sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Angéle de la Barthe
Angéle de la Barthe foi julgada por bruxaria e condenada à morte pela Inquisição em 1275. Ela tem sido popularmente retratada como a primeira pessoa a ser condenado à morte por feitiçaria herética durante as perseguições de bruxas medievais.
Nascida por volta de 1230, uma nobre de Toulouse, França, Angéle era uma adepta do catarismo, uma seita gnóstica cristã considerada herética pela Igreja Católica. Ela teria sido acusada em 1275 pelo Inquisidor Hugo de Beniols de ter relações sexuais com o Diabo (ou com um incubus) e dar à luz a um monstro carnívoro com uma cabeça de lobo e cauda de serpente, cujo único alimento consistia em bebês e crianças pequenas.
De la Barthe foi acusada de ter sequestrado e assassinado estas crianças ou de ter retirado os corpos delas de suas sepulturas. Foi considerada também responsável pelo desaparecimento de muitas crianças ao longo dos dois anos anteriores. Sob tortura, ela confessou ter tido relações sexuais com Satanás e ter alimentado a criatura durante dois anos, antes que o próprio fugisse no meio da noite.
Considerada culpada, foi queimada viva na Praça Saint Stephen, em Toulouse.
Estudiosos contemporâneos têm dúvidas sobre a veracidade da história de Angéle de la Barthe, pois não há menção de seu julgamento nos registros de Toulouse da época. Além disso, em 1275, a bruxaria ainda não era considerada um crime. Em última análise, a crônica do século XV a partir do qual a história dela deriva é considerada ficcional.
Fontes: This is a Witch; Nas mãos da Lua; Wikipédia.
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