Quadrinhos do Terror apresenta: "Paula". Revista Mestres do Terror nº 04, 1982. Texto e desenhos: sem créditos. Estúdio D - Arte Criações Ltda, São Paulo.
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terça-feira, 27 de março de 2018
domingo, 25 de março de 2018
A Dança dos Fantasmas
Quadrinhos do Terror apresenta: "A Dança dos Fantasmas". Revista Calafrio nº 01, de 14/12/1981. História e desenhos: Edmundo Rodrigues. Estúdio D - Arte Criações Ltda, São Paulo.
sábado, 9 de dezembro de 2017
O Lampião do Tropeiro
Quadrinhos do Terror apresenta: "O Lampião do Tropeiro". Revista Calafrio nº 08, julho/1982. História: Maria A. Godoy ; Desenhos: R. Matias. Estúdio D - Arte Criações Ltda, São Paulo.
"Calafrio" foi uma revista de histórias em quadrinhos de terror que circulou de 1981 até o início dos anos 1990. Pertencia à editora D-Arte (fundada em 1981, em São Paulo) de Rodolfo Zalla. Era uma produção só com artistas nacionais.
"Calafrio" foi uma revista de histórias em quadrinhos de terror que circulou de 1981 até o início dos anos 1990. Pertencia à editora D-Arte (fundada em 1981, em São Paulo) de Rodolfo Zalla. Era uma produção só com artistas nacionais.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
A Fuga
Quadrinhos do Terror apresenta: "A Casa dos Horrores" em "A Fuga". Revista Mestres do Terror nº 22, 1983. Texto e desenhos: Mozart Couto. Estúdio D - Arte Criações Ltda, São Paulo.
"Mestres do Terror" foi uma revista em quadrinhos do gênero terror brasileira. Circulou comercialmente entre 1981 a 1993. Era publicada pela Editora D-Arte do editor Rodolfo Zalla. Foi cancelada em 1993 junto com Calafrio pela D-Arte. Sendo considerada até hoje uma das publicações mais duradouras do gênero terror no Brasil.
"Mestres do Terror" foi uma revista em quadrinhos do gênero terror brasileira. Circulou comercialmente entre 1981 a 1993. Era publicada pela Editora D-Arte do editor Rodolfo Zalla. Foi cancelada em 1993 junto com Calafrio pela D-Arte. Sendo considerada até hoje uma das publicações mais duradouras do gênero terror no Brasil.
Fantasmas Infantis
Quadrinhos do Terror apresenta: "Fantasmas Infantis". Revista Mestres do Terror nº 22, 1983. Texto: José Augusto; Desenhos: Flávio Colin. Estúdio D - Arte Criações Ltda, São Paulo.
"Mestres do Terror" foi uma revista em quadrinhos do gênero terror brasileira. Circulou comercialmente entre 1981 a 1993. Era publicada pela Editora D-Arte do editor Rodolfo Zalla. Foi cancelada em 1993 junto com Calafrio pela D-Arte. Sendo considerada até hoje uma das publicações mais duradouras do gênero terror no Brasil.
"Mestres do Terror" foi uma revista em quadrinhos do gênero terror brasileira. Circulou comercialmente entre 1981 a 1993. Era publicada pela Editora D-Arte do editor Rodolfo Zalla. Foi cancelada em 1993 junto com Calafrio pela D-Arte. Sendo considerada até hoje uma das publicações mais duradouras do gênero terror no Brasil.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
O Fantasma de Anne Walker
O fantasma de Anne Walker é uma das grandes lendas paranormais da Grã-Bretanha. O evento teria ocorrido ao longo de alguns dias ou semanas em 1681, quando, de acordo com James Graeme de County Durham, Inglaterra, uma mulher encharcada de sangue e coberto de feridas abertas, apareceu e retransmitiu-lhe a história de seu assassinato.
Ann, que foi dito ter estado grávida quando desapareceu, estava desaparecida há semanas. A aparição alegou que Ann Walker foi brutalmente assassinada com uma picareta por um homem chamado Mark Sharp.
Talvez atordoado por seu encontro paranormal, James Graeme nada fez para investigar essa informação.
E assim o fantasma de Ann Walker retornou. Desta vez, o fantasma disse que Sharp, seu assassino, tinha sido instruído a matá-la por um parente, o Sr. Walker, que supostamente tinha engravidado Ann. Novamente, Graeme não agiu.
E então o fantasma retornou pela terceira vez, desta vez com um aviso de que ela não iria parar de assombrá-lo até que ele foi ao magistrado local e relatou o assassinato.
Pouco se sabe sobre a estabilidade mental do Sr. Graeme, mas o que se sabe é que ele levou com precisão os investigadores ao corpo de Ann Walker, cujo cadáver continha múltiplas feridas de picareta. Também foi encontrado na cena do crime o sapato e a meia de Sharp, o que evidentemente foi suficiente para condenar tanto ele como Walker.
Protestando sua inocência até o final, Sharp e Walker foram executados pelo assassinato de Ann Walker. Depois de suas mortes, o fantasma de Ann Walker ficou em silêncio.
James Graeme realmente obteve informações sobre o assassinato do fantasma de Anne Walker?
Se não, como ele sabia onde estava seu corpo? É possível que o próprio Graeme tenha sido o assassino e tenha inventado a história de fantasmas, bem como alguma falsificação de provas, a fim de determinar o crime de dois homens inocentes?
É extremamente improvável que possamos saber a verdade deste caso, já que tempo suficiente passou que evidências e registros judiciais oficiais são praticamente inexistentes. No entanto, vale a pena notar que em um ponto durante o julgamento, tanto o juiz, registrado apenas como o juiz Davenport, e o capataz do júri, relataram ter visto a aparição de um garoto - talvez o filho não nascido de Walker.
Fonte principal: Reader's Digest, eds., Folclore, Mitos e Lendas da Grã-Bretanha
sábado, 9 de julho de 2016
Fantasmas Versus Espíritos
De acordo com o Merriam - Websters Collegiate Dictionary, a definição de fantasma é a seguinte: "uma alma desincorporada; especialmente a alma de uma pessoa morta que se acredita ser habitante do mundo invisível ou que aparece para os vivos com a aparência de um corpo vivo".
Em inglês, a palavra ghost (fantasma) vem do antigo inglês gast; aparentado com o antigo germânico geist, que quer dizer espírito.
A palavra espírito é definida como "um ser ou essência sobrenatural; um ser frequentemente malévolo que é incorpóreo, mas pode tornar-se visível; um ser malévolo que adentra e possui um ser humano". Vem do latim spiritus, que quer dizer fôlego ou respiração.
A maior parte das pessoas por todo o mundo usa as palavras fantasma e espírito como sinônimos. Entretanto, enquanto ambas entidades sejam aparições de uma pessoa não mais vivente, existem diferenças significativas entre as duas.
Espíritos, que são geralmente vistos como "aparições que não assombram", parecem ser conscientes do ambiente à sua volta e das pessoas ao seu redor e que os observam. Todavia, fantasmas, vistos como "aparições que assombram", parecem ser completamente alheios ao que se passa nos arredores e na presença dos vivos.
E, diferentemente dos espíritos que frequentemente se manifestam por uma razão específica e podem tentar se comunicar com os vivos, um fantasma normalmente assombra o mesmo lugar (na maioria dos casos, o local de sua morte), repetindo as mesmas ações sem parar, de modo parecido com uma série de imagens gravadas em uma fita de vídeo que são repetidas continuamente.
Além disso, pouquíssimas pessoas que encontram um fantasma durante uma de suas assombrações relatam que a aparição tentou estabelecer comunicação com elas.
Fonte: Guia das Bruxas sobre Fantasmas e o Sobrenatural - Gerina Dunwich - 2003, Madras Editora Ltda.
sábado, 21 de maio de 2016
O Caso de Renata
O psiquiatra da antiga Tchecoslováquia (agora República Tcheca) Stanislov Grof, especialista no uso de alucinógenos, trabalhava nos 1980 no famoso Esalen Institute em Big Sur, EUA. Antes de partir de sua pátria, Stanislov tratou de uma jovem dona de casa chamada Renata, em avançado processo de autodestruição.
Grof pediu a sua paciente que recordasse seu doloroso passado com o auxílio de LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) e, em pouco tempo, ela começou a relatar cenas da cidade de Praga no século 17. Descreveu corretamente a arquitetura, o vestuário, e até mesmo as armas daquele período. Ela guardava lembranças vividas da invasão da Boêmia pelo Império Austro-Húngaro dos Habsburgo. E chegou inclusive a descrever a decapitação de um jovem nobre pelos Habsburgo.
Grof tentou entender as visões com todas as ferramentas terapêuticas de que dispunha, mas não conseguiu encontrar nenhuma explicação psicológica. Ele partiu para os EUA antes que o caso pudesse ser solucionado. Mas, dois anos mais tarde, recebeu uma carta de sua antiga paciente. Acontece que Renata encontrara seu pai, a quem não via desde a infância.
O cerco e a luta na cidade de Praga, Boêmia, atacada pelas forças austro-húngaras (século 17). |
Durante suas conversas, ela ficara sabendo que seu pai fizera um estudo genealógico da família até o século 17 - chegando a um nobre decapitado pelos Habsburgo durante a ocupação do que nos dias de hoje era a Tchecoslováquia.
Como Renata conseguiu "lembrar" essa informação continua um mistério, pois seu pai, aparentemente, fez essas descobertas após abandonar sua família. Renata acredita que suas impressões emergiram de alguma forma de lembrança "herdada". O próprio Grof afirma que as lembranças de Renata originam-se de uma vida anterior em Praga.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
Fantasmas, Poltergeists, Lugares Assombrados e Aparições
Que fantasma acenando, seguindo a sombra do luar,
Convida os meus passos e aponta para uma longínqua clareira?
— Alexander Pope
Definição: Um fantasma ou um poltergeist é o espírito de uma pessoa morta; um lugar assombrado é um local frequentado por fantasmas; uma aparição é a imagem visual de um fantasma vista pelos mortais habitantes da Terra.
O que os crentes dizem: Fantasmas são reais e estão em todos os lugares. As pessoas os veem há éons e é bem improvável que todos os relatos sejam falsos.
O que os céticos dizem: Fantasmas não existem.
Qualidade das provas existentes: Muito Boa.
Probabilidade de o fenômeno ser paranormal: Alta.
O visitante noturno
— Perdoe-nos por acordá-lo, senhor, mas viemos por causa de um assunto muito importante.
O velho, de pijama, encarou os dois jovens que haviam batido à sua porta no meio da noite.
— Quem são vocês? — perguntou ele, com um misto de irritação e medo na voz.
— Sou Jacopo Alighieri, filho do poeta Dante. Este é meu amigo.
O rosto do homem abrandou à menção do nome do grande poeta.
— Ah, signore Alighieri. Meus pêsames pela perda de seu pai. Sempre considerei uma honra viver na casa onde ele passou tantos anos.
— Obrigado, senhor — respondeu Jacopo, de modo respeitoso. — E por esta ter sido a casa de meu pai que viemos visitá-lo agora à noite.
— Entrem, entrem.
Os dois rapazes entraram na casa, e Jacopo então contou ao homem sobre seu sonho:
— Meu bom senhor, meu pai, Dante, apareceu para mim em meus sonhos hoje. Ele estava vestido de branco e seu rosto brilhava com uma luz resplandecente. Perguntei-lhe se estava vivo, e ele respondeu: "Estou, mas vivo uma vida verdadeira, não como a sua."
O homem permaneceu em silêncio, uma expressão de assombro estampada no rosto.
— Perguntei-lhe então se tinha completado toda a sua obra antes de passar para a vida verdadeira, e ele me disse: "Sim, terminei." Em seguida, perguntei o que havia acontecido com os últimos 13 cantos de sua Divina Comédia, os quais estão faltando no manuscrito.
O homem anuiu. A Comédia de Dante era bem conhecida.
— Meu pai então me pegou pela mão e viemos até o quarto onde ele dormia aqui nesta casa. Isso mesmo, meu bom senhor, estive aqui hoje à noite, embora não da forma como o senhor está me vendo agora.
O homem engasgou, mas não disse nada.
— Meu pai tocou uma das paredes do quarto e me disse: "O que procuras com tanto afinco está aqui." Em seguida, acordei. Chamei meu amigo e, bom, aqui estamos.
O homem permaneceu em silêncio por um momento e depois falou:
— Você quer ir até o quarto.
Jacopo fez que sim e o homem o guiou até o quarto principal.
Jacopo seguiu direto até a parede que seu pai havia tocado e encontrou um tapete pendurado. Levantou o tapete. O dono da casa levou a mão ao peito e fez o sinal-da-cruz.
— Meu Deus! — exclamou, baixinho. Sem dúvida, ele não sabia da existência do compartimento secreto. Jacopo enfiou a mão e puxou uma pilha de folhas, as quais percebeu imediatamente serem os cantos perdidos.
Graças ao fantasma de Dante, A Divina Comédia agora estava completa.
A crença em fantasmas é tão antiga quanto a noção de que o homem tem uma consciência bicameral.
É provável que os primitivos habitantes das cavernas imaginassem os espíritos de seus familiares falecidos observando-os da escuridão.
Pessoas de todas as culturas da Terra tentam se comunicar com os mortos; alguns cientistas veneram os espíritos de seus ancestrais, rezam para eles e lhes pedem ajuda.
Fantasmas são reais?
Os espíritos dos mortos visitam nosso universo terreno?
Existem lugares assombrados?
Se os fantasmas não são reais, então como podemos explicar os registros de atividade poltergeist, como cadeiras voando pela sala, quadros girando nas paredes e pratos caindo no chão sem que ninguém tenha encostado neles?
Como podemos explicar as fotos de fantasma restantes após descartarmos as falsificações, os erros de câmera e os fenômenos naturais?
As aparições de fantasmas são semelhantes às dos OVNIs. Muitas pessoas os veem, seria abusar da boa vontade crer que 100 por cento delas estão erradas.
O que são os fantasmas e por que eles insistem em permanecer aqui na Terra?
Há várias teorias sobre a natureza e o propósito dos fantasmas. Alguns permanecem na Terra e fazem contatos com os vivos a fim de avisá-los sobre algum perigo. Outros ficam por aqui porque foram assassinados de forma repentina e seus eus astrais ainda não tiveram tempo de assimilar a transição deste plano de vida terreno para o universo dos mortos. Em essência, esses fantasmas precisam receber permissão para se livrarem de seus apegos terrenos e seguirem em frente.
Alguns fantasmas são maléficos e tentam deliberadamente machucar ou assustar os vivos até deixá-los de cabelo em pé. Alguns desses seres se manifestam através da atividade poltergeist. Eles jogam cadeiras, giram quadros, fazem sangue pingar do teto e criam outras ocorrências inquietantes, mas não permitem que os vejamos.
Existe uma pequena sobreposição entre os conceitos de possessão demoníaca e de infestação fantasmagórica. A maior diferença é que os fantasmas em geral apresentam uma aparência semelhante à que tinham em vida. Os demônios são mais maléficos e normalmente não utilizam uma aparência humana ao surgirem na frente das pessoas.
Nunca vi um fantasma. Já vi um OVNI e algo que acredito ser um autêntico círculo numa plantação, mas nunca um visitante espectral. Stephen King admitiu certa vez ter visto o fantasma de um velho no quarto de uma casa que acabara de visitar, ao entrar para pegar seu casaco e o da esposa.
Hoje em dia, há inúmeros livros detalhando a localização de lugares assombrados ao redor do mundo.
Nada disso significa coisa alguma para os céticos. A crença em fantasmas é totalmente rejeitada como nada além de um pensamento delirante.
Suponho que essas pessoas encontrem conforto na crença de que estão 100 por cento certas — de que sabem com absoluta certeza tudo o que existe e não existe.
Saber tudo o que há para saber e ser capaz de dizer aos outros por que eles estão errados é um feito e tanto, não acha?
Fonte: Os 100 Maiores Mistérios do Mundo - Stephen J. Spugnesi - Difel 2004
terça-feira, 10 de maio de 2016
Os Fantasmas do Voo 401
Depois dos fantasmas da Casa Branca, uma das mais populares histórias de fantasmas dos últimos tempos é o conhecido caso dos Fantasmas do voo 401.
Bob Loft era comandante do voo 401 da Eastern Airlines no dia em que decolou de Nova York para Miami, na sexta-feira, 29 de dezembro de 1972. Naquela noite, o avião caiu nos Everglades, e mais de cem pessoas morreram, inclusive Loft e Dan Repo, o engenheiro de bordo.
A investigação concluiu que a causa do acidente foi uma combinação de falha de equipamento e erro humano. Terminado o inquérito, peças e componentes do aparelho sinistrado foram recolhidos para serem usados em outros aviões da Eastern.
Pouco depois, começaram os boatos: pilotos e tripulantes em vários voos da Eastern declararam ter visto os fantasmas de Loft e de Dan Repo, que apareciam com mais frequência a bordo do avião número 318. Nos primeiros incidentes, algumas aeromoças acharam que a cozinha inferior, onde a comida era preparada, estava anormalmente fria. Outras sentiram que havia alguém ali com elas, quando estavam sozinhas.
Um dia, um engenheiro de bordo chegou para fazer sua inspeção pré-voo e viu um homem vestido com o uniforme da Eastern. Ele imediatamente reconheceu seu velho amigo, Dan Repo, que chegou a dizer que o engenheiro não precisava se preocupar com a inspeção porque ele já tomara todas as providências. Em um outro voo, o fantasma do comandante Loft foi visto por um piloto e duas aeromoças. Ocasionalmente, Dan Repo ou aeromoças não identificadas eram vistos pelo painel de vidro do elevador da cozinha inferior - e então desapareciam antes da abertura da porta.
Uma investigação informal sobres essas histórias foi dificultada tanto pela recusa dos empregados em falar sobre o assunto quanto por uma série de anotações desaparecidas do avião. Mas os investigadores finalmente descobriram um fato intrigante: muitas peças recuperadas do vôo 401 foram posteriormente usadas no avião número 318.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
sábado, 7 de maio de 2016
Os Fantasmas da Escada
Domingo, 19 de junho de 1966. O Rev. e a Sra R. W. Hardy, um casal de aposentados em férias do Canadá, visitam a Casa da Rainha, o National Maritime Museum, não sem antes terem lido sobre a Escada Tulipa que estavam interessados em vê-la por si mesmos. Enquanto lá, ao pé da escada e olhando para cima, o Sr. Hardy tira esta fotografia.
O National Maritime Museum, localizado em Greenwich, Inglaterra, é visitado por milhares de turistas a cada ano. Muitos deles preservam suas lembranças com fotos. Era o que o reverendo R. W. Hardy tinha em mente quando ele e sua mulher, visitando o museu em 1966, tentaram fotografar uma de suas atrações mais populares - a Escada Tulipa, originariamente construída para a rainha Ana da Dinamarca. Ele mal podia esperar que o resto de seu grupo de turistas subisse ao pavimento superior, para poder fotografar o corrimão da escada, com desenhos de tulipas esculpidos no metal.
Hardy, sua mulher e funcionários do museu foram unânimes em declarar que não havia ninguém na escada quando a foto foi feita. No entanto, quando o reverendo voltou ao Canadá e revelou o filme, duas figuras apareceram nos degraus. Envolvidos por alguma substância branca, evidentemente não eram seres humanos normais, mas aparições fantasmagóricas. As duas figuras pareciam estar subindo os degraus, apoiadas no corrimão, sem dar importância à máquina fotográfica. Um grande anel podia ser visto na mão de uma delas.
O reverendo Hardy não acreditava em fantasmas, mas em busca de uma explicação ele finalmente entrou em contato com o London Ghost Club. Membros do clube enviaram os negativos de Hardy à Kodak, onde ficou provado que o filme não havia sido falsificado. Os Hardy também foram interrogados pelo clube, e ficou demonstrado que eles eram honestos e que não estavam, de forma nenhuma, tentando perpetrar uma fraude ou uma brincadeira.
Ansiosa por se aprofundar nesse evento, a organização patrocinou uma vigília noturna junto à escada do museu, empregando máquinas fotográficas e filmadoras, sensores eletrônicos, medidores de temperatura e outros dispositivos para medir o vento e as condições atmosféricas. Os investigadores logo gravaram diversos sons estranhos, que identificaram como passos e soluços, mas não conseguiram filmar nem fotografar nada.
As aparições, concluíram os membros do clube, eram fantasmas que apareciam apenas durante o dia. A identidade das figuras na foto, acrescentaram, não podia ser determinada.
Fontes: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz; The Queen House Ghost
O Homem Cinza
O Homem Cinza é um fantasma avistado na costa de Pawley's Island, Carolina do Sul, que alerta os moradores sobre futuras tempestades e furacões. Pessoas que avistam essa misteriosa figura, mais misteriosamente ainda, safam-se ilesos dessas catástrofes.
Embora existam muitas variações da lenda, a maioria delas diz que o Homem Cinza foi visto pela primeira vez em 1822, três anos antes de o governo da cidade ser incorporado. A última aparição foi antes do furacão Hugo atingir a região em 1989.
Uma dessas variações da lenda conta que o Homem Cinza é o fantasma de um jovem que viajava de Charleston para ver sua noiva. No caminho, ele e seu cavalo foram tragados pela areia movediça dos pântanos perto de Pawley's Island, e morreu. Desde então, seu espírito tem assombrado a costa próxima, procurando a jovem que tanto amava.
O escritor e professor Charles Joyner, da Coastal Caroline University, relata que a lenda parece ter origem em um livro de histórias de fantasmas escrito por Julian Bollick na década de 1940.
O "Gray Man" chamou a atenção nacional logo após o furacão Hugo, quando os moradores Jim e Clara Moore foram entrevistados no programa de televisão "Unsolved Mysteries". Eles contaram sua história sobre ter visto o homem na praia e como ele desapareceu quando eles acenaram. Sua casa foi poupada na tempestade, enquanto as casas de seus vizinhos foram fortemente danificadas.
Ele foi descrito como um homem vestindo roupas cinza, um casaco longo, vestido 'como um pirata', e às vezes como não tendo pernas.
Wikipédia
segunda-feira, 2 de maio de 2016
A Televisão Assombrada
Muitos médiuns talentosos afirmam que são capazes de projetar imagens em filmes lacrados. Mas existem outros que dizem poder transmitir imagens para a tela de um televisor.
Nesse aspecto, um dos casos mais estranhos foi relatado pela família Travis de Blue Point, Nova York. Os três filhos do casal assistiam à televisão, quando viram um rosto surgir na tela, obscurecendo o programa que tentavam ver. A sra. Travis não acreditou na história quando eles lhe contaram, mas ficou abismada quando viu a imagem com seus próprios olhos. O rosto, com forma de um perfil em silhueta, parecia ser feminino, e continuou perfeitamente visível mesmo com o aparelho desligado.
A notícia da televisão "assombrada" espalhou-se rapidamente por toda Blue Point. E, durante os dois próximos dias, dezenas de pessoas, inclusive repórteres, fotógrafos e técnicos de tevê, acorreram à residência dos Travis. Cada um tinha uma teoria diferente para explicar como o rosto aparecera ali. Algumas das testemunhas, por exemplo, acharam que o perfil era um resíduo eletrônico da cantora Francy Lane, que aparecera na televisão no dia anterior. Mas essa sugestão e outras não foram aceitas.
A imagem finalmente desapareceu 51 horas depois, tão misteriosamente quanto aparecera, embora existam diversas fotos que provam que ela existiu realmente.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
sábado, 23 de abril de 2016
O Fantasma de Washington Irving
Será que o autor de uma das mais famosas histórias de fantasmas da literatura americana voltaria do mundo dos mortos para pregar uma peça em alguém? Washington Irving, autor de The Legend of Sleepy Hollow, era um homem engenhoso, gostava de se divertir, às vezes, à custa dos outros.
Pouco depois da morte de Irving, um dos velhos amigos do autor, o dr. J. G. Cogswell, trabalhava em sua biblioteca quando viu um homem retirar um livro da estante e desaparecer. Cogswell teve certeza de que o homem era Washington Irving - até ver uma outra figura fantasmagórica, a imagem de um segundo amigo já falecido, devolver um livro à estante.
E isso não foi tudo. O sobrinho de Irving, Pierre, segundo consta, teria visto o fantasma de seu tio na casa do falecido em Tarrytown, Nova York. Ali, Pierre e duas filhas disseram ter visto nitidamente o famoso autor caminhando pela sala de estar e entrar na biblioteca, onde ele costumava executar seu trabalho.
Quando vivo, Irving costumava declarar que não acreditava em fantasmas. O cavaleiro sem cabeça de sua obra, afinal de contas, era, na verdade, um simples mortal vestido de forma a assustar um rival. É provável que seu sobrinho tivesse a mesma opinião - até que o próprio Irving provou que os dois estavam errados.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Stambovsky Versus Ackley
A casa que originou o processo. |
Stambovsky v. Ackley, vulgarmente conhecida como a "Decisão Ghostbusters", é um caso na Suprema Corte de Nova York, que considerou que uma casa, que o proprietário já havia anunciado ao público como assombrada por fantasmas, foi legalmente considerada assombrada, com o propósito de uma ação de rescisão interposta pelo comprador subsequente dessa propriedade.
Esse caso, pela sua originalidade, tem sido frequentemente impresso em livros sobre contratos e direito de propriedade e amplamente ensinado nas faculdades de direito dos EUA e é frequentemente citado por outros tribunais.
Em 1989, um homem chamado Jeffrey Stambovsky adquiriu uma casa em Nova Iorque que previamente havia sido ocupada por Helen Ackley e sua família, quem haviam relatado diversas histórias sobre a propriedade, inclusive chegando a ter os relatos publicados no Reader's Digest daqueles anos.
Stambovsky não se importava com as histórias e nem tampouco com os fantasmas que nunca viu, mas sua mulher estava aterrorizada, o que fez com que Stambovsky entrasse em um processo judicial contra Ackley para que devolvessem o dinheiro alegando representação fraudulenta.
E de forma totalmente inesperada, os juízes do caso reconheceram a casa como um lugar paranormal, já que Ackley havia feito publicidade sobre o fato e inclusive havia ganhado dinheiro com isso, mas não indicou esse pequeno detalhe no anúncio de venda do imóvel, o que seria omissão de informação.
Fontes: Wikipédia; Assombrado.com.br.
O Fantasma de Greenbrier
O Fantasma de Greenbrier é o nome normalmente dado ao alegado fantasma de uma jovem de Greenbrier Conty, West Virginia, nos Estados Unidos da América, que foi assassinada em 1897. Os eventos que se sucederam em volta desta assombração fariam com que se tornasse uma parte da História do Direito americano uma vez que o "testemunho de um fantasma" foi aceito como válido durante um julgamento.
Elva Zona Heaster, a vítima do assassinato, nasceu em Greenbrier County por volta de 1873. Não se sabe quase nada dos seus primeiros anos de vida, exceto que foi criada perto de Richlands e que teve uma criança ainda solteira em 1895.
Em Outubro de 1896, Zona conheceu um viajante chamado Erasmus Stribbling Trout Shue, também conhecido por Edward, que se tinha mudado para Greenbrier County em busca de uma nova vida e para trabalhar como ferreiro. Shue arranjou um emprego na loja de James Crookshanks e Zona conheceu-o pouco depois de ele ter chegado à cidade. Os dois se apaixonaram e casaram pouco depois, apesar de a mãe de Zona, Mary Jane Heaster, se ter mostrado contra o enlace que nunca tinha gostado de Shue.
O casal viveu pacificamente por um tempo, mas, a 23 de janeiro de 1897, o corpo de Zona foi descoberto na sua casa por um rapaz que tinha sido mandado por Shue à casa para fazer um recado. O rapaz encontrou Zona deitada ao lado da cama, esticada com os pés juntos e uma mão sobre o estômago. O rapaz fugiu da casa e foi contar o que tinha visto à mãe que chamou o médico e juiz de instrução local, George W. Knapp.
Knapp só chegou ao local uma hora depois, quando o marido já tinha colocado o corpo da esposa na cama, lavado e vestido com outra roupa, algo pouco comum, visto que a tarefa de lavar e vestir o cadáver era desempenhada por mulheres da comunidade. Apesar de tudo, Shue tinha vestido a esposa com um vestido de gola alta e colocado um véu sobre o seu rosto. Shue permaneceu junto ao corpo enquanto o Dr. Knapp o examinava, embalando a cabeça da esposa e a chorar. Knapp, reparando no desgosto do marido, fez apenas um breve exame ao corpo, reparando em algumas nódoas no pescoço. Quando tentou analisar estas nódoas com mais cuidado, Shue reagiu de forma tão violenta que Knapp terminou o exame e saiu da casa.
Inicialmente, a causa de morte avançada para Zona foi "desmaio fatal", sendo depois mudada para "parto". Zona tinha procurado a ajuda de Knapp para tratar de "problemas femininos" duas semanas antes da sua morte, mas não se sabe se estava grávida ou não.
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Elva Zona Heaster Shue e a casa onde morava com o seu marido. |
Zona foi enterrada a 24 de janeiro de 1897. Apesar de Shue ter inicialmente mostrado uma grande devoção ao corpo, mantendo-se constantemente ao lado do caixão aberto enquanto este era levado, o seu comportamento começou a levantar suspeitas pouco depois. Durante o velório, a sua aflição mudava constantemente, passando de uma tristeza profunda para uma energia incrível. Não deixou que ninguém se aproximasse do caixão, principalmente quando embalava a cabeça da esposa com uma almofada de um lado e um rolo de tecido do outro.
Quando lhe perguntaram o porquê de ter colocado estes objetos no caixão, respondeu que ajudariam a sua esposa a "descansar mais facilmente". Shue também atou um grande lenço ao pescoço do cadáver, dizendo entre lágrimas que "era o que a Zona gostava mais". Mesmo apesar de todas estas precauções, os presentes repararam que o pescoço estava pouco firme quando o cadáver estava sendo transportado para o cemitério.
A mãe da vítima, Mary Jane Heaster, estava convencida de que tinha sido o seu genro o culpado pela morte da filha. Depois do velório, Mary Jane retirou o lençol que cobria a filha do caixão e tentou entregá-lo ao marido, mas ele recusou-o. Reparando que este tinha um cheiro estranho, Mary Jane foi lavá-lo. A água da bacia ficou vermelha quando ela o colocou lá, o lençol ficou cor-de-rosa e a água limpa. A nódoa não saía e Mary Jane interpretou isso como um sinal de que a sua filha tinha sido assassinada. Começou a rezar e, todas as noites, durante quatro semanas, continuou a rezar, pedindo que a sua filha regressasse para explicar o que tinha acontecido.
Segundo uma lenda local, Zona apareceu à mãe num sonho quatro semanas depois do funeral, dizendo que Shue era um homem cruel que abusava dela e que a tinha atacado durante um acesso de raiva quando pensou que ela não tinha feito carne para o jantar, partindo-lhe o pescoço. Para provar o que dizia, o fantasma revirou a cabeça completamente até estar virada ao contrário.
O fantasma terá aparecido primeiro na forma de uma luz brilhante, tomando forma gradualmente e descendo a temperatura do quarto. Diz-se que teria visitado a sua mãe durante quatro noites seguidas.
Mary Jane Heaster contou a história que tinha ouvido do fantasma ao procurador local, John Alfred Preston e passou várias horas dentro do seu escritório, tentando convencê-lo a reabrir o processo sobre a morte da sua filha. Não se sabe se Preston terá acreditado na história do fantasma, mas teve dúvidas suficientes para mandar os seus delegados a casa de várias pessoas envolvidas no caso para voltar a ouvir os seus depoimentos, incluindo o Dr. Knapp. É provável que Preston tenha agido devido às pressões por parte de vários cidadãos da cidade que tinham começado a achar que Zona tinha sido assassinada.
Foi o próprio Preston que foi interrogar o Dr. Knapp que confessou não ter feito um exame completo ao corpo, o suficiente para justificar uma exumação e autópsia ao corpo. Um júri de averiguação foi formado pouco depois.
O corpo de Zona foi examinado a 22 de fevereiro de 1897, na escola local que tinha apenas uma sala. Shue tinha-se "queixado veementemente" desta reviravolta no caso, mas a lei o obrigou a estar presente durante a autópsia. Disse que sabia que seria preso, mas que ninguém iria conseguir provar a sua culpa.
A autópsia demorou três horas e descobriu-se que o pescoço de Zona estava, de fato, partido. Segundo o relatório, publicado a 9 de março de 1897, "descobriu-se que o pescoço estava partido e a traqueia esmagada. Havia marcas no pescoço que indicavam que a vítima tinha sido asfixiada. O pescoço estava deslocado entre a primeira e a segunda vértebra. Os ligamentos estavam rasgados e rotos. A traqueia tinha sido esmagada na parte da frente do pescoço."
Devido à força das provas e ao comportamento que demonstrou durante os inquéritos, Shue foi preso, acusado do ter assassinato da sua esposa.
Shue ficou em prisão preventiva enquanto se preparava o julgamento. Neste período começaram a surgir novas informações sobre o seu passado. Tinha sido casado duas vezes, da primeira tinha se divorciado e a sua esposa o acusava de grande crueldade, enquanto a sua segunda esposa tinha morrido sob circunstâncias misteriosas menos de um ano depois de se terem casado. Zona era a sua terceira esposa e Shue tinha referido uma vez o seu desejo de se vir a casar com sete mulheres. Enquanto estava preso falou abertamente deste desejo e disse aos jornalistas que tinha a certeza que seria libertado porque não havia provas suficientes para o incriminar.
O julgamento começou a 22 de junho de 1897 e Mary Jane Heaster era a testemunha chave de Preston, mas quando a questionou, referiu apenas os fatos conhecidos, sem mencionar as visitas que teria recebido do fantasma da sua filha. Talvez para fazer com que o testemunho de Mary Jane se tornasse incredível, o advogado de Shue questionou-a exaustivamente sobre o fantasma. Esta tática acabou por virar-se contra o advogado quando Mary Jane não mostrou qualquer insegurança ao contar a história, mesmo sob grande pressão.
Como tinha sido a defesa a introduzir o assunto do fantasma, o juiz teve dificuldade em convencer o júri a ignorar a história e muitas pessoas da comunidade pareciam acreditar nela. Como consequência, Shue foi considerado culpado do assassinato a 11 de julho e condenado a prisão perpétua. Formou-se uma multidão que tinha a intenção de o tirar à força dos seus guardas e enforcá-lo, mas foi dispersa pelo xerife antes de ter causado qualquer dano. Mais tarde quatro dos organizadores desta multidão seriam julgados.
Shue foi levado para a prisão estadual de West Virginia em Moundsville, onde ficou por três anos. Morreu a 13 de março de 1900, vítima de uma epidemia desconhecida e foi enterrado numa campa sem nome no cemitério local. Mary Jane nunca mais voltou a repetir a história do fantasma da sua filha e morreu em setembro de 1916. O fantasma de Zona também nunca voltou a ser visto.
Fontes: Wikipédia; The Greenbrier Ghost.
A Propriedade Moses Day
Na movimentada Boston Road em Haverhill, Massachusetts, fica uma grandiosa casa colonial de doze cômodos do final do século XVII, conhecida pela Sociedade Histórica local como a Propriedade Moses Day. É uma das casas mais antigas na região e, por quatro anos, foi a casa que partilhei com Al (meu companheiro), minha mãe e meu tio Richard, que sofria de um caso grave de doença de Parkinson.
No dia em que comprei a propriedade, meu agente imobiliário - que alega ter visto a imagem fugidia de um fantasma da era colonial em uma cadeira de balanço do lado da lareira no quarto principal enquanto mostrava a casa a outro possível comprador - presenteou-me com uma dádiva de boas-vindas. Era um artigo de pesquisa maravilhosamente feito por um historiador local que catalogou em detalhes a história da Propriedade Moses Day, listando os nomes das pessoas que sabidamente viveram nela nos últimos trezentos anos. Incluía também a data de seus nascimentos e mortes.
Enquanto passava os olhos pelos inúmeros nomes dos antigos ocupantes da casa, não pude deixar de imaginar se os espíritos de alguma dessas pessoas poderia ainda estar habitando o lugar. Não foi muito depois de nos mudarmos para nosso novo lar que uma série de eventos incomuns e inexplicados começaram a ocorrer. Por alguma razão, muitos deles aconteciam no quarto principal, onde Al e eu dormíamos.
Certa vez, tarde da noite, o som lamentoso de uma criança chorando baixinho perturbou nosso sono. Parecia emanar de dentro da lareira do quarto principal, a qual, como as outras seis lareiras da casa, estava selada com tijolos por um número indeterminado de anos. Al e eu ouvimos esse choro sinistro em diversas ocasiões, apesar de só acontecer tarde da noite e parecia esperar até que tivéssemos adormecido. Algumas vezes, em vez do choro, ouvíamos uma voz sussurrante vinda da lareira, mas não importava quanta atenção prestávamos, nunca podíamos falar claramente o que ela estava dizendo.
O mistério da lareira assombrada do quarto principal despertou nossa imaginação e nos levou um dia a abri-la com um martelo para revelar quaisquer segredos sombrios e talvez centenários que lá se escondiam. Após derrubar os tijolos e olhar lá dentro, nossos olhos depararam-se com um amontoado de cinzas, ferrugem de chaminé e tijolos cobertos de creosoto, envolvido por teias de aranha grossas e cinzentas, em razão de décadas de pó acumulado.
Usando uma pá, começamos a limpar a lareira e ficamos perplexos quando encontramos um grande osso no meio da sujeira. De início pensamos que era humano, mas depois descobrimos que era, na verdade, o osso da perna traseira de um cachorro. Isso apenas levantou novas questões sobre o mistério. Onde estava o resto do esqueleto do cachorro? Por que razão um de seus ossos foi selado na lareira do quarto principal tanto tempo atrás? E seria o choro fantasmagórico que ouvíamos com frequência à noite, talvez de uma criança fantasma morta há muito tempo, um lamento pela perda de um animal de estimação muito amado no passado tão longínquo? Só pudemos imaginar.
Al e eu ouvíamos com frequência à noite o que parecia ser o som de passos vindos do sótão sobre nosso quarto e, uma tarde em que Al estava me ajudando a guardar as roupas lavadas, um aspirador de pó no outro lado do cômodo repentinamente ligou-se sozinho, dando-nos um enorme susto, para dizer o mínimo! Uma noite, quando estávamos dormindo no quarto principal, tive um sonho incomum e assustador. Era o tipo de sonho que parece tão real que é impossível não imaginar se não seria mais que um simples sonho.
No meu caso em particular, senti que algo sobrenatural estava usando meu sonho para comunicar-se comigo: sonhei que acordei sozinha no quarto, levantei-me da cama e desci as escadas até a sala de estar. A televisão estava ligada, mas não tinha som e, em frente a ela, eu vi Al levitando de costas no ar em algum tipo de transe, com seus olhos bem abertos. Como se alguém controlasse todos os meus movimentos, comecei a andar em direção à cozinha onde, no escuro, pude ver uma coisa escura e sem forma definida se materializar e em seguida começar a mover-se lentamente em minha direção. Tomada pelo terror, gritei e então despertei do sonho. Como no sonho, vi-me sozinha no quarto. Desci as escadas para encontrar Al e do corredor no fim delas pude ver a luz da televisão vinda da sala de estar, mas não havia som. O volume tinha sido diminuído totalmente ou estava tão baixo que mal podia ser ouvido.
Sentindo-me um pouco preocupada em virtude das similaridades entre o que acabara de experimentar no sonho e o que estava experimentando acordada, entrei na sala de estar, sem saber o que esperar. Encontrei Al no chão em frente à televisão. Ele estava dormindo e seu corpo estava na mesma posição, de costas. Então ouvi um estranho som vindo da cozinha e pensei se deveria investigar. Entretanto, meu medo de reencontrar a entidade sem forma e escura que vira antes em meu sonho era muito maior que minha curiosidade. Então, em vez de fazer isso, acordei Al e o levei de volta para a cama.
No ano seguinte, conforme a condição de meu tio Richard piorava e ele foi ficando cada vez mais frágil e fraco, uma onda de atividades do tipo de poltergeist começou em seu quarto. Cestas de roupa suja eram viradas no chão e gavetas pesadas cheias de roupas eram lançadas da penteadeira e acabavam do outro lado do quarto. Surgiu um pequeno buraco na parede e, como se estivesse sendo escavado aos poucos, ia crescendo a cada dia que passava até que tinha uns trinta centímetros de diâmetro. Acamado e progressivamente delirante, tio Richard não tinha forças para fazer tal coisa.
Ele começou a ver pessoas estranhas em seu quarto quando não havia ninguém com ele. E, certa vez, exigiu com raiva que minha mãe explicasse quem eram aquelas pessoas e por que ficavam entrando em seu quarto à noite, acordando-o. Ele contou-lhe que elas sussurravam e resmungavam coisas estranhas para ele de maneira ininteligível. Minha mãe achou que ele ficara louco. À noite podíamos ouvi-lo em seu quarto conversando com seus visitantes espectrais. Às vezes, ele tinha longas conversas com eles, contando piadas e rindo. E, às vezes, parecia-nos que ele estava falando de trás para frente ou em alguma língua estrangeira irreconhecível, que se diz ser uma das características comuns de quem está possuído. Em certas ocasiões, ele ficava bastante irado e ordenava-lhes que saíssem de seu quarto. Uma vez o ouvimos conversando com sua mãe, que morrera quinze anos antes.
Conforme a morte aproximava-se dele, a condição mental de tio Richard começou a deteriorar rapidamente, deixando o resto de nós incertos se as visitas noturnas que ele alegava estar recebendo não seriam nada além do resultado da demência causada por sua doença ou se eram espíritos reais dos mortos que vinham chamá-lo. Afinal de contas, estávamos mesmo vivendo em uma casa onde fenômenos paranormais foram presenciados em uma oportunidade ou outra por todos os membros da família. Mas, sem dúvida, uma das coisas mais estranhas e assustadoras que experimentamos com meu tio foi a noite em que minha mãe, Al e eu o escutamos sozinho em seu quarto falando em diferentes vozes, incluindo uma que parecia com a voz de uma mulher. Intrigados, nós três ficamos no pé da escada por um bom tempo e escutamos com atenção a conversa bizarra e ininteligível que estava acontecendo no escuro atrás da porta. Entretanto, quando as vozes começaram a falar simultaneamente, olhamos uns para os outros com horror e confusão estampados em nossos rostos.
Al sugeriu que subíssemos as escadas para checar como estava Richard, mas nenhum de nós se sentiu confortável para fazer isso naquele momento. Quando a conversa foi substituída por um silêncio espectral, nós três juntamos coragem suficiente para subir nas pontas dos pés até o quarto com uma lanterna. Encontramos tio Richard dormindo um sono solto em sua cama. Olhamos em volta, mas não parecia haver nada fora do lugar no quarto.
Na noite seguinte, quando fui dar ao tio Richard seu remédio, encontrei-o em sua cama com seus olhos encarando inexpressivamente e sua boca aberta e contorcida de forma assustadora. Sua pele estava pálida e fria e eu soube imediatamente que ele estava morto. A expressão em seu rosto era terrível. Parecia que ele literalmente morrera de tanto medo.
Cremamos o corpo do tio Richard e suas cinzas foram devolvidas a nós em uma pequena urna crematória, que coloquei sobre meu altar no sótão e rezei sobre ela. Não muito depois de sua morte, minha mãe teve uma experiência assustadora em seu quarto. Ela acordou uma noite e encontrou uma renda amarelada e em decomposição amarrada em volta de seu pescoço. Quando ela a mostrou a mim na manhã seguinte, recebi dela a impressão psíquica de que viera da mortalha de um corpo. Eu senti também que o corpo era de alguém que vivera na casa muito tempo atrás e cujo espírito nela remanescia. Como ou por que o pedaço de renda acabou aparecendo no quarto de minha mãe provavelmente nunca saberemos.
Al também foi alvo dos mortos sem descanso da Propriedade Moses Day em diversas ocasiões. Numa tarde, quando estava cortando a grama, ele foi atingido por diversas garrafas de vidro e latas de refrigerante jogadas por forças invisíveis. Noutra ocasião, enquanto varria as folhas no lado sul da casa, uma tela de uma das janelas do segundo andar se soltou e caiu no chão, quase acertando sua cabeça. Entretanto, esses ataques inexplicados e outros similares nunca assustaram muito o Al. Em vez disso, ele achava esses fenômenos muito fascinantes e, algumas vezes, até divertidos.
Uma noite, enquanto minha mãe e eu estávamos na cozinha discutindo por alguma coisa, fomos interrompidas por uma rápida sucessão de pancadas fortes. Pareciam vir do sótão, onde guardávamos as cinzas do tio Richard enquanto decidíamos o que fazer com elas. Subimos até o topo da escada do sótão para investigar, mas não conseguimos encontrar nenhuma explicação para as pancadas. Perguntamo-nos se poderia ser um sinal de que o espírito do tio Richard estava se sentindo incomodado com nossa discussão, ou se estava tentando nos dizer que não estava conseguindo descansar em razão de seus restos mortais esquecidos no sótão. Na primavera seguinte enterramos as cinzas de Richard em uma cova sem marca no terreno, e um sentimento de calma pareceu tomar toda a casa. Sentimos em nossos corações que o espírito de Richard finalmente conseguira descansar em paz.
Em dezembro de 1990, vendemos a Propriedade Moses Day e nos mudamos de volta para o San Fernando Valley, ao norte de Los Angeles. Ficamos lá por três anos até que tive uma perturbadora premonição que nos levou a mudar de volta para a região leste. Aproximadamente três semanas após deixarmos a Califórnia, um terremoto devastador atingiu o San Fernando Valley, registrando 6.7 na escala Richter.
"Em quase todas as famílias há registro de como alguém 'ouviu vozes que os outros não conseguiam ouvir', ou dos mortos falando em tom familiar. Daí a crença em fantasmas, assim que os homens começaram a preocupar-se com a morte ou a sentir falta dos que já partiram" - Charles Godfrey Leland.
Fonte: Guia das Bruxas sobre Fantasmas e o Sobrenatural - Gerina Dunwich - 2003, Madras Editora Ltda.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Os Fantasmas de Goldfield
A meio caminho entre Las Vegas e Reno encontra-se uma pequena cidade chamada Goldfield. Enquanto praticamente um marco histórico em si, dá para se fazer uma bela caminhada ao longo dos prédios abandonados dessa cidade onde outrora existia bastante animação.
A construção do Hotel Goldfield foi concluída em 1908, quando a cidade estava prosperando com suas minas de ouro, encontradas seis anos antes, com sua população aumentando para mais de 30.000 almas. Esse hotel, construído em cima de uma velha mina, era considerado, nessa época, o mais luxuoso do lado oeste do país, com mais de 150 quartos e chefs importados diretamente a partir da Europa. Tinha até o primeiro elevador ao oeste do Mississipi!
Algum tempo depois, foi comprado por George Wingfield, um dos homens mais ricos de Nevada. A história de uma assombração associada ao hotel remonta a 1930, e envolve o próprio Wingfield e uma prostituta chamada Elizabeth.
De acordo com a lenda, Wingfield era um cliente assíduo dos serviços de Elizabeth e um dia ela o informou que não só ela estava grávida, como ele era o pai. Temendo o dano que poderia ter sua imagem se essa notícia se espalhasse, ele providenciou que Elizabeth fosse mantida oculta. Ela foi levada ao quarto 109 do hotel e acorrentada para evitar sua fuga. A moça morreu nesse local, alguns dizem que durante o nascimento da criança, enquanto outros afirmam que foi assassinada por Wingfield.
Depois do que aconteceu, Elizabeth e seu filho teriam sido jogados para baixo da mina abandonada sob o hotel. Nos registros antigos do estabelecimento, visitantes relatam que experimentaram temperaturas geladas no quarto 109, bem como sons de choros, certamente do fantasma de Elizabeth e de seu filho.
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George Wingfield |
Infelizmente, o ouro acabou, a cidade começou a ficar despovoada e em 1945, o hotel fechou suas portas.
Caçadores de fantasmas de todo o país têm avistado muitas atividades paranormais no hotel, mas a área com maior ação é, em sua unanimidade, no quarto 109.
Existem inúmeras perguntas sobre a história dos fantasmas do Hotel Goldfield. A história de George Wingfield e a prostituta Elizabeth não pode ser verificada. No momento da suposta morte de Elizabeth, Wingfield não possuía ainda esse hotel, e por isso parece improvável que ele a teria mantido prisioneira lá. Como é frequente o caso com histórias antigas de fantasmas, o que se diz, hoje, é provavelmente uma combinação da verdade com a lenda que se acumulou ao longo de muitos anos.
O que pode ser a coisa mais interessante sobre a assombração Goldfield é que, mesmo que Elizabeth nunca tenha existido, há atividade paranormal no hotel, mesmo que nós não saibamos o que realmente eram esses fantasmas em vida.
Fontes: The Goldfield; This Terrifying Haunted Hotel Is Only Three Hours Away From Las Vegas!.
domingo, 10 de abril de 2016
Visões no Leito de Morte
Muitos de nós já ouvimos falar de experiências de pessoas às portas da morte, que, depois de terem sido consideradas clinicamente mortas, afirmam que "deixaram o corpo" e foram até o céu. No entanto, mais raramente comentados são casos de visões no leito de morte em que os pacientes vêem figuras simpáticas, normalmente amigos e parentes, que se aproximam para recepcioná-los e ajudá-los a morrer.
Recentemente, algumas importantes pesquisas sugerem que tais experiências não podem ser explicadas como meras alucinações.
Já há alguns anos, o dr. Karlis Osis, ex-diretor de pesquisa da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, vem realizando estudos com o auxílio de computadores, analisando centenas de casos de visões no leito de morte, coligidos nos EUA. Por meio da verificação dos registros médicos referentes a cada paciente, o dr. Osis pôde determinar que as experiências não foram provocadas por efeitos tóxicos de doenças ou de medicações.
Trabalhando com o dr. Erlendur Haraldsson, psicólogo da Universidade de Reykjavik, na Islândia, o dr. Osis viajou pela Índia para realizar um estudo idêntico e para certificar-se se essas curiosas visões também ocorriam ali. Na verdade, os pesquisadores queriam determinar se as visões dos hindus apresentavam padrões culturais diferentes, sinal óbvio de que elas seriam de natureza psicológica e não reais.
O que eles descobriram? Conforme Osis e Haraldsson, pacientes terminais na Índia descrevem a mesma gama de experiências relatadas por doentes moribundos no Ocidente. Embora as reações psicológicas às experiências possam diferir entre o Oriente e o Ocidente, o teor é o mesmo. Essas descobertas levaram Osis e Haraldsson a concluir que as visões no leito de morte realmente representam uma olhada no que acontece após a morte.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Fantasmas da Mente
Sabemos que a mente pode criar seus próprios fantasmas, mas o que sabemos sobre sua capacidade de projetar essas imagens no mundo exterior, além dos limites do cérebro? E o que acontece quando a projeção mental adquire vida própria?
A estranha experiência de madame Alexandra David-Neel responde, de certa forma, a essas questões. Ela, que viveu até a idade de 101 anos, foi uma das muitas mulheres do Império Britânico que viajaram sozinhas para o misterioso Oriente e deixaram relatos escritos das viagens.
Alexandra não só viajou por grande parte do primitivo Tibete do século 19, como também seguiu meticulosamente a religião e os ensinamentos dos lamas budistas com os quais conviveu. Seu ritual mais surpreendente envolveu a criação do que os tibetanos chamavam de tulpa, ou fantasma gerado pela mente. Os lamas a advertiram de que esses "filhos de nossa mente" podiam, algumas vezes, ficar perigosos e incontroláveis, porém ela persistiu na experiência.
Longe de todos, Alexandra se fechou e começou a se concentrar, após haver estabelecido como alvo de sua tulpa a imagem de um monge gordo e de baixa estatura.
- Um homem do tipo inocente e alegre - de acordo com suas próprias palavras.
Depois de conseguir um resultado surpreendente, ela começou a tratar o novo "companheiro" como qualquer pessoa humana em seu apartamento.
Quando madame Alexandra saía para cavalgar, o monge etéreo a acompanhava. Da sela, ela olhava por cima do ombro e via o tulpa.
- Ele se dedicava a várias ações comuns aos viajantes, que eu não ordenara.
Como resultado das experiências, outras pessoas que entravam em contato com Alexandra começaram a ver o monge, confundindo-o com um ser vivente. Nesse ponto, seu tulpa modificou-se completamente, e para pior. As feições dele tornaram-se malignas. No entanto, quando ela decidiu eliminar o monge da mente, a erradicação demonstrou ser quase tão difícil quanto a criação original.
Em seu livro "Magic and Mystery in Tibet" (Magia e Mistério no Tibete), Alexandra David-Neel relata os seis meses de luta árdua que se seguiram, antes que aquele monge, fruto de sua própria imaginação, pudesse finalmente desaparecer.
- Não há nada de estranho no fato de eu ter criado minha própria alucinação - concluiu Alexandra. - O mais interessante é que, nesses casos de materialização, outras pessoas conseguem ver os fantasmas da mente.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz
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