Kate, garota criada em Yorkshire, Inglaterra, sonhava em casar com "um oficial do Exército que usasse ternos de lã cinza e paletós de tweed, que tivesse bigode, fumasse cachimbo e dirigisse um carro esporte".
Na adolescência ela mudou para Toronto, onde conheceu um homem que correspondia perfeitamente àquela descrição. Seu nome era John Tidswell, oficial do Exército canadense e piloto amador de carros de corrida. Ele se divorciou da primeira mulher e casou com Kate em 24 de novembro de 1956. O casal teve três filhos - dois meninos e uma menina. O casamento deles parecia ser extremamente feliz.
Um dia, durante a última semana de julho de 1970, no entanto, John pegou sua chalupa para um passeio no lago Simcoe, a quase 60 quilômetros de casa. Ele não voltou. As equipes de busca e salvamento conseguiram encontrar a embarcação avariada, mas nenhum sinal de John Tidswell. No dia 8 de outubro de 1971, um tribunal declarou-o legalmente morto.
E as coisas ficaram nesse pé até alguns anos mais tarde, quando Kate Tidswell de repente começou a sonhar intensamente com o falecido marido. Os sonhos eram de tal forma perturbadores que em 1979 ela procurou um médium, em busca de explicação. O médium disse-lhe que John ainda estava vivo, morando em outro lugar e com o nome de "Halfyard".
Kate iniciou uma busca que a levou a percorrer treze Estados. Ela não encontrou o marido, porém seus sonhos e as palavras do médium deixaram-na convencida de que ele estava vivo em algum lugar.
Nesse ínterim, um homem de Denver chamado Robert Halfyard estava tendo problemas jurídicos. Ele ganhara uma viagem à Europa, mas, quando foi tirar o passaporte, as autoridades investigaram seus antecedentes e descobriram quem era realmente: John Tidswell. Arquitetara a própria morte e abandonara a família canadense para iniciar vida nova nos EUA.
A "viúva" do militar de pronto deixou de receber a pensão a que tinha direito. Sem perda de tempo, ela processou-o, exigindo o pagamento de 100 mil dólares de pensão alimentícia para ela e filhos.
Kate Tidswell declarou a alguns repórteres que estava tentando ver algum "lado bom" na situação.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
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