As ninfas (nýmphês, em grego, nymphae em latim), são divindades femininas secundárias da mitologia grega que habitam o campo, principalmente junto às fontes e estão ligadas à terra e à água. Nymphe significa também "moça", "mulher jovem", em grego e parece estar etimologicamente ligado ao verbo latino nubere, "casar-se" (em relação à mulher), a núpcias e ao adjetivo núbil.
Segundo Junito Brandão, as ninfas podem ser consideradas uma extensão da Terra-Mãe em união com a água. Desses dois elementos, surge a força geradora que preside à reprodução e à fecundidade da natureza tanto animal quanto vegetal. Desse modo, as ninfas seriam a própria Géia em suas múltiplas facetas.
As ninfas não são imortais, mas vivem tanto quanto "uma palmeira", ou seja, 9.720 anos, segundo a crença grega, e jamais envelhecem. Geralmente são benfazejas e têm os dons de profetizar e inspirar, de curar (como ninfas de fontes medicinais) e nutrir (como amas e nutrizes dos grandes deuses enquanto crianças e mães de heróis).
Porém, ocasionalmente raptam crianças e podem perturbar o espírito de quem as vê. Sua hora perigosa é o meio-dia, momento de sua hierofania. Quem as vir, pode tornar-se presa de um entusiasmo ninfoléptico. É aconselhável, por isso, não se aproximar, ao meio-dia, de fontes, nascentes e da sombra de determinadas árvores.
O lado positivo do entusiasmo ninfoléptico é a inspiração divina, indispensável aos oráculos e aos poetas. As mais famosas inspiradoras são as ninfas das fontes do monte Helicon, as musas. Algumas ninfas de fontes e montanhas sagradas eram profetas ou conferiam o dom da profecia, como Dáfnis (oréade do monte Parnaso que inspirou o oráculo de Delfos antes de Apolo tomar-lhe o posto), Érato (dríade da Arcádia que era profetisa de Pã), Ocírroe (do monte Pélion), Sose (oréade da Arcádia), Tímbris (mãe de Pã) e as Trias (do monte Parnaso, ninfas dos auspícios e da adivinhação com pedrinhas).
O mesmo papel de inspiradoras é dado a entidades análogas às ninfas em algumas outras mitologias, como as apsaras da mitologia indiana, as gwragedd annwn da mitologia celta e as camenas da mitologia latina (mais tarde identificadas pelos romanos como ninfas ou musas), das quais as mais famosas foram Carmenta e Egéria (esposa do rei Numa Pompílio).
Belas, graciosas e sempre jovens, as ninfas foram amadas por muitos deuses, como Zeus, Apolo, Dioniso e Hermes. Quando se apaixonavam por um mortal, podem raptá-lo, como aconteceu com Hilas; fundir-se com ele, como Salmácis com Hermafrodito, ou se autodestruirem, como Eco por amor a Narciso.
Fonte: Fantastipedia.
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