terça-feira, 12 de julho de 2011

Contos e escritores







GABRIEL GARCÍA MARQUEZ ( Assombrações de agosto ) / GASTON LEROUX ( Uma história horripilante ) / GÉRARD DE NERVAL  / GIOVANNI BOCACCIO



ILEANA SCHNITZLER ( O Diabo ) / IRMÃOS GRIMM




NATHANIEL HAWTHORNE  /  NORMAN B. PEACE ( Feitiço cigano )





THOMAS LOPES ( O defunto )

VILLIERS DE L'ISLE-ADAM ( O segredo da guilhotina ) / VIRIATO PADILHA ( A vingança do morto / O Diabo no corpo )

W. W. JACOBS ( A pata do macaco )

Nosferatu

Nosferatu, do eslavo antigo Nosufur-atu,
do grego Nosophoros, Portador de Pragas
Quando o irlandês Bram Stoker publicou em 1897 seu livro "Drácula", talvez não pudesse imaginar o tamanho em proporções que sua obra iria adquirir no futuro com a invenção do cinema. Foram feitas mais de cem versões sobre o vampiro mais cruel de que se tem registro, com a imagem medonha de um ser malígno que alimenta-se de sangue humano, levanta-se de seu insalubre sepulcro ao cair as trevas no céu pesadamente, e depois retorna ao mesmo local ao ouvir o cantar do galo, como indício de que o dia vai nascer.

Dentre estes filmes sobre vampiros, Nosferatu é o primeiro (1922), destacando-se dos outros por arrepiantes cenas rodadas em branco e preto, dando à obra um caráter fantasmagórico e de pesadelo, onde o vampiro Conde Orlok surge da escuridão em um visual agressivo e bizarro como o protótipo ser anti-social, com seu semblante sinistro que lembra uma medonha figura que traz a própria morte encarnada em si mesmo.

Pestilento e doentio, Nosferatu tem os dentes em forma de duas pontas juntas como a de um rato roedor, usa um casaco preto como um gótico moderno de vida noturna, além de unhas pontiagudas e cabeça sem um só fio de cabelo. Magro e alto, esta figura horrível traz o horror encarnado assustando até o mais cético mortal.