quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Fata Morgana

A miragem, como observada no Porto de Messina - The Book of Curiosities (1854)

O efeito de Fata Morgana, do italiano fata Morgana (ou seja: fada Morgana), em referência à fictícia feiticeira (Fada Morgana) meia-irmã do Rei Artur que, segundo a lenda, era uma fada que conseguia mudar de aparência, é um efeito de ilusão ótica.

Trata-se de uma miragem que se deve a uma inversão térmica. Objetos que se encontrem no horizonte como, por exemplo, ilhas, falésias, barcos ou icebergues, adquirem uma aparência alargada e elevada, similar aos "castelos de contos de fadas".

A Fata Morgana mais célebre é a que se produz no Estreito de Messina, entre a Calábria e a Sicília.

Com tempo calmo, a separação regular entre o ar quente e o ar frio (mais denso) perto da superfície terrestre pode atuar como uma lente refratária, produzindo uma imagem invertida, sobre a qual a imagem distante parece flutuar. Os efeitos Fata Morgana costumam ser visíveis de manhã, depois de uma noite fria. É um efeito habitual em vales de alta montanha, onde o efeito se vê acentuado pela curvatura do vale, que cancela a curvatura da Terra. Também se costuma ver de manhã nos mares árticos, com o mar muito calmo, e é habitual nas superfícies geladas da Antártida.

Os efeitos de Fata Morgana são miragens ditas superiores, diferentes das miragens inferiores, que são mais comuns e criam a ilusão de lagos de água distantes nos desertos ou em estradas com o asfalto muito quente.

O efeito Fata Morgana foi o tema de uma questão no ENEM de 2015 onde especulava-se que este foi o motivo do naufrágio do Titanic. O fenômeno ótico que produz a Fata Morgana é a refração, a reflexão e a difusão da luz. Todos eles são fundamentais para a ocorrência do fenômeno.



Fontes: Wikipédia; The Book of Curiosities, by I. Platts.

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