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terça-feira, 12 de abril de 2016

Dragões



"Louve o Senhor da Terra: os dragões e todas as coisas inexplicáveis; fogo e granizo, neve e vapores: vento e tempestade, tudo corrobora Sua palavra."

Definição: O dragão é um monstro lendário tradicionalmente representado por um réptil gigante com garras de leão, rabo de serpente, asas, hálito de fogo e pele escamosa. Histórias de dragões aparecem em quase todas as culturas da Terra.

O que os crentes dizem: Os dragões eram, e são, criaturas reais. Eles são raros, solitários e mortais. Podem ser uma espécie sobrevivente de tempos pré-históricos ou talvez criaturas de outra dimensão. No entanto, qualquer que seja a verdade, eles existem, e já foram vistos inúmeras vezes no solo e nos céus de nosso planeta.

O que os céticos dizem: Os dragões são 100 por cento míticos. Quem quer que afirme ter visto um dragão ou deu um depoimento enganado a respeito de um pássaro, um réptil ou algum outro animal real ou está mentindo. Criaturas como dragões não existem, não obstante o que dizem os contos de fadas e o Hobbit.

Qualidade das provas existentes: Moderada.

Probabilidade de o fenômeno ser paranormal: Moderada.

O estudioso e naturalista romano Plínio, o Velho, escreveu sobre um dragão sendo morto na Colina do Vaticano no primeiro século d.C., durante o reinado do imperador Cláudio. Quando abriram o dragão, o corpo de uma criança foi encontrado dentro.

Em 1903, dois caçadores em Utah viram uma gigantesca criatura alada e escamosa com a cabeça de um crocodilo e "dentes grandes e poderosamente afiados" voando em direção a uma caverna com um cavalo na boca. Eles ficaram escutando enquanto a besta devorava o "esmagado e deformado" equino.

Como esses dois exemplos ilustram, relatos sobre a observação de dragões se espalham pelo decorrer da história humana oficial. Dragões foram vistos éons atrás; dragões têm sido vistos neste século.

Mas será que o que as pessoas viram e relataram eram realmente dragões, assim como os percebemos — criaturas gigantes, aladas, semelhantes a serpentes, que soltam fogo pela boca e têm escamas capazes de quebrar uma espada?

O editor da Strange Magazine Online e da Fate, Mark Chorvinsky, estuda a lenda e a cultura dos dragões há décadas. Na edição de novembro de 2002 da revista Fate, ele resume o "problema do dragão":

Estudar os dragões é um problema complicado devido à grande variedade de descrições.

Há dragões do ar, do mar e da terra; com duas pernas, quatro ou mais; alados ou não; venenosos, respiradores de fogo e com ferrões; amigáveis e furiosos. A descrição de dragões aéreos tem levado os ufólogos a imaginarem se essas entidades celestes não eram na verdade OVNIs, e não animais. Já a observação de dragões aquáticos tem levado os criptozoólogos a sugerirem que os tais dragões relatados talvez fossem serpentes marítimas ou monstros lacustres.

A pergunta-chave com relação à existência ou não de dragões é quase a mesma que devemos fazer com relação aos OVNIs: se os dragões não são reais, então o que todas essas pessoas estão vendo nos céus?

Sabemos que lendas fantásticas surgem quando eventos e observações aparentemente inexplicáveis ocorrem e são testemunhados ou vividos por seres humanos. A lenda das sereias provavelmente surgiu de visões de focas ou dugongos. Já a do lobisomem, das histórias de esquizofrênicos que também sofriam de hipertricose. Mas que animal real é maior do que cinco elefantes, pode voar, nadar e comer um cavalo de uma só bocada?

É aí que mora o problema com os dragões. No decorrer dos séculos, muitos dos relatos sobre dragões são tão fantásticos que os criptozoólogos e outros cientistas encontram bastante dificuldade em descobrir uma explicação lógica para o que as pessoas afirmam ter visto.

Sem dúvida, há répteis como o dragão-de-komodo e serpentes como a jiboia que possuem características semelhantes às dos relatos sobre traços físicos e habilidades dos dragões. Mas não existe criatura alguma que reúna todos os poderes e atributos físicos como os dos dragões vistos.

Então, seriam essas criaturas reais, só que, na verdade, sobreviventes atávicos e resistentes de épocas pré-históricas? Seriam os dragões que as pessoas veem hoje em dia, a exemplo dos que elas diziam ver há séculos, realmente dinossauros voadores que de alguma forma resistiram à extinção? Talvez eles sejam criaturas que estavam em cavernas bem profundas quando um asteroide nos atingiu durante a Era Mesozoica e, graças a seus incríveis poderes natos de hibernação, conseguiram se manter aqui na Terra por, ahn, cerca de 150 milhões de anos. Talvez …

Há muito os dragões têm um enorme significado simbólico. Na Bíblia, eles são a perfeita encarnação do mal. No Livro do Apocalipse, o arcanjo Miguel e seus guerreiros lutam com Satanás, que assume a aparência de um dragão durante a batalha:

"Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o dragão. O dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande dragão, a primitiva serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na Terra, e com ele seus anjos."

No folclore sumério, o dragão simboliza o caos. Na mitologia russa, o dragão é o guardião dos portões que ligam ao reino do além.

Na tradição chinesa, o dragão é uma criatura benevolente que ajudou a criar o universo.

Acreditava-se que os imperadores chineses eram descendentes de dragões.

E, é claro, há a lenda simbólica de são Jorge (leia-se: cristianismo) que derrotou um dragão (leia-se: paganismo) para salvar a filha de um rei (leia-se: gerações futuras) e que se tornou o santo patrono da Inglaterra.

Os relatos sobre dragões não chegam nem de perto a ser tão abundantes quanto os de OVNIs, mas, ainda assim, por todo o mundo, há depoimentos sobre estranhas criaturas aladas que muitos acreditam serem os dragões das lendas. (O relato mais recente de um "dragão" foi feito em outubro de 2002, no Sudeste do Alasca. Seria o animal apenas um predador gigante? Ainda não se chegou a uma conclusão.)

Quem sabe um dia a verdade venha à tona. Até lá, alguns de nós talvez decidam manter os olhos pregados no céu … por mais de uma razão.


Fonte: Os 100 Maiores Mistérios do Mundo - Stephen J. Spugnesi - Difel 2004

domingo, 6 de maio de 2012

Dragão, um dos primeiros mitos

Criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações, são representados como animais de grandes dimensões, normalmente semelhantes a imensos lagartos ou serpentes, muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.

Em vários mitos eles são apresentados literalmente como grandes serpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos, e em suas formações quiméricas mais comuns. A variedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturas bem mais diversificadas.

Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força, ou simplesmente feras destruidoras.

Muito se discute a respeito do que poderia ter dado origem aos mitos sobre dragões em diversos lugares do mundo. Em geral, acredita-se que possam ter surgido da observação pelos povos antigos de fósseis de dinossauros e outras grandes criaturas, como baleias, crocodilos ou rinocerontes, tomados por eles como ossos de dragões.

Por terem formas relativamente grande, geralmente, é comum que estas criaturas apareçam como adversários mitológicos de heróis lendários ou deuses em grandes épicos que eram contados pelos povos antigos, mas esta não é a situação em todos os mitos onde estão presentes. É comum também que sejam responsáveis por diversas tarefas míticas, como a sustentação do mundo ou o controle de fenômenos climáticos. Em qualquer forma, e em qualquer papel mítico, no entanto, os dragões estão presentes em milhares de culturas ao redor do mundo.


As mais antigas representações mitológicas de criaturas consideradas como dragões são datadas de aproximadamente 40.000 a. C., em pinturas rupestres de aborígines pré-históricos na Austrália. Pelo que se sabe a respeito, comparando com mitos semelhantes de povos mais contemporâneos, já que não há registro escrito a respeito, tais dragões provavelmente eram reverenciados como deuses, responsáveis pela criação do mundo, e eram vistos de forma positiva pelo povo.

A imagem mais conhecida dos dragões é a oriunda das lendas europeias (celta / escandinava / germânica) mas a figura é recorrente em quase todas as civilizações antigas. Talvez o dragão seja um símbolo chave das crenças primitivas, como os fantasmas, zumbis e outras criaturas que são recorrentes em vários mitos de civilizações sem qualquer conexão entre si.

Há a presença de mitos sobre dragões em diversas outras culturas ao redor do planeta, dos dragões com formas de serpentes e crocodilos da Índia até as serpentes emplumadas adoradas como deuses pelos astecas, passando pelos grandes lagartos da Polinésia e por diversos outros, variando enormemente em formas, tamanhos e significados.

O escritor grego Filóstrato, dedicou uma extensa passagem da sua obra Vida de Apolônio de Tiana aos dragões da Índia (livro III, capítulos VI, VII e VIII). Forneceu informações muito detalhadas sobre esses dragões.

Dragões no Oriente

No Médio Oriente os dragões eram vistos geralmente como encarnações do mal. A mitologia persa cita vários dragões como Azi Dahaka que atemorizava os homens, roubava seu gado e destruía florestas. Os dragões da cultura persa, de onde aparentemente se originou a ideia de grandes tesouros guardados por eles e que poderiam ser tomados por aqueles que o derrotassem, hoje tema tão comum em histórias fantásticas.

Na antiga Mesopotâmia também havia essa associação de dragões com o mal e o caos. Os dragões dos mitos sumérios, por exemplo, frequentemente cometiam grandes crimes, e por isso acabavam punidos pelos deuses — como Zu, um deus-dragão sumeriano das tempestades, que em certa ocasião teria roubado as pedras onde estavam escritas as leis do universo, e por tal crime acabou sendo morto pelo deus-sol Ninurta. E no Enuma Elish, épico babilônico que conta a criação do mundo, também há uma forte presença de dragões.

Na China, a presença de dragões na cultura é anterior mesmo à linguagem escrita e persiste até os dias de hoje, quando o dragão é considerado um símbolo nacional chinês. Na cultura chinesa antiga, os dragões possuíam um importante papel na previsão climática, pois eram considerados como os responsáveis pelas chuvas. Assim, era comum associar os dragões com a água e com a fertilidade nos campos, criando uma imagem bastante positiva para eles, mesmo que ainda fossem capazes de causar muita destruição quando enfurecidos, criando grandes tempestades.

Dragões na Bíblia

Os dragões segundo a cultura cristã, são aqueles que mais influenciaram a nossa visão contemporânea dos dragões. Muito da visão dos cristãos a respeito de dragões é herdado das culturas do médio oriente e do ocidente antigo, como uma relação bastante forte entre os conceitos de dragão e serpente (muitos dragões da cultura cristã são vistos como simples serpentes aladas, as vezes também com patas), e a associação dos mesmos com o mal e o caos.

De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, no Antigo Testamento, dragões tipificam os inimigos do povo de Deus, como em Ezequiel 29:3. Ao fazer isso, associa-se a ideia das mitologias de povos próximos, para dar maior entendimento aos israelitas. É por isso que a Septuaginta, na sua narrativa da história de Moisés, traduz "serpente" por "dragão". (Êxodo 7:9-12).

Há ainda, no antigo testamento, no Livro de Jó 41:10-21, a seguinte descrição do Leviatã: 18 Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva; 19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela; 20 Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem; 21 O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.

Em Isaías 30:6, há citado um "áspide ardente voador", junto com outros animais, para ilustrar a terra para onde os israelitas serão levados, pois o contexto do capítulo é sobre a repreensão deles. No Novo Testamento, acha-se apenas no Apocalipse de São João, utilizado como símbolo de satanás.

O Leviatã, a serpente/crocodilo cuspidora de fumaça do livro de Jó, também é considerado um dragão bíblico, embora não seja apresentado como um ser maligno e sim como uma criação de YHWH (Jeová, nome de Deus). Os dragões nas histórias da cristandade acabaram por adotar esta imagem de maldade e crueldade, sendo como representações do mal e da destruição.

O caso do mais célebre dragão cristão é aquele que foi morto por São Jorge, que se banqueteava com jovens virgens até ser derrotado pelo cavaleiro. Esta história também acabou dando origem a outro clássico tema de histórias de fantasia: o nobre cavaleiro que enfrenta um vil dragão para salvar uma princesa.

Dragões na América pre-colombiana

Os dragões aparecem mais raramente nos mitos dos nativos americanos, mas existem registros históricos da crença em criaturas "draconídeas".

Um dos principais deuses das civilizações do golfo do México era Quetzalcoatl, uma serpente alada. Nos mitos da tribo Chincha do Peru, Mama Pacha, a deusa que zelava pela colheita e plantio, era às vezes descrita como um dragão que causava terremotos.

O mítico primeiro chefe da tribo Apache (que, segundo a lenda, chamava-se Apache ele próprio) duelou com um dragão usando arco e flecha. O dragão da lenda usava como arco um enorme pinheiro torcido para disparar árvores jovens como flechas. Disparou quatro flechas contra o jovem, que conseguiu se desviar de todas. Em seguida foi alvejado por quatro flechas de Apache e morreu.

No folclore brasileiro existe o Boitatá, uma cobra gigantesca que cospe fogo e defende as matas daqueles que as incendeiam.

Dragões nas lendas européias

No ocidente, em geral, predomina a idéia de dragão como um ser maligno e caótico, mesmo que não seja necessariamente esta a situação de todos eles. Nos mitos europeus a figura do dragão aparece constantemente, mas na maior parte das vezes é descrito como mera besta irracional, em detrimento do papel divino/demoníaco que recebia no oriente.

A visão negativa de dragões é bem representada na lenda nórdica ou germânica de Siegfried e Fafnir, em que o anão Fafnir acaba se transformando em um dragão justamente por sua ganância e cobiça durante sua batalha final contra o herói Siegfried.

Serpentes marinhas como Jormungand, da mitologia nórdica, era o pesadelo do Vikings; por outro lado, a proa de seus navios eram entalhadas com um dragão para espantá-lo.

Na mitologia grega, também é comum ver os dragões como adversários mitológicos de grandes heróis, como Hércules ou Perseu. De acordo com uma lenda da mitologia grega, o herói Cadmo mata um dragão que havia devorado seus liderados. Em seguida, a deusa Atena apareceu no local e aconselhou Cadmo a extrair e enterrar os dentes do dragão. Os dentes "semeados" deram origem a gigantes, que ajudaram Cadmo a fundar a cidade de Tebas.

Sláine, Cuchulainn e diversos outros heróis celtas enfrentaram dragões nos relatos dos seus povos.

Durante a Idade Média as histórias sobre batalhas contra dragões eram numerosas. A existência dessas criaturas era tida como inquestionável, e seu aspecto e hábitos eram descritos em detalhes nos bestiários da Igreja Católica. Segundo os relatos tradicionais, São Jorge teria matado um dragão.

Fonte: Baeado em texto da Wikipédia.