouvi um estranho som vindo da cozinha e pensei se deveria investigar. Entretanto, meu medo de reencontrar a entidade sem forma e escura que vira antes em meu sonho era muito maior que minha curiosidade. Então, em vez de fazer isso, acordei Al e o levei de volta para a cama.

No ano seguinte, conforme a condição de meu tio Richard piorava e ele foi ficando cada vez mais frágil e fraco, uma onda de atividades do tipo de poltergeist começou em seu quarto. Cestas de roupa suja eram viradas no chão e gavetas pesadas cheias de roupas eram lançadas da penteadeira e acabavam do outro lado do quarto. Surgiu um pequeno buraco na parede e, como se estivesse sendo escavado aos poucos, ia crescendo a cada dia que passava até que tinha uns trinta centímetros de diâmetro. Acamado e progressivamente delirante, tio Richard não tinha forças para fazer tal coisa.

Ele começou a ver pessoas estranhas em seu quarto quando não havia ninguém com ele. E, certa vez, exigiu com raiva que minha mãe explicasse quem eram aquelas pessoas e por que ficavam entrando em seu quarto à noite, acordando-o. Ele contou-lhe que elas sussurravam e resmungavam coisas estranhas para ele de maneira ininteligível. Minha mãe achou que ele ficara louco. À noite podíamos ouvi-lo em seu quarto conversando com seus visitantes espectrais. Às vezes, ele tinha longas conversas com eles, contando piadas e rindo. E, às vezes, parecia-nos que ele estava falando de trás para frente ou em alguma língua estrangeira irreconhecível, que se diz ser uma das características comuns de quem está possuído. Em certas ocasiões, ele ficava bastante irado e ordenava-lhes que saíssem de seu quarto. Uma vez o ouvimos conversando com sua mãe, que morrera quinze anos antes.

Conforme a morte aproximava-se dele, a condição mental de tio Richard começou a deteriorar rapidamente, deixando o resto de nós incertos se as visitas noturnas que ele alegava estar recebendo não seriam nada além do resultado da demência causada por sua doença ou se eram espíritos reais dos mortos que vinham chamá-lo. Afinal de contas, estávamos mesmo vivendo em uma casa onde fenômenos paranormais foram presenciados em uma oportunidade ou outra por todos os membros da família. Mas, sem dúvida, uma das coisas mais estranhas e assustadoras que experimentamos com meu tio foi a noite em que minha mãe, Al e eu o escutamos sozinho em seu quarto falando em diferentes vozes, incluindo uma que parecia com a voz de uma mulher. Intrigados, nós três ficamos no pé da escada por um bom tempo e escutamos com atenção a conversa bizarra e ininteligível que estava acontecendo no escuro atrás da porta. Entretanto, quando as vozes começaram a falar simultaneamente, olhamos uns para os outros com horror e confusão estampados em nossos rostos.

Al sugeriu que subíssemos as escadas para checar como estava Richard, mas nenhum de nós se sentiu confortável para fazer isso naquele momento. Quando a conversa foi substituída por um silêncio espectral, nós três juntamos coragem suficiente para subir nas pontas dos pés até o quarto com uma lanterna. Encontramos tio Richard dormindo um sono solto em sua cama. Olhamos em volta, mas não parecia haver nada fora do lugar no quarto.

Na noite seguinte, quando fui dar ao tio Richard seu remédio, encontrei-o em sua cama com seus olhos encarando inexpressivamente e sua boca aberta e contorcida de forma assustadora. Sua pele estava pálida e fria e eu soube imediatamente que ele estava morto. A expressão em seu rosto era terrível. Parecia que ele literalmente morrera de tanto medo.

Cremamos o corpo do tio Richard e suas cinzas foram devolvidas a nós em uma pequena urna crematória, que coloquei sobre meu altar no sótão e rezei sobre ela. Não muito depois de sua morte, minha mãe teve uma experiência assustadora em seu quarto. Ela acordou uma noite e encontrou uma renda amarelada e em decomposição amarrada em volta de seu pescoço. Quando ela a mostrou a mim na manhã seguinte, recebi dela a impressão psíquica de que viera da mortalha de um corpo. Eu senti também que o corpo era de alguém que vivera na casa muito tempo atrás e cujo espírito nela remanescia. Como ou por que o pedaço de renda acabou aparecendo no quarto de minha mãe provavelmente nunca saberemos.

Al também foi alvo dos mortos sem descanso da Propriedade Moses Day em diversas ocasiões. Numa tarde, quando estava cortando a grama, ele foi atingido por diversas garrafas de vidro e latas de refrigerante jogadas por forças invisíveis. Noutra ocasião, enquanto varria as folhas no lado sul da casa, uma tela de uma das janelas do segundo andar se soltou e caiu no chão, quase acertando sua cabeça. Entretanto, esses ataques inexplicados e outros similares nunca assustaram muito o Al. Em vez disso, ele achava esses fenômenos muito fascinantes e, algumas vezes, até divertidos.

Uma noite, enquanto minha mãe e eu estávamos na cozinha discutindo por alguma coisa, fomos interrompidas por uma rápida sucessão de pancadas fortes. Pareciam vir do sótão, onde guardávamos as cinzas do tio Richard enquanto decidíamos o que fazer com elas. Subimos até o topo da escada do sótão para investigar, mas não conseguimos encontrar nenhuma explicação para as pancadas. Perguntamo-nos se poderia ser um sinal de que o espírito do tio Richard estava se sentindo incomodado com nossa discussão, ou se estava tentando nos dizer que não estava conseguindo descansar em razão de seus restos mortais esquecidos no sótão. Na primavera seguinte enterramos as cinzas de Richard em uma cova sem marca no terreno, e um sentimento de calma pareceu tomar toda a casa. Sentimos em nossos corações que o espírito de Richard finalmente conseguira descansar em paz.

Em dezembro de 1990, vendemos a Propriedade Moses Day e nos mudamos de volta para o San Fernando Valley, ao norte de Los Angeles. Ficamos lá por três anos até que tive uma perturbadora premonição que nos levou a mudar de volta para a região leste. Aproximadamente três semanas após deixarmos a Califórnia, um terremoto devastador atingiu o San Fernando Valley, registrando 6.7 na escala Richter.

"Em quase todas as famílias há registro de como alguém 'ouviu vozes que os outros não conseguiam ouvir', ou dos mortos falando em tom familiar. Daí a crença em fantasmas, assim que os homens começaram a preocupar-se com a morte ou a sentir falta dos que já partiram" - Charles Godfrey Leland.


Fonte: Guia das Bruxas sobre Fantasmas e o Sobrenatural - Gerina Dunwich - 2003, Madras Editora Ltda.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Fantasma Baterista de Tedworth


O Fantasma Baterista de Tedworth foi um caso de suspeita de atividade poltergeist. No início da década de 1660 John Mompesson, de Wiltshire, começou a ouvir barulhos estranhos em sua casa. Havia sons de batidas de tambor, bem como arranhões e ofegantes ruídos. Objetos pareciam se mover por conta própria na casa, e às vezes um cheiro sulfuroso estranho pairava no ar.

Mompesson acreditava que um homem que ele tinha ajudado a mandar para a cadeia, um baterista chamado William Drury, tinha, por alguma forma de feitiçaria, causado a invasão de um espírito malévolo em sua casa. O caso atraiu o interesse em toda a Inglaterra, e muitas pessoas vieram para testemunhar o espírito por si mesmos. No entanto, quando o rei enviou dois representantes para investigar o assombro, eles não encontraram nenhuma evidência de atividade sobrenatural.

Os céticos, dos quais havia muitos, rejeitaram a coisa toda. Eles sugeriram que o próprio Mompesson tivesse armado essa farsa, tanto para lucrar com aqueles que vieram para ver o espírito, ou para diminuir o valor da casa (que era alugada).

Outros possíveis culpados eram os servos de Mompesson, que pareciam bastante satisfeitos com as agruras de seu mestre, e que muitas vezes zombavam dele, apontando que ele nunca poderia demiti-los porque ninguém mais concordaria em trabalhar para ele em tais condições.


Fonte: The Ghostly Drummer of Tedworth

domingo, 21 de outubro de 2012

Escritório assombrado

As lâmpadas balançavam...
Rosenhein, cidadezinha alemã da Baviera. No escritório de advocacia do Sr. Adam, forças estranhas perturbam a paz e o ritmo de trabalho dos funcionários. Barulhos ensurdecedores, lâmpadas dançam e estouram, enormes flutuações na energia elétrica, fusíveis saltam, campainhas dos telefones soam insistentemente, ao mesmo tempo, fichários de 174 kg. deslocam-se sozinhos, quadros e calendários giram nas paredes etc., etc.

A imprensa local não demora em fazer eco. A TV alemã lança dois programas especiais sobre a casa de Rosenhein. Em pouco tempo a Alemanha toda e o mundo tomam conhecimento da “casa mal-assombrada” de Rosenhein.

Especialistas em Física, sob a direção dos doutores Karger e Zincha, do Instituto de Plasmapsíquica Max-Planck de Munique, após muitas medida e controles, concluem que:

1.º) Os fenômenos desafiam toda explicação pelos meios que possui a física teórica; 2.º) Os fenômenos são resultados de forças não-periódicas, de curta duração; 3.º) Os fenômenos não implicavam efeitos eletrodinâmicos puros; 4.º) Os movimentos dos objetos parecem ser causados por forças inteligentemente controladas; 5.º) A Física neste caso e em outros análogos de Parapsicologia, defronta-se com uma situação completamente nova. Apresenta-se a possibilidade imprevista de realizar descobertas físicas fundamentais estudando o homem. É absolutamente certo que o esclarecimento destes fenômenos terá repercussões sobre nosso conhecimento do homem.

Entra em cena a equipe de parapsicólogos do Instituto de Parapsicologia da Universidade de Friburgo, chefiada pelo Dr. Hans Bender.

Os parapsicólogos constataram também que tudo aumentava de intensidade com a maior proximidade de Ana Maria Schneider, de 19 anos, diminuía à medida que ela se afastava e nada acontecia se ela se ausentava. O Dr. Bender e sua equipe apontam como causa desta fenomenologia a ação “parapsicológica provocada pela senhorita Ana Maria em estado de crise e tensão nervosa”.


A única objeção que se coloca aos trabalhos do Dr. Bender é a explicação final que ele dá aos fenômenos. Classificam-se como casos de Psicocinesia (PK). Seria ação parapsicológica de ordem imaterial, espiritual (dos vivos!). Não existe esta ação. Na realidade trata-se de telecinesia, por telergia, isto é, ação parapsicológica física, material. Daí a necessidade da presença do doente.

Quadros tortos e telefonemas para o 0119, numero da hora certa, atormentaram o escritório de advocacia da Alemanha Ocidental, em 1967. As vezes as lâmpadas balançavam, aparentemente devido a presença da funcionária Ana Maria (foto superior).


Fonte: Assuste-se.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O fantasma que atira pedras

No princípio de setembro de 1983 teve início um pesadelo para o casal Berkbigler e seus cinco filhos. Eles acabavam de se mudar para a casa ainda não totalmente terminada, no deserto, quando grandes pedras começaram a ser atiradas contra ela, principalmente à noite. As pedras pareciam vir não se sabe de onde e nem a polícia conseguiu descobrir quem era o responsável. 

Em poucas palavras, os Berkbigler estavam sofrendo por causa de um poltergeist que atirava pedras, um tipo particularmente incômodo de fantasma que gosta de perturbar as pessoas jogando pedras em suas casas.

Os membros da família invariavelmente corriam para fora, na tentativa de pegar o responsável, porém nunca havia ninguém à vista. Os ataques normalmente começavam entre 17h30 e 19 horas, quando a família chegava em casa retornando do trabalho ou da escola. As pedras eram atiradas aos montes, e então havia uma pausa, para voltarem a ser jogadas. Às vezes, a família também ouvia pancadinhas misteriosas nas portas e janelas.

Os Berkbigler, a princípio, pensaram que algum vagabundo fosse o responsável pelo incômodo, mas a sra. Berkbigler já não tinha tanta certeza.

- Talvez seja um espírito - ela finalmente declarou a alguns repórteres do Arizona Daily Star. - Vai ver que construímos a casa sobre algum terreno sagrado onde os índios enterravam seus mortos, ou coisa parecida.

Em pouco tempo a imprensa local estava chamando o problema dos Berkbigler de "o fantasma que atira pedras". Durante as semanas que se seguiram, o xerife local visitou a casa e solicitou a ajuda de um helicóptero para desvendar o mistério. O próprio aparelho acabou sendo apedrejado, em plena luz do dia, e os policiais acabaram relutando em visitar a propriedade.

O episódio mais assustador ocorreu num domingo de dezembro. As pedras haviam sido ativas, mas esporádicas durante aquele dia inteiro, e dois repórteres do Star visitaram a casa para entrevistar a família. Por volta das 18h00, as pedras passaram a ser atiradas com tamanha violência contra a porta lateral da casa que os repórteres não podiam sair. O cerco durou duas horas, até que a família finalmente telefonou para a polícia, que escoltou os repórteres para longe dali.

O mais estranho de tudo é que, para chegar à porta lateral, as pedras precisavam passar pela porta aberta da garagem. Como havia um furgão estacionado ali naquela tarde, as pedras tinham de ser lançadas com precisão absoluta através de uma fenda de 60 centímetros entre o teto da garagem e a parte superior do furgão. No entanto, o fantasma atirador de pedras conseguiu esse feito, acima da capacidade de qualquer ser humano, sem maiores dificuldades.

O caso atingiu seu ponto culminante nos dias 6 e 7 de dezembro, quando dezenas de pessoas começaram a chegar na casa para ajudar a família a pegar o culpado. A despeito de constantes patrulhas pela propriedade, as pedras continuaram sendo jogadas normalmente, acertando pessoas naquele deserto escuro como breu com incrível pontaria. A patrulha improvisada conseguiu encontrar um intruso na propriedade, porém aquelas pessoas acabaram descobrindo tratar-se de um dos assistentes do xerife.

Então, o suplício das pedras simplesmente parou. Os cercos diários terminaram na segunda noite das buscas, e o caso do misterioso fantasma atirador de pedras de Tucson ficou sem solução. Ele continua envolto em mistérios até os dias de hoje.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Poltergeist

Esse nome pode assustar (e muito) a maioria das pessoas que já ouviram falar ou assistiram Poltergeist, O Fenômeno de Steven Spielberg. Muitos associam os poltergeists a manifestações de espíritos demoníacos, fantasmas ou outras entidades do gênero.

No entanto, eles parecem mais relacionados com as próprias pessoas mais do que com qualquer coisa sobrenatural. E o filme não mostra realmente a verdadeira causa desse fenômeno, muitas vezes observado (de fato) em alguns locais específicos. No entanto, não são raros os casos que extrapolam os limites de uma casa ou prédio.

A palavra “poltergeist” vem do alemão (geist = espírito; poltern = ruidoso). De fato, os primeiros casos são oriundos da Alemanha. No início acreditava-se (como já fora dito) que eles eram relacionados a espíritos, e que esses "espíritos" eram imunes ao exorcismo.

Os casos na sua maioria são semelhantes, apesar de algumas variações: em uma casa, pratos, louças ou objetos começam a "voar" inexplicavelmente, saem do lugar onde estão sem qualquer intervenção humana ou então são lançados em paredes ou sobre pessoas. São muito mais raros os casos em que objetos muito grandes são movidos (como mesas, cadeiras, etc.) ou que pessoas são atingidas e machucadas.

Devemos diferenciar esse tipo de fenômeno daquele que chamamos de assombração (a crença de que o espírito de uma pessoa morta permaneceu no seu habitat terrestre, ou a ele retornou). Normalmente as assombrações não são relacionadas com ninguém em especial, mas sim com um local (como uma "casa mal-assombrada"). Além do mais, com relação a assombrações são percebidos sons de passos e os referidos espíritos podem ser vistos (não é impossível que vários casos de visões de assombrações possam ser alucinações de uma ou várias pessoas). Nos poltergeists, não se vê o agente que causa os distúrbios. Com relação à duração dos fenômenos, as assombrações aparentam "durar mais" que os poltergeists (às vezes vários anos, contra alguns poucos meses deste último).

A explicação mais racional para tal fenômeno, que provém da observação dos vários casos já observados através dos tempos, também se assemelha: os fenômenos ocorrem normalmente em torno de um jovem ou adolescente (de ambos os sexos), que por alguma razão possui grandes traumas ou ódio dentro de si, e a ocorrência dos poltergeists (que são uma espécie de psicocinese involuntária realizada por essas pessoas) são uma forma de canalizar esse sentimento para o exterior. Foi observado, em algumas pesquisas com essas pessoas, que elas podem influenciar o lance de dados sem nenhum contato direto (o que prova um claro domínio da mente sobre a matéria). Da mesma forma foi visto que, quanto maior era a distância dessas pessoas em relação à casa em que ocorriam os fenômenos, mais raros eram esses acontecimentos.

Sauchie, Escócia, 1960

Este foi um caso interessante, pois difere daquilo que foi dito anteriormente (que os fenômenos poltergeists são normalmente observados em um determinado local). Virgínia Campbell, uma menina de onze anos, era o centro das ocorrências em sua casa. No entanto, para Virgínia as ocorrências a acompanhavam até a escola. Várias vezes sua professora observou a tampa da carteira dela mover-se para cima e para baixo, enquanto a menina estava com os braços apoiados sobre a mesma, a fim de segurá-la. Num outro dia, uma carteira atrás da menina saiu do alinhamento espontaneamente. E em outra ocasião, o apontador do quadro-negro, que estava sobre a mesa, moveu-se até a borda e caiu. Depois, a própria mesa começou a girar no sentido horário, enquanto a menina chorava e dizia que não era ela que estava fazendo isso.

Em casos mais singulares de poltergeists, via-se que objetos eram capazes de entrar e sair de quartos fechados. Com relação ao referido fenômeno, este tipo de acontecimento é o que mais interessa e desafia a física que conhecemos. Uma hipótese que se sugere para tal fato leva em conta uma possível existência de um "espaço superior", que permitiria a "quádrupla liberdade de movimento", o que explicaria (em termos) essa aparente passagem da matéria pela matéria.

Indianápolis, Estados Unidos, 1962

Esse foi um caso muito interessante, ocorrido no estado de Indiana, EUA. Além dos distúrbios comuns, a família era atacada por dentadas ou outros ferimentos por várias partes do corpo. Aqui, o centro das ocorrências não era a filha de 13 anos, mas a mãe. Junto com elas vivia também a avó. Normalmente as dentadas ocorriam na avó, somente uma vez foi vista uma na filha. Várias séries de pancadas e ruídos ocorriam na casa, mas foi comprovado (através da observação dos próprios cientistas em algumas ocasiões) que nenhuma delas era responsável pelos ruídos (pelo menos não fisicamente).

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Poltergeist, O Fenômeno

"Eles estão aqui". Foi com esta frase que a atriz mirim, então com sete anos, Heather O'Rouker apresentou ao mundo um dos melhores filmes de terror da história, Poltergeist - O Fenômeno (Poltergeist, 1982).

Criado e produzido pelo cineasta Steven Spielberg (E.T.) e dirigido por Tobe Hooper (O Massacre da Serra Elétrica), o filme marcou época e continua sendo classificado como uma das melhores produções do gênero.

A velha história da casa assombrada marcou pela excelente forma como foi conduzida por seus realizadores, possuir autênticos momentos de medo, além de um elenco impecável e também pelo trágico desfecho da atriz O'Rourke, que faleceu repentinamente logo após terminar de gravar o terceiro capítulo da série (Poltergeist 3), em 1988, aos 12 anos.

Original do alemão "polten", que significa "bater" e "geist", traduzido como "espírito", o fenômeno tratado pelo filme, o poltergeist, é reconhecido e estudado por grupos de parapsicólogos de várias partes do mundo há décadas. Atividades ligadas a este tipo de acontecimento podem ser ligadas a pessoas e são marcadas por objetos que se movem sem que ninguém os toque, barulhos estranhos e interferências em aparelhos tecnológicos como telefones e equipamentos domésticos. A duração pode ser de algumas horas até meses ou acabar de repente, diferente de assombração clássica onde um local, em geral uma casa, sofre do fenômeno por décadas.

É nesse contexto, que surge a família Freeling. Trata-se na verdade de uma alusão ao sonho americano, onde pessoas felizes moram em uma bela casa de uma pequena cidade chamada Cuesta Verde. A família é composta pelo pai Steven (Craig T. Nelson, de Advogado de Diabo), a mãe Diane (Jobeth Williams, de Kramer vs. Kramer) e os filhos Dana (Dominique Dunne), Robbie (Oliver Robins) e a caçula Carol Anne (Heather O´Rouker). Tudo vai bem até que certos acontecimentos estranhos começam a chamar a atenção da família, como cadeiras que se mexem sozinhas e utensílios de metal que misteriosamente aparecem tortos, entre outros.

O que parece sem importância logo toma proporções trágicas quando durante uma noite chuvosa, a pequena Carol Anne desaparece misteriosamente. Vista pela última vez no quarto onde dormia, a garota simplesmente desaparece do mundo físico sendo levada para uma dimensão paralela. A única forma de contato que a família consegue ter com a menina será através de uma televisão ligada em um canal sem sintonia e que por este motivo está aberto para receber sinais e ondas de vários tipos e freqüências.

Procurando auxílio, a família vai recorrer à parapsicóloga Dra. Lesh (Beatrice Straight, de Amor sem Fim) e posteriormente a clarividente Tangina Barrons (Zelda Rubinstein, de Os Olhos da Cidade são Meus). Esta última vai ter fundamental importância para a trama por servir como elemento de ligação entre o mundo físico e o espiritual, além de apresentar o motivo pelo qual a garota tenha sido escolhida por estes espíritos.

De acordo com Tangina, Carol Anne representa uma presença viva no plano espiritual onde está sendo mantida e que estas almas que estão com ela vêem na energia vital da criança a força que eles não possuem, mas que passam a ter por estarem com ela. A clarividente ainda alerta a família para uma terrível presença que sentiu próximo da garota e que é forte o suficiente para fazê-la vagar numa dimensão paralela definitivamente caso algo não seja feito.


O filme Poltergeist fez enorme sucesso de público e de crítica. Grande parte deste fenômeno de bilheterias se deu pela combinação de vários elementos que fazem a produção parecer um filme de terror de luxo. A história, bem construída, tem seu desenvolvimento feito de forma eficaz. Os efeitos especiais criados pela Industrial Light & Magic (ILM) de George Lucas são muito bem realizados, demonstrando um cuidado grande com a parte técnica.

A bela trilha sonora composta pelo excelente Jerry Goldsmith (Jornada nas Estrelas) foi indicada ao Oscar, assim como para efeitos sonoros e efeitos especiais, porém, não ganhou em nenhuma categoria. O sucesso da película também acontece pelo eficiente clima de medo que é construído durante o filme até o apoteótico final. Medo este que não é criado simplesmente através de cenas fortes, mas por situações que conduzem o espectador quase a um medo infantil, como os filhos do casal Freeling. Podemos citar cenas memoráveis como o pavoroso palhaço que fica no quarto das crianças, a piscina de esqueletos, a primeira aparição das entidades espirituais, entre tantas outras.

Um outro ponto que merece destaque do filme é o de ser capaz de injetar elementos dramáticos na trama, através da mãe desesperada pelo desaparecimento da filha causado por algo que a própria família não compreende. Desespero aliado ao sentimento de impotência afinal a garota não foi seqüestrada por criminosos que possam ser procurados pela polícia.

Temos aqui uma entidade sobrenatural e a busca de uma solução parece cada vez mais distante. A grande casa vai se resumir então apenas à sala, onde toda a família vai permanecer próxima do aparelho de televisão sempre ligado na espera da voz da garota desaparecida. Num dos momentos mais tensos, a conversa da mãe com Carol Anne é interrompida pela fala da menina que diz "mamãe tem alguém aqui comigo, é você?". Paralisada pelo medo, a mãe de Carol chora diante da impotência em proteger a filha.

Baseado no episódio Little Girl Lost, da série de TV dos anos 60 Twilight Zone, que conta a história de uma garota que desaparece dentro do seu quarto, Poltergeist foi escrito, roteirizado e produzido por Steven Spielberg. Mesmo com a direção ficando por conta de Tobe Hooper, muitas das decisões técnicas e relativas ao próprio andamento do filme ficaram por conta de Spielberg.

Analisado hoje, Poltergeist tem muito mais a característica de uma produção de Spielberg, dos cuidados técnicos ao roteiro sólido, do que das produções assinadas por Hooper, que mesmo sendo o criador de clássicos como O Massacre da Serra Elétrica e Eaten Alive, possui um estilo mais artesanal de filmar.

O filme, e posteriormente a série, Poltergeist foi também marcado pela morte de membros do elenco, algumas de forma trágica, como a atriz que fez a filha mais velha Dana, Dominique Dunne, que foi estrangulada pelo namorado, John Thomas Sweeney, quatro meses depois do lançamento do filme, em 4 de novembro de 1982 (por Filipe Falcão).

Ficha Técnica

Título Original: Poltergeist
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 115 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1982
Estúdio: MGM
Distribuição: MGM
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Steven Spielberg, Michael Grais e Mark Victor, baseado em estória de Steven Spielberg
Produção: Frank Marshall e Steven Spielberg
Música: Jerry Goldsmith
Direção de Fotografia: Matthew F. Leonetti
Desenho de Produção: James H. Spencer
Edição: Michael Kahl
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic

Sinopse

Família de classe média vai morar em novo bairro e passa a sofrer a ameaça de estranhos fenômenos que movem objetos e levam a filha mais nova, de cinco anos, para dentro de um aparelho de TV. Para recuperar a criança os pais pedem a ajuda de uma médium especialista em almas penadas, que os ajudará a revelar o mistério que se esconde não só na casa deles, mas nas colinas da região.

Prêmios

Indicações para o Oscar de Melhor Roteiro Original, Efeitos Sonoros e Efeitos Visuais.

Fonte: Boca do Inferno: Poltergeist; webcine - Poltergeist, O fenômeno.