segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pegadas no Rio Paluxy

Segundo a teoria mais aceita, a extinção dos dinossauros se deu devido à colisão de um enorme meteoro o qual levantou uma imensa nuvem de poeira bloqueando o Sol durante anos, acabando assim com a cadeia alimentar desses grandes répteis. Segundo esta mesma teoria, não havia nenhum humano vivo nesta época para presenciar o ocorrido... ou será que havia?

Há mais de 100 milhões de anos, a pedreira de calcário do Rio Paluxy, no Texas, era uma planície lamacenta. Lá, inúmeros dinossauros deixaram pegadas que foram fossilizadas e preservadas para sempre. Mas a trilha de outra criatura também foi perpetuada nestas margens. Possivelmente a do Homem.

O antropólogo Carl Baugh comanda há mais de 12 anos o trabalho de investigação destas pegadas controversas.

- Minha reação foi de choque - conta Carl Baugh. Soube que pegadas humanas haviam sido descobertas no Rio Paluxy, perto de Glen Rose, Texas, mas eu era cético. Aqui, após remover camadas de rochas, a equipe e eu escavamos pegadas de dinossauros. A 46,25 cm de uma dessas pegadas, achamos uma pegada humana de 24 cm. Escavamos 12 pegadas em série. Quando se acha uma trilha com passos do pés esquerdo e direito à distância correta, deve-se interpretá-la como pertencente ao Homem.

Foi dito que as pegadas do Rio Paluxy são uma fraude e que foram talhadas na rocha como atração turística.

- Encontramos trilhas seguindo para baixo das camadas de calcário. Removemos as camadas, uma lasca de rocha por vez. Descobrimos que as pegadas de dinossauro e as humanas continuam sob as camadas de rocha. Esta evidência é real.

Hoje, muitas das chamadas pegadas humanas foram vitimadas pela erosão e pelas mãos de vândalos. Porém, Carl Baugh tem uma das pegadas mais convincentes já descobertas.

- Conheci a pegada Burdick - conta Dr. Dale Peterson, M.D. - ao visitar Glen Rose, em 1984. Na época tive a impressão de que era perfeita demais. É claramente uma pegada humana, apresentando uma seção do calcanhar, a curvatura, a base dos metatarsos, o primeiro dedo ou dedão, o segundo, terceiro, quarto e quinto dedos.


- Após examinarmos a pegada - conta Don Patton, geólogo - vimos que estava no calcário cretácio, na mesma formação que a pegada de dinossauro. No corte da pegada, pudemos ver os contornos óbvios sob o dedo e as estruturas sob cada dedo. Numa certa parte sob a pegada, vimos uma inclusão de calcita, onde a força foi concentrada e produziu as estruturas da pegada. Exatamente o que os geólogos procuram. Eliminamos a idéia de que foi esculpida. Com certeza é uma impressão original no sedimento.

Um dedo fossilizado de um ser humano, foi descoberto no mesmo estrato que as pegadas de dinossauro datando de mais de 100 milhões de anos.

- Tinha o que parecia ser uma unha, uma cutícula, uma ponta, um formato humanóide - conta o Dr. Dale Peterson. - Quando vi a cintilografia, não tive mais dúvidas. Ele mostra o formato de um dedo, mostra o tecido sob a pele do dedo, mostra os ossos, as articulações e os ligamentos. Isso me diz que é um dedo humano.

A camada de calcário que preservou estes artefatos é datada de cerca de 135 milhões de anos.

Fonte: www.acasicos.com.br

Cavalo Branco de Westbury


O Cavalo Branco de Westbury é um desenho de baixo relevo em giz, com a superfície lisa, encravado em uma encosta íngreme da Inglaterra. Foi restaurado em 1778, mas a data do trabalho original é um assunto de muitas conjecturas.

Muitos acreditam que a escultura inicial foi feita para comemorar a vitória de Alfredo sobre Danes na batalha de Ethandune, em 878. No entanto os historiadores ainda tem dúvidas sobre se a batalha foi realizada próximo ao local.Muitos desenhos, não só de cavalos, já foram reproduzidos em outras localidades totalizando 50 figuras entre elas duas gigantescas: o Cerne Abbas e o longilíneo Homem de Wilmington.

Originalmente haviam outras figuras gigantes em Oxford, Cambridge e duas em Plymouth Hoe ( o homem de Plymouth é um dos desenhos mais antigos, cujo primeiro relato é de 1486 ). A história dos cavalos brancos é recheada de debates, especialmente a que se refere a Westbury, porque é o desenho mais antigo e, também porque fica muito difícil imaginar porque as pessoas daquele tempo fizeram desenhos tão grandes que só podem ser vistos se "sobrevoarmos" a área...

Fontes: J.R.L. Anderson "The Oldest Road: The Ridgeway". Whittet Books, 1992; Thomas Hughes "Tescouring of The "White Horse", Macmillan & co, 1859.

Em busca do Eldorado

Zipa usava pó de ouro para cobrir o seu corpo e, a partir de sua jangada, ele oferecia tesouros a Guatavita, deusa no meio do lago sagrado. Esta tradição Chibchas tornou-se a origem da lenda do El Dorado. Este modelo está em exposição no Museu do Ouro, em Bogotá, Colômbia.
O Eldorado ou El Dorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.

Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no atual estado de Roraima). O fato é que essas são algumas — entre as várias — suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano. Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto Peru, Sudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas regiões onde viviam as civilizações azteca, inca e maia.

O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada.

A lenda de Manoa del Dorado

Eldorado (do castelhano El Dorado, "O Dourado"), Manoa (do achaua manoa, "lago"), ou Manoa del Dorado (já citado anteriormante) é uma lenda que se iniciou nos anos 1530 com a história de um cacique ou sacerdote dos muíscas, indígenas da Colômbia, que se cobria com pó de ouro e mergulhava em um lago dos Andes. Inicialmente um homem dourado, índio dourado, ou rei dourado, foi depois fantasiado como um lugar, o reino ou cidade desse chefe legendário, riquíssimo em ouro.

Embora os artistas muíscas trabalhassem peças de ouro, algumas das quais hoje formam o rico acervo do Museu do Ouro de Bogotá, nunca foram encontradas entre eles grandes minas, muito menos as cidades douradas sonhadas pelos conquistadores que pretendiam repetir a façanha de Francisco Pizarro no Peru. Tudo indica que os muíscas ou chibchas obtinham o ouro por meio de trocas com indígenas de outras regiões.

Sedentos por mais ouro, os conquistadores fizeram o mito migrar para leste, para os Llanos da Venezuela e depois para além, no atual estado brasileiro de Roraima ou nas Guianas. Na forma tomada pelo mito a partir do final do século XVI, a cidade dourada, agora conhecida como Manoa, se localizaria no imenso e imaginário lago Parima e teria sido fundada ou ocupada por incas refugiados da conquista de Pizarro.

O mito é semelhante ao de Paititi ou Candire, que também seria uma cidade cheia de riquezas que teria servido de refúgio a incas que escaparam da conquista espanhola, mas costuma ser localizada muito mais ao sul, entre as selvas da Bolívia e Peru ou no Brasil, no Acre, Rondônia ou Mato Grosso. Os dois mitos têm origem comum no sonho de conquistadores de enriquecer repetindo a façanha de Francisco Pizarro, o conquistador dos incas, e influenciaram-se mutuamente, mas o de Paitíti associou-se, em tempos mais recentes, com a nostalgia de povos andinos pelo antigo Império Inca, ganhando conotações nativistas.

O Eldorado na Colômbia

Em 1534, logo depois que os espanhóis completaram a conquista do Império Inca e refundaram a Kitu dos incas como San Francisco de Quito (no atual Equador), um índio foi lá solicitar ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Ele afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a cerimônia do homem coberto de ouro que, durante séculos, despertaria a cobiça dos conquistadores.

Cronistas relatam que, assim que o impulsivo Sebastián de Belalcazar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" Mas não foi o único. Belalcázar saiu de Quito em busca de El Dorado já em 1535, mas Nicolás de Federmann, que saiu da Venezuela no mesmo ano; e Gonzalo Jiménez de Quesada, que partiu da costa norte da Colômbia no ano seguinte. O último foi o primeiro a chegar à terra dos muíscas, perto de Bogotá e conquistá-los, em 1537. Os outros dois disputaram seu domínio da região em 1539, mas submeteram-se à arbitragem do rei da Espanha, que concedeu o governo da região de Popayán (ao sul) a Belalcázar. Quesada obteve os títulos de marechal do Novo Reino de Granada (nome que dera à região) e de Gobernador de El Dorado, voltando em 1549. Federmann nada obteve e foi processado pela família Welser, que financiara sua expedição, acabando por morrer na prisão.

Em 1568, com 60 anos, Jiménez de Quesada recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado. A expedição partiu de Bogotá com 400 espanhóis e 1.500 indigenas e alcançou a confluência dos rios Guaviare e Orinoco, mas não pôde prosseguir e retornou quatro anos depois, derrotada e reduzida a 70 homens. Com sucessivas explorações, a localização do suposto Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas.

Cerimônia tribal

Em 1636 Juan Rodríguez Freyle escreveu a versão mais conhecida da lenda na crônica El Carnero, dirigida a seu amigo Don Juan, cacique de Guatavita, localizando ali o mito:

"...Naquele lago de Guatavita faziam uma grande balsa de juncos, e a enfeitavam até deixá-la tão vistosa quanto podiam… A esta altura estava toda a lagoa cercada de índios e iluminada em toda sua circunferência, os índios e índias todos coroados de ouro, plumas e enfeites de nariz… Despiam o herdeiro (...) e o untavam com uma liga pegajosa, e cobriam tudo com ouro em pó, de manera que ia todo coberto desse metal. Metiam-no na balsa, na qual ia de pé, e seus pés punham um montão de ouro e esmeraldas para que oferecesse a seu deus. Acompanhavam-no na barca quatro caciques, os mais importantes, enfeitados de plumas, coroas, braceletes, adereços de nariz e orelheiras de ouro, e também nus… O índio dourado fazia sua oferenda lançando no meio da lagoa todo o ouro e as esmeraldas que levava aos pés, e logo o imitavam os caciques que o acompanhavam. Concluída a cerimônia, batiam os estandartes... E partindo a balsa para terra, começavam a gritaria... dançando em círculos a seu modo. Com tal cerimônia ficava reconhecido o novo escolhido para senhor e príncipe."

Segundo uma versão contada por Rodrigues Fesle em Conquista y descubrimiento del nuevo Reino de Granada de las Indias Occidentales de mar Oceano, os candidatos à sucessão do cacique ficavam presos numa gruta por seis anos, sem comer carne, sal ou pimenta; as mulheres lhe eram proibidas, assim como a luz do dia. No dia da entronização, seu primeiro ato consistia em entrar no lago para oferecer sacrifícios aos deuses, procedendo-se então à cerimônia já descrita, acrescentando-se o detalhe de um braseiro aceso levado a bordo da jangada.

Outra versão, referida por Enrique de Gandía na Historia Critica de los Mitos de la Conquista Americana (Buenos Aires: Juán Roldán, 1929) dizia que um cacique enganado pela mulher descobriu a traição e a obrigou a comer, numa festa, "os órgãos com os quais seu amante havia pecado" e ordenou aos índios que cantassem o crime diante de toda a aldeia enquanto durasse a bebedeira. Incapaz de suportar a humilhação, a mulher tomou a filha nos braços e jogou-se com ela no lago Guatavita. O cacique foi tomado pelo remorso, até que os sacerdotes lhe disseram que a mulher vivia em um palácio escondido no fundo das águas e podia ser honrada com oferendas de ouro. O cacique arrependido teria então passado a realizar a cerimônia.

Houve pelo menos duas tentativas de drenar o lago Guatavita em busca do suposto tesouro. A primeira foi em 1578, quando o mercador espanhol Antonio de Sepúlveda conseguiu uma licença do governo espanhol. Escavou um canal e conseguiu baixar o nível do lago em alguns metros, mas encontrou apenas dez onças de ouro.

Em 1801, Alexander von Hulboldt estudou o lago e mencionou-o em seus relatos, comentando que se a lenda fosse verdadeira, poderia conter centenas de milhões de libras em ouro. Sua especulação voltou a incendiar a imaginação de caçadores de tesouros e em 1825, o capitão Charles Stuart Cochrane, filho do Almirante Cochrane que comandou a frota chilena na guerra da independência, publicou um livro no qual dizia que ali devia existir ouro e pedras preciosas no valor de £ 1.120.000.000. Em 1898, foi formada a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá', que dois anos depois transferiu seus direitos à firma franco-britânica 'Contractors Ltd.', com sede em Londres e cotada na Bolsa de Londres.

A empresa passou oito anos construíndo um túnel para esvaziá-lo a partir do centro, mas quando o leito do lago foi exposto, o fundo tinha metros de lama e limo, que tornavam impossível caminhar sobre ele. No dia seguinte, o sol cozeu a lama e lhe deu uma consistência de cimento, tão dura que não pdia ser penetrada. A lama endurecida bloqueou as eclusas, o túnel foi selado e o lago voltou a se encher até o nível anterior. Foram encontrados objetos no valor de £ 500 que foram leiloados na Sotheby's, mas a empresa faliu sem recuperar o investimento de £40.000 e a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá' foi dissolvida em 1929. Outras sondagens foram tentadas com dragas e brocas até que, em 1965, o governo colombiano pôs o lago Guatavitá sob proteção legal, proibindo novas tentativas.

O lago Guatavita parece ter sido um centro cerimonal importante para a iniciação dos jovens que seriam coroados zipas ou reis de Bacatá (atual Bogotá), mas a origem da lenda pode ser a lagoa de Siecha (Casa do Homem, em muísca) perto da pirâmide do Sol, a 35 quilômetros de Guatavita. Ali foi de fato encontrada, em 1856, uma peça de ouro de 262 gramas, com a forma de uma balsa redonda com 9,5 cm de diâmetro, que parecia representá-lo. Revelada ao mundo em 1883 por Liborio Zerda, no livro El Dorado, foi comprada por um museu alemão, mas perdeu-se quando o navio que a transportava incendiou-se no porto de Bremen.

Uma segunda peça muito semelhante foi, porém, encontrada em 1969, por três camponeses, dentro de um vaso de cerâmica, em uma pequena gruta da campina de Pasca, Cundinamarca. Encontra-se hoje no Museu do Ouro de Bogotá e é sua peça mais famosa. Conhecida como "Balsa de El Dorado", pesa 287,5 gramas, tem 19 cm de comprimento por 10 de largura e altura e contém uma figura maior cercada de doze menores.

O Eldorado na Guiana

Em 1584 o espanhol Antonio de Berrio partiu de Tunja (Colômbia) com a intenção de explorar o interior das Guianas e em 1590, na região do Orinoco, indígenas lhe disseram que a sete dias dali havia "uma infinita quantidade de ouro", cujas minas eram reservada aos caciques e suas mulheres, embora qualquer um pudesse extrair ouro dos riachos. Não alcançou, porém, as regiões em que os indígenas diziam estar localizado o lago Manoa, no outro lado das montanhas Pacaraima (Manoa, na língua Achaua significava "lago").

O relato da exploração foi redigido pelo lugar-tenente Domingo Vera, que teria feito acréscimos para suscitar a cobiça dos superiores, juntando à sua narrativa supostas revelações de um certo Juan Martínez, sobrevivente da expedição de Diego de Ordaz que teria vivido na capital de Eldorado. Martínez, tendo cometido uma falta grave, teria sido condenado à morte, condenação comutada, pela comiseração dos companheiros, no abandono do culpado numa canoa. Segundo a vesão contada mais tarde por Walter Raleigh:

"Essa canoa foi levada pela corrente e encontrada flutuando por selvagens da Guiana, que nunca antes haviam visto um cristão. Eles levaram Martínez de de um lado para o outro, para que fosse visto como uma maravilha, e o levaram em seguida a Manoa, que é a capital do Império dos Incas. O Rei, que o viu, o reconheceu primeiramente como cristão e espanhol; porque não fazia muito tempo que os irmãos Guascar (Huáscar) e Atabaliba (Atahuallpa) estavam mortos, e que Pizarro tinha destruído seu império. Ele recebeu Martínez bastante bem, embora não houvesse esquecido a crueldade dos espanhóis."

Durante as festas dos guianeses, contava a narrativa de Martínez, "os servos untam os corpos dos notáveis com um bálsamo branco chamado curcay e os recobrem de pó de ouro, que sopram por meio de caniços, até que estejam brilhando da cabeça aos pés". Há ouro por toda a parte: na cidade, nos templos, sob forma de ídolos, de placas, de armaduras e de escudos. Sua capital era a cidade de Manoa, construída nas margens do lago Parima (ao qual inicialmente se tinha dado o nome de "Manoa"), ou "Parime", como o chamariam os ingleses.

Uma expedição militar inglesa se apossou dos documentos de Berrio e os comunicou à corte britânica, chegando então aos ouvidos do explorador e aventureiro inglês Walter Raleigh. Em 1594, conduziu sua própria exploração pelo Orinoco até o interior da atual Guiana venezuelana. Encontrou apenas uns poucos objetos de ouro e indícios de minério, mas que lhe bastaram para escrever um livro, A Descoberta do Grande, Rico e Belo Império da Guiana, com um Relato da Grande e Dourada Cidade de Manoa, que os Espanhóis chamam El Dorado, com o qual se ampliou e popularizou a lenda.

Raleigh encontrou no porto de Morequito, às margens do Orinoco, um certo Topiawari, idoso cacique dos aromaias, cujo sobrinho, o anterior cacique, havia sido assassinado pelos espanhóis. O inglês lhe disse que vinha protegê-lo dos espanhóis em nome da rainha Elizabeth I e lhe perguntou sobre como chegar à Guiana que tem ouro e aos incas. O velho lhe respondeu que não podia chegar à cidade de Manoa com os meios que dispunha naquele momento. Se quisesse, ele e seu povo o ajudariam, mas precisaria da ajuda de todos os povos que eram inimigos do império para obter guias e suprimentos. Recordou-lhe que 300 espanhóis haviam sido vencidos nas planícies de Macureguarai e não haviam conquistado a amizade de nenhum povo da região:

"Havia 4 dias de viagem até Macureguarai onde habitavam os súditos mais próximos do Inca e os epuremeis, que é a primeira cidade onde vive gente rica que usa roupas fabricadas e de onde provinham essas placas de ouro que se viam aqui e ali entre os povoados fronteiriços e que eram exportadas para toda parte. Mas aquelas produzidas no interior das terras eram muito mais belas e representavam homens, animais, pássaros e peixes."

O cacique explicou que havia guerra entre o povo fronteiriço a seu território e os epuremeis, que lhe haviam roubado as mulheres. Queixou-se de que antes tinham dez ou doze mulheres e agora tinham de se contentar com três ou quatro, enquanto os senhores de Epuremei tinham 50 ou 100. Um homem do séquito de Topiawari disse a Raleigh que se o acompanhassem, deveriam repartir o saque: "para nós as mulheres, para vocês, o ouro".

Topiawari lhe disse que o ouro não provinha de veios, mas do lago de Manoa e de muitos rios. Que misturam o ouro com cobre para que o possam trabalhar, fundem-no em vasilhas de barro com furos, o metem em moldes de pedra ou argila e assim fabricam placas e imagens. Mencionou várias nações inimigas dos incas, entre elas os ewaipanomas, que não têm cabeça. Disse que os epuremeis tinham a mesma religião dos incas. Apesar da distância do Peru, Topiawari sabia que os espanhóis encontraram os maiores tesouros entre os incas. Raleigh ficou convencido de que Manoa existia, mas não tinha meios suficientes para encontrá-la e esceveu seu livro para tentar convencer a corte inglesa:

"E estou convencido de que em Guiana será suficiente um pequeno exército de infantaria que se dirija a Manoa, a pricipal cidade do Inca, para separar para Sua Majestade várias centenas de milhares de libras por ano no total o que lhe permitiria proteger-se contra todos os inimigos do interior, fazer frente a todos os gastos do interior. Além disso, o Inca manteria com suas despesas reais uma guarnição de três ou quatro mil soldados para defende-se contra outros países. Pois ele não pode ignorar como seus predecessores, em especial seus tios-avôs Huáscar e Atahuallpa, filhos de Huayna Cápac, imperador do Peru, que se bateram pelo império, foram derrotados pelos espanhóis e que estes últimos anos, depois da conquista, os espanhóis procuraram os caminhos que levavam a seu país. Eles não podem deixar de ter ouvido falar dos cruéis tratamentos que os espanhóis infligiram às populações vizinhas. Por estas razões, pode-se estar seguro de que ele será convencido a pagar seu tributo com muita alegria, pois não tem armas de fogo nem de ferro em todo o seu império e pode então ser facilmente vencido."

Antes de terminar recorda as profecias da chegada dos espanhóis e que, segundo elas, "graças à Inglaterra, os incas reencontrarão no futuro seu poder e serão libertados da servidão a seus conquistadores".

Preso em 1603 por suposto envolvimento em uma conspiração contra o rei Jaime I, Raleigh foi libertado em 1616 para conduzir uma nova expedição ao Eldorado, que não teve sucesso, mas saqueou um posto avançado espanhol. Ao retornar, foi executado com base nas acusações anteriores e para apaziguar os espanhóis.

Raleigh acreditava que o Eldorado situava-se no vasto Lago Parima, que mapas da época situavam no interior da Guiana, aproximadamente onde hoje se situa o Estado de Roraima. Este lago, que nunca existiu, está presente na maioria dos mapas dos séculos XVII e XVIII e até em alguns mapas do início do século XIX, quando desaparece e é substituído pelo "Rio Parima", na região dos Tepuís do Monte Roraima.

Os responsáveis por seu definitivo desaparecimento foram o geólogo prussiano Friedrich Alexander von Humboldt e o botânico francês Aimé Bonpland, que viajaram entre o Orinoco e o Amazonas em 1800, em busca das nascentes do Caroni, que encontraram junto a uma pequena aldeia chamada Esmeralda, demonstrando a inexistência do suposto lago Parima.

Stevenson

No livro Uma Luz nos Mistérios Amazônicos (Manaus, 1994), o pintor chileno Roland W. Vermehren Stevenson, morador de Manaus, ressuscitou a lenda do lago Parime. Afirmou ter descoberto vestígios de um caminho pré-colombiano extinto da bacia de Uaupés a Roraima, com restos de construções de pedra, pelo qual os incas teriam trazido ouro no lombo de lhamas e também ter identificado o que já foi o lago do El Dorado, Manoa ou Parima, que seria a chamada região de campos ou lavrado de Boa Vista, desprovida de selvas, onde apenas há árvores (buritis) mas margens de lagoas, rios e igarapés.

Ali teria existido o lendário lago, localizado entre Roraima e a antiga Guiana inglesa, com um diâmetro de 400 quilômetros e área de 80 mil quilômetros quadrados e sua extinção teria começado há cerca de 700 anos. Segundo Stevenson, a cidade de Manoa localizava-se na região ocidental do lago, conforme o indicavam as primeiras cartografias das expedições, a exemplo de Hariot, que a desenhou vizinha a uma ilha de terra firme. O local exato seria a ocidente do que hoje chamamos ilha Maracá, onde na época do lago cheio estaria a foz do rio Uraricuera.

Fonte: Wikipedia.

As Pirâmides Chinesas II


As Pirâmides de Quin Ling Shan na região de Xi'an, República da China, - foto acima mostra um plano geral - foram descobertas por dois exploradores australianos em 1912. O complexo arquitetônico possui 100 pirâmides espalhadas por 2.000 quilômetros quadrados, com idade estimada em 5.000 anos.

As estruturas das pirâmides foram feitas em argila, mas ficaram quase tão duras quanto pedra ao longo dos séculos. Muitas estão danificadas pela erosão ou agricultura e outras sustentam um templo no topo. A maior delas tem 300 metros de altura, chamada "Pirâmide Branca", é maior que a Pirâmide do Sol de Teotihuacan, no México, e tão larga quanto a grande Pirâmide de Giza. As demais variam de 35 a 90 metros de altura.

As pirâmides foram fotografadas pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial, por um piloto da United States Air Force, que fazia um vôo de abastecimento para as forças chinesas vindo de Assam, no norte da Índia, quando problemas no motor fizeram com que ele viajasse em baixa altitude.

Em 1994, o pesquisador alemão Hartwig Hausdorf viajou pela região, gravou 18 minutos em vídeo e montou um relatório de suas pesquisas chamado "Die Weisse Pyramide", até hoje ainda não traduzido. Está com grande dificuldade para continuar seus estudos pois o governo chinês restringiu seu acesso à região. Há algum tempo, em uma entrevista concedida a uma rádio americana, Hausdorf falou sobre as pirâmides chinesas e de um extraordinário acidente com um OVNI na mesma região: "a versão chinesa para o Caso Roswell".

Ele descreve um grande número de túmulos que contêm esqueletos de estranhos humanóides, com cabeça grande e altura de 1,5 m. Além disso, junto deles, estavam centenas de discos de granito com estranhos hieróglifos. A tradução destes hieróglifos fala que há 2.000 anos houve uma colisão de um objeto "vindo do espaço" e cita a existência de seres humanóides, magros, amarelados e de cabeça grande que caíram do céu...

Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=6439.0

As Pirâmides Chinesas


De acordo com a lenda chinesa, as mais de cem pirâmides descobertas na China são o legado de visitantes extraterrestres.

Cerca de cem pirâmides, muito semelhantes à famosa pirâmide de Chichén-Itzah, no México, foram descobertas na região central da China. Qual seria sua origem? São tão antigas, como dizem alguns pesquisadores que visitaram a região chinesa de Kin Chuan? Teriam sido criadas por extraterrestres ou são mais um legado, de acordo com a antropologia gnóstica, dos sábios atlantes?

De acordo com a lenda chinesa, são o legado de visitantes extraterrestres.

Na virada do século, dois comerciantes australianos se encontravam numa vasta área nas planícies de Qin Chuan, na China central. Lá eles descobriram mais de cem pirâmides. Quando eles perguntaram ao guarda de um monastério local sobre elas, foi-lhes dito que, de acordo com os registros guardados no monastério, as pirâmides são consideradas muito antigas. Visto que os registros tinham mais de 5000 anos, podemos apenas imaginar a idade das pirâmides propriamente ditas.

Foi dito aos comerciantes que as pirâmides pertenciam à uma era quando os velhos imperadores reinavam na China, e que os imperadores sempre enfatizavam o fato de que eles não eram originários da Terra. Eles eram descendentes dos filhos do céu, que estrondosamente desceram a esse planeta em seus dragões de metal ardente. Foi dito aos comerciantes que as pirâmides haviam sido construídas por visitantes do espaço sideral.

As pirâmides são geralmente feitas de argila e terra, não de pedras, e alguns fazendeiros coletaram-nas para levar material para seus campos e casas.
Todas elas estão situadas nas planícies de Qin Chuan e diferem em tamanho entre 25 e 100 metros de altura. Todas, exceto uma. Ao norte, no vale de Qin Lin, encontra-se o que se tornou conhecido como a Grande Pirâmide Branca. Ela é imensa, aproximadamente 300 metros de altura!

Fonte: Conspiração - As Pirâmides Chinesas.