segunda-feira, 13 de junho de 2016

Feitiços Sexuais Encontrados em Papiros Egípcios

Credit: © the Imaging Papyri Project, University of Oxford & Egypt Exploration Society.

Um egiptólogo italiano decifrou em dois papiros de Oxirrinco datados do século III, fórmulas mágicas para feitiços de amor para mulheres e para homens, a fim de subjugar a vontade da pessoa. O descobrimento foi anunciado no site Live Science no dia 20 de maio.

O pesquisador Franco Maltomini da Universidade de Udine, na Itália, conseguiu traduzir papiros que datam de 300 D.C., e descobriu neles dois feitiços sobre amor, sexo e submissão. As fórmulas mágicas para esses feitiços estavam escritas em egípcio antigo e não eram destinados para uma pessoa concreta. Ao ler a fórmula, tinha que se pronunciar (ou escrever) o nome da pessoa a quem o feitiço era destinado. O autor das fórmulas não está indicado.

​Os textos dos feitiços de amor apelam a uma divindade. Aquele que quisesse enfeitiçar uma mulher era aconselhado a queimar algumas substâncias (seus nomes não foram encontrados) no banho, e em seguida, escrever na parede as seguintes palavras: "Enfeitiço-a, terra e água, em nome do demônio que habita em você e (enfeitiço) o destino deste banho, como você brilha, se queima e flameja, assim que você queima [nome da mulher], parida pela [nome da mãe da mulher], até que se torne minha…"

O objetivo da segunda fórmula mágica – subjugar a vontade do homem. Recomenda-se gravar algumas frases "mágicas" em uma placa de cobre e depois a colocar junto com os pertences da pessoa (por exemplo, com sandálias).

Além disso, na parte traseira do papiro estão gravadas algumas receitas médicas. Dor de cabeça, lepra e outras doenças, segundo elas, podem ser tratadas com excrementos de animais.

Os papiros foram encontrados no início do século XX, junto com milhares de outros, entre as ruínas da antiga cidade egípcia de Oxirrinco. Os documentos estão sendo decifrados até hoje.


Mamíferos em Ascensão na Época do Fim dos Dinossauros

Os pequenos mamíferos explodiram em tamanho depois da extinção dos dinossauros.

"Nossos ancestrais da época dos dinossauros eram patéticos. Mamíferos minúsculos e covardes que, oprimidos pelo domínio dos mega-répteis, só serviam de aperitivo. Só estamos aqui por causa de um meteoro no México: foi quando os grandões foram extintos, há 66 milhões de anos". Essa é a história tradicional, talvez mal contada.

A Universidade de Southampton (Inglaterra), num amplo estudo, analisando principalmente dentes do período Cretáceo (o fim da era dos dinos), revelou que em verdade os mamíferos já estavam em ascendência.

Não que fossem capazes de ganhar na queda de braço com dinossauros - eles eram pequenos, com os maiores atingindo o tamanho de um cachorro. Mas os dentes revelam uma imensa variedade de formas e dietas - o que quer dizer que os mamíferos estavam diversificando imensamente, possivelmente tomando nichos ecológicos que seriam ocupados pelos dinos menorzinhos.

Os pesquisadores também ficaram surpresos com a catástrofe que causou a extinção dos dinossauros que também atingiu fortemente os mamíferos e deu uma segurada nessa fase de ascensão. “Eu realmente esperava ver mamíferos mais diversificados imediatamente após a extinção" - afirma o paleontólogo David Grossnickle, condutor do estudo. "Eu não esperava ver nenhuma queda. O que descobrimos não bate com a visão tradicional que, após a extinção, os mamíferos dispararam".

Grossnickle e sua equipe especulam que a razão do sucesso dos mamíferos talvez tenha a ver com o surgimento das plantas frutíferas no Cretáceo, o que beneficiou os insetos e, então, seus principais predadores.

Outro estudo recente mostrou que os dinossauros estavam em decadência, com o número de espécies definhando por 50 milhões de anos até a extinção final.


Yahoo Notícias 10/6/2016 / Fábio Marton - Superinteressante

Punhal de Tutancâmon Veio do Espaço

Foto / Crédito: Daniella Comelli, Politecnico di Milano.

Um achado para se somar a uma lista de outros não menos extraordinários sobre o misterioso Tutancâmon: cientistas descobrem que o metal da arma branca do faraó adolescente não é coisa deste mundo.

Mais um dos mistérios que envolvem o faraó Tutancâmon foi desvendado. Segundo uma pesquisa publicada na revista norte-americana Meteoritics e Planetary Science, o punhal encontrado junto a múmia foi, de fato, feito com material vindo de um meteorito.

Desde 1925, cientistas tentam comprovar as "lendas" egípcias que citavam o "ferro que caiu do céu". Agora testes científicos feitos com técnicas de fluorescência de raios X indicaram que a lâmina contém 10% de níquel e 0,6% de cobalto, concentrações de substâncias encontradas em meteoritos metálicos.

O estudo também confirma o valor que os antigos egípcios davam para o ferro dos meteoritos, usados para a produção de objetos preciosos, como o punhal do faraó.

"O uso esporádico de ferro tem sido relatado na região do Mediterrâneo Oriental desde o período Neolítico até a Idade do Bronze. Apesar da rara existência de ferro fundido, é geralmente assumido que os primeiros objetos de ferro foram produzidos a partir de ferro de meteoritos", diz o artigo. "Nosso estudo confirma que os antigos egípcios atribuíam grande valor ao ferro de meteoritos para a produção de objetos preciosos. Além disso, a alta qualidade da fabricação da lâmina do punhal de Tutancâmon, em comparação com outros artefatos simples feitos de ferro de meteoritos, sugere um domínio significativo da artesania do ferro na época de Tutancâmon."

A pesquisa é fruto de uma parceria ítalo-egípcia e recebeu apoio de universidades italianas de Milão, Turim e Pisa, além do museu do Cairo.

O faraó Tutancâmon, conhecido como "faraó menino", se tornou a múmia mais famosa do mundo e tem sido alvo de curiosidade de diversos historiadores que desejam desvendar mais mistérios sobre aquele que foi o mais jovem mandatário do antigo Egito. Falecido aos 19 anos, em 1.324 a.C, ele reinou por nove anos.

O novo achado vem se somar a uma série de fatos extraordinários sobre o faraó, que assumiu o poder aos 9 anos e morreu provavelmente com 19. Seu corpo, descoberto em 1925, foi encontrado com o pênis ereto - não se sabe como ou por que os egípcios o embalsamaram nesse estado.

Outra surpresa é que a análise da múmia revelou que o corpo pegou fogo depois de morto - possivelmente uma combustão espontânea acendida por algum erro no processo químico de embalsamamento. As surpresas não param aí. Este ano, cientistas detectaram sinais de uma câmara secreta na tumba do faraó criança, e agora eles estão em busca de ainda mais tesouros.


Ansa / Denis Russo Burgierman (02/06/2016)