Famoso pela compilação em linguagem simples de antigos contos folclóricos europeus, Perrault também se celebrizou por questionar a superioridade dos autores da antiguidade sobre os modernos, um dos dogmas do classicismo no século XVII.
Charles Perrault nasceu em Paris, França, em 12 de janeiro de 1628. Advogado, começou sua vida literária com obras de natureza bem diferente daquelas que o imortalizaram, como uma paródia do livro VI da Eneida e poemas de amor. Em 1670 tornou-se membro da Academia Francesa.
No dia 27 de janeiro de 1687, com o intuito de comemorar a convalescença do rei, leu, em sessão da academia, um poema intitulado "Le Siècle de Louis le Grand" ("O século de Luís o Grande"), em que colocava escritores modernos como Molière e François de Malherbe acima de autores clássicos gregos e romanos. Assim surgiu a "querela dos antigos e modernos", polêmica que durou vários anos.
Perrault sustentava que a literatura acompanha o progresso da civilização e que, portanto, a obra literária antiga seria inevitavelmente mais grosseira do que a moderna. Em oposição a essas idéias, levantou-se o grande teórico da época, Nicolas Boileau-Despréaux, cuja posição prevaleceu sobre a de seu adversário, mas pela primeira vez fora questionado o dogma sobre o qual se fundava a estética do classicismo.
Em 1697 Perrault publicou seus contos da carochinha (Contes de ma mère l'Oye), escritos para divertir seus filhos. O grande mérito do autor foi o de fixar, em forma simples e elegante, contos tradicionais e anônimos da memória popular, como "A Bela Adormecida no bosque", "O Chapeuzinho Vermelho", "A Gata Borralheira", "Pele de Asno", "O Barba Azul", "O Pequeno Polegar" e muitos outros.
Neles, como reflexo das concepções romanescas do século XVII, o real e o maravilhoso harmonizam-se de maneira a criar um novo gênero literário, no qual poucos autores chegaram a atingir tal perfeição e qualidade.
Charles Perrault morreu em Paris, em 16 de maio de 1703.
Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Charles Perrault nasceu em Paris, França, em 12 de janeiro de 1628. Advogado, começou sua vida literária com obras de natureza bem diferente daquelas que o imortalizaram, como uma paródia do livro VI da Eneida e poemas de amor. Em 1670 tornou-se membro da Academia Francesa.
No dia 27 de janeiro de 1687, com o intuito de comemorar a convalescença do rei, leu, em sessão da academia, um poema intitulado "Le Siècle de Louis le Grand" ("O século de Luís o Grande"), em que colocava escritores modernos como Molière e François de Malherbe acima de autores clássicos gregos e romanos. Assim surgiu a "querela dos antigos e modernos", polêmica que durou vários anos.
Perrault sustentava que a literatura acompanha o progresso da civilização e que, portanto, a obra literária antiga seria inevitavelmente mais grosseira do que a moderna. Em oposição a essas idéias, levantou-se o grande teórico da época, Nicolas Boileau-Despréaux, cuja posição prevaleceu sobre a de seu adversário, mas pela primeira vez fora questionado o dogma sobre o qual se fundava a estética do classicismo.
Em 1697 Perrault publicou seus contos da carochinha (Contes de ma mère l'Oye), escritos para divertir seus filhos. O grande mérito do autor foi o de fixar, em forma simples e elegante, contos tradicionais e anônimos da memória popular, como "A Bela Adormecida no bosque", "O Chapeuzinho Vermelho", "A Gata Borralheira", "Pele de Asno", "O Barba Azul", "O Pequeno Polegar" e muitos outros.
Neles, como reflexo das concepções romanescas do século XVII, o real e o maravilhoso harmonizam-se de maneira a criar um novo gênero literário, no qual poucos autores chegaram a atingir tal perfeição e qualidade.
Charles Perrault morreu em Paris, em 16 de maio de 1703.
Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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