Você sabe quem descobriu nosso país? Um dos mais intrigantes mistérios da arqueologia subaquática de nossa nação, uma descoberta que poderia mudar a história do Brasil!
Em 1976 um mergulhador anônimo encontrou em águas próxima a Pedra do Xaréu, Ilha do Governador, Estado do Rio de Janeiro, fragmentos do que seria um vaso de cerâmica e duas ânforas intactas.
Segundo a pesquisadora americana, Elisabeth Will, as peças possuíam características romanas e poderiam ser do século III antes de Cristo.Já os especialistas brasileiros se mostraram céticos a descoberta.
Segundo a pesquisadora americana, Elisabeth Will, as peças possuíam características romanas e poderiam ser do século III antes de Cristo.Já os especialistas brasileiros se mostraram céticos a descoberta.
Em 1982, o pesquisador e escritor americano Robert Marx, resolveu por conta própria fazer novas explorações na região onde encontrou vários fragmentos de ânforas. Porém sua maior descoberta foi o casco de uma embarcação romana provavelmente do século III.
- Tudo indica que este barco de madeira estaria transportando as ânforas, desviou-se de seu curso e chegou ao Brasil bem antes de Cabral.
A partir deste momento iniciou-se um conflito de interesses:
Marx acusou o governo brasileiro de esconder provas que poderiam tirar de Cabral o título de descobridor do Brasil. Por outro lado, a Marinha acusou o pesquisador de ser um farsante:
- Os objetos não eram tão antigos assim, eles pertenciam a uma caravela portuguesa do século XVI, naufragada na região.
A falsa descoberta teria como intuito valorizar ainda mais as peças que Robert Marx pretendia contrabandear (versão da marinha). Como resultado deste conflito, Robert Marx foi expulso do Brasil.
Para complicar ainda mais a história, um milionário chamado Américo Santarelli, alegou ser o dono da ânforas:
- Elas teriam sido produzidas neste século e foram enterradas no fundo do mar propositalmente para ganhar um aspecto envelhecido.
Veleiro romano com velas quadradas, 100 d. C (Museu do Bardo, Tunísia) |
O Pesquisador Francisco Alves, da CNANS de Lisboa, chegou a declarar no ano de 2003, após rever documentos relativos ao caso, que uma embarcação romana pequena com apenas um mastro, navegando contra o vento, sem lugar para armazenar água potável suficiente para uma viagem tão longa, não poderia atravessar o oceano e chegar até o Brasil.
Acho que nunca conheceremos a verdade, afinal as ânforas desapareceram misteriosamente e até hoje ninguém sabe por onde elas andam. Algumas manchetes da mídia sobre o assunto:
Revista Manchete - O Mistério das ânforas gregas - 4/3/1978; Jornal do Brasil - Ânforas provam presença de fenícios no Brasil - 1° Caderno, 25/09/1982; Primeiro de Janeiro - Romanos no Brasil antes dos Portugueses - 7/10/1982; Diário de Notícias - Romanos chegam ao Brasil antes de Pedro Álvares Cabral - 22/10/1982; Revista Mergulhar - O Mistério das Ânforas - dezembro/1982; Correio da Manhã - Romanos no Brasil 17 séculos antes de Cabral - 21/12/1982; Diário de Notícias - Romanos no Brasil antes dos Portugueses - 26/02/1983; Manchete - Ânforas são falsas - 9/04/1983; Oceanic Society - Ancient Amphorae Found in Brasil -July/1984.
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